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VISITAS ESPONTÂNEAS:
Basta comparecer diretamente na recepção do MHSC, verificar o próximo horário disponível e preencher um cadastro por meio de um Código QR. Não é necessário agendamento prévio, mas a visitação está sujeita à lotação do espaço.
 
AGENDAMENTO DE ESCOLAS E INSTITUIÇÕES CULTURAIS:
Visita mediada (40min–1h) às exposições de curta duração acompanhadas de uma mediadora. A solicitação deverá ser enviada ao e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e é necessário aguardar confirmação.
 
Visita Mediada + Ação Educativa (2h) às exposições de curta duração acompanhados de uma mediadora + atividade sobre a exposição ministrada por uma arte-educadora. Solicitação deverá ser pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
 
Com exceção da visita mediada, as outras ações dependem do número de alunos e serão avaliadas pelo Núcleo de Ação Educativa do Museu.
 
Visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; sábado, das 10h às 13h30.
O MHSC não abre às segundas e aos domingos.

 

ATENÇÃO: O piso superior do Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa
está fechado para visitação, em processo de restauro e inventário.

 

Contato: [48] 3665-6363
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

AGENDAMENTO DE VISITA MEDIADA

Basta comparecer diretamente na recepção do MHSC, verificar o próximo horário disponível e preencher um cadastro por meio de um Código QR. Não é necessário agendamento prévio, mas a visitação está sujeita à lotação do espaço.
ATENÇÃO: O piso superior do Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa está fechado para visitação, pois estamos passando por processo de restauro e inventário.

Visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; sábado, das 10h às 13h30.
O MHSC não abre às segundas e aos domingos.

Entrada gratuita.


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Praça XV de Novembro, 227 - Centro, Florianópolis - SC, 88010-400

 

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João da Cruz e Sousa nasceu na antiga Desterro, em 24 de novembro de 1861, filho de escravos alforriados. Criado no solar dos que foram senhores de seus pais, recebeu, em 1874, uma bolsa de estudo para o Ateneu Catarinense. Desde cedo voltado para a literatura, fundou com os amigos Virgílio Várzea e Santos Lostada o jornalzinho “Colombo” e mais tarde “Tribuna Popular”. Dirigiu o semanário “Moleque”. em 1881, viajou ao norte, como ponto da companhia dramática Julieta dos Santos, lá voltando em 1883, quando recebeu homenagens de grupos abolicionistas.

Em 1885, com Virgílio Várzea, publicou o livro “Tropos e fantasias”. Em 1887, foi tentar a vida no Rio de Janeiro, mas pouco depois voltou, sem sucesso. Nova tentativa em 1889. Conseguiu emprego e passou a colaborar em jornais e revistas, fazendo-se o grande líder e a maior expressão do movimento Simbolista. Lançou, em 1893, os livros “Missal e Broquéis”; nesse mesmo ano casou com Gavita e foi nomeado arquivista na Central do Brasil.

Atingido pela tuberculose, buscou tratamento em Sítio, Minas Gerais, mas lá faleceu, em 19 de março de 1898. O corpo foi despachado para o Rio de Janeiro num vagão de trem para transporte de gado e enterrado no cemitério de São Francisco Xavier. Ainda em 1898, após sua morte, foi publicado o livro “Evocações”. Em 1900, saiu a coletânea “Faróis”. Gavita morreu em 1901, também de tuberculose, mal do qual acabaram morrendo três filhos do casal. Em 1905, foi editado em Paris o livro “Últimos Sonetos”.

No dia 26 de novembro de 2007 seus restos mortais foram trasladados para Florianópolis, onde permanecem depositados numa urna exposta à visitação no Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa. 

 Obra:

Seus poemas são marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca. É certo que encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.

No aspecto de influências do simbolismo, nota-se uma amálgama que conflui águas do satanismo de Baudelaire ao espiritualismo (e dentro desse, idéias budistas e espíritas) ligados tanto a tendências estéticas vigentes como a fases na vida do autor.

Embora quase metade da população brasileira seja negra, poucos foram nossos escritores negros e mulatos. E, entre eles, poucos foram os que escreveram em favor da causa negra. Cruz e Sousa, por exemplo, é acusado de ter-se omitido quanto a questões referentes à condição negra. Mesmo tendo sido filho de escravos e recebido a alcunha de "Cisne Negro", o poeta João da Cruz e Sousa não conseguiu escapar das acusações de indiferença pela causa abolicionista. A acusação, porém, não procede, pois, apesar de a poesia social não fazer parte do projeto poético do Simbolismo nem de seu projeto particular, o autor, em alguns poemas, retratou metaforicamente a condição do escravo. Cruz e Sousa militou, sim, contra a escravidão. Tanto da forma mais corriqueira, fundando jornais e proferindo palestras por exemplo, participando, curiosamente, da campanha antiescravista promovida pela sociedade carnavalesca Diabo a quatro, quanto nos seus textos abolicionistas, demonstrando desgosto com a condução do movimento pela família imperial.

Quando Cruz e Sousa diz "brancura", é preciso recorrer aos mais altos significados desta palavra, muito além da cor em si.

 

Poesia:

"Broquéis" (1893)
"Faróis" (1900)
"Últimos Sonetos" (1905)
"O livro Derradeiro" (1961).

Poemas em Prosa:

"Tropos e Fanfarras" (1885) - em conjunto com Virgílio Várzea
"Missal" (1893)
"Evocações" (1898)
"Outras Evocações" (1961)
"Dispersos" (1961)

 

Infávável:

Nada há que me domine e que me vença 
Quando a minha alma mudamente acorda... 
Ela rebenta em flor, ela transborda 
Nos alvoroços da emoção imensa. 

Sou como um Réu de celestial sentença, 
Condenado do Amor, que se recorda 
Do Amor e sempre no Silêncio borda 
De estrelas todo o céu em que erra e pensa. 

Claros, meus olhos tornam-se mais claros 
E tudo vejo dos encantos raros 
E de outras mais serenas madrugadas! 

Todas as vozes que procuro e chamo 
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo 
Na minha alma volteando arrebatadas

Fonte: COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global. -    crédito foto: Acervo MHSC

 

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crédito foto: Márcio Henrique Martins / ASCOM FCC

Tombado como patrimônio histórico do Estado em 26 de janeiro de 1984, através do Decreto nº 21.326, o prédio é um importante exemplar da arquitetura eclética do final do século XIX, caracterizado por uma conciliação de estilos anteriores, principalmente o barroco e o neoclássico.

Sobre as platibandas do telhado, existem figuras simbólicas inspiradas na mitologia greco-romana, modeladas com cimento. Na parte frontal do Palácio, estão inseridas as armas do Estado, além de dois nichos que trazem entronizadas imagens de bronze, simbolizando a agricultura e a indústria.            

Internamente, destacam-se as escadarias de mármore de Carrara, as clarabóias de ferro no telhado, os trabalhos de marchetaria nos assoalhos, as pinturas nas paredes, os detalhes de estuque nos tetos – que têm um significado relacionado à antiga utilização das salas – e o vitral com influência art noveau na Sala de Jantar.

Confira  a Galeria de fotos e as plantas baixas dos espaços das Exposições Temporárias disponível para baixar em download nesta página: