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O Museu Victor Meirelles está em obras desde o início de abril deste ano. As atividades do museu, tanto as exposições e demais agendas culturais, assim como todo o acervo, foram transferidas desde então para a sede temporária que fica na Rua Rafael Bandeira, nº 41, no Centro de Florianópolis.
 
As obras fazem parte do PAC – Cidades Históricas, um programa do governo federal, e têm como objetivos a Restauração e Ampliação do Museu Victor Meirelles, um sobrado luso-brasileiro construído no final do século 18 onde nasceu o artista, na cidade de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. Na verdade são duas intervenções concomitantes: a restauração, que acontece na casa histórica e a ampliação, que ocorre no prédio anexo, a partir da adequação e da qualificação dos seus espaços.
 
Com o objetivo de promover a integração entre o sobrado que abriga o Museu Victor Meirelles e o edifício adjacente, de três pavimentos, cedido pelo governo do Estado de Santa Catarina, o projeto arquitetônico de autoria do arquiteto Peter Widmer, propõe não só adequar e qualificar os espaços do museu como também ampliar a sua área, dos atuais 400m² para quase 750m², dotando-o de mais salas de exposição, auditório, salas de atividades diversas, recepção, cafeteria e biblioteca, entre outros.
 
As intervenções concebidas com base em conceitos contemporâneos pretendem criar uma identidade arquitetônica própria para o museu, a fim de destacá-lo no espaço urbano onde ele está inserido e buscando a sua solidificação como um espaço museológico qualificado e instigante. Por isso a solução volumétrica e arquitetônica adotada no projeto priorizou três aspectos básicos. Primeiro articular os espaços atualmente fragmentados, através de uma intervenção capaz de integrar os dois edifícios, inserindo-os em uma atmosfera única, diferenciada, respeitando e ressaltando as características próprias de cada edifício. A seguir, promover a plena acessibilidade a todos os espaços do museu e, por fim, propor a harmonização com o seu entorno, elevando a condição daquela área histórica do Centro da cidade para melhor qualificá-la às finalidades turísticas e culturais, que servirão de âncora para a sua própria revitalização urbana.
 
A proposição ora em curso, portanto, irá consagrar definitivamente o Museu Victor Meirelles como uma das principais atrações do Centro Histórico de Florianópolis, contribuindo com o conjunto do acervo arquitetônico da cidade e o requalificando como polo difusor de Cultura, o que é sua vocação histórica desde a criação.
 
Os recursos, da ordem de R$ 3,2 milhões, são oriundos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, que também é o responsável pela guarda do edifício histórico desde o seu tombamento, em 1950, tendo sido o prédio adquirido pela União em 1947 e inaugurado como museu em 1952. Todo o empreendimento é uma parceria entre o Iphan/MinC, o Instituto Brasileiro de Museus – Ibram/MinC e a Prefeitura de Florianópolis.
 
A fase inicial dos trabalhos, em abril deste ano, foi marcada pelo conhecimento das edificações, que, como já mencionado, são a casa histórica e o prédio anexo. Isto significa, como prática geral no início de qualquer obra, a necessidade de verificação, no local, dos aspectos construtivos apontados nas plantas e nos projetos, aí incluindo as medidas e a caracterização exata de paredes e vigas, além da constatação dos seus reais estados de conservação a partir do que está no projeto arquitetônico.
 
Nesta fase foram retiradas partes consideráveis de rebocos, pisos, paredes e acessos, com vistas a uma verificação geral e estrutural dos imóveis. Todo o trabalho serviu para avaliar, por exemplo, a integridade das madeiras comumente utilizadas como vigas e esteios nestes tipos de construção. Além disso, foi possível também verificar a existência de duas passagens entre as edificações. Sabe-se que antes do atual prédio anexo existia no local uma casa térrea e foi esta ligação dela com a própria casa histórica, onde nasceu Victor Meirelles, que se evidenciou.
 
Na sequência, quando da retirada de partes do piso do sobrado, também para investigação, surgiu uma linha de tijolos na área térrea, bem abaixo do piso atual do museu, que provavelmente seria o piso original da casa histórica. O atual piso é todo de madeira, cujas tábuas são alinhadas e apoiadas em uma estrutura transversal, também de madeira. Como esse piso antigo, de tijolos, não afeta o atual, ele vai ser mantido.
 
Em relação ao prédio anexo, acreditava-se que a edificação fosse estruturalmente mais robusta, com um sistema de lajes, vigas e pilares em concreto armado. No entanto, constatou-se que a edificação não possui pilares individualizados, tampouco em concreto armado, mas é feita em sistema construtivo autoportante, onde as paredes, juntamente com algumas vigas, fazem o próprio trabalho de sustentação estrutural da edificação e não só a divisão dos espaços. Esse sistema, diferente do inicialmente suposto, implicou na necessidade de revisão do projeto estrutural.
 
Completando os primeiros dias de obras e vencidos os primeiros problemas surgidos, vale o registro ainda da remoção recente da escada do prédio anexo. Única ligação com os andares superiores, a escada foi demolida e será construída uma nova, em outro local, mais próximo da entrada do museu e que, junto com a instalação do elevador, vai promover a real conexão entre os dois prédios, com total acessibilidade.
 
 
A Pedreira
 
Como acontece com a maioria das obras grandiosas ou que envolvem um certo apelo, as obras de Revitalização e Ampliação do Museu Victor Meirelles também têm o seu destaque, a sua estrela. E a estrela dessa obra, ao menos no seu início, é a pedreira.
 
Os antigos nomes das ruas Saldanha Marinho e Victor Meirelles, cruzamento sobre o qual foi erguida a casa natal de Victor Meirelles, eram Rua da Pedreira e Rua do Açougue. Basta isso para se entender que, embora o tempo tenha se encarregado de transportar o açougue para outras ruas da cidade, a pedreira, ao contrário, está mais sólida do que nunca naquele local. E ela está por baixo de toda essa região onde fica a casa, inclusive no próprio pátio antigo do museu, onde existia uma área de serviço.
 
Iniciadas as obras e já cientes da existência dessa enorme pedra de granito saindo da terra em pleno espaço do museu, os técnicos começaram as providências para a sua retirada e também de outras pedras menores, igualmente de granito, uma vez que o terreno naquele ponto precisa ser rebaixado e nivelado.
 
Vale mencionar aqui que pelas características da casa histórica não é tecnicamente recomendada a utilização de ferramentas que gerem excessiva vibração, pois a operação pode comprometer a estrutura do prédio. Então, tirar a pedra passou a demandar algum planejamento em razão desta exigência peculiar. Primeiro foi tentado o modo químico, usando argamassa expandida, um procedimento já previsto na obra e supostamente eficaz, bastante para resolver o problema. Foram feitas então várias aberturas com brocas na superfície da pedra, de modo alinhado, e dentro dos furos foi aplicada a argamassa. A seguir foi introduzido o reagente nas argamassas e fechados os furos, de modo a que quando houvesse a expansão a pedra rachasse na linha dos furos. Nada. A pedra não se moveu.
 
Entre o pessoal envolvido com as obras, os operários e os funcionários do Iphan e do Museu não se fala em outra coisa a não ser a pedra que não quer sair. Até então o desafio granítico, afirmam os técnicos do Iphan, não está comprometendo o andamento dos trabalhos mas, definitivamente, a pedra-estrela é sem dúvida o grande desafio desta fase inicial das obras no Museu Victor Meirelles.

Fonte: Museu Victor Meirelles

Fonte: Museu da Imagem de Araquari

Está aberta à visitação em Chapecó, no Oeste catarinense, a exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC) e Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC). A mostra que retrata o importante episódio da história catarinense poderá ser visitada até 2 de dezembro no hall de entrada do  Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM). A exposição itinerante é uma versão modular, com a mesma arte e o mesmo conteúdo, da exposição aberta em 2012 no Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis.
 
Para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero, a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de diversos estudos junto aos sítios históricos. Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis. O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto.
 
Capacitação aos professores
 
Como parte da programação da mostra, no dia 21 de setembro, será realizada a oficina Possibilidades de ações educativas: “Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas” também em Chapecó. Serão capacitados 40 professores da rede escolar municipal, que participarão da atividade ministrada pelo professor Delmir José Valentini. Os professores conhecerão o material educativo da exposição, contendo propostas de atividades educativas transdisciplinares como mais um recurso para potencializar a visita à exposição e seus desdobramentos na escola.
 
Sobre a Guerra do Contestado
 
A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.
 
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
 
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
 
Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisarmos com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.
 
