No mês do bicentenário da Independência do Brasil, o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) recebe a exposição "[Inde]pendências e seus transbordamentos no contexto catarinense", que procura relembrar, desconstruir, ampliar e atualizar o conceito de Independência extrapolando os marcos históricos vigentes associando-os ao contexto catarinense e à contribuição destes na formação do ethos local. Assim, o MHSC possibilita conhecer o passado e, com base nele, construir outros olhares e interpretações a partir de imagens e vestígios preservados em museus, instituições culturais, ateliers de artistas e acervos particulares.
A partir da proposta, o público confere obras dos artistas Bruno Barbi, Dakir Parreiras, Eduardo Dias, Fernando Lindote, Guttmann Bicho, Hiedy Assis Corrêa (Hassis), Joseph Bruggmann, Juarez Machado, Leandro Serpa, Márcio César Coelho, Osmarina Villalva, Sebastião Ferreira Fernandes, Sérgio Adriano H., Silfarlem, Suely Beduschi e Willy Zumblick, com curadoria de Marcelo Pereira Seixas, administrador do MHSC.
A exposição faz parte da 16ª Primavera dos Museus.
Serviço:
O quê: Exposição "[Inde]pendências e seus transbordamentos no contexto catarinense"
Abertura: 24/09/2022, às 9h30
Visitação: até 4 de março de 2023. Segundas-feiras, das 13h às 17h; de terça a sexta-feira, das 10h às 17h; e aos sábados, das 10h às 14h.
Local: Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) - Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro, 227 - Centro - Florianópolis
Classificação: livre
Entrada gratuita.
Santa Catarina tem sua primeira Mestra de Artes e Ofícios devidamente reconhecida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), desde a criação do Decreto-Lei 2504/2004. A artesã, costureira, professora, decoradora, cozinheira, oficineira, artista e carnavalesca Valdeonira Silva dos Anjos recebeu o certificado de registro em uma cerimônia cheia de emoção e referências à cultura afro-brasileira, realizada nesta terça-feira, 30 de agosto, no Palácio Cruz e Sousa.
A homenagem veio às vésperas de a manezinha, natural do Morro da Caixa, completar 87 anos e diz respeito ao trabalho que dona Val, como é conhecida, realizou ao longo de sua vida como replicadora da arte do fuxico. A técnica artesanal utiliza retalhos de tecidos, cortados e costurados em moldes circulares, a partir dos quais são montadas peças de vestuários, utilidades domésticas, adornos e assessórios de moda e obras artísticas/contemplativas. Além de contribuir para a preservação da cultura, ainda gera emprego e renda aos artesãos.
Não há um registro preciso sobre as origens do fuxico, porém algumas pesquisas apontam para seu surgimento ainda no período escravocata brasileiro, quando, nas senzalas, sobretudo da região nordeste, mulheres aproveitavam sobras tecidos roupas confeccionadas para os residentes da casa-grande, para criação de adornos e materiais utilitários como almofadas, roupas e bolsas. "O fuxico é uma das armas de liberdade dos escravos", definiu a homenageada durante a solenidade de entrega do registro.
"As potencialidades que permitem à senhora Valdeonira a titulação de Mestra se fazem não necessariamente por ela ser a única detentora da técnica de fuxico, ou por se destacar através de 'algum grande feito heróico'. A excepcionalidade da senhora Valdeonira se faz justamente porque ela representa gerações de mulheres negras que foram, e são, ainda, a base da estrutura de uma sociedade demarcada pelos papéis de gênero e das segregações por raça, mas que raramente são retratadas nos livros de história ou dignas de homenagens em monumentos ou placas. E também porque muitas mulheres negras se reconhecem nela, compreendem que, dentro das perspectivas filosóficas de matriz africana, a valorização do conhecimento dos mais experientes, das trocas de conhecimento e das convivências que se baseiam na valorização dos princípios da coletividade e dos sentidos do viver em comunidade, nas quais pessoas como a senhora Valdeonira se destacam", avalia o parecer emitido pelos técnicos da FCC para a concessão da honraria. A certificação nada mais é do que a legitimação institucional de algo que já é reconhecido junto à comunidade com a qual a Mestra tem contato.
Sobre a homenageada
Valdeonira Silva dos Anjos nasceu no Morro da Caixa, região central de Florianópolis (SC), em 26 de setembro de 1935. Foi aluna da professora e deputada Antonieta de Barros no ensino básico e se formou em Estudos Sociais, com habilitação em História, em 1991. Foi professora da rede de educação básica em escolas públicas da região de Florianópolis até sua aposentadoria.
Ministrou diversos cursos de artesanato, com ênfase nas técnicas de fuxico, atuou em agremiações carnavalescas, organizações associativas, conselhos municipais e estaduais, além de organização de eventos, geralmente ligados a manifestações artísticas e culturais afro-brasileiras. É uma das fundadoras da Associação das Mulheres Negras Antonieta de Barros (AMAB), dedicada a discutir políticas públicas e valorização do trabalho da mulher negra.
"Pelas experiências de vida de Valdeonira Silva dos Anjos, entendemos que ela traz consigo essas perspectivas de valorização dos saberes a partir das formas como se empenha em transmití-los", resume o parecer.
Nesta terça feira, dia 21 de junho, o Dia Internacional do Yoga foi celebrado com atividades especiais no Palácio Cruz e Sousa, sede do Museu Histórico de Santa Catarina, no centro da capital.
O evento foi realizado pelo consulado da Índia no Brasil e Centro Vivekananda. A iniciativa foi consolidada depois de uma visita do cônsul Adarsh Kumar Mishra, que esteve em Florianópolis no mês de abril, acompanhado pela assessora Laura Vargas, para um encontro institucional visando apoiar as iniciativas que fomentem e a cultura da Índia em Santa Catarina.
A programação do evento contou com uma série de práticas, palestras e apresentações musicais com mantras, entre as 9h e 20h.
Na Semana Mundial do Meio Ambiente, alunos da Escola Básica Municipal Neuza Paula da Silveira, dos Ingleses, foram convidados a participar de atividades educativas e visitar a exposição "200 anos de Fritz Müller – Príncipe dos Observadores", em cartaz no Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa. A atividade, realizada nesta segunda-feira (06), foi organizada pela Casan e pelo programa Trato Pelo Capivari, com o apoio do Núcleo de Ação Educativa do Museu.
Tanto no período da manhã, como no da tarde, as crianças foram acompanhadas pelas mediadoras do MHSC, Veronice Nogueira e Simone Coelho, além de participarem de atividades com a presidente da Casan, Roberta Mass dos Anjos, e com o educador Pedro Rocha, do Trato Pelo Capivari, interpretando o personagem Peter Piper.
Participaram cerca de 70 crianças, com idades entre 8 e 9 anos.
O Núcleo de Ação Educativa (NAE) do Museu Histórico de Santa Catarina acaba de lançar mais uma atividade de sua série de proposições educativas relacionadas à exposição 200 anos de Fritz Müller - Príncipe dos Observadores, em cartaz no Museu.
:: Clique aqui e confira a proposta de atividade sobre Fritz Müller
O material foi formulado a partir de imagens e temáticas que fazem parte da exposição e pretende, além de contribuir para o conhecimento sobre Fritz Müller, abrir caminhos para diálogos com outras áreas do conhecimento. As atividades sugeridas poderão ser modificadas pelos professores conforme a faixa etária, o interesse e a habilidade dos seus alunos.
A exposição 200 anos de Fritz Müller - Príncipe dos Observadores poderá ser visitada até 30 de julho de 2022. Tem como artistas convidados Yara Guasche e Luiz Bernardes.
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