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O programa de hoje, dia 09, contou com a participação do músico Caio de Souza.

A reabertura do Centro da Cultura Popular Catarinense, na Casa da Alfândega, na tarde de sexta-feira (6), em Florianópolis, marcou a despedida do professor Rodolfo Joaquim Pinto da Luz da presidência da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O espaço foi revitalizado para receber os novos 71 artesãos selecionados por meio de concurso, que a partir de agora passarão a expor e comercializar o artesanato de referência do Estado. Rodolfo fez um agradecimento à sua equipe e pontuou as realizações e desafios à frente da pasta durante o período de um ano e três meses.

Representantes de artistas, artesãos e de entidades, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Fundação Franklin Cascaes e Conselho Estadual de Cultura, participaram do ato de reabertura e também render homenagens ao agora ex-presidente da FCC. Rodolfo destacou a importância das parcerias com as entidades, principalmente na área do patrimônio, na busca por soluções e avanços que ele pontuou como fundamentais para a construção de uma política de estado para o setor, como o tombamento de mais de 50 imóveis históricos da Rota Nacional da Imigração, a realização dos editais Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, Cocali – Aquisição de Livros de Autores Catarinenses, e a aprovação e promulgação da Lei que Institui o Sistema, o Plano e o Fundo Estadual de Cultura – considerado o marco regulatório para o segmento. Concomitante à revitalização da Casa da Alfândega, a FCC também concluiu a restauração da parte elétrica do Museu Histórico de Santa Catarina, que se encontra abrigado no Palácio Cruz e Sousa. 

“Foi um período de dificuldades, mas de superação. De entender a nossa responsabilidade para com as finanças do Estado, mas sem abrir mão daquilo que nos é muito valioso: a importância de se investir na cultura, por seu já consagrado valor alcance social, mas principalmente pelo seu inestimável potencial em termos de geração de renda e economia. Cultura é investimento, não despesa. Saio convicto de que fizemos o possível e muitas vezes o impossível, uma luta que valeu e sempre valerá à pena”, disse.


Em sua carta de renúncia ao cargo, Rodolfo agradece a atenção do governador Eduardo Pinho Moreira, mas deixa como apelo a necessidade iminente para que seja lançado o Prêmio Catarinense de Cinema, que depende apenas da autorização do Comitê Gestor do Governo do Estado. Serão quase R$ 8,5 milhões para produções audiovisuais em Santa Catarina, sendo R$ 3,5 milhões do orçamento do Estado e mais R$ 4,9 milhões da Agência Nacional do Audiovisual (Ancine), totalizando a maior premiação já paga na história do edital. “Mas o prazo limite, e esse é o último, vence no dia 22 de abril. Esse edital precisa ser lançado para que não percamos a oportunidade do aporte federal”, apelou Rodolfo.

O Museu Histórico de Santa Catarina, sediado no Palácio Cruz e Sousa, reabre ao público na próxima terça-feira, 10, com toda a parte elétrica renovada. E para marcar esse novo momento, o espaço receberá duas exposições para enaltecer os 270 anos da presença dos açorianos no litoral de Santa Catarina: Assim, Hassis e Descobrindo Açores. 

Em parceria com a Fundação Hassis, será realizada a exposição Assim, Hassis, que tem o propósito de mostrar a diversidade do artista e um panorama histórico da produção artística de Hassis. Apresentando uma seleção de pinturas do artista, o coordenador do setor educativo do Museu Hassis, Denilson Antonio, que também é curador da exposição, traz obras que não são expostas há muito tempo, bem como trabalhos já conhecidos. A intenção é apresentar ao publico a diversidade do artista que permeou por varias linguagens, um recorte cronológico sobre fazes e séries que Hassis criou durante sua vida.


Já a exposição Descobrindo Açores mostrará ao público 43 trabalhos de colagem criados pelo artista Plástico Jone Cezar de Araújo para ilustração do livro de poesias com o mesmo nome, escrito pelo poeta e jornalista Marcelo Passamai.

Assim, Hassis

Um artista inquieto, incansável sempre em busca de algo diferente, praticava muito e descobria assim uma nova composição, pincelada ou forma em sua pintura, misturava materiais, o que leva a perceber o lado contemporâneo de Hassis em seu trabalho. Exemplo a “Amarração”, cena noturna de 1966 representa o cais, uma corda é colada na pintura, uma das primeiras experiências com materiais diversos. No quadro que faz parte da série “Hassis HQ” de 1998 essa assemblage aparece novamente, “Batman” possui pedaços de madeira, sobras de construção, piteira de cigarro, lente de óculos, materiais não comuns no uso da pintura e que compõem a obra. Ainda fazem parte da exposição as “Marinhas”, Hassis moderno, o carnaval, entre outros trabalhos que deixam clara essa inquietude criativa do artista.

