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Site: www.bb.com.br/cultura
Responsável: Emanoela Voltolini /Sueli Voltarelli
E-mail do responsável: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone do responsável: (21)38082323
local: TAC
Organizador: CCBB
Valor(es): R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada) para estudantes, idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia (benefício válido, inclusive, para o acompanhante).
Site: www.bb.com.br/cultura
Horário: Sexta: 20h Sábado:20h Domingo:20h

Atriz Cleyde Yáconis interpreta no palco a vida da escultora sul-africana Helen Martins

 

O Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante traz a Florianópolis o espetáculo teatral O Caminho para Meca. De 25 a 27 de setembro, o público da cidade poderá conferir, no Teatro Álvaro de Carvalho, a interpretação da atriz Cleyde Yáconis para o texto do dramaturgo sul-africano Athol Fugard – um dos mais importantes da língua inglesa na atualidade.

 

A peça conta a história de Helen Martins, uma sul-africana que encontra sua forma de expressão por meio da escultura. A personagem é inspirada em uma figura real, Helen Elizabeth Martins, autêntica outsider que produziu uma arte não convencional. Nascida e criada em uma pequena comunidade branca da África do Sul, no meio do deserto, Helen é uma mulher de costumes conservadores e cultos obrigatórios da fé protestante.

 

Ao mesmo tempo em que descobre nunca ter amado o bom homem com quem foi casada, abandona a igreja dos domingos porque deixou de crer e, ao ficar viúva, encontra em suas mãos de escultora o caminho de sua liberdade pessoal e a felicidade de criar sua "Meca". Helen recebe a visita da amiga Elsa – vivida pela atriz Patrícia Gaspar – admiradora de suas obras, e também do pastor local, interpretado pelo ator Cacá Amaral, que se preocupa com sua ausência na igreja e na pequena vila. Por meio desses encontros, os três discutem temas como a vida, a solidão, o talento, as dificuldades da idade, a amizade e a confiança dos personagens.

 

Para a diretora Yara de Novaes, “Helen é  a personagem ideal para que Fugard possa mostrar a resistência da sociedade perante o diferente, a eterna busca da confiança em si mesmo e nos demais, os erros dos dogmatismos religiosos e, sobretudo, tratando-se de um autor sul-africano escrevendo em 1984, denunciar o apartheid como forma de convivência".

 

A atriz Cleyde Yáconis, 84 anos e mais de meio século de profissão, descreve a personagem Helen como uma figura tão estranha quanto diferente. "Fiquei pasma depois que vi, pela internet, suas obras, sua casa. É surpreendente trabalhar com cimento e vidro moído. Imagino como devem ter sido as mãos dessa mulher." Para Cleyde, "a personagem não faz arte para conquistar a felicidade, mas sim por necessidade. O que me atrai na personagem é a audácia de ser o que é, de não se intimidar com a rejeição”.

 

Arrebatada pela personagem, a atriz - que tem vivido nos palcos uma série de mulheres densas, na faixa dos 60, 70 anos - pensou na satisfação de interpretar mais uma para somar ao seu repertório. "Fiz Karen Blixen, a dinamarquesa que inspira As Filhas de Lúcifer, de William Luce; depois a viciada em morfina Mary Tyrone, de Longa Jornada de um Dia Noite Adentro (de Eugene O'Neill, direção de Naum Alves de Souza); em seguida a professora francesa de Cinema Éden, de Marguerite Duras; Simone du Beauvoir em Cerimônia do Adeus (de Mauro Rasi, direção de Ulysses Cruz)", lembrou ela.