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Site: www.mhsc.sc.gov.br
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Telefone do responsável: (48) 3028-8091 / 3028-8092
local: Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa,
Organizador: Curadoria: João Otávio Neves Filho (Janga)
Valor(es): Visitação: gratuita
Site: www.mhsc.sc.gov.br
Horário: Visitação: 10 de julho a 02 de agosto de 2009, de terça a sexta, das 10h às 18h, aos sábados e domingos, das 10h às 16h.

Tesouros de Maria Celeste
Exposição promovida pela Fundação Catarinense de Cultura comemora os 90 anos da artista
 Promoção: Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Museu Histórico de Santa Catarina e Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)
 
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promove na próxima quinta-feira, dia 9 de julho de 2009, às 19h, no Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa, no Centro de Florianópolis, a abertura da exposição Maria Celeste – 90 Anos. Com curadoria do crítico de arte João Otávio Neves Filho, o Janga, a mostra faz uma retrospectiva da obra da catarinense Maria Celeste Neves, que já acumula dezenas de exposições individuais e coletivas no currículo, e tem obras no Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil, no Rio de Janeiro.
 
Segundo Janga, “durante muito tempo Maria Celeste Neves – a Maria dos Paninhos, como carinhosamente a tratava Vechietti – guardou consigo o tesouro de suas preciosas memórias. Já madura, num amoroso gesto de doação, decidiu transformar através da arte estas memórias em algo ainda mais precioso. O resultado desta decisão está em parte registrado nesta retrospectiva que comemora 90 anos de vida sabiamente vividos.”
 
O curador lembra que boa parte da obra de Maria Celeste espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo, disputada por colecionadores sensíveis. A retrospectiva, inclusive, não abrange toda a sua vasta obra, mas apenas peças que integram o acervo particular da artista. “Seus trabalhos, originais e únicos, são mini-tapeçarias constituídas pela sobreposição de retalhos recortados de tecidos com as mais variadas cores e texturas, costurados de forma a criar planos que definem uma espacialidade bastante peculiar. Sobre estes panos de fundo, uma feérica e exuberante movimentação é criada através dos bordados, rendas e apliques de variados tipos e procedências”, analisa Janga.
 
A paixão da autora por tudo o que se refere ao doméstico mundo das costuras e bordados, geralmente executados por mulheres, fez com que Maria Celeste elegesse como forma de expressão não as tradicionais telas e tintas, mas sim o tecido bordado utilizado como meio e suporte da obra. “Sua originalidade começa por aí, e sua genialidade revela-se ao reverter o quadro do menosprezo patriarcal pelas artes pertencentes ao universo feminino, preconceituosamente consideradas menores. Ao fazer do bordado uma arte com ‘A’ maiúsculo, coloca este meio de expressão no mesmo patamar das demais linguagens das artes ditas maiores. Mantendo, aos noventa anos, a plenitude de sua capacidade criadora, presenteia-nos com a dádiva de podermos compartilhar deste seu universo interior, pautado pela sensibilidade, poesia e beleza”, diz o crítico de arte.
 
Janga explica que os trabalhos de Maria Celeste inspiram-se nas cenas do cotidiano ilhéu, com suas labutas, suas festas, suas crenças e mitos. “São pequenas obras-primas, que em sua singeleza desafiam o aparato grandiloqüente de uma sociedade cada vez mais massificada e tecnocrata. Em seu processo de criação, os tecidos recortados criam formas às quais sobrepõe-se as figuras sempre bordadas com linha negra, outros detalhes são bordados em cores numa escala harmônica, esses signos e símbolos com seu grafismo peculiar, dinamizam os panos de fundo onde se inserem. Em alguns trabalhos, a utilização de colagens de rendas, véus e filós criam efeitos tridimensionais que projetam-se para fora da superfície”, afirma Janga.
Para o curador, a inesgotável capacidade criadora de Maria Celeste, sua sensibilidade sui generis para com as linhas e tecidos, assim como sua intuitiva sabedoria plástica, fazem dela um dos fenômenos mais interessantes e originais da nossa visualidade. “Sua mítica Lilliput tropical, povoada de seres ternos e alegres, que em sua coreografia cotidiana celebram as mais essenciais forças vitais, nos mostra um mundo onde tudo é luz, amor, fraternidade. São obras que nos acenam com a possibilidade de sermos um pouco menos sombrios, menos mesquinhos, mais humanos, fraternos e felizes”, completa
Fonte: Comunicação / FCC
Autor(a): Deluana Buss
fotos Márcio H. Martins / FCC
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Telefone do responsável: (48) 9919-0054
local: MHSC
Organizador: Juliana Hoffmann
Valor(es): gratuito
Horário: Dia 11 abertura às 19h Dia 12/09 a 12/10, das 10h às 18h de terça a sexta Sábados e Domingos das 10h às 16h

Juliana Hoffmann (01/03/1965)  
Confira fotos de algumas Exposições em nossa galeria de fotos clique aqui
 
Artista Plástica Catarinense, autodidata, iniciou sua atividade artística na década de 80 em Florianópolis/SC, onde vive e trabalha.
Começou a expor suas obras em 1982, e desde então participou de diversas exposições no Brasil e exterior.
 
 
Formação: Autodidata 
Exposições Individuais
2008.    Museu Histórico Palácio Cruz e Sousa, Florianópolis, SC
2007.     Assembléia Legislativa do Estado de Santa Cat5arina, Florianópolis, SC, Brasil.
2006.     Interiores, Casa Açoriana, Florianópolis, SC,Brasil.
2005.     Museu Malinverni Filho, Lages,SC,Brasil
2004      Museu de Artes de Santa Catarina, CIC, Florianópolis, SC,Brasil
1997      Espaço Oficinas, CIC, Florianópolis, SC,Brasil
1993.     Galeria Espaço de Arte  Zeca D’Campora, Florianópolis, SC.Brasil
1992.      Galeria da UFSC, Florianópolis, SC,Brasil
1991.      Museu de Artes de Santa Catarina, CIC, Florianópolis, SC,Brasil
1990.      ACAP, FLorianópolis, SC,Brasil
 
 
Exposições coletivas
2008.         Artistas premiados na Bienal e outros convidados, Nova York,  USA
2007.         Paint-a-future- Chateau Saint Miche, Rully, França.
2007.         I Bienal internacional de Sorocaba. (Menção Honrosa), Sorocaba, SP, Brasil.
2007.         Paint-a-Future, Atlanta, EUA
2007.         Lestada e a Desconstrução-BADESC-Florianópolis-SC,Brasil.
2007.         Lestada e a Desconstrução-  Galeria Múltipla, São Paulo, SP,Brasil.
2006.         Paint –a-Future / Rembrandt, Amsterdam, Holanda.
2006.        16 No Forte – Fundação Franklin Cacaes, Florianópolis, SC, Brasil.
2006          Paint-a-Future, Centro Cultural São Paulo. São Paulo SP,Brasil.
2006          Paint-a-Future, Museu de Artes de Santa Catarina,Florianópolis,SC,Brasil.
2005.         X Salão de artes de Itajaí. Itajaí, SC, Brasil.
2005.         Arte Postal.Casa teatro Armação. Florianópolis, SC, Brasil.
2005.         “Buraco Negro”, Museu Malinverni Filho, Lages, SC.Brasil
2005           Italian Blog on Arthur Rimbaud,Milão , Itália
2005.         Homenagem a Arthur Rimbaud, Museum Castello di Rivara, Centro d’Arte
Comtemporanea,Turin,Itália.
1999  IV Salão Elke Hering , Blumenau, SC.Brasil
1998  Mostra Acervo do MASC, CIC, Florianópolis, SC,Brasil.
1990 Curitiba Arte 6, VI Salão Alcy Ramalho Filho de Artistas Plásticos, Curitiba, PR.Brasil
1990 (Primeiro prêmio) Concurso Em Busca de Talentos Catarinense, Chapecó, SC.Brasil
1990  V Salão de Artes Armando Viana, Rio de Janeiro RJ.Brasil
1984 VII Salão Estadual Universitário de Artes Plásticas, Florianópolis. SC, Brasil. Prêmio Especial.
1983 VI Salão Estadual Universitário de Artes Plásticas. Florianópolis, SC. Brasil – Prêmio da Categoria (desenho).
1982  III Salão Catarinense de Novos Artistas, Florianópolis, SC, Brasil. Primeiro Prêmio.
 