Serviço:
 
O quê: Exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas
Visitação: de 2 de setembro a 2 de dezembro de 2016. 
De segunda a sexta-feira, das 8h30min às 12h; e das 13h às 17h
Onde: Rua Líbano, 111D, Bairro Passo dos Fortes - 2º piso do Terminal Rodoviário. Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina – CEOM – Chapecó/ (SC)
Inscrições de grupos escolares e informações:  (49) 3323-4779 / 3324-6914
Entrada gratuita
 

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

Sopro Coletivo e artistas convidados, participantes do Grupo de Pesquisa Educação, arte e inclusão da UDESC ocupam entre os dias 8 e 30 de setembro o prédio que abriga o Museu da Escola Catarinense com poemas visuais, fotografias, desenhos, relatos de artista, objetos, performances, projeções, bordado, crochês e muita reflexão sobre a construção do ser professora/professor. No dia 1º de outubro ocorrerá uma finissage às 18h para encerramento da atividade. Seja através de técnicas tradicionais ditas do universo feminino ou explorando novas mídias, os trabalhos falam de identidade, memória, re-memória oudes-memória no que constitui a relação discente e docente no cotidiano escolar ou no imaginário cultural.
 
Cada participante remexeu seu gabinete de lembranças e histórias pessoais entrelaçando seus achados com o conhecimento do campo de estudos da educação histórico-crítica, para reconhecer a caminhada que fez e que ainda faz para ser uma/um arte educadora/educador. Paixão e legado se fazem na construção histórica, entre memória e ficção no corpo em fluxo, com desejos, sonhos, pensamentos e concretizações na arte, na vida, na escola e na educação. O desafio cotidiano, na busca da construção do conhecimento se ata também naquilo que é inconfessável, no amor, na sexualidade, no gesto do que busca e se perde no mundo escolar e suas possíveis delicadezas. 
 
“Porque as palavras não conseguiam esvaziar-me...” é uma boa oportunidade para, qualquer um de nós,pensar o porquêgostávamos (ou não) de ir para a escola e de como essas memórias constituem o imaginário do ser professora/professor hoje.
 
Serviço:
O que: Exposição “Porque as palavras não conseguiam esvaziar-me...” do Sopro Coletivo e Artistas convidados, participantes do Grupo de Pesquisa Educação, arte e inclusão da Udesc
Quando: 8 e 30 de setembro de 2016
Abertura: 8 de setembro, 18h
Onde: Museu da Escola Catarinense – MESC. Rua Saldanha Marinho, 196. Centro. Florianópolis.
Finissage: 1º de outubro de 2016, às 18h
Entrada gratuita
 
Outras informações:
 
Curadoria
Lucila Horn
 
Projeto Museográfico
Consuelo Schlichta
Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva
 
Ação Educativa
Ana Luiza A. Couto de Moura
Aniger De Oliveira Passos
Cristiane Maria Castellen
Giovana Bianca Darolt Hillesheim
Júlia Rocha pinto
 
Artistas participantes
Ana Luiza Albanás Couto de Moura
André Ricardo Souza
Aniger De Oliveira Passos
Clarissa Santos
Consuelo Schlichta
Cristiane Maria Castellen
Edson Macalini
Elisete Moccelin Machado
Giovana Bianca DaroltHillesheim
Iriana Resende
Isadora Gonsalves Azevedo
Jaymini PravichandraShah
Luciane Izabel Ferreira Henckemaier
Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva / Cristina Rosa
Maria Eduarda Teixeira Pinto Collaço / Madu Maria
Maristela Muller
Rodrigo Montondon Born
Sandramara Goulart dos Reis
Viviane Grisa
 

Fonte: Informações da organização do evento

O Museu Histórico de Santa Catarina, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no Palácio Cruz e Sousa, centro de Florianópolis, publica pela segunda vez seu Relatório Geral de Atividades, correspondente ao ano de 2015. O documento foi produzido pelo Núcleo de Museologia do Museu entre novembro de 2015 e agosto de 2016.
 
Na publicação, que pode ser lida no link ao fim desta matéria, estão disponíveis informações sobre o desenvolvimento do Plano Museológico, exposições, estágios, pesquisa de públicos, detalhes sobre a restauração do Palácio Cruz e Sousa, entre outros. O objetivo do Museu é manter o Relatório Geral de Atividades como uma publicação anual, contribuindo com a pesquisa sobre a instituição, sua memória e, sobretudo, a transparência de suas ações com a sociedade.
 
     

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

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