Programa Outros mestres:
Jean Sibelius (1865-1957)Andante Festivo (JS34a), para Orquestra de Cordas
Franz Schubert (1797-1828)
Quarteto de cordas n° 14 em ré menor D. 810, “A Morte e A Donzela”, versão para Orquestra de Cordas (Gustav Mahler)
I- Allegro, II- Andante com moto, III- Scherzo: Allegro molto, IV- Presto
Sobre o programa:
Jean Sibelius (1865-1957)Andante Festivo (JS34a), para Orquestra de Cordas
Jean Sibelius é o mais importante compositor finlandês. Sua obra é vasta e única, incluindo diversos gêneros composicionais. De grande destaque, são suas célebres 7 sinfonias para grande orquestra sinfônica. O Andante Festivo, que esta noite ouviremos, composto de um só movimento, foi escrito originalmente para quarteto de cordas, em 1928, e foi posteriormente transcrito para orquestra de cordas, em 1938, pelo próprio autor. Seu caráter é intenso e suplicante, uma espécie de “hino à paz”, em que frases melódicas extremamente unas e ternas fluem umas às outras rumo à plenitude do fortíssimo final, amplo e generoso. Uma transmissão por rádio do Andante Festivo, realizada em 1939, é o único registro remanescente do compositor interpretando uma de suas próprias obras.
Franz Schubert (1797-1828)
Quarteto de cordas n° 14 em ré menor D. 810, “A Morte e A Donzela”, versão para Orquestra de Cordas (Gustav Mahler)
Trata-se, hoje em dia, de uma das mais reconhecidas e executadas obras da literatura camerística universal. Mas, ainda na segunda metade do século XIX, talvez Mahler quisesse torná-la mais popular, levando-a às grandes salas de concerto com grandes orquestras, talvez, quisesse prestar uma homenagem ao grande mestre austríaco, seu conterrâneo, que morrera sem obter o devido reconhecimento, ou talvez, arranjando a obra para orquestra de cordas, quisesse simplesmente “realizar” uma visão interior e pessoal da obra. Com isto, se por um lado Mahler a tornou menos intimista e flexível, por outro, a fez mais possante e avassaladora em sua expressão, pela própria intensidade de sua nova “massa sonora”. Um Alegro de Sonata, um Tema com Variações (com o tema extraído de uma canção de sinistro texto intitulada “A Morte e A Donzela”, que o autor compusera anos antes e que dá apelido ao quarteto), um Scherzo e um Rondò constituem os quatro movimentos da obra, que nos demonstra, de modo magistral e definitivo, o trato peculiar e elaborado de Schubert com a forma, e sua incomparável sensibilidade harmônica, conduzindo-nos sempre a lugares remotos e longínquos, mas que, a um só tempo, nos parecem íntimos e vizinhos.
GUSTAVO LANGE FONTES
Maestro e Diretor Artístico
Natural de Florianópolis, diplomou-se em música pela USP, recebendo "Láurea por Excelência Universitária". É duplamente pós-graduado na Alemanha (Mannheim, como bolsista da Fundação Vitae, e Colônia) nos cursos de Exame de Solista e Exame de Orquestra em Contrabaixo, instrumento de sua especialidade. Suas atividades musicais são diversificadas, incluindo regência, composição e educação musical, além de suas atividades como músico de orquestra, de câmara e solista de contrabaixo. Desde 2009, é Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia Santa Catarina.
Serviço:
O que: Programa Outros Mestres, com peças de Sibelius e Schubert
Quando: 28 de outubro de 2010, 21h
Onde: Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) – Rua Marechal Guilherme, 26 - Centro
Quanto: R$20 e R$10 (meia) - Ingressos à venda na bilheteria do Teatro.
Informações: www.orquestrafilarmonia.art.br e 3028-8070 (TAC)