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Aconteceu entre 28 de julho e 1º de agosto a primeira edição da Oficina de Integrações Plásticas na Fundação Catarinense de Cultura - FCC. O projeto promoveu o encontro de 32 artistas plásticos e arte-educadores de todo o estado, envolvendo a participação de 14 municípios.

Com oficinas de pintura, desenho, gravura, serigrafia, papel artesanal e filosofia, o encontro ofereceu, além da troca de conhecimentos, a difusão de novas técnicas e metodologias de ensino que serão aplicadas ao longo do curso. As aulas de filosofia encerram as atividades diárias e irão propor uma discussão sobre os trabalhos aplicados.

Segundo Mary Garcia, coordenadora geral do projeto, as oficinas ensinam através da prática de exercícios, a produção e a reflexão de obras plásticas com espírito cooperativo, integrando prática e teoria. "A troca de conhecimento dá uma nova oportunidade e acesso a novas formas e processos artísticos", comenta.

Para o professor de pintura Jayro Schmidt, o foco central das suas aulas está em fazer com que cada artista possa se expressar e expor aquilo que melhor tem dentro de si. "Deixo o processo criativo aparecer para depois trabalhar a técnica. Procuro esvaziar as pessoas que normalmente estão muito condicionadas, depois aplico exercícios e soluções."

Artista Plástico e arte-educador, Celso Piarelli veio do município de Paulo Lopes para participar do evento. Ele dá aulas de arte e matemática em escolas públicas da região e vê a importância do novo aprendizado. "Se lançar no novo e ter a chance de trilhar caminhos diferentes é muito importante. Poder levar isso adiante, justifica a proposta entre arte e educação."

Todos os ciclos serão intermediados por diálogos teóricos para maior esclarecimento e reflexão em cima de cada conceito abordado. Com conversas mediadas pelo professor de filosofia Jason de Lima e Silva, as discussões estão voltadas no pensar e na narrativa de uma imagem a partir de mitos, fatos históricos e acontecimentos diários através de casos fantásticos como as gravuras de Goya e Franklin Cascaes.

Mesmo em um breve período o efeito desta metodologia é eficaz. A rotatividade contínua obtida dentro do curso vai de encontro às trajetórias práticas e teóricas propostas. Serão divididos em quatro grupos com oito pessoas e irão passar alternadamente pelos tópicos "linha", "cor", "volume" e "gravura".

Ao final do projeto todos os trabalhos estarão expostos no espaço Oficina de Artes, no CIC. O projeto é uma iniciativa da Fundação Catarinense de Cultura, realizado pela Diretoria de Difusão Artística, com as Oficinas de Arte no Centro Integrado de Cultura - CIC. O projeto foi aprovado pela Lei de Incentivo a Cultura - FUNCULTURAL e Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte

O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC) está completando dez anos e para comemorar lança uma programação especial, marcando uma década de trabalho pela preservação da memória audiovisual catarinense. O lançamento da programação acontecerá no próprio MIS, localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, na quarta-feira, 24 de setembro, às 19 horas.

Haverá abertura de exposições, exibição do filme "Cristal - Neide Mariarrosa", de Ronaldo dos Anjos e Eduardo Paredes, e a apresentação do novo site do MIS (missc.org.br).

As exposições que estarão abertas ao público até 30 de novembro serão "Memória e Mídias: Acervo de equipamentos do MIS/SC", "Memorar..." com fotografias de Marcio Henrique Martins e "Constante Efêmero" com as fotografias de Danísio Silva.

(foto: Márcio H. Martrins)

Ilustração de livro infantil deixou de ser coisa de criança. Entusiasmados com a demanda das editoras de olho nas compras governamentais de livros paradidáticos- que, a exemplo da Companhia das Letras e Cosac Naify, criaram selos especiais para o público infanto-juvenil - ilustradores se articulam para vender o produto de seu trabalho de forma mais organizada. Quem sai ganhando com a profissionalização é o leitor. Impressionada com o aumento do nível das ilustrações de livros dirigidos a crianças e jovens, Ieda de Oliveira, professora carioca de Teoria da Literatura, até defendeu uma tese sobre o assunto e lançou pela editora Difusão Cultural do Livro (DCL) O Que é Qualidade em Ilustração no Livro Infantil e Juvenil, segundo de uma série de três volumes dedicados ao tema com a participação de escritores (o primeiro) , ilustradores (o segundo) e educadores (o terceiro, a sair ainda este ano pela mesma editora).