Outras atividades
1999  Criação e animação da abertura do documentário “A Pandorga – O projeto de um vôo” de Isabela  Hoffmann, Premiado como melhor vídeo no  festival de Vídeo de Gramado.
2003 e 2005    Direção de arte do curta-metragem “Nem o céu, nem a terra” de Isabela Hoffmann
2007 Simpósio internacional Paint-a-future, Chateau Saint Michel, Rully, França.
 
Próxima exposição:
2008 Novembro- Exposição coletiva, North Carolina, USA.
                
 
Depoimentos  sobre a Artista:
          Estamos vivenciando uma época sui generis. Acho que poderia ser chamada de época do mau gosto. Em toda a atividade humana, não só a intelectual, está imperando o feio, a imbecilidade aflora em proporções jamais vista. Em compensação, do outro lado, a estética (abafada pelo estrondo do falso artístico) assume uma dimensão tão grande como o Renascimento italiano, só que desta vez na modernidade onde o belo,   despercebido pela massa, dá seu retorno ao passado pelos meios mais modernos, trazidos pela ciência, pela técnica que vai sendo assim humanizada.

       Juliana Hoffmann – posso afirmar sentado em macia convicção extraída de anos de amor pelas artes – é uma das raras artistas (cujo começo assisti  sem muita esperança) é, repito, uma das raras artistas que poderá tornar-se universal em pouco tempo. Ela possui aquele elo imprescindível entre o passado e o futuro que   Habermas nos lembra tirando lição de outros e Cochofel distribuía para quem não virasse nariz a português falando de estética (e falando maravilhosamente). O ministro do nosso MASC que o diga.

       Juliana age no repetitivo que é próprio da realidade fotografada, mas como artista transforma pictórica e habilmente o close que desejou no esquartejamento da cena escolhida. Poder-se-ia lembrar de fotomontagem (que não é), também em coisa usada no tempo glorioso do surrealismo o qual ainda decide o trajeto da verdadeira arte do mundo, seja  na exibição plástica ou intelectual com poetas, músicos, escultores e até mesmo com escritores (menos afetos a mudanças).

        Juliana Hoffmann veio pouco a pouco tentando encontrar seu destino artístico e o encontrou surpresa com o estilo que lhe abria os braços e todo o conforto de uma grandeza que não esperava ter com tal teor de advento. Foi diante da obra do alemão Anselm Kiefer, pupilo de Beuys, este excelente provocador de idéias inovadoras e péssimo artista. Mas o que Kiefer significa para essa grande artista? Apenas um furo por onde curiosamente espiou e viu todo seu futuro: não no desenho, na fatura da cor pesada do nazismo sofrido por ele. Viu o que a técnica que ele, sexagenário, estava usando seria o que lhe convinha como jovem aflita em expandir sua genialidade até então espremida na geografia restrita de uma província não folclórica   mas, propositalmente, folclorizada por manés daqui e doutras bandas.

       Ao terminar, devo esclarecer que há duas maneiras da artista focar não a matéria plástica como abertura de sentido, mas sua compreensão diversa das coisas de sempre que segundo por segundo estão na cotidianidade. É com as dimensões imensas da cor no lugar certo que a artista atinge o ph que a arte precisa para conquistar seu sentido e sua garantia de eternidade.

      Agradeço a descoberta dessa maravilhosa obra e também a confiança da autora no apresentador.

                                                              C. RONALD

                                                                    Poeta

 

 

      O que Juliana cria nesta exposição é um novo universalismo na pintura. Representação e surrealismo dividem o espaço e se misturam. Representação da natureza e representação do artifício humano se    fundem e nos trazem para diante dos olhos a paisagem do mundo. É o Brasil, é Paris, é Amsterdam misturados na imagem da experiência da pintora, com vivacidade. Fundindo de forma espontânea, mas nada ingênua,  tudo que existe na pintura até hoje com a pulsação de sua própria vida, Juliana com esse novo universalismo feliz, - porque a estética do resultado tem aquela mesma vivacidade de todos os transgressores das escolas de pintura que criaram novas escolas, com fez Picasso,- nos oferece um exemplo das revoluções que ainda são possíveis de se perseguir na experiência das artes plásticas.

                                                                              Leah Johnson

                                                                              Artista plástica

 

    
               
 
local: Sala Martinho de Haro
Organizador: SESC