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As inscrições para o encontro devem ser feitas por e-mail até quinta-feira, dia 02 de abril

A Representação Regional Sul do Ministério da Cultura (RRSul/MinC) realiza na próxima segunda-feira, dia 06 de abril, das 14h às 16h, uma videoconferência sobre o

Edital Cine Mais Cultura, nas salas da Escola do Legislativo, pelo Sistema Interlegis, nas Assembléias Legislativas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A iniciativa tem por objetivo esclarecer dúvidas sobre o edital e oferecer orientações para todos os interessado na atividade de difusão de audiovisual, entre eles Pontos de Cultura, representantes de escolas municipais, estaduais, gestores e produtores culturais, além de realizadores e cineclubistas.

Devido ao número de lugares, a RRSul solicita que as inscrições sejam feitas pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., até o dia 02 de abril ( quinta-feira), contendo nome, número do RG, telefone, município e Estado.

O Edital Cine Mais Cultura, que está com inscrições abertas até 20 de abril, irá selecionar 100 núcleos de exibição em todo país. E, segundo Frederico Cardoso, coordenador executivo do programa, o MinC prevê a instalação destes cineclubes ainda este ano. Serão definidas metas de instalação por região, mas o foco é contemplar os "lugares que não têm salas de exibição comercial e mesmo algum tipo de mostra gratuita". esclarece.

Podem concorrer ao edital instituições de direito privado sem fins lucrativos, localizados em cidades do interior ou periferia de grandes centros urbanos.

A expectativa até o final de 2010 é de que 2 mil pontos de exibição sejam beneficiados com a ação. Os projetos contemplados irão receber oficinas de capacitação, equipamentos de projeção digital, uma câmera MiniDV e acervo da Programadora Brasil.

Com exibição de 17 filmes e entrada gratuita, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) realiza de 22 a 30 de abril, no Museu da Imagem e do Som (MIS), no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, a "Mostra de Cinema Catarinense". O evento, alusivo aos 30 anos da FCC, apresentará parte da produção do Edital de Cinema Prêmio Cinemateca Catarinense/ Fundação Catarinense de Cultura, com obras premiadas nos editais de 2001, 2002 e 2005.

"O Prêmio Cinemateca Catarinense, promovido pelo Governo do Estado, já se consolidou como reconhecido instrumento no desenvolvimento do audiovisual e no fomento à sua produção", lembra a presidente da FCC, Anita Pires. Entre os filmes que serão exibidos estão os longas "Seo Chico - Um Retrato", de José Rafael Mamigonian, e "Doce de Coco", de Penna Filho, e o média-metragem "Maciço", de Pedro MC. Também serão realizadas duas sessões para crianças, com "Aventuras na Ilha da Magia", de Rubens Belli.

PROGRAMAçãO:

DIA 22 DE ABRIL DE 2009 - QUARTA-FEIRA - 17:30 HORAS


O SR. E A SRA. MARTINS Direção: Laine Milan - 14 min. - Edital 2002
Sinopse: A sra. Martins abre os olhos, fita o teto. Olha para o lado. Ele não está. Levanta-se. A chuva fina, lá fora, sugere um mundo que se encolhe. Exatamente como ela. Mas chega o domingo. Dia de voltar ao cemitério e reencontrar o Sr. Martins. Conversar e, quem sabe, dar um fim a esta estranha situação.

O FILME QUE NINGUéM VIU Direção Marco Stroisch - 57 min. - Edital 2001
Sinopse: Na época das chanchadas da Atlântida, num mercado dominado por produções estrangeiras, na norte da Vera Cruz, no nascer do Cinema Novo, na ânsia por uma indústria cinematográfica nacional, numa Florianópolis alienada, um grupo de jovens sai à rua para realizar um filme: A Preço da Ilusão, história em preto e branco, o fracasso mais retumbante da cultura catarinense.

O ESPELHO Direção Flavia de Mello Zancheta - 15 min. - Edital 2002
Sinopse: "O Espelho" é um documentário onde as crianças criam suas próprias histórias e representam uma ligação do nosso mundo com um mundo mágico, um espaço racionalmente difícil de explicar, sem linearidade e que só é interpretável através do sentimento.


