Possibilitar o acesso à diversidade musical, ampliando horizontes do conhecimento das novas formatações sonoras. Permitir a interatividade e a vivência musicais entre músicos e público. Ampliar o diálogo entre sonoridades tradicionais e contemporâneas. Estes são os principais focos da primeira edição do Festival de Música Contemporânea Aliança Francesa.
A música aqui apresentada é resultado do estudo, da pesquisa da tradição, dos experimentalismos de vanguarda, da eletroacústica e de outras modalidades de composição. Sonoridades que refletem o momento presente de forma expressiva e significativa, mixando os elementos acústicos e orgânicos dos instrumentos com as tecnologias vigentes, abrindo novas perspectivas e dimensões do elemento sonoro. Uma música singular e ao mesmo tempo plural, fruto do conhecimento e do trabalho de compositores do século XXI, que reflete a contemporaneidade e o pensamento da sociedade atual, sua estética e sua criatividade.
Sonoridades Diferenciadas para o Século XXI propõe novas perspectivas de relacionamento com a música. Sugere a apreciação ativa, não mais estática, das múltiplas sonoridades das trilhas urbanas incorporadas a uma tradição musical reconhecida e mapeada, e também interfaces, descobertas e multimeios ampliados, propiciando novas escutas para novas interpretações.
Definições, indefinições, contrapontos, estranhamentos, estruturações e reconhecimentos - melódicos, rítmicos, harmônicos - convivem com novas cores sonoras multifacetadas por interferências mundanas e pela performance cênico-sonora. Diferentes fluxos interligam-se organicamente ou em desordenadas provocações, conduzindo e recriando uma sonoridade atemporal.
Tradição e modernidade figuram como as duas faces de uma mesma epopéia, o rosto de uma época fragmentada na busca do reconhecer-se no mundo que nos cerca.
Luiz Ekke Moukarzel
Diretor do Festival
confira abaixo programação completa, ou no site http://www.affloripa.com.br/festival/
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Entre 17 e 27 de outubro, o Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante traz a Florianópolis uma série de apresentações culturais. São peças de Teatro, espetáculos de dança, shows, exposições, filmes, oficinas de música e palestras. A iniciativa tem o objetivo de democratizar a cultura e revelar novas tendências artísticas, proporcionando a valorização das culturas locais.
Em Florianópolis, a programação será realizada no Teatro álvaro de Carvalho localizado na Praça Pereira Oliveira, 26 - Centro e no Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS), localizado Av. Gov. Ireneu Bornhausen, 5.600 - Agronômica. Informações no site Vozes de Mestres.
MúSICA
- Vozes de Mestres | Dia 17 de setembro, às 20h
Show principal: Dominguinhos | Show de abertura: Pereira da Viola
Local: Teatro álvaro de Carvalho
O projeto "Festival Internacional de Cultura Popular - Vozes de Mestres", que tem como objetivo promover a valorização da diversidade cultural brasileira, conta com a participação de artistas e grupos de reconhecimento internacional, nacional e local. Dominguinhos é instrumentista, cantor e compositor. Sanfoneiro, teve como mestres Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Pereira da Viola é cantor, compositor e violeiro e faz pesquisas da Cultura Popular no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do país, porém rica em diversos tipos de manifestações culturais.
Classificação: Livre
Entrada: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia - benefício válido, inclusive, para o acompanhante)
- Camerata Florianópolis - Rock"n Camerata | Dias 19 e 20 de setembro, às 20h Local: Teatro álvaro de Carvalho
O espetáculo denominado Rock"n Camerata será apresentado pelos músicos da Camerata Florianópolis acompanhados por uma Banda de Rock integrada pelos guitarristas Eduardo e Renato Pimentel, Rafael Calegari e Rodrigo Paiva com a participação especial dos cantores Carla Domingues, Daniel Galvão e Dudu Fileti. A regência é do maestro Jeferson Della Rocca e os arranjos do compositor e pianista Alberto Andrés Heller. No repertório, algumas das mais conhecidas músicas de lendárias bandas de Rock dos últimos 40 anos. Dentre elas, The Beatles, Roling Stones, Led Zeppelin, Deep Purple, Kansas, Pink Floyd, Kiss, Rush, Europe, Queen, Steppenwolf, U2 e até mesmo Raul Seixas e Ozzy Osborne.
Classificação: Livre
Entrada: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia - benefício válido, inclusive, para o acompanhante)
DANçA
- Cia Jovem Ballet Bolshoi - Work in Progress | Dia 24 de setembro, às 20hLocal: Teatro álvaro de Carvalho
Quando a primeira turma de alunos da Escola Bolshoi formou-se no Curso de Dança Clássica, cinco bailarinos foram convidados a permanecer e participar profissionalmente de um projeto promissor: a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Criada em 11 de fevereiro de 2008, seu repertório inclui obras clássicas consagradas e criações inéditas, com apresentações públicas por todo país e exterior. Em dezembro de 2008 foi realizada uma audição e dez novos bailarinos passaram a integrar o grupo. Em Florianópolis a companhia jovem fará a apresentação Work in Progress, de Henrique Talmah.
Classificação: Livre
Entrada Franca
TEATRO
- O Caminho Para Meca | De 25 a 27 de setembro, às 20h Local: Teatro álvaro de Carvalho
O espetáculo é protagonizado por Cleide Yáconis, a partir do texto de Athol Fugard, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos da língua inglesa. Inspirado em uma figura real, o texto fala de segregação racial, contando a história da sul africana Elizabeth Martins, uma autêntica outsider que encontra sua forma de expressão por meio da escultura, produzindo uma arte não convencional. Direção: Yara de Novaes; Elenco: Cleide Yáconis, Patrícia Gasppar e Cacá Amaral.
Classificação: 12 anos
Duração: 90 min.
Entrada: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia - benefício válido, inclusive, para o acompanhante)
CINEMA
- Os Melhores Filmes do Ano - ACCRJ | De 17 a 27 de setembro, 16h e 19hLocal: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS)
O projeto oferece ao público a oportunidade de assistir ou rever os dez melhores filmes do ano selecionados pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), em duas sessões diárias, além de promover um debate com um crítico carioca e um crítico local no último dia do evento.
Consulte a classificação indicativa de cada filme.
Entrada FrancaProgramação e Sinopses
CINEMA INFANTIL
- Sessão Criança | De 17 a 27 de setembro, 9h e 14hLocal: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS)
Mostra de filmes para crianças e jovens conduzida por apresentadores formados em artes e na linguagem audiovisual. Serão realizadas duas sessões diárias, além de promover uma palestra por cidade para educadores formais e informais abordando o uso do cinema na educação.
Classificação: Livre
Entrada FrancaProgramação e Sinopses
EXPOSIçãO
- Serra da Canastra | De 17 a 27 de setembro
Horário de visitação: das 9 às 18h.
Local: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS)
Mostra fotográfica do documentarista Adriano Gambarini ressalta a importância de conservação deste patrimônio natural, embasado nas mais recentes pesquisas sobre espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e tamanduá-bandeira, e a intrínseca relação com as atividades humanas e locais. Apresenta as características da vida e rotina do povo mineiro , suas tradições , crenças e costumes, assim como as belezas da fauna e flora da região.
Classificação: Livre
Entrada Franca
IDEIAS
- Vozes de Mestres - Brasil: quem somos nós e como chegamos a ser o que somos | Dia 22 de setembro, às 20h Com participação do Prof. José Jorge de Carvalho e mediação de Déa Trancoso
Local: Teatro álvaro de Carvalho
O tema "Brasil: quem somos nós e como chegamos a ser o que somos" abordará a diversidade cultural brasileira em seus mais variados aspectos. Personalidades do universo da cultura popular são convidadas a falar sobre suas experiências e desafios para manter viva a tradição na contemporaneidade.
Classificação indicativa: Livre
Entrada Franca
OFICINA
- Vozes de Mestres - Oficinas | De 17 a 27 de setembroLocal: Centro de Eventos Alfreto Salfer
Entrada Franca
Inscrições e Informações no site www.vozesdemestres.com.
- 17 de setembro, das 9h às 12h | Oficina "Viola Caipira" com Pereira da Viola
- 17 de setembro, das 9h às 12h e 14h às 17h | Oficina de Mural em Cerâmica, em praça pública, com a facilitadora Germana Arthuso
- 23 de setembro, das 9h às 12h | Oficina de Vivência com os bailarinos da Cia Jovem Ballet Bolshoi
- 25 a 27 de setembro, das 9h às 12h | Oficina "Corpo e Voz" com a facilitadora Déa Trancoso
Com mais de uma centena de obras, abriu na terça-feira, dia 31 de março, a exposição "MASC 60 Anos", com pinturas e gravuras do acervo do museu e trabalhos de artistas premiados nos salões Victor Meirelles realizados entre 1993 e 2008. A exposição, que tem curadoria de João Otávio Neves Filho, integra as comemorações de aniversário do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) e da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
A cerimônia de abertura contou com uma programação especial (veja as fotos abaixo). Sob orientação da professora Betânia Silveira, as alunas do curso de cerâmica das Oficinas de Arte da FCC fizeram uma homenagem ao museu, apresentando "Ato". Segundo Betânia, no dia anterior ao evento ela e as alunas fizeram a queima de vários objetos, que no dia foram usados em uma performance. "Fizemos uma montagem performática", explica a artista, completando que o fruto da ação ficará no jardim, ao lado do museu.
Na mesma noite de abertura ainda houve uma serenata, com o grupo Maria Helena e Quinteto, do qual participam Wagner Segura (violão de sete cordas), Marco Aurélio (trombone), Fernanda Silveira (cavaco) e Fabrício Gonçalves (pandeiro). Também houve apresentação de saxofone com o músico Giann Carlo.
"Nosso museu tem um acervo maravilhoso, e queremos que o público prestigie essa riqueza. Por isso estamos buscando realizar exposições itinerantes pelas diferentes regiões catarinenses. Também planejamos criar, com a reforma da estrutura física do Masc, que deverá começar dentro de algumas semanas, um espaço para exposição permanente desse acervo", afirma a presidente da FCC, Anita Pires. A administradora do Masc, Lygia Helena Roussenq Neves, tem buscado parcerias. "Queremos dar maior visibilidade à atuação do museu, não só nas diversas regiões do Estado como também em outros espaços culturais brasileiros", afirma.
Para a montagem da exposição "MASC 60 Anos", foram realizados contatos com diferentes personalidades da cultura catarinense, envolvidos de alguma forma com a história do Masc, como Eglê Malheiros. "Nós, do Círculo de Arte Moderna, que ficamos conhecidos como Grupo Sul, em razão do nome de nossa revista, amávamos nossa ilha, mas não queríamos viver ilhados, afundamos nossas raízes na terra, braços estendidos em busca de irmãos. Cultura e arte são feitas de afirmação e troca, o isolamento depaupera e esteriliza, impede o senso crítico. Mente e coração abertos para o mundo, lutamos por fraternidade e paz e para que todos democraticamente criem e usufruam os frutos do espírito humano. Um dos feitos de nossa luta foi contribuir efetivamente para a criação do Museu de Arte Moderna de Florianópolis, hoje MASC, que resultou da Exposição de Arte Contemporânea e das palestras feitas por Marques Rebelo em nossa cidade, em 1948. Por várias vezes foi preciso salvá-lo do fechamento, contudo hoje é nacionalmente reconhecido", escreveu a artista.
Acompanhe toda a programação no novo portal do MASC: http://www.fcc.sc.gov.br/masc/
SERVIçO:
O QUê: Exposição "MASC 60 Anos"
QUANDO: abertura terça-feira, 31 de março, às 19 horas. Visitação até 30 de abril, de terça a domingo, das 13h às 21 horas.
