03/11/2009 - Foi realizada na terça-feira, dia 03 de novembro, às 10h30, no Teatro Governador Pedro Ivo, junto ao Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis, a assinatura dos convênios para estabelecimento de uma rede com 60 Pontos de Cultura em Santa Catarina, em cerimônia que contou com a presença do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, entre outras autoridades. Promovido pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado de Santa Catarina, com apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e Conselho Estadual de Cultura (CEC), o Edital dos Pontos de Cultura representa um investimento de R$ 10,8 milhões no setor.
O repasse dos recursos às entidades culturais sem fins lucrativos que tiveram seus projetos selecionados será de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) por ano, durante três exercícios, o que totaliza R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) para cada ponto. O edital, que beneficiará 36 municípios catarinenses, tem por objetivo implantar uma rede de inclusão social e construção de cidadania. "Com ele, estamos estimulando a geração de emprego e renda, e também apoiando ações de fortalecimento das identidades culturais", afirma a presidente da FCC, Anita Pires.
Cada ponto de cultura deverá funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de projetos já existentes nas comunidades de Santa Catarina, desenvolvendo ações continuadas em pelo menos uma das seguintes áreas: culturas populares, grupos étnico-culturais, patrimônio material, audiovisual e radiodifusão, pensamento e memória, culturas digitais, gestão e formação cultural, expressões artísticas e/ou ações transversais. O Edital teve 203 projetos inscritos, e as inscrições foram gratuitas.
Durante a seleção, os projetos passaram pelas fases de análise documental, técnica e de avaliação de mérito. O trabalho foi realizado por uma comissão especial constituída por técnicos do Governo do Estado, do Conselho Estadual de Cultura (representando a sociedade civil) e do Ministério da Cultura. "Estamos certos de que a inclusão social por meio da cultura será uma realidade ao alcance de muitos catarinenses com a formação desta rede de Pontos de Cultura", afirma o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel.
Veja a lista dos 60 projetos selecionados:
Resultado Final - Pontos de Cultura (DOC 47.5 KB) |
Entre um turno e outro, o operador de máquinas Wantuir Mateus dá uma pausa no trabalho braçal para se dedicar à leitura. Não, ele não é um daqueles ratos de livraria sempre com um exemplar debaixo do braço - suas histórias preferidas estão na biblioteca da Tupy, uma das empresas joinvilenses que montou o espaço dentro da fábrica. "Se não tivesse aqui, eu nem teria como ir, porque onde moro fica tudo longe", explica.
Não há um estudo para comprovar o aumento de produtividade dos funcionários com iniciativas como essa, nem a intenção de forçar os trabalhadores a ficarem mais tempo dentro da empresa. A idéia é incentivar um hábito muitas vezes esquecido ou renegado pela falta de tempo. Assim como Wantuir, muitos outros trabalhadores passam diariamente na frente do local e se sentem tentados a entrar e conhecer o mundo das palavras.
Em Joinville, a Tupy está apoiada pelo projeto Indústria do Conhecimento, do Sesi - Whirlpool e Parco Perini também estão em processo de implantação das bibliotecas nos mesmos moldes. A Electro Aço Altona e a Coteminas, de Blumenau, e a Metalúrgica Riosulense, em Rio do Sul, são outras empresas já inseridas no programa, desenvolvido junto ao Ministério da Educação. Forquilinha (com a Seara) e São Lourenço do Oeste (representada pela Parati Alimentos) também deverão participar a partir de 2009.
Nessa parceria, o Sesi é responsável pela construção do espaço, equipamento, mobília e montagem do acervo inicial. "Geralmente, fazemos a instalação perto do refeitório ou da área de lazer, para atrair o funcionário nos seus momentos de folga", explica a coordenadora de educação do Sesi/SC, Maria Tereza Cobra.
O que poderia ser apenas uma distração virou verdadeira febre na Tupy. O trabalhador desavisado, em busca de um exemplar de "A Menina que Roubava Livros", por exemplo, terá de esperar mais de um mês na lista de espera para empréstimo. Os dois DVDs do longa-metragem "10.000 a.C." é outro que não fica muito tempo na estante. Fora os livros infantis e de auto-ajuda, os preferidos da maioria dos freqüentadores.
A biblioteca atinge sete mil funcionários e outros 15 mil dependentes. No total, entre livros, gibis e DVDs de filmes e documentários, o acervo é de aproximadamente 6,8 mil volumes, sendo cinco mil voltados para a área de metalurgia, uma das referências de produção da empresa. A unidade tem ainda oito computadores com acesso à internet, sempre ocupados durante o horário de almoço ou na troca de turnos.
O sucesso está nos números: a cada mês, são feitos 2,8 mil empréstimos. "Desde que abriu, há um ano, não tivemos um dia de biblioteca vazia", conta a bibliotecária Adriana Crispim. A divulgação boca-a-boca ajudou principalmente quem nunca tinha entrado numa biblioteca e agora tem um acervo à sua disposição gratuitamente. "Muitos contam que agora ficam mais em casa porque precisam ler".
E o hábito realmente pegou. Funcionários como Wantuir viraram visitantes assíduos do espaço, sempre cobrando por novidades. "é um lugar democrático, vem desde gente do chão de fábrica até executivos", avalia Adriana. Em comum, todos têm agora o gosto pela leitura.
Florianópolis (3/11/2009) - O governador Luiz Henrique reforçou, nesta terça-feira (3), a importância de descentralizar os recursos para as iniciativas culturais em todas as regiões do Estado. "Devemos valorizar as iniciativas isoladas dentro de uma visão de arquipélago", disse, durante a entrega dos recursos aos 189 contemplados pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Na solenidade, foram assinados os convênios do Programa Pontos de Cultura, firmado através de parceria com o Governo Federal. O governador destacou que todas as 36 secretarias de Desenvolvimento Regional contam com pelo menos um dos 60 pontos beneficiados pelo programa.
A cerimônia contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e foi realizada no Teatro Governador Pedro Ivo, junto ao Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis. Em seu pronunciamento, o ministro colocou em evidência o papel do Estado na disseminação dos bens culturais. "Não adianta apenas incluir a população mais pobre na economia sem dar a ela as condições de acesso à Cultura", afirmou Barreto. Segundo ele, mais de 80% dos recursos financiados através da Lei Rouanet beneficiam projetos de apenas duas cidades do País. De acordo com o ministro, o setor cultural responde por 5% do Produto Interno Bruto do País e absorve 6% dos trabalhadores com emprego formal no País.
Os convênios para estabelecimento de uma rede com 60 Pontos de Cultura em Santa Catarina contam com recursos de R$ 10,8 milhões, enquanto os contratos dos vencedores do edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura receberam investimento de mais de R$ 6 milhões em recursos provenientes do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural). O Edital Elisabete Anderle selecionou 189 projetos que contam com R$ 6 milhões para serem executados nas áreas de Música, Artes Visuais, Teatro, Letras, Patrimônio Cultural, Dança e Artes Populares.
Durante a cerimônia, o secretário da Cultura, Esporte e Turismo, Gilmar Knaesel, destacou a importância dos editais na política de incentivo à Cultura em Santa Catarina. Além do apoio com recursos financeiros aos produtores culturais, ele ressaltou os investimentos feitos pelo Governo do Estado para ampliar a infraestrutura necessária ao setor cultural, como a construção de oito novos teatros, além de quatro em reforma, as reformas do teatro do Centro Integrado de Cultura e o teatro de Timbó. Knaesel enfatizou também qie Santa Catarina foi o primeiro Estado do País a assinar os convênio com o Ministério da Cultura para o programa Pontos de Cultura.
O Edital dos Pontos de Cultura representa um investimento de R$ 10,8 milhões no setor. O repasse dos recursos às entidades culturais sem fins lucrativos que tiveram seus projetos selecionados será de R$ 60 mil por ano, durante três exercícios, o que totaliza R$ 180 mil para cada ponto. O edital beneficiará 36 municípios catarinenses e tem por objetivo implantar uma rede de inclusão social e construção de cidadania. Cada ponto de cultura deverá funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de projetos já existentes nas comunidades de Santa Catarina, desenvolvendo ações continuadas em pelo menos uma das seguintes áreas: Culturas Populares, Grupos étnico-culturais, Patrimônio Material, Audiovisual e Radiodifusão, Pensamento e Memória, Culturas Digitais, Gestão e Formação Cultural, Expressões Artísticas e/ou Ações Transversais.
A presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Anita Pires, ressaltou os benefícios do Edital Elisabete Anderle na ampliação das oportunidades de criação, distribuição e fruição dos bens culturais em Santa Catarina, estendendo o acesso à Cultura. O secretário Gilmar Knaesel ressaltou também que o Estado vai cumprir este ano o orçamento de R$ 40 milhões para o setor cultural, com 0,5% da receita bruta destinada à Cultura.
Dentre as autoridades que acompanharam a cerimônia estavam a senadora Ideli Salvatti; os deputados federais Celso Maldaner e Cláudio Vignatti; os deputados estaduais Pedro Baldissera e Vânio dos Santos; além do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Péricles Prade.
Informações adicionais - Jornalista Evandro Baron, telefone (48) 8843-5704 e 3221-3528, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Foto: Sabryna Sartott / SECOM
Secretaria de Estado de Comunicação
Os longas-metragens catarinenses Doce de Coco, de Penna Filho, e Aos Espanhóis Confinantes, de Angelo Clemente Sganzerla, foram selecionados para a 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que ocorre de 17 a a 30 de outubro.
O Estado, com uma produção ainda incipiente de longas, nunca teve uma participação tão representativa.
Os dois filmes são originários do Prêmio Edital Cinemateca Catarinense/Fundação Catarinense de Cultura, promovido pelo governo do Estado, e foram rodados em 35mm. Doce de Coco e Aos Espanhóis Confinantes são ficções. O primeiro é uma comédia dramática e o segundo uma narrativa épica baseada em fatos reais.
O projeto original apresentado no edital Cinemateca era de um documentário, mas Angelo foi além da proposta inicial. Além de produzir o documentário, decidiu realizar uma ficção sobre o tema. Mesmo que não sejam premiados durante a mostra, os dois diretores já consideram a seleção um prêmio e um reconhecimento à qualidade dos filmes e estão confiantes na visibilidade que o festival pode proporcionar.
- A mostra é uma grande janela e terá distribuidores do mundo inteiro, e a possibilidade real de venda do filme para o cinema e para televisão de outros países - comemora Angelo.
Aos Espanhóis Confinantes concorre na categoria Novos Diretores. Doce de Coco foi selecionado para a Perspectiva Internacional. O filme de Penna já tem um distribuidor, a Pandora Filmes para o mercado brasileiro, mas o diretor acredita que o festival pode criar outras possibilidades de exibição.
Na mostra, um dos distribuidores presentes é a empresa holandesa Tropical Storm, que tem escritório no Rio de Janeiro, e com quem Penna está negociando a exibição na Europa de Um Craque Chamado Divino, seu longa anterior que conta a história do craque Ademir da Guia.
A edição da mostra deste ano exibirá retrospectiva de filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman, com obras raras do início de sua carreira. O autor também será homenageado com exposição fotográfica e relançamento de sua autobiografia. Outro homenageado é o cineasta japonês Kihachi Okamoto, que também ganhará retrospectiva.
Os filmes |
Doce de Coco, de Penna Filho |
(Ficção, 35mm, 104min, colorido, Florianópolis) |
Com Antonella Batista, Hélio Cícero, Maria Carolina Vieira e Gil Guzzo. |
Comédia dramática que narra a vida de sacoleira Madalena e de seu marido Santinho, artesão sacro. O casal vive na pequena cidade de Fartura e tem uma filha. O país passa por uma grave crise econômica que atinge as finanças da família, até que Madalena passa a ter um sonhos sobre a existência de um tesouro enterrado no cemitério. Para desenterrar a fortuna, o casal vive situações embaraçosas e hilariantes. |
Aos Espanhóis Confinantes, de Angelo Clemente Sganzerla |
(Ficção, 35mm, 85min, preto & branco, Florianópolis) |
Com Marcelo Trigo, Gilbas Piva, João Bosco, Raul Ferreira e Gringo Star. |
Em tom de documentário, o filme narra a viagem épica ao Oeste do Estado realizada em 1929 pelo governador Adolpho Konder. No lombo de burros e cavalos, de carroça, automóvel, lancha e trem, um grupo de 30 homens, formado por historiadores, chefe de polícia, agrimensores, consultor jurídico, e deputados, percorreu 3 mil quilômetros. O objetivo da empreitada era tomar posse do território catarinense, em litígio com a Argentina e combater o banditismo reinante na região. |