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Nos dias 26 e 27 de abril, a Sala Lindolf Bell do Centro Integrado de Cultura (CIC) recebe o evento Brincadeiras das Crianças Japonesas, composto de mini-exposição e oficinas, além de sessão especial do Cineclube da Mostra de Cinema Infantil com o filme "Meu Amigo Totoro" no dia 27, às 16h, no Cinema Gilberto Gerlach. A participação é gratuita. Proposta promovida pelo Nipocultura, selecionada no Edital Lei Paulo Gustavo LPG SC 2023 – executado com recursos do Governo Federal e Lei Paulo Gustavo de Emergência Cultural, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.

A mini-exposição conterá itens referentes à infância no Japão, como o kamishibai (Teatro de Papel). Também será possível conhecer brinquedos como otedama (jogo feito com pequenos saquinhos costurados e preenchidos com feijão); daruma otoshi (torre de círculos de madeira que devem ser retirados com um martelo sem derrubar a torre), pião, taketombo (equivale ao pirocoptero brasileiro, feito de bambu); e kendama (bolinha presa por um fio a uma estrutura em forma de cruz, que deve ser encaixada na parte superior do brinquedo). Além disso, em ambos os dias haverá oficinas de origami, pipa e haicai para crianças; além de brincadeiras monitoradas (ayatori, otedama, karuta, brinquedos tradicionais).

Confira a programação:

26/04 (sexta-feira):

10h: Abertura da exposição
Mesa com brinquedos tradicionais: otedama, daruma otoshi, pião, taketombo, kendama
13h30: Kamishibai
Das 14h às 17h: Oficina de Origami (técnica secular japonesa de realizar dobraduras de papel)
Das 14h às 15h; das 15h às 16h; das 16h às 17h: Oficina de Pipa
Três horas de oficina dividindo em 3 turmas de até 20 alunos a cada hora

27/04 (sábado):

Das 10h às 21h: Exposição
Mesa com brinquedos tradicionais: otedama, daruma otoshi, pião, taketombo, kendama e ayatori
13h: Apresentação com Camerata Encantada - Projeto Camerata Educando com Música
13h30: Kamishibai
Das 14h às 15h; das 15h às 16h; das 16h às 17h: Oficina de Pipa
Três horas de oficina dividindo em 3 turmas de até 20 alunos a cada hora
Das 15h às 17h: Oficina de Origami
Das 15h às 17h: Oficina de Haicai (poesia japonesa) para crianças
16h: Cineclube da Mostra de Cinema Infantil - Filme "Meu Amigo Totoro"

A Companhia de Dança Deborah Colker comemora seu trigésimo aniversário com o novo espetáculo “Sagração”. O palco do Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), recebe três sessões do show nos dias 13 e 14 de abril, respectivamente às 21h; e às 17h e 20h. 

Nessa versão, a música clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros no espetáculo inspirado por visões ancestrais sobre a origem do mundo. Ao longo dos 30 anos a companhia já realizou mais de duas mil apresentações, em mais de 100 cidades, de 35 países, totalizando um público de cerca de 4 milhões de pessoas.

“Ao longo desses anos, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que em 1994 fundou a companhia de dança com Deborah Colker. O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras.

“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”. Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo. 

“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah, que, na companhia de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as passagens sobre Eva e a serpente e sobre Abraão ganham cenas que destacam momentos de ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa e cultura em direção a si mesmo”, destaca o dramaturgo. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa também buscou referências na literatura científica.

“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros. Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para Alexandre Elias, “foi um privilégio trabalhar profundamente na estrutura da obra” Criação, Direção e Dramaturgia.

DEBORAH COLKER
Direção Executiva

JOÃO ELIAS
Direção Musical

ALEXANDRE ELIAS
Direção de Arte
GRINGO CARDIA

Dramaturgia
NILTON BONDER

Figurinos
CLAUDIA KOPKE
Desenho de Luz
BETO BRUEL

Fotografia
FLÁVIO COLKER
Produção Local
ORTH PRODUÇÕES

Classificação indicativa: 10 anos
Duração: 70 minutos (sem intervalo)

Ingressos à venda no site DiskIngressos:
:: Dia 13/04 - 21h
:: Dia 14/04 - 20h
:: Dia 14/04 - 17h (extra)

 

No dia 10 de abril, às 20h30, o Teatro Ademir Rosa (CIC) será palco do espetáculo "Festa do Interior" com a Orquestra Brasileira e participação especial dos cantores Camélia Martins, Didi Maçaneiro e Lara Sales, em clima de forró e baião. Os ingressos são gratuitos e já estão esgotados.

A Orquestra Brasileira é um dos trabalhos dirigidos pelo pianista e produtor musical catarinense, Luiz Gustavo Zago, conhecido pelo pioneirismo em buscar diferentes linguagens sonoras, trabalhando desde formação orquestral junto à Camerata Florianópolis ou Orquestra Sinfônica Brasileira, até o universo da canção popular, com as suas colaborações com Lenine, Ivan Lins, Toquinho e Paulinho Moska.  “Do clássico ao moderno, a orquestra brasileira traz uma visão histórica de gêneros musicais, explorando a interseção entre a música erudita e popular. Nosso objetivo é levar ao público uma experiência aprofundada no universo cultural brasileiro”, afirma Zago. 

O espetáculo reverencia a música brasileira, com foco na riqueza musical do nordeste do país. O repertório foi cuidadosamente selecionado e os arranjos foram feitos por Luiz Gustavo Zago e Alexandre Lunardelli. Entre as músicas que serão apresentadas, destacam-se "Festa do Interior", "Isso Aqui Tá Bom Demais", "Esperando na Janela", "Feira de Mangaio", "Eu Só Quero Um Xodó" e "São João Carioca". 

Os músicos da Orquestra Brasileira, liderados pelo pianista e regente Luiz Gustavo Zago, incluem talentosos artistas como Eduardo Pimentel, Filipe Müller e Igor Ishikawa nos violões, Tie Pereira no contrabaixo acústico, Duh Romão no cavaquinho, Lucas Martinez no bandolim, Rafael Petry no acordeon, Richard Montano na bateria, Alexandre Damaria e Neno Moura na percussão, Ana Luisa Remor na flauta transversal e Elio Vistel na flauta/saxofone.

Além de uma experiência musical emocionante, o concerto "Festa do Interior" da Orquestra Brasileira está comprometido com a acessibilidade para todos os públicos. Durante o evento, haverá interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição ao vivo, garantindo que pessoas com deficiência auditiva e visual também possam desfrutar plenamente da apresentação. Este compromisso com a acessibilidade reflete o desejo da Orquestra Brasileira de tornar a música acessível a todos, reforçando a importância da inclusão e da diversidade em nossos eventos culturais.

Ingressos gratuitos disponíveis no site Sympla

INGRESSOS ESGOTADOS

Classificação indicativa: livre

Já está no ar o novo painel que dá mais transparência ao andamento de projetos aprovados no Programa de Incentivo à Cultura (PIC). A nova ferramenta permite a pesquisa por campos, detalhando informações sobre a proposta cultural, valores captados, empresas incentivadoras e a prestação de contas.

Também é possível fazer a busca de informações por nome, proponente, ano, município, mesorregião, área cultural, e a situação (aprovado ou reprovado). Para ter acesso aos dados, basta preencher os campos desejados e clicar em “Pesquisar”.

Uma das novidades em relação à plataforma usada anteriormente é a possibilidade de consultar os valores aportados e quais as empresas incentivadoras de um projeto. Outra funcionalidade é a pesquisa no mapa. Ao preencher as informações que se deseja consultar, é possível clicar no ícone do mapa e verificar os municípios onde os projetos estão distribuídos em Santa Catarina.

mapa pic

:: Clique aqui para acessar o painel

“O PIC já se consolidou como uma ferramenta vital para o setor cultural de santa Catarina. Ele ainda pode ser considerado recente, por isso, está em constante processo de aperfeiçoamento. O novo painel vem para dar mais profissionalismo e lisura à administração”, explica o presidente da FCC, Rafael Nogueira.

Sobre o PIC

O Programa de Incentivo à Cultura (PIC) visa ao fomento a projetos culturais catarinenses, por meio de dedução fiscal do imposto de Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). 

O PIC permite que as empresas contribuintes do ICMS possam patrocinar projetos culturais aprovados pela FCC e abater o valor investido do imposto devido, mensalmente, na forma e nos limites estabelecidos por lei.

Para que possam receber patrocínios via PIC, os empreendedores culturais catarinenses devem encaminhar seus projetos para a FCC, por meio da plataforma de inscrições. Eles serão analisados por uma comissão especializada. Os projetos que atendam aos requisitos receberão uma Autorização de Captação. 

A empresa contribuinte que deseje apoiar financeiramente um projeto que obteve Autorização de Captação precisa estar com as obrigações fiscais em dia, estar sediada em Santa Catarina e se habilitar como incentivadora no Sistema de Administração Tributária (SAT), na página da Secretaria de Estado da Fazenda.

Em abril, o Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, recebe mais duas exposições que são desdobramentos da mostra de longa duração "Ichiran - Um Olhar sobre a Cultura Japonesa". A mostra "Aquarela", de Yuina Takase Baba fica aberta de 2 a 13 de abril; e "Sashiko da Ilha" pode ser vista pelo público de 9 a 13 de abril. Ambas têm entrada gratuita e visitação de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30; sábados e feriados, das 10h às 14h. Fechado aos domingos e segundas-feiras.

"Sashiko da Ilha" - Bordado Sashiko

O bordado Sashiko remonta à atividade na lavoura dos agricultores pobres no Japão antigo, que desgastava com muita rapidez as vestimentas. Os camponeses reforçavam então as roupas, alinhavando-as ou sobrepondo-as para maior durabilidade ou conforto no inverno. A medida padrão dos tecidos possibilitava ainda desmanchar duas ou mais roupas e costurar uma “nova” aproveitando-se as partes ainda utilizáveis, prolongando sua vida útil ao máximo potencial.

Nascido na época da penúria, reforçado a princípio com motivos geométricos, o bordado foi adquirindo forma de arte com variados estilos e motivos. Passou a época da carência, passou a época da necessidade de se prolongar a vida útil das roupas, mas o bordado permaneceu e hoje é mais uma arte nipônica que nasceu da miséria do seu povo que há muito tem a cultura do “mottainai” (pesar pelo desperdício).

O grupo que organiza a exposição se reúne quinzenalmente no Centro Cultural Silveira de Sousa.

Aquarela de Yuina Takase Baba

Nascida em Florianópolis, Yuina é filha e neta de artistas, imersa na arte deste a infância. Durante a faculdade de Design de Jogos, em 2016, descobriu sua afinidade pela aquarela. Atualmente, foca em ilustrações autorais, principalmente em aquarela, mas está sempre explorando novas técnicas e estilos.

Yuina é a ilustradora do livro infantil “A aventura dos primeiros japoneses pela América Latina”, lançado nas comemorações dos 220 anos da passagem dos primeiros japoneses por Desterro.