Descobrindo Açores

Edição comemorativa dos 500 anos do descobrimento do Brasil e dos 250 anos da emigração açoriana no Brasil Meridional.
A inspiração para o artista resultou do convite do Governo da Região Autônoma dos Açores/Portugal a descendentes de açorianos a participarem do Curso “Açores, a Descoberta das Raízes”, reunindo comunidades de todo o mundo.

Os artistas

Hiedy de Assis Corrêa - o Hassis - é filho de Orlando de Assis Corrêa, e de Laura Rodrigues Corrêa. Tem uma longa trajetória e produção de artes. Entre outros interesses, Hassis sempre foi um interessado pela Guerra do Contestado. Iniciou em 1984 o painel “Contestado – Terra Contestada”, com 36 metros, divididos entre os seus sete módulos (os desenhos fazem um relato cronológico do conflito). Este painel, após ficar por anos no Terminal Rodoviário Rita Maria, em Florianópolis, atualmente está no Museu do Contestado, em Caçador.
É autor, ainda, de murais expostos nas seguintes instituições: Banco do Brasil S.A., Florianópolis/SC – 1971; Clínica de Olhos São Sebastião, Florianópolis/SC – 1972; Indústria Perdigão S.A., São Paulo/SP – 1977; USATI S.A, Florianópolis/SC – 1978; Capela da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC –1979; Banco do Brasil S.A., Agência do Porto – Portugal – 1980; Banco do Brasil S.A., Agência Joinville/SC – 1984; Residência de Max Stolz Neves, Curitiba/PR – 1984; Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, Florianópolis/SC – 1986.

Jone Cezar de Araújo, natural de Morro da Fumaça/SC, também é descendente de açorianos. Artista autodidata, reconhecido com 130 prêmios nacionais e internacionais desde 1980, nas mais diversas categorias das artes visuais como fotografia, pintura, teatro, cerâmica, carnaval, aquarela e arte presepista. Membro da AIAP/UNESCO – Associação Internacional dos Artistas Plásticos – nº 1217/00; da UN-FOE-PRAE – Federação Universal dos Presepistas; da Associação de Belenistas de Madrid; da Associação de Presepistas de Roma; da Assocazione Italiana Amici del Presepio; e Sócio Fundador da Casa dos Açores de Santa Catarina.

Serviço
Exposições Assim, Hassis e Descobrindo Açores
Local: Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa
Abertura: 10 de abril de 2018, 19h
Período de visitação: de 11 de abril a 13 de maio de 2018
Horário de visitação:
De terça a sexta das 10 às 18h
Sábados, domingos e feriados das 10 às 16h.

Entrada gratuita.

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

De 05 a 15 de abril estará aberta a consulta pública para indicação de áreas artísticas e culturais a serem representadas no Conselho Estadual de Cultura (CEC). A consulta vai orientar a definição de duas vagas do colegiado, de um total de dez, a serem ocupadas por representantes da sociedade civil no biênio julho/2019 a julho 2021. As indicações podem ser feitas por meio do formulário eletrônico disponível neste link.

“Nossa expectativa é contar com uma expressiva participação dos setores interessados na representação no Conselho. A consulta é ampla, aberta a todos os segmentos, e com isso também queremos fortalecer o diálogo com a sociedade civil”, destaca o presidente do CEC, Marcondes Marchetti.

Das dez áreas com cadeira no CEC, oito já estão contempladas: artes visuais, audiovisual, cultura popular e diversidade, dança, letras, música, teatro e patrimônio cultural. A definição dessas áreas levou em conta a abrangência, atualidade, permanência e significado histórico dos segmentos artísticos e culturais, além da convergência e transversalidade entre as linguagens artísticas, identidade, diversidade cultural, culturas populares e economia criativa.

Após a consulta, será realizada uma sessão pública para escolher as duas novas áreas que terão representação no colegiado.

O CEC, conforme estabelecido na Lei 17.449/2018, é composto por dez representantes do poder público e dez representantes da sociedade civil, com igual número de suplentes. As dez cadeiras representativas da sociedade civil terão seus futuros conselheiros, titulares e suplentes, eleitos de forma democrática, por meio de fóruns, conforme regulamento a ser publicado.

Mais informações sobre o conselho acesse o site http://conselho.cultura.sc/