Inspirado nas principais semanas de moda do mundo, especialmente na de Nova Iorque, o Donna Fashion DC Beiramar - Semana Cultural ganha novos ares e nova estrutura. O primeiro evento deste ano será em uma grande tenda instalada em frente ao Beiramar Shopping, criando um boulevard onde a programação será realizada.
O primeiro dia do evento conta com palestra do premiado designer de joias Antônio Bernardo, às 18h. Vencedor do iF Product Design Award, competição anual realizada na Alemanha e considerada o "Oscar do Design", Bernardo vai falar sobre "Joias, Design e Emoção".
Quem inaugura a passarela é a Maria Bonita Extra, às 19h20. Em seguida, às 20h10, a multimarca Folic desfila suas novas peças para a próxima estação, trazendo o melhor de diferente grifes. às 21h, a PW Label, que pela quarta vez participa do evento, desfila sua linha com referências à cultura e ao requinte londrino. Fechando o primeiro dia de Donna Fashion DC Beiramar - Semana Cultural, a conceituada grife Rosa Chá sobe à passarela para apresentar a coleção de inverno da marca, que mescla beachwear e outwear.
O segundo dia começa com o lançamento do livro Moda, Design e Modernidade da escritora e artista plástica Flávia Tronca. A ação faz parte da programação cultural que marca essa 14ª edição do evento. O primeiro desfile da noite será com crianças que vão, ao desfilar, passar uma mensagem de consciência ecológica à plateia. Elas apresentarão um look onde se mostra que o Donna Fashion DC Beiramar é um evento Carbon Clean, ou seja, que compensa suas emissões de gás carbônico. Em seguida, os acadêmicos do curso de Design de Moda da Unisul levam para a passarela o universo fantasioso dos contos. Quem fecha a noite é a Pink Lou, que apresenta um mix de rebeldia e romantismo para sua coleção de inverno, com estamparia marcada por motivos geométricos ou inspirados em pinceladas artísticas, bichos estilizados e bolas. O preto, o cinza e o rosa são as cores predominantes.
Na programação do terceiro dia, sessão de autografo de Luiz Carlos Amorim e Inês Carmelita Lohn. à noite, a primeira a subir na passarela é a multimarca Tida com características ímpares dos estilistas. às 20h10, a Makenji, que divide a passarela com a Santa Lolla, apresenta a moda de inverno dark e sensual seguindo a linha do rock urbano. A Someday sobe na passarela em seguida inspirada no clima dos anos 80. A última da noite é a Esagerata que promete aguçar os sentidos, fazer as mulheres se sentirem ainda mais belezas.
O último dia do Donna traz na programação um workshop de Jornalismo e Moda, com as jornalistas e consultoras de moda Samira Campos e Gabriela Tanuri, e uma palestra com a diretora criativa da Ellus, Adriana Bozon. Os últimos desfiles do Donna começam às 19h20, com a marca Animê subindo à passarela e apresentando, de forma criativa, o guarda roupa dos sonhos das "verdadeiras bonequinhas urbanas". Logo após, às 20h10, a Renner apresenta a coleção que passeia entre a ousadia e a rebeldia do mundo Punk/Rock, mesclando com a sedução do Royal Chic. A Beagle, desfile mais esperado pelo público feminino, chega à tenda do Donna às 21h. O tema central da coleção é a Patagônia, com cenário de contemplação de cores fantásticas, ambiente de natureza selvagem, sinônimo de aventura e liberdade. A Ellus encerra a noite, às 21h50, com um desfile cheio de novidades com a coleção inspirada no fogo, no frio, na adversidade da natureza e no risco que se corre ao salvar vidas ou praticar esportes radicais.
O Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis, sedia na quarta-feira(05/05) a Oficina de projetos culturais para o Prêmio de Culturas Ciganas edição 2010, cujo objetivo é apresentar, de forma prática, as caraterísticas e costumes deste povo para gestores culturais, pesquisadores e pessoas interessadas em projetos culturais sobre o assunto.
O museu é vinculado à FCC.
O Prêmio de Culturas Ciganas 2010 é uma ação da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) do Ministério da Cultura em parceria com a SEPPIR e o Ministério da Sáude, e possui o apoio de instituições públicas municipais e estaduais, e de organizações da sociedade civil que promovem os direitos dos povos ciganos e a preservação da sua cultura.
Para melhor aproveitamento da oficina, a organização sugere que os participantes tragam suas propostas de projetos culturais. "E se possível equipamentos como pen drive para gravar os arquivos, note book para o exercício prático, filmadora ou gravador de voz para registrar as formas alternativas de participação", salienta Susana Simon, administradora do museu.
Entre 9 e 18 h.
Metodologia da oficina
- Abertura com os representantes dos órgãos e entidades parceiras
- Apresentação dos participantes
- Apresentação do Prêmio de Culturas Ciganas edição 2010
- Intervalo para almoço
- Distribuição da cartilha e apresentação do roteiro de inscrição no Prêmio
- Tira dúvidas dos participantes da oficina
- Exercício prático de inscrição de projeto cultural no Prêmio
- Encerramento das atividades
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Susana Bianchini Simon
Fone: (48) 3028-8090
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
O cineasta francês Jean Luc Godard completa 80 anos em 3 de dezembro e o cineclube da Fundação Cultural Badesc antecipa o aniversário com um ciclo de seus filmes durante as quartas-feiras do mês de maio.