DIA 23 DE ABRIL DE 2009 - QUINTA-FEIRA - 17:30 HORAS

ALUMBRAMENTOS
Direção: Laine Milan - 20 min. - Edital 2001
Sinopse: é ambientado numa comunidade da Ilha de Santa Catarina, durante a década de 40. Na história, baseada no conto "A Sobrinha da Senhora Dodsworth", do escritor catarinense Jair Francisco Hamms, o menino Francisco apaixona-se pelas palavras, principalmente pelas que não conhece.
Entre um mergulho e outro nos verbetes de seu velho dicionário,
Francisco está prestes a descobrir um mundo novo, que desperta, se espreguiça, se agiganta.

MIRAMAR, UM OLHAR PARA O MUNDO Direção: Marco Martins e Ricardo Weschenfelder - 45 min. - Edital 2001
Sinopse: O documentário resgata a história do saudoso bar Miramar, que entre as décadas de 20 e 70 do século passado, funcionou sobre o Trapiche Municipal no centro de Florianópolis, junto à praça XV de novembro. "Miramar, um olhar para o mundo" apresenta o retrato de uma época e de uma cidade através do bar que transcendeu o próprio nome. A partir de reconstituição ficcional, depoimentos e acervos históricos encontramos uma ilha, que sobre um trapiche mirava o mar e enxergava além o mundo que aos poucos se aproximava e que fez dela a cidade que conhecemos.

L´AMAR Direção: Sandra Alves - 19 min. - Edital 2001
Sinopse: "Em 1983, um fenômeno conhecido como Calmaria 88 a ausência total de vento, fez com que duas mulheres em uma prancha de windsurf ficassem à deriva em alto mar durante duas noites e três dias." Como sobreviver numa situação desesperadora? Como não desistir quando a única saída é esperar, sem ter nenhuma certeza de salvação.



DIA 24 DE ABRIL DE 2009 - SEXTA-FEIRA - 19:30 HORAS

MACIçO
Direção: Pedro MC - 79 min. - Edital 2005
Sinopse: Maciço é um documentário produzido em Florianópolis, que tem como tema a vida, as expectativas e, principalmente, a voz dos moradores de 17 comunidades do Maciço do Morro da Cruz, localizadas na região central da capital. é o retrato de uma Florianópolis que ninguém vê, a não ser os próprios moradores de suas vielas e ruas que não têm nome.


DIA 27 DE ABRIL DE 2009 - SEGUNDA-FEIRA - 17:00 HORAS

SEO CHICO - UM RETRATO
Direção: José Rafael Mamigonian - 100 min. - Edital 2001
Sinopse: O lavrador Francisco Thomaz dos Santos era personagem vivo da história quase extinta dos engenhos de farinha, de cana-de-açúcar e alambiques na Ilha de Santa Catarina, atual Florianópolis, no litoral sul do Brasil. O filme é um testemunho dos encontros dele com a equipe de filmagem, buscando transparecer ao máximo a intensidade emocional dessa experiência, tragicamente interrompida.


DIA 28 DE ABRIL DE 2009 - TERçA-FEIRA - 17:00 HORAS

UM VENTO NOSTáLGICO
Direção: Leandro Andrade da Silva - 15 min. - Edital 2002
Sinopse: Veterano da Segunda Guerra entra em conflito com seus vizinhos ao praticar todos os dias um curioso ritual de homenagem aos companheiros mortos em combate.

AOS HESPANHOIS CONPHINANTES Direção e roteiro: Angelo Cllemente Sganzerla - 30 min. - Edital 2002
Sinopse: Filmado em 35mm, preto e branco, é uma adaptação do livro "Aos Espanhois Confinantes", de Othon Gama D´ Eça. O filme documentário narra a primeira viagem de uma comitiva governamental ao Extremo Oeste Catarinense. Em abril de 1929, uma comitiva do alto escalão catarinense empreendeu viagem ao extremo oeste para posse do território do Estado de Santa Catarina. Inúmeras foram as disputas por aquelas terras com Argentina, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Desceram as perigosa corredeiras do Rio Uruguai em pequenas lanchas, visitaram as vilas ribeirinhas, viajaram em lombo de burros, acamparam na selva, seguiriam trechos a pé, de automóvel e de trem anunciando aos moradores da região que eram catarinenses. Percorreram 2.830 km em 30 dias, de Florianópolis a Dionísio Cerqueira.



A MãO DO MACACO Direção: Jefferson Bittencourt - 20 min. - Edital 2005
Sandra e Lucas comemoram o aniversário da mãe. Um estranho visitante traz para a casa da família um sinistro objeto: a mão decepada de um símio, que ele diz ser capaz de realizar os desejos de seu possuidor. A câmera caseira que registrava a festa torna-se agora a testemunha dos fatos misteriosos. Uma adaptação contemporânea do conto clássico de W.W.Jacobs.



DIA 29 DE ABRIL DE 2009 - QUARTA-FEIRA - 17:30 HORAS

DOCE DE COCO
Direção: Penna Filho - 104 min. - Edital 2005
Sinopse: Sacoleira Madalena e o artesão sacro Santinho lutam bravamente pela sobrevivência da família, sem perder a esperança de dias melhores. Para driblar a difícil situação financeira, apelam para as loterias, até surgir um sonho fantástico: um tesouro enterrado no cemitério da pequena cidade de Fartura. Linhas tênues separam o que é real, sonho e pesadelo, nessa desesperada e engraçada busca ao tesouro.



DIA 30 DE ABRIL DE 2009 - QUINTA-FEIRA - 17:30 HORAS

NEM O CéU, NEM A TERRA
Direção: Isabela Hoffmann Dummer - 25 min - Edital 2002
Sinopse: Nem o Céu, Nem a Terra, conta a história de Alex, menino de rua de 11 anos e sua amiga Paula de 10 anos, que lutam para sobreviver a realidade do abandono e da violência. O filme questiona a realidade das ruas, inserindo as crianças num contexto de sonhos e de fantasia transportados para o vôo sem rumo de uma pandorga. Alex se entrega a esse sonho de liberdade enquanto o irmão busca nas drogas um meio de sobrevivência. Paula representa o equilíbrio. Ela sobrevive às ruas.

DESILUSãO Direção: Bob Barbosa e Marco Stroisch - 25 min - Edital 2005
Sinopse: Inspirado livremente em O PREçO DA ILUSãO, longa inaugural do cinema de ficção em Santa Catarina, lançado há exatos 50 anos, o curta DESILUSãO reapresenta, no contexto social atual, os descaminhos de Maria da Graça e Maninho na busca de seus sonhos.

SORRIA VOCê ESTá SENDO FILMADO Direção: Chico Caprário - 23 min - Edital 2001
Um filme inteiramente rodado sob o ponto de vista de câmeras de vigilância, num roteiro espalhado nas ruas, onde as vozes caladas do anonimato gritam através de gestos no verdadeiro limite entre o sublime e o patético. A graça não se manifesta, ela é inconsciente.



SESSãO PARA CRIANçAS - INFANTIL

DIA 24 (SEXTA-FEIRA) E 28 (TERçA-FEIRA) DE ABRIL DE 2009
HORáRIO: 15:30 HORAS

AS AVENTURAS NA ILHA DA MAGIA
Direção: Rubens Belli - 15 min - Edital 2001
Vídeo de animação, adaptado de um livro escrito por Yedda Goulart. é uma história interessante, e vale pela recriação de pontos turísticos da Ilha, como a Fortaleza de Anhatomirim, a Lagoa da Conceição e a velha Figueira da Praça XV, que conversa com as crianças.

Os fotógrafos Gill Konell e Marina Borck estão juntos na mostra "Replicâncias Mundi", aberta desde 8 de abril, no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, uma das casas mantidas pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

As 24 imagens, 12 de cada um, transitam entre a figuração e a abstração e discutem o efêmero. Konell há dois anos pesquisa fotograficamente os epitáfios, inscrições sobre as lápides em cemitérios de colonização alemã, uma pesquisa sobre o patrimônio histórico de Santa Catarina. Sem caráter documental, algumas das fotos da exposição saíram deste trabalho.

Marina constrói sua coleção na memória familiar, captando imagens em uma fábrica de brinquedos infantis de madeira, que está abandonada. A matéria-prima dos dois é a memória, que ganha outros desdobramentos com a acuidade de seu olhar.

"Replicâncias Mundi" tem curadoria de Rosângela Cherem, Néri Pedroso e Kamilla Nunes. O encontro entre as três, a primeira professora, a segunda jornalista e a terceira aluna, ocorreu em estudos realizados dentro da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

A exposição fica aberta até 3 de maio. Visitação de terça a sexta, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h. Entrada gratuita.

