Tão polêmico, mas ainda pouco discutido, o direito autoral estará em debate hoje em Itajaí. é na cidade litorânea que ocorre o 1o Seminário Catarinense de Direitos Autorais, que vai reunir representantes da Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus). Também vão participar do seminário empresários, músicos, jornalistas, autores e produtores para sanar dúvidas e dar orientações a respeito do assunto. O evento será na sede da Chaaban Editora de Música (rua Tubarão, 104, bairro Fazenda), a partir das 19h30.
"Santa Catarina está um século atrasado em relação a outros Estados na questão dos direitos autorais", afirma Alexandre Chaaban, da Chaaban Editora. Segundo ele, falta comunicação e também interesse das pessoas em se informar. Por isso, o seminário irá incluir uma apresentação da Abramus no Estado, a fim de que os músicos catarinenses tenham uma associação de peso que os represente, especialmente, diante do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).
Entre os assuntos que estarão em pauta estão: por que deve ser pago o direito autoral; aspectos do direito autoral relacionado à música; o direito do autor e a necessidade de educação da sociedade; esclarecimentos sobre a questão à imprensa em geral. Também haverá um debate dirigido a autores, compositores, músicos, intérpretes, bandas, DJ, maestros, regentes e produtores musicais do Estado. Além da discussão sobre a atuação do Ecad.
Além de artistas e empresários, o seminário receberá Fernando Viana Santos, Chico Ribeiro e Adonis Marcelo, todos da Abramus, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil de Itajaí e da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul.
As inscrições são gratuitas e limitadas, e podem ser feitas por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e pelo telefone (47) 3045-1468.
Mais de 250 pessoas, provenientes de cerca de 140 municípios catarinenses, estiveram presentes na abertura do Sistema Nacional de Cultura (SNC) em Santa Catarina, realizado nos dias 17 e de setembro de 2009, em Lages.
O vice-prefeito do município anfitrião, Luis Carlos Pinheiro, ressaltou a força da cultura lageana e a importância do evento na busca das "melhores soluções para preservação das práticas culturais". Também representando os governos municipais, o vice-presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeito de Caçador, Saulo Sperotto, firmou o compromisso da entidade na adesão ao SNC. "Contem conosco para desenvolver esse trabalho em todos os 293 municípios do Estado" prometeu Sperotto.
A presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, afirmou em seu discurso de abertura, que "não dá para fazer política para a Cultura, sem o SNC". Para a presidente, é preciso que os governos municipais, estaduais e federal, "trabalhem juntos na articulação das políticas públicas federais".
O coordenador geral de Relações Federativas e Sociedade da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura e do SNC, João Roberto Peixe, se solidarizou com as vítimas do recente tornado que assolou o oeste catarinense e agradeceu a grande participação das autoridades, membros de conselhos do Estado e dos municípios, além de gestores públicos e privados de Cultura. Peixe também lembrou que "a responsabilidade de colocar em prática a Proposta de Estruturação, Institucionalização e Implementação do SNC" é compartilhada pelos entes federados.
"O SNC é uma conquista do povo brasileiro, saiu da Conferência Nacional de Cultura e agora se consolidará em todo o País" comemorou o secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Américo Córdula. "Precisamos de uma maior institucionalização das políticas públicas culturais, precisamos de secretarias específicas de Cultura em todos os municípios e estados, inclusive, em Santa Catarina" disse Córdula.
Também estiveram presentes no seminário, o secretário de Desenvolvimento Regional, Oswaldo Uncini; a chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura, Rozane Dalsasso; o superintendente regional substituto do IPHAN em Santa Catarina, Fabiano Teixeira dos Santos; a coordenadora da Secretaria de Políticas Culturais (SPC), Juliana Lopes; a assessora especial do ministro da Cultura, Margarete Moraes; o representante do Conselho Estadual de Cultura, Norton Mackowieck; e a superintendente da Fundação Cultural de Lages, Sirlei Bordin.
Nas oficinas, os palestrantes informaram propostas do MinC, experiências exitosas e casos práticos das políticas que buscam atender os princípios do SNC. Essas informações darão subsídios aos gestores e membros dos conselhos de cultura para implantarem, nos seus respectivos municípios e no estado, as bases locais para o desenvolvimento do SNC.
Seminário em todo o País
Até o momento, já foram realizados 15 seminários do SNC, incluindo todas as capitais do Nordeste (Salvador, Maceió, Recife, Natal, Fortaleza, Teresina, Aracaju, São Luís e João Pessoa), além de Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba, Caeté (MG) e Araxá (MG). Até o fim do mês de novembro, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, serão promovidos seminários para apresentar Proposta de Estruturação, Institucionalização e Implementação do SNC aos setores públicos e à sociedade civil.
Proposta
A Proposta de Estruturação, Institucionalização e Implementação do SNC, que está disponível em blogs.cultura.gov.br/snc, recentemente foi aprovada pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). No dia 26 de agosto, em reunião ordinária em Brasília, o CNPC aprovou, por unanimidade, a proposta que vinha sendo construída, desde 2003, por meio de debates em todos os fóruns e instâncias culturais do País e das experiências já vivenciadas nas três esferas de Governo (federal, estadual e municipal) e da sociedade civil.
Fotos: Márcio H Martins / FCC
Possibilitar o acesso à diversidade musical, ampliando horizontes do conhecimento das novas formatações sonoras. Permitir a interatividade e a vivência musicais entre músicos e público. Ampliar o diálogo entre sonoridades tradicionais e contemporâneas. Estes são os principais focos da primeira edição do Festival de Música Contemporânea Aliança Francesa.
A música aqui apresentada é resultado do estudo, da pesquisa da tradição, dos experimentalismos de vanguarda, da eletroacústica e de outras modalidades de composição. Sonoridades que refletem o momento presente de forma expressiva e significativa, mixando os elementos acústicos e orgânicos dos instrumentos com as tecnologias vigentes, abrindo novas perspectivas e dimensões do elemento sonoro. Uma música singular e ao mesmo tempo plural, fruto do conhecimento e do trabalho de compositores do século XXI, que reflete a contemporaneidade e o pensamento da sociedade atual, sua estética e sua criatividade.
Sonoridades Diferenciadas para o Século XXI propõe novas perspectivas de relacionamento com a música. Sugere a apreciação ativa, não mais estática, das múltiplas sonoridades das trilhas urbanas incorporadas a uma tradição musical reconhecida e mapeada, e também interfaces, descobertas e multimeios ampliados, propiciando novas escutas para novas interpretações.
Definições, indefinições, contrapontos, estranhamentos, estruturações e reconhecimentos - melódicos, rítmicos, harmônicos - convivem com novas cores sonoras multifacetadas por interferências mundanas e pela performance cênico-sonora. Diferentes fluxos interligam-se organicamente ou em desordenadas provocações, conduzindo e recriando uma sonoridade atemporal.
Tradição e modernidade figuram como as duas faces de uma mesma epopéia, o rosto de uma época fragmentada na busca do reconhecer-se no mundo que nos cerca.
Luiz Ekke Moukarzel
Diretor do Festival
confira abaixo programação completa, ou no site http://www.affloripa.com.br/festival/
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Entre 17 e 27 de outubro, o Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante traz a Florianópolis uma série de apresentações culturais. São peças de Teatro, espetáculos de dança, shows, exposições, filmes, oficinas de música e palestras. A iniciativa tem o objetivo de democratizar a cultura e revelar novas tendências artísticas, proporcionando a valorização das culturas locais.
Em Florianópolis, a programação será realizada no Teatro álvaro de Carvalho localizado na Praça Pereira Oliveira, 26 - Centro e no Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS), localizado Av. Gov. Ireneu Bornhausen, 5.600 - Agronômica. Informações no site Vozes de Mestres.
MúSICA
- Vozes de Mestres | Dia 17 de setembro, às 20h
Show principal: Dominguinhos | Show de abertura: Pereira da Viola
Local: Teatro álvaro de Carvalho
O projeto "Festival Internacional de Cultura Popular - Vozes de Mestres", que tem como objetivo promover a valorização da diversidade cultural brasileira, conta com a participação de artistas e grupos de reconhecimento internacional, nacional e local. Dominguinhos é instrumentista, cantor e compositor. Sanfoneiro, teve como mestres Luiz Gonzaga e Orlando Silveira. Pereira da Viola é cantor, compositor e violeiro e faz pesquisas da Cultura Popular no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do país, porém rica em diversos tipos de manifestações culturais.
Classificação: Livre
Entrada: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia - benefício válido, inclusive, para o acompanhante)
- Camerata Florianópolis - Rock"n Camerata | Dias 19 e 20 de setembro, às 20h Local: Teatro álvaro de Carvalho
O espetáculo denominado Rock"n Camerata será apresentado pelos músicos da Camerata Florianópolis acompanhados por uma Banda de Rock integrada pelos guitarristas Eduardo e Renato Pimentel, Rafael Calegari e Rodrigo Paiva com a participação especial dos cantores Carla Domingues, Daniel Galvão e Dudu Fileti. A regência é do maestro Jeferson Della Rocca e os arranjos do compositor e pianista Alberto Andrés Heller. No repertório, algumas das mais conhecidas músicas de lendárias bandas de Rock dos últimos 40 anos. Dentre elas, The Beatles, Roling Stones, Led Zeppelin, Deep Purple, Kansas, Pink Floyd, Kiss, Rush, Europe, Queen, Steppenwolf, U2 e até mesmo Raul Seixas e Ozzy Osborne.
Classificação: Livre
Entrada: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia - benefício válido, inclusive, para o acompanhante)
DANçA
- Cia Jovem Ballet Bolshoi - Work in Progress | Dia 24 de setembro, às 20hLocal: Teatro álvaro de Carvalho
Quando a primeira turma de alunos da Escola Bolshoi formou-se no Curso de Dança Clássica, cinco bailarinos foram convidados a permanecer e participar profissionalmente de um projeto promissor: a Companhia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Criada em 11 de fevereiro de 2008, seu repertório inclui obras clássicas consagradas e criações inéditas, com apresentações públicas por todo país e exterior. Em dezembro de 2008 foi realizada uma audição e dez novos bailarinos passaram a integrar o grupo. Em Florianópolis a companhia jovem fará a apresentação Work in Progress, de Henrique Talmah.
Classificação: Livre
Entrada Franca
TEATRO
- O Caminho Para Meca | De 25 a 27 de setembro, às 20h Local: Teatro álvaro de Carvalho
O espetáculo é protagonizado por Cleide Yáconis, a partir do texto de Athol Fugard, um dos mais importantes dramaturgos contemporâneos da língua inglesa. Inspirado em uma figura real, o texto fala de segregação racial, contando a história da sul africana Elizabeth Martins, uma autêntica outsider que encontra sua forma de expressão por meio da escultura, produzindo uma arte não convencional. Direção: Yara de Novaes; Elenco: Cleide Yáconis, Patrícia Gasppar e Cacá Amaral.
Classificação: 12 anos
Duração: 90 min.
Entrada: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia entrada para estudantes e idosos. Clientes e funcionários do Banco do Brasil também pagam meia - benefício válido, inclusive, para o acompanhante)
CINEMA
- Os Melhores Filmes do Ano - ACCRJ | De 17 a 27 de setembro, 16h e 19hLocal: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS)
O projeto oferece ao público a oportunidade de assistir ou rever os dez melhores filmes do ano selecionados pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), em duas sessões diárias, além de promover um debate com um crítico carioca e um crítico local no último dia do evento.
Consulte a classificação indicativa de cada filme.
Entrada FrancaProgramação e Sinopses
CINEMA INFANTIL
- Sessão Criança | De 17 a 27 de setembro, 9h e 14hLocal: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS)
Mostra de filmes para crianças e jovens conduzida por apresentadores formados em artes e na linguagem audiovisual. Serão realizadas duas sessões diárias, além de promover uma palestra por cidade para educadores formais e informais abordando o uso do cinema na educação.
Classificação: Livre
Entrada FrancaProgramação e Sinopses
EXPOSIçãO
- Serra da Canastra | De 17 a 27 de setembro
Horário de visitação: das 9 às 18h.
Local: Centro Integrado de Cultura (CIC) - Museu da Imagem e do Som (MIS)
Mostra fotográfica do documentarista Adriano Gambarini ressalta a importância de conservação deste patrimônio natural, embasado nas mais recentes pesquisas sobre espécies ameaçadas de extinção, como o lobo-guará e tamanduá-bandeira, e a intrínseca relação com as atividades humanas e locais. Apresenta as características da vida e rotina do povo mineiro , suas tradições , crenças e costumes, assim como as belezas da fauna e flora da região.
Classificação: Livre
Entrada Franca
IDEIAS
- Vozes de Mestres - Brasil: quem somos nós e como chegamos a ser o que somos | Dia 22 de setembro, às 20h Com participação do Prof. José Jorge de Carvalho e mediação de Déa Trancoso
Local: Teatro álvaro de Carvalho
O tema "Brasil: quem somos nós e como chegamos a ser o que somos" abordará a diversidade cultural brasileira em seus mais variados aspectos. Personalidades do universo da cultura popular são convidadas a falar sobre suas experiências e desafios para manter viva a tradição na contemporaneidade.
Classificação indicativa: Livre
Entrada Franca
OFICINA
- Vozes de Mestres - Oficinas | De 17 a 27 de setembroLocal: Centro de Eventos Alfreto Salfer
Entrada Franca
Inscrições e Informações no site www.vozesdemestres.com.
- 17 de setembro, das 9h às 12h | Oficina "Viola Caipira" com Pereira da Viola
- 17 de setembro, das 9h às 12h e 14h às 17h | Oficina de Mural em Cerâmica, em praça pública, com a facilitadora Germana Arthuso
- 23 de setembro, das 9h às 12h | Oficina de Vivência com os bailarinos da Cia Jovem Ballet Bolshoi
- 25 a 27 de setembro, das 9h às 12h | Oficina "Corpo e Voz" com a facilitadora Déa Trancoso
Com mais de uma centena de obras, abriu na terça-feira, dia 31 de março, a exposição "MASC 60 Anos", com pinturas e gravuras do acervo do museu e trabalhos de artistas premiados nos salões Victor Meirelles realizados entre 1993 e 2008. A exposição, que tem curadoria de João Otávio Neves Filho, integra as comemorações de aniversário do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) e da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
A cerimônia de abertura contou com uma programação especial (veja as fotos abaixo). Sob orientação da professora Betânia Silveira, as alunas do curso de cerâmica das Oficinas de Arte da FCC fizeram uma homenagem ao museu, apresentando "Ato". Segundo Betânia, no dia anterior ao evento ela e as alunas fizeram a queima de vários objetos, que no dia foram usados em uma performance. "Fizemos uma montagem performática", explica a artista, completando que o fruto da ação ficará no jardim, ao lado do museu.
Na mesma noite de abertura ainda houve uma serenata, com o grupo Maria Helena e Quinteto, do qual participam Wagner Segura (violão de sete cordas), Marco Aurélio (trombone), Fernanda Silveira (cavaco) e Fabrício Gonçalves (pandeiro). Também houve apresentação de saxofone com o músico Giann Carlo.
"Nosso museu tem um acervo maravilhoso, e queremos que o público prestigie essa riqueza. Por isso estamos buscando realizar exposições itinerantes pelas diferentes regiões catarinenses. Também planejamos criar, com a reforma da estrutura física do Masc, que deverá começar dentro de algumas semanas, um espaço para exposição permanente desse acervo", afirma a presidente da FCC, Anita Pires. A administradora do Masc, Lygia Helena Roussenq Neves, tem buscado parcerias. "Queremos dar maior visibilidade à atuação do museu, não só nas diversas regiões do Estado como também em outros espaços culturais brasileiros", afirma.
Para a montagem da exposição "MASC 60 Anos", foram realizados contatos com diferentes personalidades da cultura catarinense, envolvidos de alguma forma com a história do Masc, como Eglê Malheiros. "Nós, do Círculo de Arte Moderna, que ficamos conhecidos como Grupo Sul, em razão do nome de nossa revista, amávamos nossa ilha, mas não queríamos viver ilhados, afundamos nossas raízes na terra, braços estendidos em busca de irmãos. Cultura e arte são feitas de afirmação e troca, o isolamento depaupera e esteriliza, impede o senso crítico. Mente e coração abertos para o mundo, lutamos por fraternidade e paz e para que todos democraticamente criem e usufruam os frutos do espírito humano. Um dos feitos de nossa luta foi contribuir efetivamente para a criação do Museu de Arte Moderna de Florianópolis, hoje MASC, que resultou da Exposição de Arte Contemporânea e das palestras feitas por Marques Rebelo em nossa cidade, em 1948. Por várias vezes foi preciso salvá-lo do fechamento, contudo hoje é nacionalmente reconhecido", escreveu a artista.
