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O ano era de “1748 do Nosso Senhor”, quando um contingente de seis mil pessoas deixou as Ilhas dos Açores para desembarcarem em Santa Catarina. O legado está aí hoje, firme e alicerçado em reminiscências históricas, sociais, econômicas e, principalmente, culturais: do folclore, às artes, arquitetura, religiosidade, usos e costumes. Agora, as atenções dos açorianos e catarinenses reacendem esses laços que celebram 270 da migração açoriana em um seminário internacional que começou nessa quinta-feira (19), no auditório do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE), em Florianópolis – ex- Nossa Senhora do Desterro. 

A escolha de Florianópolis não foi por acaso, já que é carinhosamente chamada de “Décima Ilha dos Açores” em referência ao arquipélago açoriano. O Congresso Internacional dos 270 Anos da Presença Açoriana em Santa Catarina: Mar, Patrimônio, História e Literatura reúne até sexta-feira (20) pesquisadores, jornalistas, escritores, historiadores, professores e autoridades portuguesas e brasileiras para debaterem de maneira plural questões históricas, culturais e de desenvolvimento sustentável, além da produção literária das chamadas “duas margens do Atlântico”. O evento é uma realização do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras, com o apoio do Governo do Estado e da Fundação Catarinense de Cultura.

Embora os debates de cunho científico e técnico tenham se concentrado na programação de quinta e sexta-feira, a agenda da comitiva açoriana e portuguesa começou na quarta-feira (18). Um grupo formado por pesquisadores, historiadores, jornalistas e representantes de universidades portuguesas visitou a Freguesia de São Miguel da Terra Firme, localizada em Biguaçu, onde foram recebidos no Museu Etnográfico Casa dos Açores, espaço administrado pela FCC. Considerada a primeira casa açoriana reconhecida no país. Lá, a comitiva foi recebida pelo presidente da FCC, Ozeas Mafra Filho, e pela secretária da Academia Catarinense de Letras, Lélia Pereira Nunes.
O grupo conheceu a exposição de longa duração instalada no museu, cujo acervo é composto por farto material (entre vestimentas de época, instrumentos musicais, utensílios domésticos e trajes folclóricos) doado por entidades portuguesas e açorianas ao Arcos, grupo de pesquisa açoriana com base em Biguaçu. “Esses 270 servem para debater e reavivar a importância do legado que a cultura açoriana imprime na vida dos catarinenses, mas também para que possamos nos reencontrar sob a perspectiva da construção de uma nova relação”, observou o presidente da FCC.

A importância da integração cultural entre Santa Catarina e Açores foi destacada pelo governador Eduardo Pinho Moreira durante a abertura oficial do Congresso Internacional dos 270 anos da Presença Açoriana em Santa Catarina, na quinta-feira. Com o auditório do TCE praticamente lotado, o governador disse que “essa ligação Açores-Florianópolis se mantém viva como uma característica forte da cultura do povo catarinense”. “O congresso é uma oportunidade para construir e manter a troca de experiências e informações entre
Liderando a comitiva açoriana presente ao congresso, o presidente da Região Autônoma dos Açores, Vasco Alves Cordeiro, reforçou a importância do fortalecimento das relações entre os dois Estados. “O que aqui nos trouxe e aqui nos une resume-se em uma palavra: açorianos! Aqueles que por uma herança de 270 anos, passada de geração para geração, fizeram prolongar-se no tempo o gene da gente que, nas palavras de Virgílio Várzea, poeta e jornalista do século 20, tinha e cito: ‘uma rara tenacidade’”, disse o político açoriano em sua saudação ao citar o escritor catarinense nascido em Florianópolis.

O congresso prossegue nessa sexta-feira, com participação livre, mediante inscrição gratuita pelo site www.acores270.org.

Texto e foto: Marcos Espíndola
Ascom FCC

A chegada dos açorianos em Santa Catarina, há exatos 270 anos, representa um legado que transcende ao tempo com reminiscências históricas, sociais, econômicas e culturais que repercutem até hoje. Não por menos, este acontecimento seminal será tema de um congresso internacional nesta quarta (18), quinta (19) e sexta-feira (20), no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em Florianópolis. A realização é do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e da Academia Catarinense de Letras, com o apoio do Governo do Estado por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

O Congresso Internacional dos 270 Anos da Presença Açoriana em Santa Catarina: Mar, Patrimônio, História e Literatura reunirá na antiga Nossa Senhora do Desterro – hoje Florianópolis – pesquisadores, jornalistas, escritores, historiadores, professores e autoridades portuguesas e locais para debaterem de maneira plural questões históricas, culturais, oceanográficas e de desenvolvimento sustentável, além da produção literária das “duas margens atlânticas”.

A programação abre na quarta-feira com a visita da comitiva de pesquisadores, convidados e autoridades portuguesas e brasileiras aos lcoais de referência da cultura açoriana na região. A primeira escala na antiga Freguesia de São Miguel da Terra Firme e Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu. A comitiva também conhecerá a freguesia de Santo Antônio de Lisboa e o Centro Histórico de Florianópolis. No quinta e sexta-feira, a programação se concentrará no auditório do Tribunal de Contas do Estado, no Centro de Florianópolis, para uma série de conferências e mesas redondas que reunirão jornalistas , professores, escritores e pesquisadores do Brasil, Portugal e Espanha.

Entre as presenças aguardadas estão doutores como Artur Teodoro Matos (Universidade Nova de Lisboa), Gilberta Rocha (Universidade dos Açores), Epina Barrio (Universidade de Salamanca), os escritores Nuno Costa Santos (Açores), Luiz Antônio de Assis Brasil, Deonísio da Silva, Celestino Sachet, Amílcar Neves, entre outros. Também são esperados o presidente do Governo Regional dos Açores,Vasco Cordeiros e demais autoridades daquele país para a abertura oficial do congresso, na quinta-feira, às 9h30min, no auditório do TCE.

Para participar do congresso basta inscrever-se gratuitamente por meio do site www.acores270.org e também se informar sobre a programação completa.

O registro da festa dos servidores da Casa dos Açores . Confira a galeria de fotos.

O Museu Etnográfico Casa dos Açores, localizado no município de Biguaçú, abrirá suas atividades culturais no dia 11 de abril com a exposição Mater´s – matéria, a terra como origem do homem, da artista plástica Sela, natural do Rio Grande do Sul e moradora de Florianópolis. Na ocasião também haverá o lançamento oficial do selo do produto artesanal de Biguaçú. O objetivo do município é, em parceria com a FCC, incentivar a produção artesanal na região. A idéia é expor e comercializar os produtos no próprio Museu Etnográfico. A proposta vem ao encontro da intenção da presidência da FCC que pretende investir na economia da cultura, gerando trabalho e renda.

 

 

EXPOSIÇÃO: A exposição Mater´s – matéria, a terra como origem do homem retrata o pensamento da artista diante da visão da natureza e sua valorização, além do vínculo homem e natureza. Tratam-se de uma série de pinturas de grandes dimensões (aproximadamente três metros) o material são pigmentos naturais de terra e acrílicas.

De acordo com ela, a série de pinturas não procura representar o meio natural, o mundo primitivo e selvagem, mas sim apresentar a paisagem natural através da materialidade, que sugere, diz, “ a entrega do humano ao meio natural.”
AGENDE-SE

*    O que: Exposição  de abertura das atividades culturais do Museu Etnográfico Casa dos Açores e comemoração de vinte anos de pintura da artista Cela

*    Onde: Museu Etnográfico Casa dos Açores/Biguaçú

*    Quando: 11 de abril a 12 de junho de 2011

*    Horário: das 8:00h ás 12:00h e das 13:00h as 17:00h

*    Agendar visitar pelo fone:32434166

Fonte: Marilene Rodrigues

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), que administra o Museu Etnográfico - Caso dos Açores, em Biguaçu, informa que a partir desta sexta-feira (10/11) três salas expositivas do espaço estarão fechadas para visitação. O motivo é a adequação destas alas para a montagem de uma nova exposição permantente que será inaugurada no final do mês. As demais dependências do Museu seguirão abertas e sem alteração de horários de visitação.

A Casa dos Açores, construída no século XIX, abriga o Museu Etnográfico, no município de Biguaçu. Distante cerca de 20 quilômetros do centro de Florianópolis, é um dos mais esplêndidos registros do apogeu da colônia açoriana-madeirense da localidade de São Miguel. A Casa dos Açores é administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O imóvel  foi adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 1978, e passou por restauração para se transformar em museu, inaugurado no dia 4 de março de 1979.
 
O museu forma, junto com a Igreja de São Miguel Arcanjo, a chácara e os arcos do antigo aqueduto, um belo conjunto arquitetônico. Conta com acervo de móveis, roupas e outras peças que visam à preservação e ao estudo da cultura açoriana. O espaço serve também para divulgar obras de autores catarinenses e exposições, além de contar com a comercialização de artesanato local.

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC