Foi prorrogada até o fim de abril a exposição "Um Olhar sobre a Cultura Japonesa", em cartaz no Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa. A mostra foi organizada para comemorar os 220 anos da passagem dos japoneses por Florianópolis. A entrada é gratuita e o espaço pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 10h às 18h; também aos sábados e feriados, das 10h às 14h.
A exposição foi pensada para marcar um fato histórico: em 16 de outubro de 1803, quatro marinheiros japoneses, pela primeira vez na história, pisaram na Ilha de “Sankaterini” (Santa Catarina), precisamente no Forte de Santana, na então Desterro. Eram os primeiros japoneses a tocar o solo do Brasil, ou "Buracili" como diziam eles. Por isso, a data é importante para a história diplomática dos dois países.
Com esta exposição, o público confere um pouco sobre a cultura do país asiático: as vestimentas, os usos e costumes, o guerreiro histórico e a arte do Origami. São detalhes pinçados da cultura japonesa, de forma introspectiva, delicada e simples.
Estão expostos cerca de 14 quimonos vestindo a Natureza: primavera, verão, outono e inverno. Além disso, mostra como os japoneses procuram fazer dos elementos da Natureza seus mestres: no fim e no começo do ano, nas idades festejadas na infância e, ainda, por ocasião do casamento. Também há peças que mostram o que era o samurai ideal, ou seja, aquele que trilhava o Caminho do pincel e da espada, conhecido como Bunbu ryodo, e ainda uma alusão ao origami, a sua delicadeza que na origem era oferendas aos deuses.
A exposição teve a curadoria de Cristiane Pedrini Ugolini, do Núcleo de Ação Educativa do MHSC, com apoio de Hisae Kaneoya (Nipocultura).
Serviço:
O quê: Exposição "Um Olhar sobre a Cultura Japonesa"
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - No Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro - Centro - Florianópolis
Visitação: até fim de abril de 2024.
Horário: De terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; sábados e feriados, das 10h às 14h. Fechado aos domingos e segundas-feiras.
Entrada gratuita
Informações: 48 3665 6363
O Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa está recebendo grande fluxo de visitantes desde dezembro. Na última semana do ano, entre 26 e 29 de dezembro, foram 2.042 pessoas circulando pelo espaço. No primeiro dia útil do ano, foram 1.146 visitantes. "Entendemos o quanto o turismo e a cultura estão interligados e ficamos muito satisfeitos em ver que o público tem o desejo de visitar os espaços culturais", comemorou o presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Rafael Nogueira.
No balanço de 2023, foi identificado crescimento quase três vezes maior em relação ao ano anterior: foram 43.710 visitantes no ano passado, enquanto que em 2022 foram 15.980.
Quem visita o espaço atualmente, pode conferir a exposição "Um olhar sobre a Cultura Japonesa", que apresenta diversos itens sobre o país oriental como objetos de decoração, trajes, desenhos e origami, entre outras peças. A visitação segue até 02 de março de 2024, de terça a sexta-feira, das 10h às 18h e, aos sábados e feriados, das 10h às 14h, com entrada gratuita. Além disso, como programação relacionada à mostra, está agendada uma oficina de xilogravura japonesa para o dia 18 de janeiro.
Atualização: Inscrições encerradas; vagas preenchidas
Estão abertas as inscrições para a Oficina Moku hanga: Introdução à xilogravura japonesa, que será realizada no Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa. A atividade é gratuita e está agendada para o dia 18 de janeiro, às 14h. Para se inscrever, é necessário entrar em contato pelo número 48 99608 9500. Serão oferecidas 15 vagas e a oficina é indicada para jovens com mais de 14 anos interessados em arte, cultura japonesa, reprodução, impressão, carimbos e artes gráficas.
Os inscritos poderão conhecer e experienciar o processo de impressão de uma gravura em matriz de madeira até a obtenção da estampa sobre papel washi. Utilizando matrizes prontas já entalhadas seguindo a técnica de gravura japonesa moku hanga. A demonstração - oficina será ministrada pela gravurista boliviana Ana Barroso.
A oficina faz parte da programação relacionada àmostra Um olhar sobre a Cultura Japonesa, em cartaz no MHSC.
