Praça XV de Novembro, 227 – Centro / Fone: (48) 3028-8092
O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) promove na quinta-feira (3), às 19 horas, em sua sede – Palácio Cruz e Sousa, a abertura das exposições “Caminho do Silêncio”, de Eliane Veiga, e “Multiverso”, de Gustavo Maia. Enquanto a primeira aborda a fé e a religiosidade, a segunda mescla em sua temática a compulsão por preencher espaços vazios e as formas imaginárias originadas na era digital. As exposições poderão ser visitadas até 04 de outubro e a entrada é gratuita.
A figura do anjo permeia todos os trabalhos de “Caminho do Silêncio”. A artista Eliane Veiga ressalta que o anjo integra sua poética e as memórias afetivas que fazem parte de sua vivência. Eliane explora essa lembrança a partir de diversas linguagens, como a fotografia, a pintura, a gravura e a escultura em cerâmica. Uma instalação composta por mil terços, um genuflexório, fotografias de anjos e um vídeo-arte estão entre as obras apresentadas na mostra. “Os trabalhos de Eliane Veiga há muito que fazem uso do repertório de imagens e convenções católicas. Essa apropriação de imagens, presente numa série de trabalhos a partir de registros de esculturas de anjos em cemitério, migra agora para uma apropriação do material de uso ritualístico: os rosários. Como passagem de um procedimento à outro, está o trabalho do genuflexório, onde Eliane opera entre a apropriação direta e um desvio do ritual católico”, destaca o artista catarinense Fernando Lindote.
O Grupo GDF SUEZ, a Tractebel Energia e o Governo de Santa Catarina trazem para Florianópolis a exposição Ferdinand de Lesseps e a construção no Egito do Canal de Suez: 1859-1869. Com mais de 100 peças entre fotografias, pinturas, gravuras, álbuns originais e vídeos, o evento é gratuito e se realiza de 6 de novembro a 6 de dezembro, no Palácio Cruz e Sousa. Montada especialmente para essa ocasião, a exposição é uma viagem à construção de uma das mais importantes obras do Século 19: o Canal de Suez. Foi nesta época que nasceu a marca GDF SUEZ, uma das líderes mundiais em energia e que no Brasil controla a maior geradora privada de energia elétrica, a Tractebel Energia.
“Quando visitei a sede do grupo, em 2007, estive no museu em que estão as coleções da Association du Souvenir de Ferdinand de Lesseps et du canal de Suez. Maravilhado com o que lá vi tive a idéia de receber em Santa Catarina uma exposição temporária da épica história da escavação do Canal de Suez”, diz o governador do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB). A idéia foi apresentada e aprovada pela diretoria da Tractebel Energia, que assumiu os custos do empreendimento. “Queremos contribuir com a difusão da cultura francesa em Santa Catarina, e esperamos que esta iniciativa incentive também a apresentação de outros acervos internacionais na cidade-sede da nossa empresa”, diz o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni Torres, acrescentando que esse é um dos eventos patrocinados pela empresa no contexto do Ano da França no Brasil.
Os visitantes vão ter a oportunidade de conhecer aspectos da economia da época, as missões artísticas existentes durante a construção, a cobertura da imprensa e como se modificou o mundo com esse Canal, que liga os mares Mediterrâneo e Vermelho por intermédio do istmo de Suez, no Egito. Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram da construção, que teve duração de dez anos e um custo de 17 milhões de libras esterlinas.
A exposição, segundo a representante da Association du Souvenir de Ferdinand de Lesseps et du Canal de Suez, Yasmina Boudhar, é dedicada ao francês e à aventura da escavação do Canal. “Nosso objetivo é explicar como a companhia, com 300 anos de história, está envolvida até hoje em projetos industriais”, observa Yasmina, acrescentando que a Universal Maritime Company of Suez Canal, criada por Ferdinand de Lesseps em 1858, foi historicamente a primeira marca registrada da GDF SUEZ.
Dividida em três partes, com seis subdivisões, a exposição dedica boa parte ao dinâmico empreendedor, que liderou o projeto a convite do vice-rei do Egito, Saïd Pacha, de quem obteve a concessão da construção e exploração. Durante dez anos, Ferdinand de Lesseps mostrou seu brilhantismo ao levantar o capital necessário e supervisionar o gigantesco empreendimento. Além dos negócios, entendia também de artes e comunicação. De Paris, ele convidou talentosos artistas para pintar as diversas fases da obra e também retratar suas célebres visitas, como rainhas e príncipes.
“Fotógrafos, pintores e ilustradores, que atravessavam o Oriente Médio, foram as verdadeiras testemunhas da aventura da escavação e construção do Canal”, afirma Yasmina. Ferdinand de Lesseps, por exemplo, teve de conduzir a água do Rio Nilo por esse istmo desértico para abastecer os canteiros de obras, e também construir, a partir do nada, duas cidades: Ismalia e Porto de Said. Essa última recebia os navios, que traziam todo o material da Europa.
Além da exposição, outras atividades paralelas estão previstas durante todo o período da exposição, entre elas palestras sobre o tema, visitas de escolas e apresentações musicais de quartetos de jazz francês.
SERVIÇO
O que - exposição Ferdinand de Lesseps e a construção no Egito do Canal de Suez: 1859-1869.
Abertura dia 5 de novembro às 20 h.
Visitação – De 6 de novembro a 15 de janeiro de 2010
Onde – Palácio Cruz e Sousa, Praça 15 de novembro, 227-Florianópolis.
Horário – De terça a sexta das 10h às 18h e sábados, domingos e feriados das 10h às 16h.
Quanto - Gratuito
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