São quatro títulos que compõem a primeira fase da filmografia do diretor, incluindo o clássico Acossado, de 1959. Os longas estão inseridos no movimento Nouvelle Vague e trazem uma postura auto-crítica sobre o cinema, desafiando as convenções cinematográfcas da época.
A curadoria do projeto é de Fernanda do Canto, 23 anos. Fernanda é designer gráfico formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Durante o ano de 2008, fez um intercâmbio para o curso de Diseño de Imagen y Sonido, na Universidad de Buenos Aires, onde estudou teoria e história do cinema. No ano seguinte, como Trabalho de Conclusão de Curso, realizou uma análise visual sobre a cinematografia de Godard entre 1959 e 1965.
Nesses filmes, podem-se traçar semelhanças como a preferência pelas filmagens nas ruas, com iluminação natural e locações públicas. Seus personagens têm um caráter psicológico e ambíguo, cujas histórias pessoais ou motivações muitas vezes não são compartilhadas com o espectador.
Essas experimentações tanto no método narrativo quanto na criação dos personagens são muito mais que um novo estilo: configuram o marco de uma nova época para a história do cinema.
Além disso, há diversas peculiaridades muito próprias de Godard que persistem filme após filme, como a relação entre personagens e a vida pessoal dos atores e do diretor, falas que se repetem e conceitos retomados.
MAIO
Sessões às 19 horas
Dia 5
à bout de soufe (Acossado) 1959
O filme retrata o amor fatal entre um criminoso fugitivo e uma jovem norte-americana aspirante a jornalista. Após um roubo de carro em Marselha, ele é perseguido por policiais a caminho de Paris. Na cidade se apaixona por Patrícia, que vende jornais. Michel divide seu tempo e suas angústias entre cobrar uma dívida e convencer Patrícia a fugir com ele.
Dia 12
Vivre sa vie (Viver a vida) 1962
Em doze capítulos, o filme conta o drama de Nana, uma jovem que almeja iniciar a carreira de atriz, mas passa por dificuldades financeiras. Como não consegue pagar o aluguel, Nana é expulsa de casa e não encontrando outra solução, decide se prostituir.
Dia 19
Bande à part (Banda à parte) 1964
Frantz e Arthur, dois amigos habituados a dar golpes, conhecem a tímida Odile num curso de inglês. A moça, apaixonada por Arthur, conta aos dois sobre uma grande quantia de dinheiro que sua tia Victoria guarda em casa. Frantz e Arthur começam imediatamente a planejar o roubo e convencem Odile a ajudá-los.
Dia 26
Pierrot le fou (O demônio das onze horas) 1965
Ferdinand Griffon é um professor de língua espanhola casado com uma italiana. Em uma noite, o casal vai a uma festa e deixa os filhos aos cuidados de Marianne, a quem Ferdinand parecia conhecer anteriormente. Na volta, Ferdinand e Marianne decidem fugir e se envolvem com tráfico, conspirações políticas e muita literatura.
Acontece na quinta-feira(06/05), 16h30min, a cerimônia de inauguração do Memorial Cruz e Sousa no Museu Histórico de Santa Catarina, no Centro de Florianópolis.
A inauguração do espaço é uma ação conjunta da SOL(Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte), FCC(Fundação Catarinense de Cultura) e Museu Histórico de Santa Catarina e abrigará os restos mortais do famoso poeta catarinense, além de sediar um cafeteria que conta com espaço para leitura.
A arquitetura do memorial contrasta com do museu, mas segue critérios internacionais de arquiteturas históricas, que dá conta que obras desta natureza devem seguir a arquitetura da época em que foi construída, embora a edificação seja integrada ao atual desenho dos jardins revitalizados do antigo Palácio, compondo o conjunto de forma harmônica e complementar.
A instalação da cafeteria nos jardins do palácio atende a uma antiga reivindicação de visitantes e freqüentadores do Museu e Centro Histórico de Florianópolis, contribuindo para a revitalização urbana da área.
Com a transferência dos restos mortais de João da Cruz e Sousa do cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, para Florianópolis, em novembro de 2007, a escolha de um local para abrigar um Memorial em sua homenagem logo recaiu sobre o Palácio Cruz e Sousa.
Tombado como patrimônio histórico do Estado em 1984, o edifício sede do Museu Histórico de Santa Catarina recebeu este nome em 1979, em homenagem ao poeta simbolista nascido em Desterro.
Cruz e Sousa
Nascido em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópoli), João da Cruz e Sousa (1861-1898) foi um dos precursores do simbolismo no Brasil. Filho de negros alforriados, desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, de quem adotou o nome de família. Aprendeu francês, latim e grego. Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial.
Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em Fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922.
Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem tem quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura. Faleceu no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fôra transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Foi integrante da Academia Catarinense de Letras, de cuja cadeira 15 é patrono.
Nos últimos dias, foi divulgado pela Fundação Nacional de Artes, instituição vinculada ao Ministério da Cultura, o lançamento de mais de 30 novos editais para promover a produção cultural brasileira. Voltados para diversos segmentos, os processos seletivos vão difundir e incentivar a atividade intelectual e artística em todas as regiões do país.
Serão investidos cerca de R$ 56 milhões de recursos orçamentários em uma série de ações de fomento e estímulo como prêmios, bolsas, programas e outras modalidades de apoio financeiro por meio de seleções públicas. Muitas dessas iniciativas já tiveram edições anteriores, mas algumas das premiações são inéditas.
Confira os editais 2010 da Funarte/MinC que estão com inscrições abertas:
Mais informaçoes no site www.cultura.gov.br