Em outubro e novembro, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), traz a Florianópolis a exposição do artista plástico norueguês Alfredo Andersen. A mostra é uma das três que estarão abertas à visitação de 14 de outubro a 1 de dezembro de 2013. Junto às obras de Andersen, o público poderá conferir ainda a mostra Três Fotógrafos Noruegueses, com imagens de Verena Winkelmann, Rune Johansen e Per Berntsen; e a exposição Olhar Estrangeiro, com obras do acervo do Masc sob curadoria de Edson Busch Machado.
Andersen em Florianópolis
O norueguês Alfredo Andersen morou entre os anos de 1902 e 1935 em Curitiba (PR), onde é considerado o primeiro artista plástico a atuar profissionalmente e a incentivar o ensino das artes puras no Estado. Seu envolvimento com a sociedade local, tanto no registro de sua história e cultura quanto na formação da primeira geração de artistas profissionais daquela localidade, faz dele uma personalidade relevante para o estudo da sociedade e da arte do Paraná do final do século XIX e primeiras décadas do XX.
A exposição que chega ao Masc é uma parceria entre o Museu Alfredo Andersen, da Secretaria de Estado do Paraná, com a Real Embaixada da Noruega e Sociedade Amigos de Alfredo Andersen. Com curadoria de Amarilis Puppi, a mostra traz 56 obras de acervo, de instituições e colecionadores particulares, que já estiveram expostas em Brasília, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, e no Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro. No Masc, a exposição se apresenta dentro de um novo conceito, pois será vista em conjunto, mesmo que separadamente, com as exposições Olhar Estrangeiro e Três Fotógrafos Noruegueses.
Três Fotógrafos Noruegueses
Situada no extremo norte da Europa, a Noruega é aclamada por ter algumas das atrações turísticas mais espetaculares criadas pela natureza. Mas as fotografias de Verena Winkelmann, Rune Johansen e Per Berntsen nos apresentam outra realidade, diferente daquela encontrada nos folhetos turísticos. De maneira subjetiva, eles nos trazem o cotidiano como o vivenciam.
Verena apresenta o seu projeto Placed, realizado entre 2004 e 2008 em diversas pequenas e grandes cidades do sudeste norueguês. As fachadas nuas das casas compõem parte considerável do material fotográfico. Antes de serem uma mera descrição das cidades, as fotografias representam um estado mental.
As fotografias de Rune também mostram casas isoladas. A maioria das imagens foi captada perto do lugar onde ele nasceu e cresceu, no norte da Noruega, onde encontram-se alguns dos mais belos cenários do mundo. Várias das fotografias são de Lofoten, o arquipélago de fama mundial que se estende do litoral do continente para o mar, no extremo norte do país. Elas mostram qualidades diferentes das mostradas nos folhetos turísticos: pessoas que moram em sítios isolados, os ambientes e casas que ergueram e a paisagem que ajudaram a moldar.
Nas imagens de Per Berntsen, a distância entre as casas também é grande. As paisagens mostram Eggedal, com amplas vistas que caracterizam a narrativa do fotógrafo. Desses retratos cotidianos de uma paisagem insignificante surge uma nova experiência e o reconhecimento das qualidades do ordinário, do potencial estético que reside naquilo que normalmente deixamos passar despercebido.
Olhar Estrangeiro
O recorte curatorial da exposição Olhar Estrangeiro é um convite à curiosidade em que remete o público à imagem do espelho infinito. Entre as 63 obras expostas, 19 países estão representados pelo olhar de 55 pintores, escultores, desenhistas e gravuristas escolhidos, artistas cidadãos do mundo. São imagens de países como Itália, França, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, México, Argentina, Uruguai, Romênia, Polônia, Hungria, República Tcheca, Iugoslávia, Áustria, Japão, Venezuela, Grécia, Portugal e Brasil, escolhidas entre o acervo do Masc que conta com cerca de 2 mil obras.
"Estrangeiros que pintaram cenas em seus países de origem, imigrantes que deixaram registros pictóricos de heranças sem fronteiras, brasileiros viajantes que revelaram suas interpretações em territórios distantes, e cabe destacar artistas catarinenses que partiram em busca da sua pedra angular, a gnoti seauton socrática", resume o curador da exposição, Edson Busch Machado.
No contexto pode-se verificar núcleos diferenciados entre os artistas: paisagens bucólicas e cenas urbanas de estrangeiros em seus países de origem, com temática eminentemente social e politizada de latino-americanos, como os gravadores mexicanos e argentinos ou até mesmo o fotógrafo espanhol/brasileiro Miguel Rio Branco, um dos destaques da mostra. Há ainda os abstratos que dialogam, como o grego Nicolas Vlavianos e o brasileiro Fernando Velloso, além de estrangeiros que vieram viver em Santa Catarina, como Silvio Pléticos (Iugoslávia), Erwin Curt Teichmann (Alemanha) e Jorge Ferro (Venezuela ). Entre os catarinenses que "beberam na fonte criativa do exterior", estão Elke Hering, Rubens Oestroem, Marcos D'Aquino e Martinho de Haro.
A curadoria ainda homenageia o Masc que conserva em seu acervo valiosas obras dos artistas Alfredo Volpi, Frans Krajcberg, Tomie Ohtake, Sérgio Ferro e Lívio Abramo. Mas o recorte curatorial não é apenas geográfico: existe uma espessa camada antropológica nos processos criativos destes artistas, como explica o curador Edson Busch Machado, jornalista que vem desenvolvendo pesquisas sobre artes há cerca de 40 anos, dirigiu museus de arte, foi curador de inúmeras exposições no Brasil e no exterior e atualmente atua como diretor de cooperação e cultura internacional no Governo do Estado de Santa Catarina. Para ele, "Olhar Estrangeiro" sintetiza os artistas como cidadãos do mundo.
Serviço:
O quê: Exposições Andersen em Florianópolis; Três Fotógrafos Noruegueses; Olhar Estrangeiro
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis/SC
Visitação: de 15 de outubro a 1 de dezembro de 2013.
Horários: de segunda-feira a sábado, das 10h às 20h30min. Domingos e feriados, das 10h às 19h30min.
Entrada gratuita
Visitas mediadas devem ser agendadas com antecedência pelo telefone (48) 3953-2319
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Alguns dos espaços culturais administrados pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em todo o Estado terão seus horários de funcionamento alterados neste sábado (12/10), em virtude do feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. A Casa de Campo do Governador Hercílio Luz, em Rancho Queimado; a Casa da Alfândega e a Biblioteca Pública de Santa Catarina, ambas em Florianópolis, estarão fechadas para o público. O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) também interrompe suas atividades neste sábado, devido à montagem das mostras que ocuparão os salões expositivos a partir da próxima segunda-feira (14/10) - saiba mais sobre elas clicando aqui.
Confira como fica o atendimento em cada casa:
Casa de Campo do Governador Hercílio Luz: fechada no sábado (12). Reabre normalmente no domingo (13), das 10h às 17h.
Museu de Arte de Santa Catarina (Masc): fechado no sábado e domingo (12 e 13), devido à montagem das exposições Andersen em Florianópolis, Olhar Estrangeiro e Três Fotógrafos Noruegueses. Reabre na segunda-feira (14), às 19h, com as exposições.
Biblioteca Pública de Santa Catarina: fechada no sábado (12). Reabre na segunda-feira (14), das 8h às 19h15min.
Casa da Alfândega: fechada no sábado (12). Reabre na segunda-feira (14), das 9h às 18h30min.
Museu Etnográfico Casa dos Açores: abre normalmente durante todo o fim de semana - das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa: abre normalmente durante todo o fim de semana - das 10h às 16h.
Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC): exposição Além de 3x4 fica aberta à visitação no sábado (12), das 11h às 17h.
Museu Nacional do Mar - Embarcações Brasileiras: abre normalmente durante todo o fim de semana - das 10h às 18h.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A Fundação Catarinense de Cultura leva para o interior do Estado um recorte dos trabalhos desenvolvidos nas Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura com o Projeto Vivências Itinerantes. Com duração de uma semana, nos dois períodos, a oficina destina-se a professores, arte-educadores, artistas e público interessado em arte. A proposta é alternar os trabalhos em várias regiões do Estado.
Do dia 21 a 25 de outubro a FCC estará em Garopaba e nos dias 18 a 22 de novembro, em Palhoça. Nos dias 7 a 11 de outubro, o promeiro módulo do projeto foi em Paulo Lopes. Os municípios interessados para os próximos módulos precisam entrar em contato com a Diretoria de Difusão Artística pelo telefone (048) 39532314. As inscrições são gratuitas.
As oficinas
Cultura e Linguagem
A Oficina de Cultura e Linguagem introduz noções de cultura e linguagem no contexto da Arte e do fazer artístico. De maneira lúdica e interativa, a partir do som e da fala, da poesia, da música e da melodia, propõe-se um passeio pela percepção e expressão artística, ao mesmo tempo em que é oportunizada aos participantes a aproximação das demais linguagens artísticas vivenciadas em cada oficina e sua expressão de forma integrada.
Facilitador: Luiz Mesquita - Tradutor e Intérprete. Trabalha com cultura, linguagem e meio ambiente. Dedica-se, como forma de expressão artística, à música e à poesia.
Pintura -Dentro da contemporaneidade a pintura não é só o ato pictórico, tinta e pincel, mas sim todo um processo criativo que leva ao diálogo de material e ideias. Com este foco as oficinas de Pintura proporão para arte-educadores e público interessado em geral, investigar suas linguagens para melhor aproveitar os experimentos e os materiais empregados durante o percurso das mesmas. Orientar a manipulação de elementos básicos em benefício da busca de identidade pessoal em suas obras.
Número de vagas por turma: 10 pessoas.
Facilitador: Cássia Aresta - Artista plástica.
Papel Reciclado - A Oficina de Papel Reciclado tem como objetivo desenvolver a capacidade crítica do aluno através da prática da reciclagem, com a utilização de papéis, fibras, flores e outros materiais, explorando a linguagem do papel em sintonia com a produção artística contemporânea. Estimulando a construção criativa, através das emoções, vivências e memória, busca-se despertar o potencial criativo através da criação do papel, a linguagem visual e a percepção, introduzindo assim uma nova concepção de ver, de olhar o mundo.
Número de vagas por turma: 12 pessoas.
Facilitador: Patrícia Amante. Professora de Artes Plásticas/Educação Artística com especialização em "Linguagem Plástica Contemporânea". Desde 1990 é responsável pela implantação de várias oficinas em diversas entidades públicas e privadas em Santa Catarina.
Gravura - A Oficina de Gravura trabalha com meios manuais na experimentação de técnicas e matrizes variadas, através da xilo e monotipia. Amplia o conhecimento e o universo perceptual da imagem impressa planográfica, possibilitando pesquisa histórica, técnica e plástica.
Número de vagas por turma: 12 pessoas.
Facilitador: Carlos Alberto Oliveira (Bebeto) - Artista Plástico. Professor nas Oficinas de Artes do CIC. Dedica-se ao ensino e à criação artística através da Gravura: Lito, Xilo, Monotipia e Gravura em Metal.
Teatro/Dança - A Oficina de Teatro e Dança aborda os fundamentos básicos na arte da encenação dramática como voz, gesto, uso do espaço cênico, contracena, improvisação, criação de personagens e dramatização de pequenas cenas. Une atividades práticas em torno da dança contemporânea, moderna e balé clássico sob novas perspectivas e relações com técnicas corporais de Hatha Ioga e educação somática. A improvisação, no que se refere à criação e à imaginação oportunizadas, vem a ser um método de ensino e também uma dança em si.
Número de vagas por turma: 30 pessoas.
Facilitador: Elke Siedler é bailarina da Siedler Cia de Dança, professora substituta da graduação em Teatro da UDESC, doutoranda em Comunicação e Semiótica (PC/SP) e sócio-proprietária da Célula Cultural Mané Paulo, em Florianópolis/SC.
Serigrafia - A Oficina de Serigrafia trabalha com técnicas gráficas e seus principais processos, valorizando a gravura como meio de expressão, assim como meio expressivo em diferentes linguagens artísticas. Desenvolve o conhecimento de alguns elementos básicos, como a orientação de gravura, impressão, multiplicação da imagem, e o uso de materiais alternativos como suporte.
Número de vagas por turma: 12 pessoas.
Facilitador: José Antonio Fagundes (Zé Fagundes). Formado em Artes Plásticas pela UDESC, atualmente ministra oficinas no Coletivo Artístico - Nacasa. Trabalha com serigrafia desde 1984.
Música - A Oficina de Música aborda o fazer musical a partir da brincadeira, do jogo lúdico entre o instrumento e o participante. Parte da concepção musical a partir do corpo e do instrumento como extensão deste. Introduz o ritmo como noção fundamental na construção musical. Instrumentos de percussão serão utilizados e ritmos brasileiros/africanos serão abordados. Busca dar aos indivíduos participantes a possibilidade da descoberta do ritmo e a motivação do fazer musical coletivo.
Número de vagas por turma: 15 pessoas.
Facilitador: Nicolas Malhomme - Músico/Percussionista
Serviço:
Projeto Vivências Itinerantes - Oficinas gratuitas
Garopaba: dias 21 a 25 de outubro
Palhoça: dias 18 a 22 de novembro
Informações: (048) 39532314
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC