Caracterizada pela força da indústria e pela colonização germânica, Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, é a "Cidade das Flores", das Bicicletas e dos Princípes. E em julho também é a Cidade da Dança. Durante 11 dias - de 16 a 26 de julho - sediará o Festival de Dança de Joinville, o maior do mundo, segundo o Guiness Book. Com apoio do Governo do Estado através do Funcultural, o festival recebe bailarinos de todo o Brasil e de diversos países da América Latina, e respira dança. São cerca de 4,5 mil bailarinos, em uma média de 170 horas de espetáculos assistidos por aproximadamente 200 mil pessoas.
é uma verdadeira maratona de apresentações e atividades didáticas realizadas no complexo do Centreventos Cau Hansen (onde também fica a sede da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil - ETBB, a única fora da Rússia) e, gratuitamente, em Palcos Abertos nas praças, shoppings, empresas e bairros da cidade.
Na programação oficial, as tradicionais Noite de Abertura e de Gala, que trazem grandes expoentes da dança no Brasil e no mundo, a Mostra Competitiva, Mostra de Dança Contemporânea, Meia Ponta (dedicado aos pequenos alunos/bailarinos de 10 a 12 anos), apresentações em Palcos Abertos, Seminários de Dança, Encontro das Ruas (com a cultura Hip Hop) e a Feira da Sapatilha, a maior do setor no Brasil.
Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e
solistas do Teatro Bolshoi de Moscou ao alcance de todos
Um dos mais tradicionais do Brasil, o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro abre, na noite de 16 de julho de 2008, o 26º Festival de Dança de Joinville, no Centreventos Cau Hansen. A companhia apresentará o balé O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky, na versão coreográfica de Yelena Panokova. Cecília Kerche, uma das maiores intérpretes do Lago dos Cisnes, e Vitor Luiz , considerado umas das grandes revelações do balé nos últimos anos, entram em cena como os principais solistas, seguidos por mais cerca de 70 bailarinos.
A apresentação da Grande Suíte do Balé "Don Quixote", com os primeiros solistas no Teatro Bolshoi de Moscou, Natalia Osipova e Ivan Vasiliev e cerca de 100 alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil marcam a Noite de Gala do 26º Festival de Dança de Joinville, um dos momentos mais esperados pelo público. No elenco estarão os formandos do ano de 2007, professores, ex-alunos que atuam em companhias do exterior e os bailarinos da Cia. Jovem ETBB.
Vanguarda na Mostra de Dança Contemporânea
Um dos destaques do Festival de Dança de Joinville, a Mostra de Dança Contemporânea, de 17 a 20 de julho, traz espetáculos de vanguarda, com linguagens diferenciadas e tem a proposta de valorizar novas e surpreendentes referências conceituais de espetáculos, com companhias profissionais. Em 2008, sobem ao palco as companhias Luis Arrieta (SP), Riscas Cia. de Dança (Ribeirão Preto-RJ), Cia. Borelli (SP), Ney Moraes Grupo de Dança (Caxias do Sul-RS) e Grupo Gaia Dança Contemporânea (Porto Alegre-RS).
Este ano a Mostra de Dança Contemporânea inova, extrapolando o espaço tradicional, o Teatro Juarez Machado, e chegando a casas noturnas da cidade. Participam desta mostra bailarinos e companhias profissionais.
Já a Mostra Competitiva reúne cerca de 130 inscritos de todo o Brasil e exterior e será realizada diariamente de 17 a 25 de julho (com exceção do dia 20, quando há a Noite de Gala), sempre a partir das 19 horas, apresentando ampla diversidade artística em sete gêneros: balé clássico, clássico de repertório, dança contemporânea, danças populares, jazz, sapateado e dança de rua.
No "Meia Ponta" os bailarinos mirins encantam o público, apresentando-se sempre às tardes, de 20 a 23 de julho, no Teatro Juarez Machado. Voltado para estudantes de 10 a 12 anos, o Meia Ponta tem o objetivo de incentivar uma paixão que surge na infância e reconhecer talentos precoces.
Um dos momentos mais esperados pelo público é o Encontro das Ruas, um evento voltado à cultura Hip Hop, que chega a 3ª edição ganhando mais abrangência. Além das já esperadas batalhas de B-boys, este ano o Encontro inova com duelos de Poping, Locking e Free Style. A programação didática também será enriquecida, com a realização de uma mesa-redonda sobre Grafite nas Artes e na Publicidade, oficina de DJs e workshops com os diversos tipos de dança.
Uma das marcas do Festival de Dança de Joinville, os Palcos Abertos proporcionam apresentações gratuitas e de qualidade, em horários diversificados, por toda a cidade. Nas praças, nos bairros, nos shoppings ou empresas, grupos selecionados pelo Conselho Artístico do festival mostram seu talento a uma platéia eclética, formada pela comunidade local, turistas e participantes do festival.
Enquanto a dança rola nos palcos, outra atração paralela atrai bailarinos, turistas e a comunidade de Joinville. é a Feira da Sapatilha, que completa o evento com lazer e boas opções de compras. O evento é um sucesso comercial que reúne os maiores fabricantes de artigos e acessórios para dança no Expocentro Edmundo Doubrawa, anexo ao Centreventos Cau Hansen.
Além de tudo isso, o Festival de Dança de Joinville ainda conta com uma diversidade de cursos e oficinas com professores especializados, de referência no Brasil e exterior. Mais informações no site www.festivaldedanca.com.br.
Dicas de turismo
Do campo aos museus e à praia: tudo fica pertinho
Aquecendo o inverno joinvilense, as famosas confeitarias e cafés estão por toda a cidade, oferecendo o melhor da culinária alemã, como o famoso apfelstrudel (torta de maçã), além de restaurantes típicos com seus pratos tradicionais, como eisbein e marreco recheado, além de frutos do mar. Tudo regado sempre a um bom chope.
A vida noturna de Joinville ganha destaque durante o festival com a realização de festas temáticas nos bares e boates, que permanecem lotados durante todo o evento. A cidade ainda conta com um amplo roteiro de museus, e é sede da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (ETBB), única filial fora da Rússia da tradicional escola de Moscou.
Localizada estrategicamente entre a serra que leva à Curitiba (130 km) e o estonteante litoral de Florianópolis (165 km), Joinville está cercada por municípios que contam com opções de passeios, como São Francisco do Sul, um dos primeiros povoamentos brasileiros, com bucólica arquitetura colonial e belas praias. Os turistas têm ainda a opção de navegar, com o barco Príncipe de Joinville, pela baía da Babitonga.
Quem curte o meio campestre, pode aproveitar o passeio pela Estrada Bonita, um recanto de turismo rural a 23 km do centro de Joinville, onde pequenas propriedades vendem produtos de fabricação caseira. Estes pequenos passeios podem ser agendados nos próprios hotéis e agências de viagem da cidade, saindo pela manhã e voltando no fim da tarde, ainda a tempo de assistir mais uma noite do Festival de Dança.
Serviço:
O que: 26º Festival de Dança de Joinville
Onde: Joinville (SC)
Quando: de 16 a 26 de julho
Ingressos à venda a partir 1º de julho pelo site do festival ou diretamente na bilheteria do Centreventos Cau Hansen - Joinville (SC)
Informações: (47) 3023-1010 (Instituto Festival de Dança de Joinville)
Saiba mais: www.festivaldedanca.com.br
Principais atrações:
Noites especiais de Abertura, de Gala e dos Campeões
Mostra de Dança Contemporânea
Mostra Competitiva - balé clássico, clássico de repertório, dança contemporânea, danças populares, jazz, sapateado e dança de rua
Meia Ponta - apresentações infantis
Feira da Sapatilha
Palcos Abertos - apresentações gratuitas em centros comerciais, praças, fábricas e na Feira da Sapatilha
Cursos e oficinas
Seminários de Dança
Encontro das Ruas
Como chegar:
De avião - a cidade conta com um aeroporto, atendido regularmente por companhias aéreas nacionais
De carro - pela BR-101, vindo da direção de Curitiba ou de Florianópolis
De ônibus - a partir das principais capitais, a maioria das companhias de ônibus têm passagens para Joinville
Informações turísticas:
Promotur (Fundação de Promoção e Planejamento Turístico de Joinville) - www.promotur.com.br - (47) 3453-2663 - Central de Atendimento ao Turista: 0800-6435015
Santur (Secretaria de Estado da Cultura, Turismo e Esporte) - www.santur.sc.gov.br - (48) 3212-6300
Centreventos Cau Hansen - www.conurb.com.br - (47) 3025-2729
Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia
Maria Cristina Dias
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(47) 3423-1010 / 8401-2521 - 9658-6514
Depois de um mês em Blumenau, a Mostra Regional de Artes Plásticas, promovida pela Gerência de Turismo, Cultura e Esporte da SDR de Blumenau, chega a Ilhota. A exposição, com obras do premiado artista plástico Tadeu Bittencourt, denominada "Os Invisíveis" , faz parte também da programação especial de anviersário da cidade. As obras em acrílico sobre lona ficarão expostas para visitação pública a partir do dia 21 de junho, na Prefeitura Municipal de Ilhota.
A intenção, segundo o gerente da pasta Sylvio Zimmermann Neto, é difundir a produção artística regional, levando-a ao alcance da comunidade. "Pretendemos proporcionar uma nova experiência visual para pessoas que muitas vezes não estão habituadas a freqüentar museus", acrescenta Zimmermann. Depois de Ilhota, a mostra deve seguir para outras cidades da região.
"Os Invisíveis"
Inserido em um mundo infinito de combinações de imagens e cores, a primeira impressão dos invisíveis é de sucessão rápida e cambiante de impressões e sensações. A desconstrução ou a invisibilidade da figura por trás das obras ascende o imaginário do expectador. A força da pintura e o excesso de energia e de cores não impedem o autor de tratar, de maneira sagaz e ao mesmo tempo tênue, sentimentos compartilhados de forma silenciosa pela sociedade: a ausência e a solidão.
Se na trajetória do autor encontramos desenhos elaborados a partir de expressão corporal de atores teatrais, esculturas feitas de material alternativo, pintura figurativa, cenografia, entre outros trabalhos que levam ao amplo conceito de plasticidade, nesta série podemos notar um olhar carregado de ambigüidade, na profusão da imagem a manifestação do ser invisível.
Tadeu Bittencourt mostra a capacidade de enxergar o inesperado e imprevisto no que parece abstrato, sem renunciar ao pensamento dominante da obra, aquele que dispensa explicação e que se corresponde prontamente com o expectador: o hábito social e a velocidade do cotidiano nos afastam do que é essencial até o ponto de não o reconhecermos mais.
No intuito de divulgar a língua espanhola e a cultura em espanhol, o Instituto Cervantes de Florianópolis começa em março de 2009 suas atividade culturais. Graças as parcerias estabelecidas com a Fundação Catarinense de Cultura, a Universidade Federal de Santa Catarina e a Fundação Cultural BADESC, o Instituto Cervantes oferecerá em Florianópolis um extenso programa de atividades musicais, literárias e cinematográficas da Espanha e Hispanoamérica.
PROGRAMAçãO
10 março, 20h
MúSICA
Ciclo guitarrísimo
José María Gallardo del Rey
Teatro álvaro de Carvalho
Rua Marechal Guilherme, 26
Entrada franca
Sujeito a lotação da sala - retirar ingressos com 1 hora de antecedência
Em parceria com a Fundação Catarinense de Cultura
20 março, 16h
CINEMA
El hombre de la esquina rosada (Arg., 1962) de René Mugica
baseado no conto homônimo de Jorge Luis Borges
Auditório Henrique Fontes do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC
Entrada franca
Apresentação pelo Prof. Roberto Ferro, da Universidade de Buenos Aires
Debate com ele e com os profesores da UFSC Claudio Cruz e Jair da Fonseca.
Em parceria com o Núcleo Juan Carlos Onetti de Estudios Literários Latinoamericanos da Universidade Federal de Santa Catarina
Ciclo Javier Bardem
CINEMA
Fundação Cultural BADESC
Rua Visconde de Ouro Preto, 216
às 19h - Entrada franca
8/4 Carne Trémula de Pedro Almodóvar
15/4 Días Contados de Imanol Uribe
22/4 Los Lunes al Sol de Fernando de Aranoa
29/4 Segunda Piel de Gerardo Vera
Em parceria com a Fundação Cultural BADESC
10 março, 20h
guitarrísimo
José María Gallardo del Rey
O concerto, em parceria com a Fundação Catarinense de Cultura, abre em Florianópolis o ciclo guitarrísimo do Instituto Cervantes, dedicado ao violão em todas as suas formas e estilos.
PROGRAMA
Gaspar SANZ ............................................................................. Danzas Españolas *
Santiago DE MURCIA .......................................... Tocata en la manera de Corelli *
José María GALLARDO DEL REY .......................................................... Lorca Suite
Astor PIAZZOLLA ...................................................... Tres Piezas del Nuevo Tango *
José María GALLARDO DEL REY ...........................Fantasía sobre temas de Iberia
José María GALLARDO DEL REY................................................................... Rosales
* Versión de José María Gallardo
José María Gallardo del Rey
O violonista e compositor sevilhano José María Gallardo del Rey recupera uma tradição esquecida pelos violonistas em geral há quase um século: a de associar em suas apresentações obras tradicionais do repertório com composições próprias.
Para o recital no Instituto Cervantes de Florianópolis, Gallardo Del Rey escolheu obras escritas originalmente para violão barroco por dois de seus principais compositores, Gaspar Sanz e Santiago de Murcia. Continuando a apresentação, serão interpretadas obras próprias baseadas também na tradição do cancioneiro ibérico, em releituras das obras tradicionais recolhidas pelo grande poeta Federico García Lorca. Outras composições próprias além de um arranjo do próprio violonista de obras de Astor Piazzolla encerram o programa.
José María Gallardo del Rey extrapola os limites do violão clássico, colaborando frequentemente com músicos de jazz, ópera, balé e teatro. Atua também como diretor de orquestra e compositor, sendo fundador e diretor musical do septeto La Maestranza. Faz apresentações por toda a ásia e Austrália e em 2008 colaborou na produção Pasión Española, com Plácido Domingo e a Orquesta de la Comunidad de Madrid.
O ciclo guitarrísimo
O ciclo guitarrísimo do Instituto Cervantes começou em 1998 na sua sede de Munique (Alemanha) e se espalhou por várias das cidades do mundo nas quais o Instituto está presente.
O ciclo apresenta os principais intérpretes e repertórios para violão e instrumentos afins da Espanha e Hispanoamérica, países que tem, como o Brasil, o violão como um instrumento profundamente enraizado nas suas culturas musicais.
Teatro álvaro de Carvalho
Rua Marechal Guilherme, 26
Entrada franca
Sujeito a lotação da sala - retirar ingressos com 1 hora de antecedência
Em parceria com a Fundação Catarinense de Cultura
CICLO DE CINE ARGENTINO: Entre gauchos e compadritos
O Núcleo Juan Carlos Onetti de Estudos Literários Latinoamericanos da Universidade Federal de Santa Catarina e o Instituto Cervantes de Florianópolis abrirão no próximo dia 20 de março o Ciclo de Cinema Argentino Entre gaúchos e compadritos. Trata-se de uma mostra que reúne oito filmes produzidos entre as décadas de 1950 e 1980 que abordam os temas do gaúcho e do compadrito, figuras míticas da cultura argentina. O tema do gaúcho é revisitado com maestria em filmes como Martín Fierro de Leopoldo Torre Nilsson e Don Segundo Sombra de Manuel Antín, ambos baseados nas obras literárias homônimas de José Hernández e Ricardo Güiraldes, respectivamente. O tema do compadrito, figura emblemática do subúrbio da Buenos Aires do início do século XX, é explorado em El hombre de la esquina rosada de René Mugica, baseado no conto de Jorge Luis Borges Hombre de la esquina rosada, e Juan Moreira de Leonardo Favio.
O Ciclo pretende levar ao público de Florianópolis uma mostra de excelentes produções que apresentam temas que ocuparam importante papel nas discussões sobre a construção cultural do país vizinho durante o século XX e que hoje, nas vésperas do bicentenário da república Argentina, ganham novamente papel de destaque.
O Ciclo prevê a exibição mensal de um filme durante o período letivo de 2009, seguido de debate com a participação de especialistas brasileiros e estrangeiros.
A mostra começa na sexta-feira, 20 de março, às 16h, no Auditório Henrique Fontes do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, com a participação dos professores Roberto Ferro, da Universidade de Buenos Aires, e Cláudio Cruz e Jair da Fonseca, da UFSC.
PROGRAMAçãO:
sexta-feira, 20 de março às 16h: El hombre de la esquina rosada (1962) René Mugica
quarta-feira, 22 de abril às 16h: Juan Moreira (1972) Leonardo Favio
quarta-feira, 20 de maio às 16h: Un guapo del 900 (1960) Leopoldo Torre Nilsson
quarta-feira, 24 de junho às 16h: Tangos - El exilio de Gardel (1985) Fernando Solanas
quarta-feira, 26 de agosto às 16h: Martín Fierro (1968) Leopoldo Torre Nilsson
quarta-feira, 23 de setembro às 16h: Arrabalera (1950) Tulio Demicheli
quarta-feira, 21 de outubro às 16h: Don Segundo Sombra (1969) Manuel Antín
quarta-feira, 25 de novembro às 16h: Sur (1988) Fernando Solanas
O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita. Interessados poderão contar com certificados de participação.
LOCAL: Auditório Henrique Fontes, Centro de Comunicação e Expressão - CCE, UFSC
APOIOS: Instituto Cervantes, Centro de Comunicação e Expressão, Pós-graduação em Literatura e Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras da UFSC
ORGANIZADORES: Prof. Cláudio Cruz e Profª. Liliana Reales
INFORMAçõES: (48) 9615-0563
20 março, 16h
CINEMA
El hombre de la esquina rosada
(Arg., 1962, 70 min. Espanhol sem subtítulos) de René Mugica
baseado no conto homônimo de Jorge Luis Borges
Francisco Real, um homem do Norte chamado de el Corralero, anda buscando outro que tem fama de fofoqueiro e de mau e o chamam de el Pegador ´´quero encontrar-lo para que me ensine, a mim que não sou ninguém, o que é um homem de coragem e de visão´´.
Apresentação pelo Profº Roberto Ferro da Universidade de Buenos Aires
Debate com ele e com os profesores da UFSC Claudio Cruz e Jair da Fonseca.
Roberto Ferro
Roberto Ferro é escritor e crítico literário. Doutor em Letras pela Universidade de Buenos Aires, é professor e pesquisador da Faculdade de Filosofía e Letras. Tem ministrado cursos e seminários de pós- graduação em Venezuela, México, França e Itália. Faz parte do conselho de redação de numerosas revistas acadêmicas e literárias.
Entre seus libros publicados estão: El asesino tiene quien le escriba, Lectura (h)errada con Jacques Derrida, El lector apócrifo, La ficción. Un caso de sonambulismo teórico, Línea de flotación e Onetti. La fundación imaginada.
Auditório Henrique Fontes, Centro de Comunicação e Expressão - CCE, UFSC
Entrada franca
Apresentação pelo Profº Roberto Ferro da Universidade de Buenos Aires
Debate com ele e com os profesores da UFSC Claudio Cruz e Jair da Fonseca.
Em parceria com o Núcleo Juan Carlos Onetti de Estudios Literários Latinoamericanos,
da Universidade Federal de Santa Catarina
CINECLUBE
A Fundação Cultural Badesc e o Instituto Cervantes oferecem, a partir do mês de abril, cinema espanhol e hispanoamericano todas as quartas-feiras, às 19h
Cinema abril
Ciclo Javier Bardem
Fundação Cultural BADESC
Rua Visconde de Ouro Preto, 216
às 19h - Entrada franca
Dedicamos o mês de abril a figura de Javier Bardem, um ator jovem apesar de já ser consagrado na cena espanhola e internacional. Filho da também atriz Pilar, irmão do escritor e diretor de cinema Miguel e sobrinho de uma das figuras mais relevantes do cinema espanhol dos anos 1950 e 1960, o diretor Juan Antonio Bardem (1922-2002), Javier passou por um período juvenil um tanto errante, no qual dividia seu tempo entre suas duas grandes paixões: o rugbi e os estudos de pintura, até chegar nas mãos de diretores de renome e realizar seus primeiros e breves papéis em Las edades de Lulú(1991), de Bigas Luna e Tacones Lejanos(1991), de Almodóvar. Sob a direção do primeiro, o controverso diretor catalão Bigas Luna, chegaria sua consagração, com o filme Jamón, jamón (1992).
Logo depois deste primeiro trabalho, Bardem voltou a tarbalhar com Bigas Luna em Huevos de oro (1993), que garantiu sua popularidade ao mesmo tempo em que classificava o ator em um só esteriótipo - o de macho latino, forte, autoritário e agressivo - do qual, no entanto, conseguiu se desvencilhar graças aos trabalhos posteriores, como El detective y la muerte (1994), de Gonzalo Suárez, ou Días contados(1994), de Imanol Uribe, nos quais interpreta magistralmente um personagem conflituoso, viciado em drogas e atraente ainda que repulsivo. Esta atuação lhe valeu em 1995 o Prêmio Goya de melhor ator coadjuvante.
