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A Federação de Amigos de Museus do Brasil (Feambra) conversou com Ekkehard Nümann, recém-eleito presidente da Federação Mundial de Amigos de Museus (World Federation of Friends of Museums - WFFM), organização não-governamental, sem fins lucrativos, que reúne e apoia os Amigos de Museus no mundo todo. Confira a entrevista:
 
Feambra: Quais são os principais objetivos e propostas para a WFFM no seu mandato?
 
Ekkehard Nümann: O objetivo da WFFM é promover a ideia de Associações de Amigos de Museus independentes. Neste sentido, devemos promover a diversidade de nossos inúmeros membros em todo o mundo. Queremos encontrar novos meios para comunicar as ideias da WFFM, focando em nosso website, boletins e redes sociais. 
 
F.: Como a Feambra e seus mais de 150 associados estão inseridos em seu projeto como presidente da WFFM?
 
E.N.: A Feambra e todas as associações nacionais ou membros ativos terão papel crucial neste projeto. Nós precisaremos de sua rede de relacionamentos com Associações de Amigos para nos suprir com informações sobre suas atividades. Acredito que estamos todos envolvidos em tantas coisas fascinantes que merecem ser mostradas ao público.
 
F.: Gostaríamos de saber sua opinião e planos a respeito das Associações de Jovens Amigos.
 
E.N.: Dizer que os Jovens Amigos representam o futuro é redundante. Acredito que os mais experientes possam ajudá-los na formação no âmbito da Associação de Amigos do Hall das Artes de Hamburgo (Alemanha). A Federação de Amigos de Museus da Alemanha se tornou uma referência para as Associações de Jovens Amigos em todo o país. Publicamos três manuais sobre Clubes Juniores de Amigos de Museus desde novembro de 2010, com o objetivo de possibilitar uma percepção da ideia geral dos Jovens Amigos de Museus e informar sobre quem está participando de nosso networking. Esperamos assim nos tornar modelo para essas associações em todo o mundo.
 
F.: Qual é a sua percepção do envolvimento de voluntários nas Associações de Amigos de Museus?
 
E.N.: Os voluntários constituem a espinha dorsal de muitas Associações de Amigos em todo o mundo. É o empenho deles que conduz a própria ideia de museus como instituições voltadas ao público. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para agradecer àqueles que se voluntariam em museus no Brasil e em todos outros lugares, pelo esforço que realizam todos os dias.
 
F.: Seria possível apresentar para nós da Feambra Associações de Amigos que estimulam museus brasileiros a criar e administrar suas próprias associações
 
E.N.: Sim. Esta é a ideia da WFFM: promover o intercâmbio de informações entre Associações de Amigos – o que significa também aprender como criá-las e administrá-las. Talvez seja a oportunidade para preparar um manual próprio da WFFM sobre como fazer e administrar uma nova Associação de Amigos de Museus.
 
Para acessar o Guia para Criação e Gestão de Associações de Amigos de Museus, elaborado pela Feambra, acesse a página Downloads Museológicos
 
 

Fonte: Federação de Amigos de Museus do Brasil

Depois de passar por São Paulo, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), recebe a maior exposição já realizada no país dedicada ao artista Joan Miró (1893-1983). Produzida e organizada em sua edição brasileira pelo Instituto Tomie Ohtake, de São Paulo, em parceria com a Fundação Joan Miró de Barcelona, a mostra é composta por 112 obras: 41 pinturas, 22 esculturas, 20 desenhos, 26 gravuras e três objetos (pontos de partida de esculturas), além de fotografias sobre a trajetória do pintor catalão. As peças pertencem à Fundação Joan Miró, de Barcelona, e a coleções particulares.

A exposição, com obras selecionadas pela Fundação Joan Miró, divide-se em três grandes blocos cronológicos que coincidem com momentos vitais do artista nos quais vai outorgar à matéria um papel preponderante. Nos Anos 30 e 40, as pinturas e desenhos da época da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial manifestam o início do interesse de Miró pela matéria. No período, seu caráter transgressor também se evidencia, sobretudo no terreno dos procedimentos técnicos. Foi no final dos anos 20 que Miró manifestou de forma explícita seu propósito de "assassinar a pintura", referindo-se a intenção de terminar com a concepção clássica da pintura de cavalete. é neste momento que Miró começa a fazer suas conhecidas colagens e objetos a partir de assemblage de materiais diversos.

Já nos Anos 50 e 60, com a presença maior de diferentes técnicas, destaca-se o interesse continuado do artista pela experimentação da matéria, que o levará a trabalhar de forma profusa no campo da escultura, enquanto nos Anos 70 verifica-se como Miró, sobre suportes mais inusitados, segue questionando o sentido final da arte. Neste período, uma importante coleção de gravuras indica a destreza do artista a desafiar os padrões da técnica.

Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake, defende que a obra de Miró coloca em questão um aspecto tão determinante quanto subreptício na história da arte moderna: a espontaneidade. "A liberdade do traço de Miró seria uma força iconoclasta, gesto de física entrega de si mesmo ao desconhecido e inominado que não é bem o inconsciente, mas a espontânea canalização de energia e vontade através da materialidade da pintura", afirma.

Já o escritor angolano radicado em Portugal, Valter Hugo Mãe, apontou em um dos trechos de seu texto, concebido especialmente para esta exposição do artista no Brasil, a ligação de João Cabral de Melo Neto com a obra de Miró. O autor ressalta que este encontro ocorreu enquanto o poeta brasileiro fora vice-cônsul do Brasil em Barcelona, de 1947 a 1950, e mais tarde cônsul, de 1967 a 1969.

Em Joan Miró - A Força da Matéria, segundo os curadores da Fundação, busca-se evidenciar o desafio que, desde os anos vinte, o artista manteve com as artes plásticas do mundo ocidental por seu afã ilusionista, para recuperar as qualidades espirituais e mágicas que a pintura e as artes em geral haviam tido na Antiguidade.

"Começar de novo a cultura implica abrir o futuro com a lúcida reflexão acerca do princípio de todas as coisas. O gesto de Miró é uma génese tout court. (...) As obras de Miró parecem conscientes da dimensão mágica, quase protetora, da expressão e, ao criar visões para o mundo das ideias, como das coisas puras, reacende, sublinha, o aspeto milagroso da natureza e da vida. A arte regressa ao seu propósito de implicar verdadeiramente com a espiritualidade. A arte é um cuidado espiritual", aponta o escritor português.

O artista entende que tem que buscar novas formas de recuperação da cultura da matéria, próxima aos povos ditos primitivos e, para isso, experimenta com os mais heterogêneos materiais, transformando-os por meio de inesperados procedimentos técnicos. "O interessante é perceber que a opção de Miró por uma linguagem mais despida o coloca verdadeiramente entre as sabedorias populares, como se emanasse como uma natureza efetivamente primordial, estrutural, capaz de se ausentar do que a cultura mascarou para se encontrar no ponto de partida, como alguém que reinaugura a cultura para reinaugurar a expressão", escreve Valter Hugo Mãe.

O Instituto Tomie Ohtake tem se destacado por realizar uma programação múltipla e independente, possível graças ao apoio de empresas que acreditam no poder da cultura e da arte na formação do país. São parcerias construídas a cada projeto. No caso da exposição de Miró em Florianópolis, foram fundamentais o patrocínio da Arteris e copatrocínio do SESI, responsáveis pela realização da mostra.

Sobre o artista

Joan Miró nasceu em Barcelona, em 1893, na Catalunha no final do século XIX e, ainda muito jovem, participou das vanguardas artísticas que agitaram a vida cultural espanhola no inicio do século XX. Desde o início, Miró praticou uma pintura de colorido intenso, com forte influência do movimento fauvista, que na França, teve como seus principais expoentes os artistas Henry Matisse e Maurice de Vlaminck.

Uma grave doença levou-o a passar uma longa fase em Montroig. Nesse período, resolveu dedicar-se inteiramente à pintura. A vida, o trabalho no campo e a forte paisagem da região exerceram grande influência na formação de sua linguagem plástica.

Miró viajou a Paris pela primeira vez em 1920 e o impacto artístico e cultural da cidade sobre ele foi de tal ordem que permaneceu sem pintar durante toda a sua estadia parisiense. Entretanto, se aproximou das artes de vanguardas: conheceu o revolucionário cubista Pablo Picasso e impressionou-se com as ideias de Tristan Tzara, o grande agitador do movimento Dada, fez amizade com André Masson e inúmeros intelectuais. André Breton, líder do movimento surrealista afirmou que "Miró é o mais surrealista de todos nós", ao se referir aos outros artistas membros daquele movimento. Miró nutre grande simpatia pelo movimento, mas permaneceu sempre independente. A liberdade será, durante toda a sua vida, um modo de pensar e de pintar.

Sobre o Masc

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) é uma entidade administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), criado em 18 de março de 1949 com o nome de Museu de Arte Moderna de Florianópolis (MAMF). Desde então, é o órgão oficial na área das artes visuais, instalado, hoje, no prédio do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, a capital do estado.

O trabalho do MASC materializa-se por intermédio dos Núcleos de Arte-educação, Conservação e acervo, Exposições e montagem, Pesquisa, Documentação e Biblioteca, além das áreas de direção e administração. Conta também com o apoio, dos serviços do Atelier de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor) e da Associação Amigos do Museu de Arte de Santa Catarina (AAMASC).

Sobre o Instituto Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake, inaugurado em 28 de novembro de 2001, destaca-se por ser o único local da cidade de São Paulo que se dedica a organizar mostras nacionais e internacionais de artes plásticas, arquitetura e design, com projeto arquitetônico especialmente desenvolvido para abrigar estas atividades. Como homenageia a artista que lhe dá o nome, o Instituto desenvolve exposições que focalizam os últimos 60 anos do cenário artístico ou movimentos anteriores que levam a entender melhor este período em que sua patrona atuou.

Serviço:

Exposição Joan Miró - A Força da Matéria

Inauguração: 11 de setembro, às 19h para convidados

Visitação: de 12 de setembro a 15 de novembro de 2015

Horário de funcionamento do Masc: de terça a sábado, das 10h às 20h30; domingos e feriados, das 10h às 19h30min.

Entrada gratuita, com distribuição de senhas diariamente.

Museu de Arte de Santa Catarina - Masc
Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)

Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600.CEP 88025-202 - Florianópolis/SC

Fones: (48) 3664 2630 / (48) 3664 2631

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

Até 22 de setembro, o Espaço das Oficinas de Arte da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), recebe a exposição Cenas, com pinturas de Fabio Dudas. O espaço tem entrada gratuita com visitação diariamente, das 10h às 20h30min.

O conceito de cena, tanto no teatro quanto no cinema, está centrado na continuidade espaço-tempo. Na pintura figurativa clássica, a narrativa da cena é a essência da obra, estabelecendo semioticamente um canal de diálogo com o espectador. Hoje, com os múltiplos meios de registros visuais, a memória é uma aproximação do real, retida através de simulacros de realidade. A pintura figurativa contemporânea possibilita explorar as questões de espaço-tempo através de uma perspectiva de distorção desses registros visuais, que substituem a realidade por uma simulação, como uma memória inventada.

As pinturas reunidas na exposição, além da representação de reminiscências de infância, são criações baseadas em situações particulares e em registros fotográficos e cinematográficos, alguns deles tendo sofrido alterações de cores e desgastes do tempo. Estas cenas são também uma reflexão sobre a recriação das emoções a partir da distorção da realidade. São um conjunto de representações que se propõem a revelar situações vagamente familiares, como memórias distantes e fragmentadas, que podem causar assombro e revelar uma aparente intimidade.

Sobre Fabio Dudas

Natural de Telêmaco Borba (PR) e radicado em Florianópolis, Fabio Dudas desenha desde pequeno - aos 11 anos aprendeu a ilustrar recriando os heróis dos quadrinhos nos cadernos da escola. Cursou Bacharelado em Pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), onde estudou com mestres como Sergio Kirdziej e João Osório Brzezinski.

Vivendo em Florianópolis, passou a frequentar o ateliê de gravura do Centro Integrado de Cultura (CIC), ministrado por Bebeto Oliveira. Seu trabalho se baseia na figuração da realidade e da ficção, nas memórias de infância, na interpretação do cotidiano e na imaginação.

Em suas telas e gravuras, mescla temas impressionistas, colorido fauve, angústia expressionista, universo

onírico, inocência e despretensão naïf: uma soma de referências recompostas recriando um universo de infância, de memórias, tentativas de resgatar algo que nos constitui, nosso passado-presente.

Serviço

O quê: Exposição "Cenas", pinturas de Fabio Dudas

Onde: Espaço Oficinas - Centro Integrado de Cultura (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica / Fpolis-SC)

Quando: de 28/08 a 22/09, diariamente das 10h às 20h30.

Quanto: Gratuito

Informações: (48) 3664-2555 (CIC) e (48) 9953 9013 (Fabio Dudas)

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

fabiodudas.com

Até 22 de setembro, o Espaço das Oficinas de Arte da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), recebe a exposição Cenas, com  pinturas de Fabio Dudas. O espaço tem entrada gratuita com visitação diariamente, das 10h às 20h30min. 
 
O conceito de cena, tanto no teatro quanto no cinema, está centrado na continuidade espaço-tempo. Na pintura figurativa clássica, a narrativa da cena é a essência da obra, estabelecendo semioticamente um canal de diálogo com o espectador. Hoje, com os múltiplos meios de registros visuais, a memória é uma aproximação do real, retida através de simulacros de realidade. A pintura figurativa contemporânea possibilita explorar as questões de espaço-tempo através de uma perspectiva de distorção desses registros visuais, que substituem a realidade por uma simulação, como uma memória inventada.
 
As pinturas reunidas na exposição, além da representação de reminiscências de infância, são criações baseadas em situações particulares e em registros fotográficos e cinematográficos, alguns deles tendo sofrido alterações de cores e desgastes do tempo. Estas cenas são também uma reflexão sobre a recriação das emoções a partir da distorção da realidade. São um conjunto de representações que se propõem a revelar situações vagamente familiares, como memórias distantes e fragmentadas, que podem causar assombro e revelar uma aparente intimidade. 
 
Sobre Fabio Dudas
 
Natural de Telêmaco Borba (PR) e radicado em Florianópolis, Fabio Dudas desenha desde pequeno - aos 11 anos aprendeu a ilustrar recriando os heróis dos quadrinhos nos cadernos da escola. Cursou Bacharelado em Pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP), onde estudou com mestres como Sergio Kirdziej e João Osório Brzezinski.
 
Vivendo em Florianópolis, passou a frequentar o ateliê de gravura do Centro Integrado de Cultura (CIC), ministrado por Bebeto Oliveira. Seu trabalho se baseia na figuração da realidade e da ficção, nas memórias de infância, na interpretação do cotidiano e na imaginação.
 
Em suas telas e gravuras, mescla temas impressionistas, colorido fauve, angústia expressionista, universo
onírico, inocência e despretensão naïf: uma soma de referências recompostas recriando um universo de infância, de memórias, tentativas de resgatar algo que nos constitui, nosso passado-presente.
 
 
Serviço
O quê: Exposição "Cenas", pinturas de Fabio Dudas
Onde: Espaço Oficinas - Centro Integrado de Cultura (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica / Fpolis-SC)
Quando: de 28/08 a 22/09, diariamente das 10h às 20h30.
Quanto: Gratuito
Informações: (48) 3664-2555 (CIC) e (48) 9953 9013 (Fabio Dudas)
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fabiodudas.com

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

O último sábado (29/8) foi de festa na Casa de Campo do Governador Hercílio Luz, museu administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em Taquaras, localidade de Rancho Queimado. O público se reuniu no jardim da casa na tarde de sol para prestigiar a cerimônia que contou com a apresentação de grupos folclóricos, do coral do município, além da participação de autoridades e convidados.

Para recepcionar o público, o trio de músicos do grupo Choppmotorradvereinmusikanten deu as boas-vindas a todos os que chegaram para a solenidade. Na sequência, já no jardim da Casa, o público assistiu às apresentações dos grupos folclóricos Sonnenchein, Blumental e Wald Blumen.

Foi feita, ainda, uma homenagem pela dedicação no trabalho de manutenção da Casa nos últimos 30 anos à senhora Cida Eger e ao senhor Geraldo Bauer. Agora, o jardim da Casa, que durante anos recebeu os cuidados de Geraldo, agora leva o seu nome.

Para encerrar a solenidade, o Coral Municipal de Rancho Queimado apresentou canções sobre a cidade e a Casa de Campo, e o público foi convidado a tomar um café com produtos típicos da região.

:: Saiba mais sobre a história da Casa de Campo

:: Confira a galeria de fotos

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC