Em uma inusitada mistura de técnicas e olhares sobre o mundo, os artistas plásticos José Bandeira, Rísia Reis e Nilva Hadlich reúnem seus trabalhos na mostra "Olhares diversos", no Espaço Cultural Governador Celso Ramos - BRDE. O coquetel de abertura será realizado em 29 de setembro, às 19 horas, na Avenida Hercílio Luz, nº. 617. As obras poderão ser conferidas pelo público, gratuitamente, até 17 de outubro.
Nas telas que compõem a mostra, os três artistas imprimiram seus estilos e técnicas particulares. José Bandeira expõeuma série de pinturas de figura humana sobre a temática africana, com cores quentes e perfeição técnica. Já Rísia Reis e Nilva Hadlich trabalharam em cima da temática do trabalho do oleiro, do barro em suas mãos e dos vasos de cerâmica. O resultado se destaca por uma mistura delicada e criativa de materiais pouco usuais em obras de arte, como juta, areia, vidro - Rísia, por exemplo, já utilizou cacos de um pára-brisa quebrado -, fralda, cordão, grafite, tinta a óleo e acrílica.
As catarinenses Nilva e Rísia se conheceram em aulas de pintura, há cerca de dois anos. Depois de passarem por algumas escolas e cursos, conheceram o artista plástico gaúcho José Bandeira, hoje professor e amigo da dupla. Os três pintam e expõem juntos, numa constante troca de experiências e aprendizado. "Aprimoramos principalmente nossas técnicas de desenho, já que essa é a mais forte especialidade de Bandeira", diz Rísia.
Sobre os artistas
José Bandeira é formado em Artes Plásticas pela UFRGS e em desenho pelo Instituto Técnico de Desenho de Porto Alegre. Participou de diversas exposições individuais e coletivas em Porto Alegre, sua cidade Natal, e em Florianópolis.
Nilva Hadlich nasceu no município catarinense Leoberto Leal e vive em Florianópolis há mais de quatro décadas. Pinta há quatro anos e sempre desenvolveu trabalhos manuais, como bordado e costura. Já participou de mostras coletivas.
Rísia Reis, com formação independente em ateliês e cursos, pinta e desenha desde criança. Natural de Tijucas, SC, formou-se em direito, área em que atuou por muitos anos sem nunca deixar a atividade artística de lado. Realizou exposições coletivas em Santa Catarina.
Serviço:
Exposição coletiva "Diversos olhares"
Espaço Cultural Governador Celso Ramos - BRDE
Av. Hercílio Luz, 617, Centro - Florianópolis
Abertura: 29 de setembro, às 19h.
Visitação: 30 de setembro a 17 de outubro, das 9h às 21h, de segunda a sexta-feira.
Evento gratuito e aberto ao público.
Após dois meses fechado para reparos, o Palácio Marcos Konder, prédio que hoje abriga o Museu Histórico de Itajaí, reabriu suas portas com uma nova concepção da exposição "Casa Museu ? Qual Itajaí tá aqui?". A reinauguração oficial aconteceu no dia 11 de setembro de 2008.
Com nova iluminação, revitalização dos assoalhos e restauração do estuque do teto, o Museu está mais belo e preservado. E a concepção da exposição é, também, a forma como a Fundação Genésio Miranda Lins discute a história da cidade. Casa Museu exalta a diversidade cultural de Itajaí.
Mudanças físicas
"O objetivo das mudanças é adequar o atendimento ao público, divulgar o patrimônio e a memória de Itajaí, sem prejudicar seu caráter histórico" afirma Giane Buzzo, técnica em conservação e restauro da FGML.
O primeiro passo foi substituir a iluminação do Salão Nobre do Palácio e refazer o projeto luminotécnico do piso térreo, onde se encontram as exposições. Segundo o Superintendente José Roberto, no novo desenho as lâmpadas foram direcionadas, destacando os objetos e facilitando a leitura das legendas. Todo o processo foi coordenado pela técnica em conservação e restauro Giane Buzzo e orientado pelas arquitetas Rafaela Beatriz Mafra, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, da Prefeitura de Itajaí, Patrícia Trentin, Diretora do Depto de Patrimônio da FGML e pelo projetista Arthur Augusto Cellini, também da FGML.
O prédio ainda passou por reparos no assoalho de madeira e restauração no estuque. O método e os produtos utilizados foram sugeridos e acompanhados por órgãos responsáveis, em especial o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, e o Curso Ateliê de Conservação e Restauro da Fundação Catarinense de Cultura, ATECOR. Evelise Moraes, historiadora e assessora de gestão da FGML, ainda destaca a importante contribuição dada a distancia pela Profª Maria Eduarda Moreira da Silva, de Portugal, que instruiu o procedimento com o estuque.
A equipe de funcionários da Fundação Genésio Miranda Lins produziu um painel que mostra como foram as etapas do processo de restauração e reparos do prédio, assim como a higienização dos objetos da exposição. O material ficará exposto para os visitantes juntamente com um relatório sobre todos os métodos realizados.
Mudança na exposição Casa Museu ? Qual Itajaí tá aqui?
A exposição ´Casa Museu ? Qual Itajaí tá aqui?´ mostra que as peças das décadas de 40 a 60 do século passado, ora do espaço público, ora do privado, compõem uma mesma história. O público torna-se extensão do privado.
Essas duas faces de uma mesma cidade aparecem nos objetos que representam fazeres do espaço social e da intimidade. A cidade é planejada a partir de princípios de organização e higiene. No privado, os objetos e os lugares mostram um cuidado com a intimidade. Ao mesmo tempo, a casa é onde as pessoas planejam a forma como vão se apresentar no espaço público.
A exposição faz esse caminho de mostrar como esses espaços apresentam o modo como as pessoas organizavam suas vidas e também indicam a forma como elas queriam que os outros a vissem.
Espaço cozinha
Nas memórias de moradores de Itajaí e na literatura catarinense, peixes e frutos do mar são a base dos pratos na região. E, durante muito tempo, foram as últimas esperanças de pescadores e familiares não morrerem de fome. O caldo era uma sopa rala, engrossada apenas com alguns temperos do quintal e cabeças de peixe. O pirão, uma mistura do caldo da sopa ou água quente com farinha de mandioca, formando uma pasta semelhante a um purê.
Espaço Manifestações de Fé
O espaço Manifestações de Fé busca mostra um pouco do que temos de mais íntimo: a Fé.
O acervo exposto nos fala de manifestações como a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que tem início no século XV, no período das grandes navegações. Desde o descobrimento do Brasil, quando veio a primeira estátua trazida pelos portugueses, até os nossos dias, é comum os navegantes pedirem proteção a Nossa Senhora para retornarem a seus lares com vida. Maria, a Nossa Senhora, é a protetora das tempestades e perigos que o mar e os rios oferecem.
Outras manifestações representadas nesse espaço são a festa do Divino Espírito Santo e Festa da Nossa Senhora do Rosário. A Festa do Divino é uma invocação ao Espírito Santo e teve origem na fé dos açorianos, quando catástrofes naturais atingiram o arquipélago. O isolamento das ilhas contribuiu para que o culto se concentrasse nos Açores, enquanto a tradição se tornava cada vez menor em Portugal. Os imigrantes açorianos levaram, então, o culto ao Divino Espírito Santo para outros países, entre eles o Brasil. Em mais de dois séculos, o culto ao Divino Espírito Santo se estendeu por todo o litoral Sul do Brasil, divulgando a mensagem de paz e fraternidade.
O culto a Nossa Senhora do Rosário surgiu no século XII, na Europa, e teve forte presença em Portugal, França e Espanha. Chegou à áfrica pelos dominicanos, no século XVI, e, no mesmo século, ao Brasil, com a presença de africanos escravizados. Há notícias da Bandeira do Rosário, no Beco do Quilombo, em meados do século XX. A festa passou a ser reorganizada em Itajaí, em 1992, na Igreja de São João, onde continuou até 1996. A partir de 1998, a festa em Itajaí reveza-se entre as igrejas dos bairros de Cordeiros, Vila Operária e São João. Existem registros que mostram que a festa ocorria na região desde o século XVIII.
Espaço íntimo
Os objetos, como o aparelho de aparar cabelos, evidenciam práticas do espaço privado, mas há sempre uma relação íntima entre o privado e o público. Mesmo quando as peças são de intimidade, expressam um cuidado de si que se desdobra, também, nas relações sociais. Enquanto as roupas íntimas descrevem um modo de higiene com o corpo, as cidades são planejadas a partir de um princípio de assepsia. Um exemplo foi a criação do Centro Aformoseador do Itajahy, em 1903, que definia os cuidados de higiene e embelezamento, principalmente, no centro da cidade. Os objetos do nosso cotidiano privado são também uma extensão de nossas relações sociais.
Marcos Konder Reis
Poeta da geração de 1945, Marcos José Konder Marcos usava máquina de escrever, à moda dos autores de seu tempo. O escritório e o gabinete privado são uma herança do comportamento burguês do século XIX. Hoje o microcomputador e a Internet substituem boa parte das peças de um antigo escritório: a estante com os livros, a máquina de escrever, os jornais e revistas que traziam as informações do mundo e as cartas manuscritas.
Espaço Educação
O ensino público e gratuito como direito é uma conquista muito recente na história do Brasil. Como tema e como bandeira de luta, sua história é mais longa e remete a nomes como o de Anísio Teixeira, Florestan Fernandes, Paulo Freire e tantos outros educadores que viam na instrução pública a grande celebração da cidadania. Em Itajaí, como em muitos outros lugares, a educação formal e as primeiras letras estavam a cargo de religiosos e da iniciativa de nomes como Henrique da Silva Fontes.
Os funcionários e funcionárias de diversos setores do Museu Histórico participaram do planejamento e readequação das exposições, capacitando-se para um atendimento mais qualificado ao público.
O Museu Histórico de Itajaí, Palácio Marcos Konder, fica na Rua Hercílio Luz, 681.
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) realiza nesta sexta-feira (19), às 18 horas, nova edição do projeto "Sexta no Jardim - Ano 3", com apresentação do grupo O Som do Vazio. Realizado no jardim do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis, o evento tem entrada gratuita. Na próxima sexta-feira, dia 26, haverá apresentação do grupo Coletivo Operante.