Sobre a oficina:
A demonstração da xilogravura em relevo menos tóxica, pretende introduzir aos participantes os princípios da impressão na técnica japonesa moku hanga, através da abordagem dos aspectos técnicos que a distinguem da xilogravura ocidental, a demonstração e a prática da impressão.
Apresentará aos participantes as seguintes etapas: transferência de uma imagem para a madeira; técnicas de gravação e registro; preparação do papel; e execução prática de impressões coloridas com tintas à base d’água e papel washi em matrizes pré trabalhadas utilizando ferramentas construídas artesanalmente.
EMENTA DA DEMONSTRAÇÃO E OFICINA DE IMPRESSÃO:
● Introdução à Xilogravura Japonesa contemporânea
● Características da impressão xilográfica a base d’água
● Hanshita-e: transferência de imagem para o bloco de madeira
● Kento: Registro para gravura multicolorida
● Gravação de bloco de contorno (kagihan) e bloco de cor (irohan)
● Apresentação dos materiais e descrição do trabalho
● Preparação do papel para impressão
● Descrição dos materiais e ferramentas:
pigmentos, cola de arroz, pincéis, escovas e baren
● Impressão em papel japonês de bloco de contorno e bloco de cor
● Secagem do papel
● Impressão de estampas realizadas pelos assistentes
Breve currículo da ministrante:
Ana Barroso Calle www.barcabogante.art
Graduada em Artes Plásticas na Bolívia. Ministra a oficina de Moku Hanga desde o ano 2017 e desempenha atividades artísticas e pedagógicas com o atelier nômade Olha Presión, divulgando a gravura menos tóxica. Pesquisadora nos campos da gravura verde e da gravura expandida, conta com
diversas exposições coletivas e individuais dentro e fora da Bolívia. Possui vasta experiência em projetos de animação e artes plásticas há mais de uma década.
Serviço:
O quê: Oficina Moku hanga: Introdução à xilogravura japonesa
Onde: Palácio Cruz e Sousa
Data: 18/01/2024, quinta-feira, das 14h às 17h.
Gratuita e com todos os materiais inclusos
Vagas: 15. Indicada para jovens com mais de 14 anos interessados em arte, cultura japonesa, reprodução, impressão, carimbos e artes gráficas
Imagens: Adriana Cigognini
O Museu Histórico de Santa Catarina recebe no dia 6 de dezembro, às 12h30, uma apresentação de Shakuhachi (flauta de bambu) com o sensei Akio Yamaoka. A atividade faz parte da programação paralela da exposição "Ichiran: um olhar sobre a cultura japonesa", aberta à visitação no local.
Sensei Akio Yamaoka nasceu em Akita-ken no Japão. Imigrou para o Brasil em 1955. Aprimorou seus estudos de Sjakuhachi no Japão com o mestre Maezono Fusho da escola Myoan Ryu e depois, com o Mestre Saito Shinzan da escola Tozan Ryu. É membro da Fundação da Associação Brasileira da Música Clássica Japonesa , Hógaku Kyoukai. Em 2018, criou o Grupo Shakuhachi Nishakukai , que dedica exclusivamente Estudo e divulgação de Shakuhachi.
Publicou no site do Nishakukai, { Vocabulários de Shakuhachi}, em Portugues, demostrando os principais vocabulários usados no comunidade do shakuhachi, incluindo base da Historia do Shakuhachi, vinda de shakuhachi de antiga da China para Japão, surgimento de monges Fuke e shakuhachi Fuke-Shú.
O Museu Histórico de Santa Catarina fará uma homenagem no dia em que Cruz e Sousa, poeta que dá nome ao Palácio onde a instituição está situada, completa 162 anos de nascimento. Para marcar a data, em 24 de novembro, às 15h, o Museu promove recital de poesias com o ator JB (João Batista Costa) interpretando o poeta simbolista catarinense.
Na ocasião, haverá também a apresentação do Quarteto de Cordas Cruz e Sousa nos jardins do Palácio com repertório de peças de Heitor Villa-Lobos, Béla Bartók e Amadeus Mozart. A participação é gratuita.
Sobre Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa (1861-1898) foi um poeta brasileiro. Com suas obras Missal (prosa) e Broquéis (poesia), publicadas em 1893, foi precursor do movimento simbolista no Brasil, do qual é o principal expoente. É patrono da Academia Catarinense de Letras, representado na cadeira nº 15.