Provavelmente foi em 1997 que Javier Bardem se lançou definitivamente ao estrelato, quando colaborou com dois dos maiores diretores do cinema espanhol - Pedro Almodóvar e Alex de la Iglesia - em papéis de protagonista. Carne Trémula e Perdita Durango nos apresentam um ator já formado e pleno de recursos interpretativos, ao mesmo tempo que são marcantes quanto à variedade de registros que o ator domina, já que em um, Carne Trémula, interpreta um tetraplégico, enquanto em Perdita Durango, Bardem enche a tela com talvez uma das imagens mais violentas, inquietantes e ameaçadoras que o espectador contemporâneo possa recordar. Nesta mesma linha podemos enquadrar os últimos trabalhos de Bardem - Antes que anochezca (2000) de Julian Schnabel; Los Lunes al sol (2002) de Fernando León de Aranoa, e Mar adentro de Alejandro Amenábar (2004) - filmes com uma enorme distribuição internacional e nas quais o ator assume enormes desafios interpretativos, como o de encarnar o escritor e poeta cubano Reynaldo Arenas (1943-1990) -; ou o defensor da eutanásia e paraplégico Ramón Sampedro (1943-1998).
A partir deste ano Javier Bardem inicia uma carreira fora da Espanha. Em 2006 participa em Os fantasmas de Goya (2006) de Milos Forman, ao lado de Natalie Portman. Em 2007 aparece em O amor nos tempos de cólera, de Mike Newell, baseado no romance de Gabriel García Márquez. Recentemente foi convidado a viver o famoso terrorista venezuelano Carlos, o Chacal, em filme dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.
Em 2008, sua consagração veio com o óscar na categoria de melhor ator coadjuvante, pelo seu papel no filme No Country for Old Men(2007) dirigido pelos irmãos Coen, tornando-se o primeiro ator espanhol a receber este galardão.
08/04/2009
Carne trémula
Direção: Pedro Almodóvar
Espanha, 1997, 100 minutos, cor. Em espanhol com legenda em português
Em uma noite, três homens e três armas coincidem-se na casa do cônsul italiano em Madri. Sozinha, Elena, sua filha, espera anciosamente a chegada do traficante que lhe trará drogas. Os três homens são Víctor, um adolescente imaturo e marginal, e uma dupla de policiais, David e Sancho. Entre eles começa uma discussão violenta. Uma das pistolas é disparada atingindo David, em sua coluna vertebral. Víctor é preso e condenado a uma pena de setes anos de detenção.
15/04/2009
Días contados
Direção: Imanol Uribe
Espanha, 1994, 90 minutos, cor. Em espanhol, sem legenda
Uma história de amor entre pessoas que vivem no limite. Ela, Charo, quase cruzou a fronteira irreversível do mundo das drogas e, apesar do ambiente sórdido em que cresceu, não deixa de manifestar a igenuidade de seus dezoito anos.
22/04/2009
Los lunes al sol
Direção: Fernando León de Aranoa
Espanha, 2002, 113 minutos, cor. Em espanhol, legenda em espanhol
Em uma cidade litorânea ao norte e dividida por um rio de águas verdes e poluídas, muitos homens e mulheres deixaram o campo e o mar para irem trabalhar em fábricas, refinarias e estaleiros. Mas depois chegou a modernização industrial.
29/04/2009
Segunda piel
Direção: Gerardo Vera
Espanha, 1999, 105 minutos, cor. Em espanhol, legenda em espanhol
Alberto, homem jovem e bem sucedido, é casado com Elena e tem um filho, Manuel. Nesta aparente normalidade estável e acomodada, Alberto mantém uma relação sentimental com Diego, um médico gay. Elena descobre que seu marido a trai, mas acredita que seja com outra mulher; passa, então, a tentar de todos os modos salvar seu casamento.
Em parceria com a Fundação Cultural BADESC
O Instituto Cervantes
Fundado em 1991, o Instituto Cervantes é uma instituição oficial espanhola dedicada à difusão internacional do espanhol e da cultura nas línguas hispânicas. Atualmente conta com 72 centros espalhados pelos cinco continentes, em mais de 40 países. Mais de 100.000 alunos participam anualmente nos 8000 cursos de espanhol que se celebram nos centros do Instituto Cervantes, cursos de língua para todos os níveis, cursos de aperfeiçoamento e atualização didática e cursos especiais de língua e cultura, espanhol para fins específicos (espanhol para negócios, secretariado, etc.), assim como cursos preparatórios para a realização das provas dos Diplomas de Espanhol como Língua Estrangeira (DELE), enquanto as incessantes atividades culturais relacionadas à Espanha e à hispanoamérica situam o Instituto Cervantes como uma referência em todos os países onde atua. Desde 1998, quando o Instituto Cervantes começou suas atividades em São Paulo, nossa instituição cresceu no Brasil de maneira espetacular. Com centros em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, Brasil é o país com a maior presença do Instituto Cervantes.
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Instituto Cervantes Florianópolis
Rua Esteves Júnior, 280
88015-130 Florianópolis
Tel. (48) 3225-0224
MIS exibe documentário sobre o fotojornalista Evandro Teixeira
(24-10-2008) A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), junto ao Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), apresenta, no dia 29 de outubro, o documentário Evandro Teixeira - Instantâneos da Realidade. O filme de Paulo Fontenelli é um apanhado da obra de um dos maiores nomes do fotojornalismo brasileiro. A sessão ocorre às 19 horas, na sala Multimídia do MIS, no Centro Integrado de Cultura (CIC) e tem entrada franca.
As fotografias de Evandro Teixeira eternizaram os principais episódios políticos do país desde a década de 60 e flagraram pelo mundo instantâneos de guerra, glória e glamour. "Da queda do governo Allende, no Chile, aos desfiles de moda em Paris, passando por Copas do Mundo e Jogos Olímpicos, a obra do Evandro é muito abrangente. E a idéia do documentário é justamente apresentar a riqueza do conjunto dessa obra", conta Fontenelli. Após a exibição do filme haverá um debate com Sergio Vignes e Vera Sayão, também fotógrafos.
Em novembro, Evandro Teixeira vem a Florianópolis transmitir sua experiência de 50 anos no fotojornalismo. Durante dois dias, ele oferecerá um curso sobre sua metodologia de trabalho, que alia teoria e prática, também no MIS. O curso será realizado nos dias 15 e 16 de novembro. Mais informações no site http://www.duoarte.com/.
SERVIçO:
O quê: Exibição do documentário Evandro Teixeira - Instantâneos da Realidade
Quando: Dia 29 de outubro, às 19 horas
Local: Sala Multimídia do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC)
Centro Integrado de Cultura - CIC - Av. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis/SC.
Quanto: gratuito
Depois de viver uma experiência intensa em instituições de ensino de seis municípios catarinenses, a artista Sofia Camargo retorna a Florianópolis com muitas histórias para contar. Mais do que isso. Nesta temporada no Brasil, construiu dentro de si um retrato de parte da realidade catarinense e a convicção de que muitas crianças enfrentam carências e dificuldades. Como coordenadora do projeto Crê Ser, criado e desenvolvido pela Fundação Catarinense de Ensino (FCC), com recursos oriundos da lei estadual de incentivo à cultura, por meio do Fundo de Incentivo à Cultura (Funcultural), ela atendeu cerca de 3 mil alunos em diferentes escolas e instituições infanto-juvenis.
Na última etapa do trabalho, em Florianópolis, ela realiza o projeto entre os dias 12 e 18 de junho no abrigo de meninos e meninas Cretinha Casa Lar. O programa aposta na construção de auto-estima e da cidadania usando as artes visuais. Localizado no Rio Tavares, o Cretinha acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social, encaminhadas à instituição pelo Juizado da Infância e da Juventude e pelo Conselho Tutelar.
Moradora em Berlim, Sofia Camargo chegou no Brasil, em fevereiro, para realizar o Crê Ser e compartilhar experiências neste campo. Não é a primeira vez que ela atua em Florianópolis com crianças fragilizadas, seu real interesse de atuação. Em 2000, ela desenvolveu no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), o projeto Arte Despertar, que atendeu crianças de rua.
Sofia Camargo e o artistaThomas Klasen, que documenta em audiovisual o projeto, motivam crianças e adolescentes a pintarem seus desejos. O programa prevê, além das atividades em instituições de ensino públicas, uma mostra no Centro Integrado de Cultura (CIC), a produção de um catálogo e de um DVD.
A primeira etapa do trabalho começou em março com pesquisas de reconhecimento do campo de intervenção. Definidas as instituições contempladas, o programa atendeu inicialmente, em Rio dos Cedros, a Escola de Ensino Fundamental Prefeito João Floriano, localizada a 25 quilômetros do centro, encravada entre montanhas e voltada para o atendimento de crianças vindas de regiões bem distantes.
Sofia e Thomas passaram por Blumenau, Rio dos Cedros, Treze Tílias, Bom Jesus, Maravilha e Rio Fortuna, sintonizando especialmente com representantes de secretarias de Educação, diretoras de escolas, educadoras e até pais de alunos. Ambos têm condições de construir um retrato singular da realidade de crianças catarinenses, muitas das quais sofrem vulnerabilidades emocionais de ordem familiar, econômica e social.
O objetivo da oficina Crê Ser é utilizar a arte como instrumento de liberação da criatividade e auto-afirmação. "Desde o paleolítico, o homem tem o impulso de pintar seus desejos na esperança de realizá-los. é uma confirmação de atitude mental e emocional, ou seja, a passagem do plano ideológico para o concreto. O que as crianças querem ser serão inicialmente nos quadros. E, por que não, futuramente na vida, se realmente acreditarem em si mesmas", situa Sofia.
A artista trabalha com crianças desde 1988, no Brasil e na Alemanha, adotando técnicas lúdicas, dinâmicas, induzidas por sugestões comportamentais, ao invés de pictóricas. A metodologia inclui movimentos corporais (pintar voando, pulando, de olhos fechados), vocalização de sons (pintar cantando a música preferida, o som do mar, a voz da mãe) e relaxamento infantil (rolar sobre o papel com tinta grudada no corpo, deitar no chão sobre o papel, pintar dançando com uma cor diferente em cada um dos dedos dos pés).
A diversão é o ponto ideal para motivar mutações saudáveis e eficientes na personalidade infantil ainda em formação. A utilização desta técnica de ensino conduz claramente a criança ou adolescente ao autoconhecimento e auto-estima. Os trabalhos são analisados um a um, dando ênfase ao ponto forte da individualidade pictórica e, assim, ajudando os alunos na experiência do reconhecimento social no grupo.
A viagem de prospecção das instituições contempladas pelo projeto Crê Ser foi de fundamental importância na visão da coordenadora Sofia Camargo. Para ela, o contato direto representa a possibilidade efetiva de diálogo e credibilidade, porque permite adequar a oferta às reais necessidades de cada escola. Além disso, a observação das potencialidades e carências, seja a de crianças que vivem em áreas pobres ou a das lacunas de ofertas culturais para adolescentes, ajuda a qualificar as propostas do programa. Percebe-se, diz a artista, que o Estado de Santa Catarina está empenhado na melhoria do ensino, contando com a atuação de jovens educadores e profissionais no setor de educação "abertos para tudo o que lhe renove a motivação. Tanto os que trabalham diretamente com crianças pobres, como Bom Jesus e Rio dos Cedros, como os que vivem mais homogeneamente como em Rio Fortuna, são afetivos, inclusive no relacionamento entre os membros da própria equipe".
Breve currículo
Formada pela Escola Superior de Propaganda & Marketing, em São Paulo, Sofia Camargo tem 52 anos e traz em seu currículo aprendizagens que passam pelo caminho das artes visuais. Estudou cinema com Plínio Salgado, aquarela com Rubens Matuk, fez ateliê com Maria Bonomi. Nos anos 1980 saiu do Brasil para viver nas Ilhas Canárias e, por fim, seguiu para Berlim, na Alemanha, onde casou e mora até hoje. Seus interesses são amplos, a ponto de estudar caligrafia japonesa e modelo vivo na Escola de Belas Artes de Berlim, onde também estudou mais tarde com John Cage. Realizou projeto no Himalaia, na índia, onde estudou escultura em argila e, no fim dos anos 90, voltou ao Brasil, onde realizou até 2000 workshops para adultos e crianças. Com o apoio do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), desenvolveu com crianças de rua o projeto Despertar. A partir de 2002 passa a atender convites de diferentes entidades privadas e governamentais interessadas na Kinder Kunst Galerie, um projeto temporário e ambulante realizado tanto em escolas, museus e instituições para menores na Alemanha. Como artista, seu currículo aponta mostras coletivas e individuais. Já expôs, entre outros espaços, no Centro Cultural São Paulo; em Fuerteventura, na Espanha; na October Galley, em Londres, na Inglaterra; no Museum Dahlen Berlim; em BlaclightGallery, em Potsdamerplatz; na Galeria Art-Quadrat, em Munique; na embaixada brasileira em Berlim.