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O terceiro encontro do Ciclo de Conferências "Do Museu do Outro ao Museu de Si", realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sobre o Museu de Arte de Santa Catarina, terá como tema "O modelo negro no acervo do MASC". O evento ocorrerá no próximo dia 23 de outubro, às 19h, no Museu.

Conforme o Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa, palestrante e organizador do evento, o modelo negro no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina tem sua melhor expressão em cinco retratos. Em apenas um deles, o modelo é conhecido e somente um deles é datado. Seus autores são Eduardo Dias, Alberto da Veiga Guignard, Alice Soares e Elizabeth Catlett. Esses retratos remetem a diferentes períodos da história da arte moderna e contemporânea.

Na atividade, que será conduzida por Correa, da UFSC, com mediação da Dra. Maria Helena Barbosa, do MASC, será proposta uma análise da (in)visibilidade do modelo negro no acervo do Museu e a problematização da história da instituição, bem como o seu arquivamento, a partir desses cinco exemplos. O Ciclo "Do Museu do Outro ao Museu de Si", é realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

 Serviço:

Ciclo de Conferências "Do Museu do Outro ao Museu de Si" 

Tema: "O modelo negro no acervo do MASC

Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)

Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)

Data: 23/10/2024, às 19h

Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) 

 

Cronograma do Ciclo de Conferências:

Data: 29/08 (quinta-feira), às 19h JÁ REALIZADO
Local: Cinema do CIC
Tema: Do museu do outro ao museu de si
As coleções africanas em museus do Brasil
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Profa. Dra. Karine Lima da Costa (UFSC)
Sobre: Objetos de arte africana foram, geralmente, considerados "objetos etnográficos"; e muitas coleções africanas se encontram em museus da era dos impérios coloniais. Outrora vistos no "museu do outro", esses objetos passam a ser reivindicados por países africanos para integrar coleções do "museu de si". No Brasil, uma dezena de museus conta com objetos de arte africana tradicional. Restituição ou permanência no patrimônio cultural da diáspora africana pode ser um dilema para a nova museologia.

Data: 25/09 (quarta-feira), às 19h JÁ REALIZADO
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC)
Tema: Matrioshka ou da história de encaixes do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: As bonecas russas conhecidas pelo nome de Matrioshka formam, tradicionalmente, um conjunto de algumas peças que se encaixam uma nas outras, da pequena à maior delas. Segundo Prof. Sílvio, a história do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sido reproduzida em encaixes de poucas partes – como uma Matrioshka. Desde o primeiro espaço onde ocorreu a Exposição de Arte Contemporânea em Florianópolis em 1948 até a atual sede do MASC, ele discorrerá sobre seus pensamentos decorrentes de sua pesquisa.

Data: 23/10 (quarta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no acervo do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: O modelo negro no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sua melhor expressão em cinco retratos. Em apenas um deles, o modelo é conhecido. Somente um deles é datado. Seus autores são Eduardo Dias, Alberto da Veiga Guignard, Alice Soares e Elizabeth Catlett. Esses retratos remetem a diferentes períodos da história da arte moderna e contemporânea. A partir desses cinco exemplos, busca-se analisar e problematizar a questão do modelo negro no acervo do MASC.

28/11 (quinta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no atelier de Martinho de Haro
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: A partir de uma nova perspectiva em história da arte (VERGÈS, 2023; LAFONT, 2022), busca-se problematizar o anonimato do modelo negro no atelier do artista Martinho de Haro. A partir de cronotopos (BAKHTIN, 2014) que remetem não só às origens socioeconômicas da ilha de Santa Catarina, notadamente à escravidão insular, mas também ao período pós-emancipação e à redemocratização do país, desloca-se o foco da análise do artista para o seu modelo, da história local e insular para o mito da “democracia racial” brasileira. Resulta dessa análise uma nova interpretação para dezenas de obras de Martinho de Haro e para uma história da arte a partir do estudo sobre os modelos negros.

SOBRE O CONFERENCISTA

Sílvio Marcus de Souza Correa é historiador e professor associado do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em sociologia pela Westfälische Wilhelms-Universität de Münster (Alemanha) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, foi pesquisador visitante em várias instituições estrangeiras como o CNRS do Canadá, o Instituto de Estudos Avançados de Paris e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Coordenador do Laboratório de Estudos em História da África (LEHAf) da UFSC e do Grupo de Pesquisa História da África e Cultura Visual junto ao CNPq. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre as coleções africanas em museus do Brasil e prepara o seu próximo estágio no exterior como pesquisador visitante no Instituto Nacional de História da Arte de Paris (França).