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Nesta segunda-feira (4) o Museu Etnográfico, em Biguaçu, completa 40 anos de inauguração. Nas últimas quatro décadas, o espaço localizado na histórica Casa dos Açores, construída no século XIX, foi responsável pela preservação da memória e cultura dos luso-açorianos que colonizaram o litoral catarinense.

Distante cerca de 20 quilômetros do centro de Florianópolis, a Casa é administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O imóvel foi adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 1978, e passou por restauração para se transformar em museu, inaugurado no dia 4 de março de 1979. A edificação tombada forma, junto com a Igreja de São Miguel Arcanjo, a chácara e os arcos do antigo aqueduto, um belo conjunto arquitetônico.

Atualmente, o público encontra exposições que fazem um resgate dos costumes do povo açoriano que veio para Santa Catarina, com objetos em cerâmica; mobiliário antigo; os engenhos - maquetes de engenhos de cana-de-açúcar, farinha e serraria; a Casa do Pescador - com material usado na atividade econômica típica dos colonizadores; além da exposição Grupo Arcos Pró-Resgate da Memória Histórica, Artística e Cultural de Biguaçu, com acervo de trajes folclóricos originais da Ilha dos Açores e litoral catarinense, material bibliográfico, artesanato de referência cultural, instrumentos musicais, pau-de-fita, entre outros objetos.

O Museu recebe, ainda, grupos escolares e de idosos previamente agendados para sua Matinê. Na ocasião, o público assiste à exibição de filmes catarinenses que fazem parte do acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) e foram cedidos especialmente para o projeto. Para marcar hora, basta entrar em contato com o Museu pelo telefone (48) 3665-6195. Quem quiser passar um dia em meio à natureza também pode procurar pelo museu, que conta com um pomar e churrasqueiras abertos à comunidade.

Neste Carnaval, o Museu Etnográfico abrirá normalmente no sábado e domingo (2 e 3/3). Já na segunda e terça-feira (4 e 5/3) estará fechado. Volta a atender ao público normalmente na quarta-feira (6/3), a partir das 9h.

Serviço:

Museu Etnográfico Casa dos Açores
Localização: BR-101, km 189 - Balneário São Miguel - Biguaçu (SC)
Contato: (48) 3665-6195
Horário de atendimento: de terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Entrada gratuita.

Foi concluída em dezembro a primeira etapa de descarte de acervo do Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu. Para essa atividade, foi nomeada uma comissão de descarte, composta por técnicos da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com profissionais das áreas de museologia, arquitetura, história e conservação. Ao fim do processo, foram doados 106 painéis à Secretaria de Educação do município de Biguaçu, para aproveitamento didático, e 24 painéis foram destruídos por estarem desatualizados ou sem condições de uso.

Conforme o coordenador do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC), Renilton Assis, esses painéis haviam sido tombados como acervo, porém, identificou-se que não teriam relação do foco do museu de preservar a história e a cultura dos açorianos e seus descendentes em Santa Catarina. "Com essa ação conseguimos definir com mais clareza quais peças têm identidade com o museu. Também foi possível liberar espaço no acervo, já que trata-se de um museu pequeno", explica.

Os trabalhos da comissão de descarte levaram cerca de um ano para serem concluídos. A tarefa teve diferentes etapas, passando pela análise de conteúdo, de relevância histórica e de condições físicas dos materiais que estavam no acervo. Os painéis descartados integraram exposições organizadas por ocasião dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.

O Museu Etnográfico Casa dos Açores está localizado na BR-101, em São Miguel, no município de Biguaçu. Em 2018, o espaço recebeu 13,3 mil visitantes que assinaram o livro de visitas.

Ascom FCC

 

Uma exposição com 30 peças em cerâmica mostra a arte ceramista dos índios Guarani, povo que habita o território catarinense desde antes da chegada dos colonizadores europeus, chega ao Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu.

A técnica foi estudada durante 13 anos pelo artista plástico Jone Cezar de Araújo , que visitou a maioria dos municípios catarinenses que possuem, em seu acervo, peças originais e em ótimo estado de conservação.

A abertura será no dia 18 de agosto, às 18h, no Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu, e contará com a participação do Coral das Crianças Guaranis, da comunidade de São Miguel.

A mostra ficará em cartaz durante dois meses e a visitação é de terça a domingo das 8h às 12h e das 13h às 17h, com entrada gratuita.

Serviço:

Exposição Cerâmica Arqueológica Guarani
Visitação: de 18 de agosto a 18 de outubro de 2018
Horários: de terça a domingo das 8h às 12h e das 13h às 17h
Entrada gratuita.

Em sua 61ª reunião, o Conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) aprovou o projeto "Expositivo para a Casa dos Açores - Museu Etnográfico - Fase 1". Durante a reunião, realizada na quarta-feira (11), também foi encaminhado para readequação o projeto "Tecendo rede de reciclagem" e analisado e aprovado um requerimento de perícia.

O projeto que visa tornar o Museu Etnográfico Casa dos Açores mais atrativo para a população e incentivar o resgate da cultura açoriana foi apresentado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e será realizado em etapas. Localizado em Biguaçu, na Grande Florianópolis, o Museu foi inaugurado em 1979 e funciona em uma edificação do século XIX. No projeto estão descritas atividades como mapeamento, identificação, revisão e adequação do acervo, rediscussão dos trajetos de visitação, otimização dos espaços internos e externos e aprimoramento dos suportes em comunicação expositiva. O Museu não conta com a equipe necessária para realizar todas as atividades, portanto também está prevista a contratação de um museólogo, um engenheiro civil ou eletricista, um designer gráfico, um arquiteto, um estagiário de museologia e um orçamentista.

"A aprovação da proposta para contratação do projeto de nova expografia para o Museu Etnográfico pelo FRBL é o reconhecimento da relevância deste importante equipamento para cultura de nosso Estado. Este é um importante passo para transformamos este museu numa referência de espaço museal para Santa Catarina", destaca a diretora de Preservação do Patrimônio Cultural da FCC, Vanessa Pereira. 

A previsão é que o projeto seja executado em dez meses e se estenda ao Museu e seu entorno, que inclui a Igreja de São Miguel, inaugurada em 1751. Para a realização de todas as atividades o FRBL destinará R$ 225.719,00.

O projeto "Tecendo rede de reciclagem", apresentado pela Prefeitura de Guaraciaba, que visa à construção de um centro de triagem para o armazenamento de materiais recicláveis coletados pelos catadores da cidade, deverá passar por adequações antes de ser avaliado, a pedido do relator.

O "Programa Escola Segura - PROES", apresentado pela Prefeitura de São José - que já havia sido indeferido pelo Conselho Gestor - teve o pedido de reconsideração indeferido pelo fato de apresentar diversas incompatibilidades, inclusive devido a um conflito de competências quanto à plena execução do objeto proposto.Um requerimento de perícia solicitado pela 5ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, na área do meio ambiente, foi analisado e aprovado por unanimidade.

Posse de novos Membros do Conselho Gestor

Durante a reunião também foram empossadas as novas entidades integrantes do Conselho Gestor. Sorteadas na reunião passada (14/03) - nos termos do Edital n. 001/2018/FRBL -, a Associação R3 Animal e a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI) comporão o Conselho Gestor durante o biênio 2018-2020.Localizada em Florianópolis, a R3 ANIMAL visa resgatar, reabilitar e reintroduz animais silvestres ao seu hábitat e foi fundada no ano 2000. Já a APREMAVI, que defende, preserva e recupera o meio ambiente, tem a sua sede em Atalanta, a 184 quilômetros da Capital, e foi fundada em 1987.


SAIBA MAIS
FRBL: FUNDO QUE RESSARCE E BENEFICIA A SOCIEDADE
Em Santa Catarina, o dinheiro proveniente de condenações, multas e acordos judiciais e extrajudiciais em face de danos causados à coletividade em áreas como meio ambiente, consumidor e patrimônio histórico é revertido ao Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), o qual financia projetos que atendem a interesses da sociedade.

O objetivo principal do FRBL é custear projetos que previnam ou recuperem danos sofridos pela coletividade.

O FRBL é administrado por um Conselho Gestor composto por representantes de órgãos públicos estaduais e entidades civis. Os representantes de órgãos públicos são permanentes e os de entidades civis são renováveis a cada dois anos, mediante sorteio público.

Fonte: MPSC
https://www.mpsc.mp.br/noticias/frbl-custeara-projeto-que-busca-resgatar-a-cultura-acoriana

 

O ano era de “1748 do Nosso Senhor”, quando um contingente de seis mil pessoas deixou as Ilhas dos Açores para desembarcarem em Santa Catarina. O legado está aí hoje, firme e alicerçado em reminiscências históricas, sociais, econômicas e, principalmente, culturais: do folclore, às artes, arquitetura, religiosidade, usos e costumes. Agora, as atenções dos açorianos e catarinenses reacendem esses laços que celebram 270 da migração açoriana em um seminário internacional que começou nessa quinta-feira (19), no auditório do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE), em Florianópolis – ex- Nossa Senhora do Desterro. 

A escolha de Florianópolis não foi por acaso, já que é carinhosamente chamada de “Décima Ilha dos Açores” em referência ao arquipélago açoriano. O Congresso Internacional dos 270 Anos da Presença Açoriana em Santa Catarina: Mar, Patrimônio, História e Literatura reúne até sexta-feira (20) pesquisadores, jornalistas, escritores, historiadores, professores e autoridades portuguesas e brasileiras para debaterem de maneira plural questões históricas, culturais e de desenvolvimento sustentável, além da produção literária das chamadas “duas margens do Atlântico”. O evento é uma realização do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras, com o apoio do Governo do Estado e da Fundação Catarinense de Cultura.

Embora os debates de cunho científico e técnico tenham se concentrado na programação de quinta e sexta-feira, a agenda da comitiva açoriana e portuguesa começou na quarta-feira (18). Um grupo formado por pesquisadores, historiadores, jornalistas e representantes de universidades portuguesas visitou a Freguesia de São Miguel da Terra Firme, localizada em Biguaçu, onde foram recebidos no Museu Etnográfico Casa dos Açores, espaço administrado pela FCC. Considerada a primeira casa açoriana reconhecida no país. Lá, a comitiva foi recebida pelo presidente da FCC, Ozeas Mafra Filho, e pela secretária da Academia Catarinense de Letras, Lélia Pereira Nunes.
O grupo conheceu a exposição de longa duração instalada no museu, cujo acervo é composto por farto material (entre vestimentas de época, instrumentos musicais, utensílios domésticos e trajes folclóricos) doado por entidades portuguesas e açorianas ao Arcos, grupo de pesquisa açoriana com base em Biguaçu. “Esses 270 servem para debater e reavivar a importância do legado que a cultura açoriana imprime na vida dos catarinenses, mas também para que possamos nos reencontrar sob a perspectiva da construção de uma nova relação”, observou o presidente da FCC.

A importância da integração cultural entre Santa Catarina e Açores foi destacada pelo governador Eduardo Pinho Moreira durante a abertura oficial do Congresso Internacional dos 270 anos da Presença Açoriana em Santa Catarina, na quinta-feira. Com o auditório do TCE praticamente lotado, o governador disse que “essa ligação Açores-Florianópolis se mantém viva como uma característica forte da cultura do povo catarinense”. “O congresso é uma oportunidade para construir e manter a troca de experiências e informações entre
Liderando a comitiva açoriana presente ao congresso, o presidente da Região Autônoma dos Açores, Vasco Alves Cordeiro, reforçou a importância do fortalecimento das relações entre os dois Estados. “O que aqui nos trouxe e aqui nos une resume-se em uma palavra: açorianos! Aqueles que por uma herança de 270 anos, passada de geração para geração, fizeram prolongar-se no tempo o gene da gente que, nas palavras de Virgílio Várzea, poeta e jornalista do século 20, tinha e cito: ‘uma rara tenacidade’”, disse o político açoriano em sua saudação ao citar o escritor catarinense nascido em Florianópolis.

O congresso prossegue nessa sexta-feira, com participação livre, mediante inscrição gratuita pelo site www.acores270.org.

Texto e foto: Marcos Espíndola
Ascom FCC