Como um cartão de visitas, a Sociedade dos Ilustradores do Brasil (SIB) lançou um catálogo com alguns dos principais ilustradores que integram a associação. Em ambos os livros, um nome se destaca, o do premiado ilustrador Odilon Moraes, que faz a apresentação dos colegas no catálogo e acaba de lançar uma nova versão de seu A Princesinha Medrosa pela Cosac Naify, editora de outros livros ilustrados pelo arquiteto e artista que agora, com o "boom" dos livros destinados ao público infanto-juvenil, firmou com ela um contrato muito especial. Odilon foi desafiado a apresentar os projetos mais difíceis para a editora - desses que os concorrentes automaticamente recusam pelos altos custos gráficos e ambições artísticas. E A Princesinha Medrosa é o primeiro desafio vencido. Com ilustrações inéditas, o livro, também escrito por Moraes e anteriormente publicado pela Companhia das Letras, ganha novo formato e capa em baixo-relevo - aparentemente, apenas um capricho formal do autor mas que, no final das contas, acaba por revelar a prevalência do projeto do criador nas novas negociações com os editores.

A capa de Odilon mostra o rosto de uma princesinha escondida atrás de uma janela, que se abre em relevo na capa branca, clara homenagem do ilustrador a um dos mais belos livros infantis, O Reizinho das Flores, da ilustradora tcheca Kvelta Pacovská, em que as primeiras páginas têm, ao centro, um buraco pode onde se entrevê a figura imóvel do monarca. Os cenários mudam, mas o rei permanece impassível com o passar das páginas. Já com a princesinha de Odilon, escondida atrás da janela com medo da solidão e do escuro, ela vê crescer o cenário e diminuir o trauma da sua incomunicabilidade à medida que a história avança. Ao se perder da comitiva, encontra seu perfeito interlocutor na figura de um pequeno súdito que conta estrelas à beira de um riacho.

Se, no livro da tcheca Pacovská, o texto tratava do tédio do reizinho mesmo que a paisagem ao seu redor mudasse, o de Odilon precisava reforçar a solidão da princesinha - e nada mais indicado que isolá-la no canto da capa, numa janela em relevo, usando o design para reforçar sua fobia. Esse é um dos aspectos estudados pela acadêmica Ieda de Oliveira em seu livro sobre ilustradores brasileiros, o da correspondência entre texto e imagem e a qualidade estética dessa literatura, que muitos julgam "menor" por ser dirigida a crianças. Ela, então, apresentou um questionário a consagrados autores brasileiros e portugueses e o resultado apontou para uma literatura que, ao contrário, apresenta um conteúdo tão sofisticado quanto o da literatura para adultos.

A professora usou anteriormente o conceito de "contrato de comunicação" do teórico francês Patrick Charaudeau- o da possível aceitação de um acordo entre o autor e o leitor que decide o êxito de uma obra - para definir a literatura infanto-juvenil (em sua tese de doutorado O Contrato de Comunicação da Literatura Infantil e Juvenil, publicada pela editora Lucerna). De fato, o que se vê hoje na ilustração de livros para crianças é uma preocupação maior com o leitor adulto que já tem _ ou deveria ter- o olhar suficientemente educado para passar a "mensagem" do ilystrador/autor às crianças. "Sem esse contrato de comunicação, até mesmo a crítica se equivoca na análise do livro infantil, ao usar o mesmo método de análise da literatura para adultos", observa Ieda de Oliveira. "Há um preconceito contra o ilustrador, como se ele não fosse também autor", diz. "E até os professores, que deveriam ensinar as crianças a ver, ignoram a parte visual por absoluta falta de formação", conclui a estudiosa. var keywords = "";

Foi realizada na sexta-feira, dia 6 de março de 2009, a cerimônia de assinatura dos contratos e pagamento da primeira parcela dos vencedores do Edital Prêmio Cinemateca Catarinense / Fundação Catarinense de Cultura - 2008. O Governo do Estado fará o pagamento em duas parcelas, sendo a primeira equivalente a 75% do prêmio e a segunda a 25%. O evento foi realizado na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina - Auditório Antonieta de Barros, no Centro de Florianópolis. Na mesma solenidade será empossada a nova diretoria da Cinemateca Catarinense.

O secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e o governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira participaram da cerimônia. "Santa Catarina tem uma grande demanda de produção audiovisual de qualidade e, por meio do Funcultural, o Governo do Estado tem respondido com investimentos que já chegam a 1,9 milhões somente com o edital de cinema", afirma Knaesel. Além do edital Cinemateca Catarinense, o Fundo de Incentivo à Cultura apóia diversos outros projetos e programas direcionados à produção e divulgação da produção aundiovisual catarinense. A Maratona do Cinema, tel itinerante que leva a produção estadual, nacional e internacional para todas as regiões do Estado, o Festival de Audiovisual do Mercosul (FAM), a Mostra de Cinema Infantil, projeto Cinema na Favela, entre outros que foram aprovados pelo Conselho Estadual de Cultura para receber o incentivo pela Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte que, em 2008, somou R$ 2,6 milhões somente para o setor de audiovisual.

Cinemateca - A nova diretoria da Cinemateca Catarinense é formada por Sofia Mafalda, 28 anos, presidente; Thiago Skárnio, 29, diretor de comunicação; Lina Lavoratti, 29, diretora administrativa; e Carolina Gesser, 22 anos, diretora financeira. Somente Thiago vem da diretoria anterior e Carolina, a mais jovem, é recém formada no curso de cinema de Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A chapa única foi aclamada em assembléia no final do ano passado, e trazia Thiago na presidência, mas ele assumiu compromissos profissionais recentes que o impedem de ocupar o principal cargo da entidade. O remanejamento na diretoria foi aprovado pelos associados.

Ao assumir a função, Sofia mantém a hegemonia feminina na presidência da entidade. é a quarta gestão consecutiva presidida por uma mulher. Ariadne Catanzaro esteve no cargo em 2003/2004, Lícia Brancher em 2005/2006, e Luiza Lins em 2007/2008.

Os principais compromissos da atual diretoria são levar adiante a criação de um cineclube na Casa do Teatro Armação, na Praça 15, no centro de Florianópolis, onde a entidade divide uma sala com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Audiovisual de Santa Catarina (Sintracine). "A idéia é ampliar a rede de pequenas salas de cinema no Centro Histórico de Florianópolis, onde já funcionam os clubes de cinema do Museu Victor Meirelles e da Fundação Cultural Badesc/Aliança Francesa", diz Sofia.

Outro compromisso fundamental é fazer a Cinemateca atravessar definitivamente a ponte e chegar a outras regiões do Estado. Durante as últimas gestões já houve um avanço neste sentido, mas o objetivo é ampliar ainda mais o número de associados, que hoje é de 70, e aumentar também a participação de produtores do interior do Estado no edital de cinema que leva o nome da entidade.

No âmbito municipal, a nova diretoria quer viabilizar junto a prefeitura o projeto Casa do Cinema, que prevê um conjunto de políticas para transformar Florianópolis numa cidade em condições para promover a produção do audiovisual. Com a UFSC e com o Fundo Municipal de Cinema (Funcine) já há uma parceria para capacitação profissional. A partir de junho vão ocorrer cursos gratuitos de som, fotografia, edição, animação e documentário, em nível avançado e profissional, no núcleo de produção digital a UFSC.

Até o final da gestão, em dezembro de 2010, os novos diretores querem concluir o primeiro censo audiovisual de Santa Catarina para saber quem faz cinema no Estado, onde estão produzindo e quais são os filmes realizados. As informações serão disponibilizadas no site www.cinematecacatarinense.org.

SAIBA MAIS:

Edital Prêmio Cinemateca Catarinense / Fundação Catarinense de Cultura - 2008.

Valor total: R$ 1,9 milhão
Valores relativos a primeira parcela:


PROPONENTE
PROJETO
PARCELA
VALOR

Acquafreda Cine Vídeo Ltda.
Amores Raros

675.000,00

Fernando Boppré
Ovonovelo

60.000,00

Gláucia Grigolo
Circo- Teatro Biriba

60.000,00

Ilka Margot Goldschmidt
Celibato no Campo

60.000,00

Igor Pitta Simões
53 cartas

75.000,00

Celso Carlos Castellen Junior
Entre Tulipas e Girassóis

75.000,00

Mônica Rath
Memórias de passagem

75.000,00

Luiz Augusto Couto de Lima
Ein Prosit!A história da cerveja em SC

75.000,00

Regius Brandão Ramos
Mot

75.000,00

Yannet Briggiler
Pandemonium

30.000,00

Osvaldo Ventura Ribeiro Pomar
Seu Gentil do Orocongo e Orocongo

30.000,00

Rodrigo Amboni
Sereia

30.000,00

Fabrício Porto
Making of

30.000,00

Bernardo Florit
As forças estranhas

11.250,00

Valdemir Klant
Hor

11.250,00

Luiza da Luz Lins
As aventuras de Makunaíma para crianças

7.500,00

Eduardo Gonçalves Dias
Sganzwelles

7.500,00



Valor Total: R$ 1.387.500,00

Já foi feito o primeiro repasse dos recursos previstos para o projeto de desenvolvimento da Rede de Pontos de Cultura em Santa Catarina. No dia 8 de julho, o Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, depositou na conta do Estado R$ 2,5 milhões para o apoio a 60 novos Pontos de Cultura. Os editais para seleção dos pontos estão em elaboração, devendo ser lançados ainda neste mês de julho.

Segundo o secretário de Estado Gilmar Knaesel, o programa está alinhado à política de acesso à cultura em todas as regiões catarinenses. "Santa Catarina ganha um reforço importante para a democratização do acesso aos produtos e equipamentos culturais por todo o Estado", disse Knaesel. Segundo o secretário, o Ministério da Cultura sinalizou ainda com a possibilidade de um aumento dos pontos previstos, caso as inscrições para o edital apontem uma demanda maior. Santa Catarina, que já conta com outros 15 pontos, foi o único estado da região Sul habilitado para o programa nacional.

O apoio a Rede de Pontos de Cultura consiste em assessoria técnica, desenvolvimento de atividades de integração, acompanhamento e repasse de recursos que somam R$ 180 mil, pelo período de 36 meses, para cada uma das 60 entidades de caráter cultural ou com histórico de atividades culturais, legalmente constituídas, sem fins lucrativos, que explorem diferentes meios e linguagens artísticas e lúdicas e inclusão digital que contribuam para a ampliação e garantia de acesso aos meios de fruição, produção e formação cultural. O programa prevê um total de recursos de R$ 10,9 milhões.

A seleção dos Pontos de Cultura contemplará cada uma das 36 regiões do estado, de acordo com a política de descentralização do governo catarinense. A comissão de seleção das inscrições feitas para o edital de Rede de Pontos de Cultura será integrada por representantes do Ministério da Cultura, da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

Segundo a presidente da FCC, Anita Pires, a parceria permitirá um investimento descentralizado em cultura, beneficiando iniciativas de diferentes regiões do Estado. "Vamos criar uma rede catarinense de pontos de cultura, garantindo o acesso aos bens culturais, promovendo a diversidade cultural e social, e ainda gerando oportunidades de emprego e renda", afirma.

Os Pontos de Cultura são iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil, selecionadas por editais públicos, que ficam responsáveis por articular e impulsionar as ações que já existemnas comunidades em que atuam. Atualmente, estão registrados 705 Pontos de Cultura espalhados pelo país. O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhadaentre poder público e a comunidade.

(foto: manifestação cultural em frente ao Ponto de Cultura Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul)