A segunda edição do Festival Cinema Negro de Santa Catarina vai ocupar a Sala de Cinema Gilberto Gerlach no Centro Integrado de Cultura (CIC), entre os dias 23 e 26 de junho, com diversas atrações para o público de todas as idades. A programação é composta por mesas temáticas de debate sobre temas relacionados às políticas públicas da Cultura Negra e o protagonismo, com sessões de projeção de filmes especialmente selecionados para o festival. A entrada para todas as atividades é gratuita.
Serão apresentadas 04 mesas, 03 longas-metragens, com uma estreia nacional, eleita pela Abraccine e APCA (Associação dos Críticos de Arte de São Paulo) como melhor filme brasileiro de 2021, mais 20 curtas, divididos em mostras especiais e competitiva nacional.
As portas da Sala de Cinema Gilberto Gerlach abrem às 19h, e as mesas temáticas começam pontualmente às 19h30, com as sessões de cinema às 20h. A sala deve respeitar a lotação por ordem de chegada e a produção do evento recomenda fortemente o uso de máscaras dentro do local.
Vale ressaltar que, no sábado, o Cineclube da Mostra de Cinema Infantil vai exibir curtas-metragens nacionais com o tema “protagonismo negro”, a partir das 16h.
Programação:
Dia 23 - QUINTA-FEIRA
19h30 - Abertura:
Apresentação com atriz Joana Felício
Homenagens in Memoriam: Hudson Pereira e Milton Gonçalves
Fala Curatorial de Allende Renck
20h - Filme Convidado:
JUDAS E O MESSIAS NEGRO
(Dir. Shaka King, EUA - 2021 - 126min)
Sinopse: História de ascensão e queda de Fred Hampton (Daniel Kaluuya), ativista dos direitos dos negros e revolucionário líder do partido dos Panteras Negras. Um jovem proeminente na política, ele atrai a atenção do FBI, que com a ajuda de William O’Neal (LaKeith Stanfield) acaba infiltrando os Panteras Negras e causando o assassinato de Hampton.
Classificação Indicativa: 16
Dia 24 - SEXTA-FEIRA
19h30 - Mesa Temática:
Debate Sobre Protagonismo Negro
Com Marcelo 7 Cordas e Leandro Batz, mediação de Allende Renck.
20h - Filme de Estreia Nacional:
CABEÇA DE NÊGO
(Dir. Déo Cardoso, Brasil, 2021 - 85min)
Sinopse: Inspirado pelo livro dos Panteras Negras, o jovem Saulo tenta impor mudanças em sua escola e acaba entrando em conflito com alguns colegas e professores. Depois de reagir a um insulto racista, ele é expulso. Saulo se recusa a deixar as dependências da escola por tempo indeterminado até que a justiça seja feita, dando início a uma grande mobilização coletiva.
Classificação Indicativa: 12
Dia 25 - SÁBADO
16h: Mostra de Cinema Infantil
Sessão Especial FCN: Curtas Brasileiros (51 min)
Classificação Indicativa: Livre
FÁBULA DE VÓ ITA
(de Joyce Prado e Thallita Oshiro, SP, ficção, 2016, 5min)
Gisa tem um cabelo cheio de vida e personalidade, mas seus colegas da escola vivem debochando dela por conta disso. Nesta fábula de fantasia e realidade contada entre panos e tecidos, Vó Ita envolve sua netinha Gisele para lhe mostrar a beleza das diferenças e o valor de sua própria identidade.
DELA
(de Bernard Attal, ficção, BA, 2018, 8 min)
Dela mora na Ilha de Itaparica com seu pai, Agenor. Na escola nova, os colegas acham seu nome estranho e seus cabelos esquisitos. A menina questiona seu pai, e a história que ele conta muda a forma como ela vê a si mesma!
MYTIKAH: O LIVRO DOS HERÓIS – EP. 10 MILTON SANTOS
(de Hygor Amorim e Jonas Brandão, animação, SP, 2019, 7 min)
Manga e Leco estão brincando de caça ao tesouro, mas Leco não sabe ler o mapa. Mytikah surge e os leva para conhecer Milton Santos. Milton conta sobre sua paixão por geografia e como ela pode nos ajudar a solucionar problemas.
DISQUE QUILOMBOLA
(de david Reeks, ficção, SP, 2012, 13 min)
Crianças do Espírito Santo conversam de um jeito divertido sobre como é a vida em uma comunidade quilombola e em um morro na cidade de Vitória. Por meio de uma genuína brincadeira infantil, revela-se o quanto a infância tem mais semelhanças do que diferenças.
