Dois palhaços mudos são perseguidos por uma seita que os considera uma ameaça e pretende extingui-los. Caçados durante a noite, os palhaços conseguem escapar mas um deles é mutilado, perdendo o nariz. Não podendo suportar a vergonha, o palhaço entra em desespero; o segundo palhaço, solidário com o infortúnio do amigo, parte com ele para um ousado "resgate nasal". Perseguições em meio às sombras misturam-se a truques de magia, números musicais e outros absurdos cômicos que evocam os conflitos entre as intolerâncias contemporâneas e a lógica do palhaço – se é que ela existe.
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Realizada a mais de 10 anos, a Oficina Corpo e Voz trabalha a “lembrança de si mesmo” através da expressão corporal e vocal. Dos dias 25 a 27, exercícios de yoga, audições, jogos e brincadeiras compõem a programação, que explora os universos indígena, africano e hindu.
Atriz Cleyde Yáconis interpreta no palco a vida da escultora sul-africana Helen Martins
O Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante traz a Florianópolis o espetáculo teatral O Caminho para Meca. De 25 a 27 de setembro, o público da cidade poderá conferir, no Teatro Álvaro de Carvalho, a interpretação da atriz Cleyde Yáconis para o texto do dramaturgo sul-africano Athol Fugard – um dos mais importantes da língua inglesa na atualidade.
A peça conta a história de Helen Martins, uma sul-africana que encontra sua forma de expressão por meio da escultura. A personagem é inspirada em uma figura real, Helen Elizabeth Martins, autêntica outsider que produziu uma arte não convencional. Nascida e criada em uma pequena comunidade branca da África do Sul, no meio do deserto, Helen é uma mulher de costumes conservadores e cultos obrigatórios da fé protestante.
Ao mesmo tempo em que descobre nunca ter amado o bom homem com quem foi casada, abandona a igreja dos domingos porque deixou de crer e, ao ficar viúva, encontra em suas mãos de escultora o caminho de sua liberdade pessoal e a felicidade de criar sua "Meca". Helen recebe a visita da amiga Elsa – vivida pela atriz Patrícia Gaspar – admiradora de suas obras, e também do pastor local, interpretado pelo ator Cacá Amaral, que se preocupa com sua ausência na igreja e na pequena vila. Por meio desses encontros, os três discutem temas como a vida, a solidão, o talento, as dificuldades da idade, a amizade e a confiança dos personagens.
Para a diretora Yara de Novaes, “Helen é a personagem ideal para que Fugard possa mostrar a resistência da sociedade perante o diferente, a eterna busca da confiança em si mesmo e nos demais, os erros dos dogmatismos religiosos e, sobretudo, tratando-se de um autor sul-africano escrevendo em 1984, denunciar o apartheid como forma de convivência".
A atriz Cleyde Yáconis, 84 anos e mais de meio século de profissão, descreve a personagem Helen como uma figura tão estranha quanto diferente. "Fiquei pasma depois que vi, pela internet, suas obras, sua casa. É surpreendente trabalhar com cimento e vidro moído. Imagino como devem ter sido as mãos dessa mulher." Para Cleyde, "a personagem não faz arte para conquistar a felicidade, mas sim por necessidade. O que me atrai na personagem é a audácia de ser o que é, de não se intimidar com a rejeição”.
Arrebatada pela personagem, a atriz - que tem vivido nos palcos uma série de mulheres densas, na faixa dos 60, 70 anos - pensou na satisfação de interpretar mais uma para somar ao seu repertório. "Fiz Karen Blixen, a dinamarquesa que inspira As Filhas de Lúcifer, de William Luce; depois a viciada em morfina Mary Tyrone, de Longa Jornada de um Dia Noite Adentro (de Eugene O'Neill, direção de Naum Alves de Souza); em seguida a professora francesa de Cinema Éden, de Marguerite Duras; Simone du Beauvoir em Cerimônia do Adeus (de Mauro Rasi, direção de Ulysses Cruz)", lembrou ela.
Cia. Jovem Ballet de Bolshoi sobem ao palco do Teatro Álvaro de Carvalho para única apresentação. Em cena, manifestações populares da cultura brasileira serão traduzidas em movimentos. A entrada é gratuita. A companhia, que em março deste ano comemorou um ano de história, chega a capital catarinense com In Progress. No palco, 15 bailarinos utilizam da dança para fazer uma reflexão de momentos importantes da trajetória do grupo. O espetáculo é um exercício de continuidade de um trabalho que busca o vigor e a energia, celebrando a dança clássica e contemporânea. A companhia Quando a primeira turma de alunos da Escola Bolshoi formou-se no Curso de Dança Clássica, cinco bailarinos foram convidados a permanecer e participar profissionalmente de um projeto promissor: a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Criada em 11 de fevereiro de 2008, seu repertório inclui obras clássicas consagradas e criações inéditas, com apresentações públicas por todo país e exterior. Em seu primeiro ano de atuação, a Cia. estreou Les Cinq, atingindo um público de 12 mil pessoas. Foram montadas três coreografias inéditas: Meu Tempo, de Albert Lincoln; Improviso, de Sérgio Lobato; e Work in Progress, de Henrique Talmah. Em dezembro de 2008 foi realizada uma audição e dez novos bailarinos passaram a integrar o grupo.
Oficina de Vivência com os bailarinos da Cia. Jovem Ballet Bolshoi, com a presença de Galina Koslova - solista por muitos anos do Ballet Bolshoi da Rússia. A ex-bailarina é hoje a responsável pela produção artística da Escola e também é professora e ensaiadora da companhia no