ONDE: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica, Florianópolis, SC. Fone: (48) 3953-2318
QUANTO: gratuito
ABERTURA DA EXPOSIçãO "MASC 60 ANOS"
Fotos: Márcio H. Martins / FCC - MIS
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Um moderno sessentão
Em Santa Catarina, primeiro museu oficial de arte moderna do país comemora aniversário com mostra e reformas
Nem o MASP de São Paulo, nem o MAM do Rio de Janeiro. O primeiro museu de arte moderna brasileiro criado com patrocínio do Estado fica em Florianópolis. Tudo começou há exatos sessenta anos, com uma pequena coleção doada pelo romancista Marques Rebelo (1907-1973) e pelo governo estadual. De lá pra cá, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), instalado no Centro Integrado de Cultura da capital, diversificou o seu acervo e hoje reúne mais de 1.700 obras modernas e contemporâneas.
Foi na década de 1940 que Rebelo, Salim Miguel e outros artistas do Grupo Sul organizaram uma mostra itinerante para fomentar e "educar" o público pelo Brasil. Em Florianópolis, a Exposição de Arte Contemporânea, com mais de setenta peças de artistas nacionais e estrangeiros, foi inaugurada em setembro de 1948, no pátio do antigo Grupo Escolar álvaro Dias. Permaneceu ali por uns dez dias apenas, mas o espaço continuou aberto, exibindo desenhos e aquarelas ofertadas por Rebelo e pela secretaria estadual de Justiça, Educação e Saúde. O lugar - logo chamado de Pátio Marques Rebelo - acabou virando, seis meses depois, o Museu de Arte Moderna de Florianópolis.
Na mesma época, São Paulo e Rio de Janeiro já tinham seus museus de arte, mas eram iniciativas privadas. Em 1947, o jornalista Assis Chateaubriand fundara o Museu de Arte de São Paulo (MASP). No ano seguinte, nasciam o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, pelas mãos do industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, e o MAM do Rio, obra da diretora do jornal Correio da Manhã, Niomar Muniz Sodré. "Nossas relações com esses museus eram distantes. Poucos contatos ou intercâmbios. Atualmente o Masc tem feito parcerias para empréstimos de obras para exposições itinerantes", diz a diretora da instituição catarinense, Lygia Roussenq Neves.
Mesmo afastado dos principais centros culturais, o museu de Florianópolis conseguiu atrair obras de todas as partes do país e também do exterior. Nos primeiros anos, privilegiavam-se modernistas como Iberê Camargo, Djanira e Alfredo Volpi. Aos poucos, artistas regionais e produções mais recentes foram se destacando. "A criação do Salão Vitor Meirelles, em 1993, teve papel fundamental na formação da coleção contemporânea que hoje o Masc possui. Através de prêmios de aquisição, o acervo ganhou mais obras catarinenses e nacionais", comenta a produtora cultural Maria Teresa Lira Collares, que dirigiu o Masc entre 1993 e 1998.
Para celebrar o aniversário, estão programadas reformas dos espaços de exposição, lançamento de um dicionário de artes plásticas de Santa Catarina e mostras do acervo em outras cidades. "Queremos sair em busca de parceiros para dar maior visibilidade à sua atuação nas diversas regiões do estado e outros espaços culturais brasileiros", anuncia a diretora Lygia Neves.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional - março 2009 - Juliana Barreto Farias
O Documentário "Um Manezinho de Apelido Zininho" produzido pela TV Câmara será lançado em na próxima quarta-feira, 23 de setembro. O evento ocorrerá às 20 h na Casa da Memória.
O documentário da TV Câmara narra a vida do músico, arquivista e poeta, autor de mais de uma centena de composições, entre elas o "Rancho de Amor à Ilha", que se transformou no hino oficial de Florianópolis.
O DVD traz entrevistas com familiares e amigos do artista, registrando ainda sua passagem pelo setor de som da Câmara Municipal e pelas rádios Diário da Manhã e Guarujá. Essas experiências geraram um legado de canções diversas, fotografias, radionovelas e outras gravações que retratam um pouco da história política e cultural da capital catarinense entre 1950 a 1990.
Dia: 23 de setembro - quarta feira
Hora: 20 h
Endereço: Rua Padre Miguelinho, nº 58 - Centro (em frente ao prédio da Câmara Municipal)
Zininho nas bibliotecas
A história de Cláudio Alvim Barbosa, o poeta Zininho, será disponibilizada em vídeo para escolas públicas de Florianópolis e bibliotecas municipais do estado a partir do segundo semestre deste ano. O DVD será entregue a 25 escolas básicas e 11 desdobradas da rede municipal, a escolas estaduais sediadas em Florianópolis, e a todas as bibliotecas municipais de Santa Catarina. O documentário será ainda exibido na Casa da Memória e no Teatro da UBRO.
Homem dos Sete Instrumentos
Nascido na localidade de Três Riachos, em 1929, Cláudio Alvim Barbosa viveu parte da infância no Largo 13 de Maio, nas imediações do Hospital de Caridade. Na adolescência, mudou-se para o Bairro do Estreito.
A criatividade musical surgiu ainda na juventude, a partir de uma desilusão amorosa, mas a decisão de seguir na carreira artística veio após atuar em várias profissões, de motorista de táxi a dono da barbearia Salão Dó-ré-mi, um empreendimento que até no nome explicitava o gosto do proprietário.
Talentoso, Zininho venceu vários concursos de músicas de carnaval na cidade, mas foi no rádio que encontrou sua grande paixão. Trabalhou nas rádios Guarujá e Diário da Manhã, onde fez de tudo um pouco. Foi sonoplasta, radioator, cantor, diretor de radioteatro, compositor, criador de jingles e de prefixos, o que lhe valeu o apelido de "Homem dos Sete Instrumentos".
Na época de ouro do rádio, nas décadas de 1940 a 1960, Zininho compôs mais de cem músicas, entre marchinhas, sambas-canção e marchas-rancho. Foi autor de sucessos como "A Rosa e o Jasmim", "Princesinha da Ilha" e "Deixa a Porta Aberta".
Com a proposta de demarcar o valor histórico, artístico e cultural da arte sacra catarinense, está concluída a primeira etapa do Inventário de Bens Móveis Sacros - Imaginária e Pintura. Os detalhes do projeto podem ser conferidos num livreto lançado pela Fundação Catarinense de Cultura, em parceria com o Ateliê de Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor). O ateliê, ligado à Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da FCC, foi o responsável pela execução do inventário, buscando o conhecimento, o registro e a proteção dos bens móveis do acervo sacro reunido nas igrejas tombadas como patrimônio estadual.
A primeira etapa do projeto inventariou 105 obras de quatro igrejas e uma capela dos municípios de Florianópolis, São José e Palhoça. O fichamento é individual e identifica cada obra com o registro de suas principais características e seu estado de conservação, além de um cuidadoso processo de documentação fotográfica. As informações obtidas na avaliação do estado de conservação servem como alerta sobre intervenções indevidas sofridas pela obra e são um instrumento de proteção contra roubo, evasão, destruição e descaracterização desses bens.
Dando continuidade ao projeto, a idéia é que ele se estenda às demais igrejas tombadas do estado dentro dos próximos anos. Santa Catarina possui 26 igrejas e capelas tombadas em 16 municípios. Essas construções foram reconhecidas pelo Tombamento Estadual a partir de 1994 pela Fundação Catarinense de Cultura, por meio da Lei de Tombamento Estadual (Lei nº 5.846, de 22 de dezembro de 1980), por serem consideradas imprescindíveis para a compreensão histórica da ocupação catarinense.
A primeira etapa do inventário segue o trabalho iniciado em 1999 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em algumas igrejas de Florianópolis. O projeto vem somar esforços na criação de subsídios para uma base de dados unificada, que poderá ser alimentada e aprofundada futuramente com a continuidade dos fichamentos.
Obras inventariadas
São José
Igreja Matriz de São José (Centro Histórico): 24 obras
Florianópolis
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (Centro): 26 obras
Igreja de São Francisco de Paula (Canasvieiras): 18 obras
Capela de São João Batista (Rio Vermelho): 15 obras
Palhoça
Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Enseada de Brito): 22 obras