LÁ DO ALTO
(de Luciano Vidigal, ficção, RJ, 2016, 8 min)
Um menino sonhador tenta convencer seu pai a conhecer o alto de uma montanha, na favela do Vidigal, que ele acredita ficar perto do céu, para poder se comunicar com sua avó, de quem ele sente saudades…
IEMANJÁ YEMOJÁ: A CRIAÇÃO DAS ONDAS
(de Célia Harumi Seki, animação, SP, 2016, 10 min)
A criação das ondas conta sobre Iemanjá, a Rainha do Mar, que recebe de Olodumare
o poder de devolver à terra as sujeiras jogadas pelos homens na água.
19h30 - Mesa Temática:
Debate Sobre Políticas Culturais
Com Gugie Cavalcanti e Kamila Maria, mediação Allende Renck
20h - Filme:
SUMMER OF SOUL (…OU, QUANDO A REVOLUÇÃO NÃO PÔDE SER TELEVISIONADA)
(Dir. Questlove, EUA, 2021, Documentário, 118 min)
Sinopse: Em 1969, no mesmo verão em que ocorreu Woodstock, outro festival musical foi organizado no Harlem, em Nova York, para celebrar a música norte-americana e a história afro-americana. As imagens do concerto Harlem Cultural Festival, filmadas há 50 anos e inéditas até hoje, capturam um empolgante momento cultural nos Estados Unidos, embora subestimado historicamente. Entrevistas com artistas que participaram do evento são intercaladas com as apresentações de, entre outros, Stevie Wonder, Mahalia Jackson e Mavis Staples, Sly & the Family Stone e Nina Simone.
Classificação Indicativa: 16
Dia 26 - DOMINGO
17h - Filme: Tarzan - Um Novo Olhar (dir. Cia. Nosso Olhar)
19h30 Mesa Temática:
Debate Sobre Produção Audiovisual e Negritude
Com representantes da Cia Nosso Olhar & Coletivo NEGA
20h - Filmes de Curta-Metragem:
Mostra Convidados:
SÉRIE ESTÉTICAS DE SI: INSURREIÇÃO; SANKOFA; PUTA LIBERDADE
(Realização Usina da Imaginação, Dir. Rita de Cácia Oenning da Silva e Okado do Canal, Brasil, 2022 - 20 min)
CANTO PARA QUEM É DE NOITE
(Dir. Coletivo NEGA, Brasil, 2021 - 23 min)
Classificação Indicativa: 16
20h45 - Filmes:
Mostra Competitiva de Curtas-Metragens
AS VEZES QUE NÃO ESTOU LÁ
de Dandara de Morais (PE) – 25min
Rossana vivencia o mundo através de uma membrana borderline. Os movimentos da dança a ajudam a resistir aos duros golpes da realidade, isso enquanto ela tenta se encontrar.
QUEDA
de Lia Letícia (PE) – 10 min
Performance que atua com uma memória inventada, propondo simbolicamente ações possíveis para um futuro rompido, visitando pontos marcados pelo racismo em Recife.
ALFAZEMA
de Sabrina Fidalgo (RJ) – 25 min
É Carnaval e Flaviana vive o dilema de como se livrar de um amante que se recusa a sair do chuveiro.
SEM ASAS
de Renata Martins (RJ) – 20 min
Zu é um garoto negro de 12 anos. Ele vai à mercearia comprar farinha de trigo para a sua mãe e, na volta para casa, descobre que pode voar.
A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO
de Rodrigo Ribeiro (SC) – 10 min
Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um poético ensaio visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.
DONA JACINTA
de Cia. Nosso Olhar, Dir. Leandro Batz e Wallace Almeida (SC) – 30 min
Dona Jacinta é uma experimentação audiovisual que traz reflexões sobre a marginalização da mulher negra e seu cabelo. O local em que essa sociedade patriarcal coloca corpos pretos e femininos. Atravessa histórias reais e nos leva ao debate interseccional que envolve raça, gênero e classe. Dona Jacinta é fé, força, luta, liberdade e muita ginga.
Classificação Indicativa: 16
22h - Premiação:
Prêmio de Melhor Curta-Metragem Escolha do Público
Premiação de Categorias com Júri Especial
Encerramento com Joana Felício, Allende Renck e Lelette Coutto.
Ficha Técnica:
Projeção: Débora Herling
Coordenação Geral, Curadoria: Allende Renck
Responsável Legal e Direção Artística: Cinemática Hub
(CNPJ 31.474.756/0001-04)
Design Gráfico: Pedro MC
Produção: Babyton Santos
Apoio Cultural: Editora Cruz e Sousa
Parceria: Cineclube Cinema Unisul / Agradecimentos: Lelette Coutto, Mara Salla, Cid, Fabio Garcia, Taty Américo, Ana Ligia Becker (e equipe do MIS), ASCOM FCC.