Acompanhe toda a programação no novo portal do MASC: http://www.fcc.sc.gov.br/masc/
SERVIçO:
O QUê: Exposição "MASC 60 Anos"
QUANDO: abertura terça-feira, 31 de março, às 19 horas. Visitação até 30 de abril, de terça a domingo, das 13h às 21 horas.
ONDE: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica, Florianópolis, SC. Fone: (48) 3953-2318
QUANTO: gratuito
ABERTURA DA EXPOSIçãO "MASC 60 ANOS"
Fotos: Márcio H. Martins / FCC - MIS
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Um moderno sessentão
Em Santa Catarina, primeiro museu oficial de arte moderna do país comemora aniversário com mostra e reformas
Nem o MASP de São Paulo, nem o MAM do Rio de Janeiro. O primeiro museu de arte moderna brasileiro criado com patrocínio do Estado fica em Florianópolis. Tudo começou há exatos sessenta anos, com uma pequena coleção doada pelo romancista Marques Rebelo (1907-1973) e pelo governo estadual. De lá pra cá, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), instalado no Centro Integrado de Cultura da capital, diversificou o seu acervo e hoje reúne mais de 1.700 obras modernas e contemporâneas.
Foi na década de 1940 que Rebelo, Salim Miguel e outros artistas do Grupo Sul organizaram uma mostra itinerante para fomentar e "educar" o público pelo Brasil. Em Florianópolis, a Exposição de Arte Contemporânea, com mais de setenta peças de artistas nacionais e estrangeiros, foi inaugurada em setembro de 1948, no pátio do antigo Grupo Escolar álvaro Dias. Permaneceu ali por uns dez dias apenas, mas o espaço continuou aberto, exibindo desenhos e aquarelas ofertadas por Rebelo e pela secretaria estadual de Justiça, Educação e Saúde. O lugar - logo chamado de Pátio Marques Rebelo - acabou virando, seis meses depois, o Museu de Arte Moderna de Florianópolis.
Na mesma época, São Paulo e Rio de Janeiro já tinham seus museus de arte, mas eram iniciativas privadas. Em 1947, o jornalista Assis Chateaubriand fundara o Museu de Arte de São Paulo (MASP). No ano seguinte, nasciam o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, pelas mãos do industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, e o MAM do Rio, obra da diretora do jornal Correio da Manhã, Niomar Muniz Sodré. "Nossas relações com esses museus eram distantes. Poucos contatos ou intercâmbios. Atualmente o Masc tem feito parcerias para empréstimos de obras para exposições itinerantes", diz a diretora da instituição catarinense, Lygia Roussenq Neves.
Mesmo afastado dos principais centros culturais, o museu de Florianópolis conseguiu atrair obras de todas as partes do país e também do exterior. Nos primeiros anos, privilegiavam-se modernistas como Iberê Camargo, Djanira e Alfredo Volpi. Aos poucos, artistas regionais e produções mais recentes foram se destacando. "A criação do Salão Vitor Meirelles, em 1993, teve papel fundamental na formação da coleção contemporânea que hoje o Masc possui. Através de prêmios de aquisição, o acervo ganhou mais obras catarinenses e nacionais", comenta a produtora cultural Maria Teresa Lira Collares, que dirigiu o Masc entre 1993 e 1998.
Para celebrar o aniversário, estão programadas reformas dos espaços de exposição, lançamento de um dicionário de artes plásticas de Santa Catarina e mostras do acervo em outras cidades. "Queremos sair em busca de parceiros para dar maior visibilidade à sua atuação nas diversas regiões do estado e outros espaços culturais brasileiros", anuncia a diretora Lygia Neves.
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional - março 2009 - Juliana Barreto Farias