Beatrice Mason – Mosaico
“É uma grande alegria acompanhar de perto a estreia fonográfica de Beatrice Mason, uma cantora de timbre bonito e diferente, que tem tudo para conquistar seu espaço na MPB” – Edu Krieger.
Foi de pequena que Beatrice Mason ingressou na música. Com seis anos já cantava no coral do colégio Cruzeiro – do qual a mãe era regente – nos “Curumins”, da Associação Canto e Coral, e no infantil do Theatro Municipal. Estudou teoria, piano, flautas e canto, lírico, com Vera Canto e Mello, e popular, com Paula Santoro e Felipe Abreu. Dos pais herdou o gosto pelo erudito, a trilha que mais se ouvia aos domingos, em casa. E foi, literalmente, na cozinha, que provou o tempero popular da música brasileira. Através do rádio da empregada Alzira, tomou gosto por Roberto Carlos, Caetano Veloso, Elis Regina, Nara Leão, Maria Bethânia, entre outros.
O desejo de cantar profissionalmente levou Beatrice ao palco do Mistura Fina, em 2005, quando estreou o show “Coração tranqüilo”, com direção de Cyro Telles. Dois anos depois, com Carlos Cesar Motta, já montava seu segundo espetáculo, “Alumbramento”. Vencido o palco, faltava, agora, o disco. Não falta mais. Com produção de Rodrigo Campello, finalmente Beatrice lança seu primeiro álbum, Mosaico, pelo selo Centro Cultural Carioca Discos.
Foi na nova geração da MPB que Beatrice encontrou as peças para compor o seu mosaico musical. O conceito do disco surgiu numa conversa com o amigo e compositor Marcelo Caldi: uma costura do melhor da safra dos novos compositores brasileiros, com um toque especial. As 11 canções do disco – sendo seis inéditas e cinco regravações – foram elaboradas a partir da riqueza da combinação de variados instrumentos (de gaita a pandeiro, de piano a acordeon, passando por programações eletrônicas) com a doce voz de Beatrice. O resultado? Uma sonoridade elegante, mais contemporânea do que se tem ouvido por aí. E aí está a unidade do disco, apesar dos diferentes estilos musicais dos compositores que contribuíram para sua construção.
Aos poucos, Beatrice Mason foi recebendo verdadeiros presentes. Delia Fischer compôs a canção que abre o disco, a bossa lounge “Samba mínimo” e Rodrigo Campello, junto com Marcelo Caldi e Mauro Aguiar, trouxe “Algum mistério”. Rodrigo Maranhão e Pedro Luís contribuíram com “Oração blues”, com direito a pandeiro no blues. Inspirado na canção de Chico Buarque e Edu Lobo, “A história de Lili Brown”, Edu Krieger compôs “Lilly Blonde” especialmente para ela. Edu, aliás, amigo de infância de Beatrice, foi o responsável por apresentar grande parte da “trupe” à cantora. De Ana Clara Horta veio “Cortejo”, um sambinha no piano. E Marcelo Caldi e Edu Krieger se uniram em “O tempo do querer”. Esse é o bloco inédito do disco.
Completam o Mosaico de Beatrice outras cinco músicas que, apesar de regravações, são pouco conhecidas. Do repertório de Vitor Ramil, ela escolheu “Foi no mês que vem”, que ganhou arranjo intenso, beirando o eletrônico, mesclado com o acordeon; “Caramel”, de Suzanne Vega, ficou divertida, ao som da tuba. Raphael Gemal enviou uma série de canções para Beatrice e “Canto Só” – que o compositor havia gravado no seu disco – acabou entrando para a lista. Essa é a única música do disco que conta com uma participação vocal, a de Edu Krieger. A riqueza de sons na combinação de diversos instrumentos deu mais vida à “Na beira do Rio” (Chico Pinheiro e Paulo Neves). E “Madre Tierra”, do uruguaio ganhador do Oscar Jorge Drexler, dá o ponto final com linha de ouro na construção do Mosaico de Beatrice Mason.
Dia 05 de novembro às 21:00 horas.
Preço: R$ 30,00 inteira, R$ 20,00 assinantes DC e R$ 15,00 meia entrada.
Preço: R$ 30,00 inteira, R$ 20,00 assinantes DC e R$ 15,00 meia entrada.