O ano de 2009 será marcado pelas homenagens à cultura francesa no Brasil. O lançamento do Ano da França no Brasil foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio de Janeiro, nos dias 22 e 23 de dezembro, por ocasião da vinda do presidente daquele país Nicolas Sarcozy. O ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou da cerimônia. Segundo a presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, Santa Catarina também participará dos eventos, com uma programação variada que já está em elaboração.

As festividades, também chamadas de França.Br, acontecerão de 21 de abril a 15 de novembro de 2009, em todas as regiões brasileiras em reciprocidade ao Ano do Brasil na França, realizado em 2005. Dentre as atividades previstas para o evento estão chancelados: Abertura do Ano da França no Brasil, no dia 21 de abril, no Rio de Janeiro; Festival de ópera de Manaus; Festival Mundial do Circo em Belo Horizonte; homenagem especial à França no Festival de Música Clássica de Campos do Jordão; show de música francesa e africana em São Luís no Maranhão, e a inauguração do Centro de Música Negra de Salvador.

A programação será dividida em três conceitos: França Hoje, França Diversa e França Aberta. O primeiro traduz a idéia da França contemporânea como criação artística, o segundo irá trazer a diversidade da sociedade francesa, e o terceiro, debates sobre os grandes temas da globalização. O objetivo do Ano da França no Brasil é levar para as diversas cidades brasileiras um pouco da cultura francesa.

Ano da França no Brasil tem site oficial

Portal traz novidades sobre o evento que acontece de abril a novembro de 2009 em várias cidades brasileiras

O Ministério da Cultura lançou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, o novo site do Ano da França no Brasil. No portal os internautas poderão conferir notícias e novidades sobre a programação do evento que acontece de 21 de abril a 15 de novembro de 2009, em todas as regiões brasileiras, em reciprocidade ao Ano do Brasil na França, realizado em 2005. Para conhecer o novo site basta acessar: http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/.

A nova lei de incentivo à cultura viveu, na semana passada, seu primeiro teste na frente de batalha. Cerca de 200 atores, dramaturgos, diretores e produtores de teatro ocuparam, na manhã de sexta-feira (27), a sede da Fundação Nacional de Arte (Funarte), em São Paulo, protestando contra a política cultural do governo. Segundo Pedro Pires, diretor de teatro e membro da Companhia do Feijão, os manifestantes integram o chamado Movimento 27 de Março, e promoveram a ocupação para firmar sua posição contrária à renúncia fiscal - querem a supressão pura e simples desse mecanismo no Projeto de Lei que pretende substituir a Lei Rouanet, apresentado pelo governo na semana passada. Também preconizam a destinação de 2% do orçamento da União para a área cultural.

Depois de alguma agitação, com a presença da Polícia Militar, os manifestantes resolveram sair e reiniciar o diálogo com o Ministério da Cultura e a Funarte. "Achamos que o capítulo 2 do Projeto de Lei, que trata do Fundo Nacional de Cultura, pode significar um avanço. A gente está aqui porque gostaria de negociar com o MinC o artigo segundo", considerou Pedro Pires.

Há uma outra mobilização em curso movida pelo pessoal do teatro, desta feita nacional, pedindo reformulação no Projeto de Lei. Trata-se do Movimento Redemoinho, que une grupos teatrais de 14 Estados do País e que divulgou na semana passada a Carta de Salvador. O documento critica o plano de reformulação da lei. Segundo a carta, a proposta sustenta-se sobre as mesmas bases da lei anterior: o Fundo Nacional de Cultura e a renúncia fiscal. "A novidade aparente é a tentativa de articular essas instâncias num sistema capaz de controlar aquilo que surge como excesso nas captações e destinações. O que permanece intocado, entretanto, é o fundamento da lei - que não é apenas um excesso, mas uma aberração: a gestão privada de recursos públicos."

Na sexta à noite, o staff do Ministério da Cultura se reuniu com cineastas, produtores e distribuidores de cinema na Cinemateca Brasileira, também em São Paulo. No intervalo das discussões, o ministro Juca Ferreira falou ao Estado sobre o incidente com grupos de teatro e as reivindicações da classe.

"é teatro. é natural dos que operam nesse setor se manifestarem através da linguagem que conhecem. Não se invade espaço aberto, nem se confronta com uma pessoa tão redonda quanto o Sérgio Mamberti. A tentativa de criar arestas não existe. E o que o setor levantou é acabar com a renúncia fiscal e mais recursos para a cultura. São as grandes demandas da invasão. Eu fico com medo até que pensem que a gente tem alguma coisa com essa invasão, tal é a semelhança que a demanda deles tem com a proposta nossa", disse o ministro.

Juca Ferreira diz que é contrário à extinção pura e simples da renúncia fiscal. Considera que não é impossível fazer isso, mas não seria positivo. "O nosso projeto tira a prioridade do financiamento da cultura da dependência em relação à renúncia e fortalece o fundo não só orçamentariamente, mas na capacidade de operar esse fomento. Ele passa a ser o principal mecanismo", disse. "Mas a renúncia, como mecanismo secundário, junto com outros, que nós estamos criando, adquire a sua feição adequada. é importantíssimo que a gente atraia a área privada para o financiamento e o fomento, que realize de fato uma parceria público-privada. A responsabilidade social é um discurso importante. Mas no modelo atual não foi possível realizar isso."

Segundo o ministro, em 18 anos de Lei Rouanet, só 10% dos investimentos vieram da contribuição privada. "90% foi o velho e bom dinheiro público", afirmou. O ministro já se encontrou também com lideranças dos partidos no Congresso nacional, e diz que "o nível de desconfiança é pequeno", especialmente porque as mudanças foram amplamente debatidas nos últimos seis anos.

"Acho que a grande vantagem da demora foi ter conquistado um certo espaço de credibilidade e de elucidação de algumas confusões que havia alguns anos atrás a respeito das nossas intenções nessa modernização. Acho que o setor todo amadureceu, a crise está chamando para a realidade. O modelo atual hoje tem uma fragilidade imensa, empresas recuando, até as estatais estão ausentes, não estão buscando dar uma contribuição para a área - por motivos que eu considero subjetivos."

Para o governo, o maior debate vai se travar agora, em torno das regulações da legislação - especialmente a discussão dos critérios pelos quais um projeto pode ser aprovado ou rejeitado. Pelo nova lei, serão criados comitês gestores setoriais, com participação igual da sociedade civil e do governo, para gerir os 5 fundos que serão criados: Fundo Setorial das Artes (que abrange teatro, circo, dança, artes visuais e música), Fundo Setorial da Memória e Patrimônio Cultural Brasileiro, Fundo Setorial da Cidadania, Identidade e Diversidade, Fundo Setorial do Livro e da Leitura e Fundo Global de Equalização.

"Há uma necessidade de pactuar publicamente os critérios para os comitês avaliarem os projetos. Isso acho que complementa o processo de transparência, explicita a ideia do controle social e da participação dos setores na formulação e na execução dessas políticas", afirmou Ferreira. O secretário executivo do Ministério, Alfredo Manevy, afirmou que outras demandas dos setores artísticos deverão ser levadas em conta. Ele considerou justa a reivindicação do grupo Literatura Urgente, que pede que o Fundo do Livro e da Leitura não beneficie somente o setor editorial e livreiro, mas também alcance o autor e a literatura.

Empresários e institutos também se mobilizam para marcar suas posições na legislação. Hoje, às 10 horas, investidores sociais privados irão ao gabinete do ministro da Cultura, em Brasília, para entregar um documento em que sugerem suas mudanças na legislação. Os investidores integram o Gife (Grupo de Institutos de Fundações e Empresas), a Confederação Nacional da Indústria e o Sesi. Segundo disse Fernando Rosseti, secretário-geral do Gife, a ideia é dar uma contribuição para a "análise mais técnica" necessária ao debate. O documento teve a participação de 70 pessoas ligadas a esses institutos e empresas.

O Projeto de Lei de incentivo à cultura está disponível no endereço http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet/


LOTERIAS
Pelo texto da nova Lei Rouanet, a receita do incentivo virá do Orçamento da União, mas também das seguinte fontes: 3% das loterias federais, 100% da arrecadação de uma nova Loteria da Cultura, 1% dos Fundos de Investimentos Regionais (lei 8.167/91), devolução do dinheiro de projetos inacabados, entre outras. J.M.