Segundo a administradora do Museu Histórico de Santa Catarina, Susana Bianchini, o projeto busca manter um programa regular de apresentações artísticas no jardim do museu, sempre às sextas-feiras, no final da tarde. Destinado à comunidade em geral e aos visitantes de Florianópolis, o "Sexta no Jardim" pretende difundir e ampliar o acesso aos bens culturais e, ao mesmo tempo, valorizar os artistas locais.
"O jardim do Palácio Cruz e Sousa, inaugurado em setembro de 2006, tornou-se um ponto de referência no centro da cidade como espaço de convívio e lazer, onde se encontram diferentes grupos", lembra a presidente da FCC, Anita Pires. Aberto diariamente das 10h às 18h, o local permite que a comunidade se aproprie e se reconheça, desfrutando momentos de deleite e bem-estar.
O Som do Vazio - Com uma formação instrumental raramente encontrada, contrabaixo acústico (Mateus Costa) e voz (Fernanda Rosa), o duo apresenta releituras de canções brasileiras, incluindo a de compositores locais, com arranjos próprios. A sonoridade é bastante peculiar: dois instrumentos distintos, um extremamente grave e outro agudo, distantes muitas vezes por duas a três oitavas, que precisam estar em total sintonia para que a música aconteça.
A direção musical da apresentação desta sexta-feira será realizada por Perla Ferreira, e foram selecionadas peças de autores contemporâneos como "Valsinha", de Chico Buarque e Vinicius de Moraes; "Beatriz", de Chico Buarque e Edu Lobo; "Ponta de Areia", de Milton Nascimento e Fernando Brant; "Kid Cavaquinho", de João Bosco e Aldir Blanc; "São Francisco", de Vinicius de Moraes e Paulo Soledade; "Nesta rua", de domínio público; "Béradêro", de Chico César; "O Trenzinho do Caipira", de Heitor Villa-Lobos com o Poema de Ferreira Gullar; e "Chovendo na Roseira", de Tom Jobim.
O QUê: Projeto "Sexta no Jardim - Ano 3", com o grupo O Som do Vazio. QUANDO: sexta-feira (19), às 18 horas. ONDE: Jardim do Palácio Cruz e Sousa (em caso de chuva a apresentação será transferida para o interior do Museu Histórico de Santa Catarina), Praça 15 de Novembro, Centro, Florianópolis, fone: (48) 3028-8091 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. QUANTO: gratuito.
Segue até o dia 25 de setembro, as inscrições dos delegados e suplentes dos Pontos de Cultura para o Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, que acontece durante a Teia Brasília 2008, realizada entre os dias 12 e 16 de novembro. Para se inscrever, os representantes devem enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., informando o nome do Ponto de Cultura, cidade e UF, nome, identidade, telefone e e-mail de delegado e suplente.
Dentro da programação, já está previsto para acontecer o seminário "Pontos de Cultura e Gênero", que tem como objetivo a avaliação, discussão e elaboração de uma estratégia estruturante de pontos de cultura com a temática de gênero. O seminário está previsto para os dias 14 e 15 de novembro. Outras informações: www.cultura.gov.br/culturaviva/.
Publicada no dia 4 de agosto de 2009 no Diário Oficial da União , a
segunda edição do Prêmio Mário Pedrosa - Museu, Memória e Mídia, promovido
pelo Instituto Brasileiro de Museus - Ibram. Nesta edição, o edital premiará
matérias jornalísticas relacionadas a museus do Brasil, sobre o tema Museus
e Turismo.
O edital contemplará três trabalhos, que devem ter sido publicados em
território nacional por veículos de mídia impressa, no período de 1º de
janeiro a 30 de outubro de 2009. O 1º lugar receberá R$ 8 mil; 2ª lugar, R$
5 mil e 3º lugar, R$ 3mil.
Seleção - As matérias serão analisadas por uma comissão, formada por
profissionais das áreas de museus e comunicação, que levará em consideração
redação e estruturação; pesquisa e documentação; profundidade da abordagem,
multiplicidade de fontes; enfoque e fidelidade ao tema; caráter inovador ao
tema; e construção da narrativa jornalística.
O material contemplado será divulgado em publicação específica, pelo Ibram,
vinculado exclusivamente ao Prêmio Mário Pedrosa - Museus, Memória e Mídia.
Museus e Turismo - Com o Prêmio Mário Pedrosa, o Ibram pretende incentivar
os meios de comunicação da mídia impressa a publicar matérias jornalísticas
sobre a estreita relação entre os museus o turismo, tendo em vista os museus
como grandes centros de difusão cultural e meios de atração turística, que
movimentam todos os setores econômicos da localidade e democratizam o acesso
às informações culturais neles contidos.
O período de inscrições será de 05 de agosto a 30 de outubro de 2009. Para
detalhes confira o edital no www.museus.gov.br.
Mais informações no Departamento de Difusão, Fomento e Economia dos Museus -
DDFEM / Ibram, no (61) 3414-6207 e (61) 3114-6143 ou no
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