Estão abertas as inscrições para o Curso de Construção de Câmeras Artesanais que a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), oferece nos meses de março e abril, por meio das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC). Interessados devem preencher o formulário disponível no link https://goo.gl/forms/ljrSxYzbNMkFCU3D3 até as 18h do dia 2 de março. Os selecionados serão comunicados no dia 3 de março por e-mail.
Os participantes aprenderão a construir câmeras artesanais com materiais simples para fazer fotografia química usando filme de raio-x. A atividade é voltada para fotógrafos, professores e artistas, com coordenação do professor Sérgio Sakakibara.
Serão seis encontros, sempre às quartas-feiras, das 8h30 às 12h, nas seguintes datas: 8, 15, 22 e 29 de março; 5 e 12 de abril. Com um total de 21 horas/aula, o curso fornecerá certificado aos participantes.
Para preencher uma das 12 vagas disponibilizadas, é desejável que o participante tenha conhecimento básico de fotografia, de preferência em laboratório P&B/pinhole, ou ter feito algum dos cursos anteriores (Fotografia Experimental, Fotografia de Grande Formato, Fotografia para Professores).
O material usado durante o curso ficará a cargo dos alunos, de acordo com o projeto de cada um, com rateio de custos do material de uso coletivo. A falta na primeira aula ou duas faltas implicam no cancelamento da vaga e servirá como critério de seleção para oficinas e cursos futuros.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Neste sábado (25) tem sessão gratuita do Cineclube Infantil no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), às 16h. Esta edição terá o longa brasileiro O que queremos para o mundo?, do diretor Igor Amin.
A realização ocorre sempre no último sábado do mês e é uma parceria entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), e a organização da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis.
O que queremos para o mundo?
Direção: Igor Amin
Gênero: Ficção
País: Brasil
Ano: 2016
Duração: 70 min
Sinopse: Um filme infantojuvenil que conta a história de Luzia, uma menina introvertida, mas dona de um mundo interno movimentado, fértil e criativo. Quando o seu professor de música pede para a turma criar uma apresentação em grupo, Luz se vê obrigada a transmitir toda a sua criatividade e a tirar suas ideias do mental para o real. Com a ajuda das amigas Sol, Bela e Lua, o trabalho escolar se transforma em uma experiência única.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
O CIC 8:30 está de volta à programação do Teatro Ademir Rosa em março, e começa o ano já com um grande encontro de mulheres criadoras. O show Elas por Elas reúne as cantoras e compositoras catarinenses Carol Voigt, Dandara Manoela, Iara Germer, Jana Gularte e Tatiana Cobbett no dia 2 de março, às 20h30, dentro da programação do projeto da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Ingressos estão à venda por R$ 30 inteira e R$ 15 meia-entrada.
Após uma estreia aplaudida pelo público em janeiro, dentro do Projeto Verão 2017, também da FCC, Elas por Elas - a força das mulheres criadoras volta ao palco do Teatro Ademir Rosa para a primeira atividade cultural depois do Carnaval e a largada para as ações do Dia Internacional da Mulher. Nesse espetáculo, as cantoras e compositoras participantes se inspiram na sonoridade das cantorias populares, a exemplo dos cânticos das lavadeiras terno de reis, e cantam suas músicas autorais com temáticas que abordam questões do universo feminino.
Com arranjos, produção e direção artística feitas de forma coletiva, Elas por Elas conta com os compositores e instrumentistas Larissa Galvão na flauta, Fabio Mello, flauta e saxofone, Luis Gama na percussão, Pedro Loch no violão e Rafael Calegari no contrabaixo. No repertório estão músicas autorais dessas cantoras e compositoras como "Woman´s Blues", de Tatiana Cobbett, que ao final faz um pedido "Aceitem a mulher que sou". As letras passeiam nas mais variadas temáticas dos feminismos como a liberação sexual, o empoderamento feminino, a igualdade racial e o direito de decidir sobre o próprio corpo e de viver sem violência.
"O potencial do espetáculo, que evoca o vigor de um coletivo com ênfase na diversidade de estilos, alerta para assuntos do universo feminino e chama atenção para a produção autoral da nossa Santa Catarina e para o movimento das mulheres compositoras", explica Tatiana Cobbett.
Coletivo e diverso
Não só o formato de canto é coletivo, como também todo o processo de construção do espetáculo, como a escolha das músicas e criação dos arranjos. Algumas dessas cantoras que sobem ao palco já se conheciam, mas foi a partir do movimento gerado pelo Sonora Ciclo Internacional de Compositoras - mostra por visibilidade das mulheres na música autoral - que as afinidades afloraram para essa troca conjunta.
Elas por Elas reforça as qualidades desse movimento que se constituiu pela pluralidade, inclusão, representatividade e valorização dos saberes. "O Sonora fez valorar parcerias próximas e construir novas. O show é marcado pela diversidade de gênero, étnica e geracional. Não levantamos bandeiras, somos a própria bandeira", afirma a cantora.
Serviço:
O quê: Elas por Elas - CIC 8:30 - Grandes Encontros
Quando: 2 de março de 2017 (quinta-feira), às 20h30
Onde: Teatro Ademir Rosa - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Ingressos: R$ 30 inteira, R$ 15 meia-entrada.
Informações: (48) 3664-2628 (bilheteria do Teatro) / www.fcc.sc.gov.br/cic830
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1161108617339212/
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Nos últimos 40 anos, o pesquisador, folclorista e músico catarinense Vicente Telles, 85, tem dedicado a vida à missão de tirar das sombras parte ainda sepulcra do legado da Guerra do Contestado (1912-1914), mais precisamente do povo caboclo: os "vencidos" daquele que foi o maior conflito bélico ocorrido no Brasil. Na colheita de relatos e histórias de remanescentes e descendentes construiu um peculiar e rico cabedal memorial que se traduziu em textos, palestras e na música. Sua mais recente obra, Aquarela do Contestado, sai do papel para virar um espetáculo com estréia marcada para os dias 4 (20h30) e 5 (20h) de março, em duas sessões com entrada gratuita (veja o serviço), no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis.
Aquarela do Contestado foi composta por Vicente em parceria com filho, músico, produtor musical e pianista Vicente de Paula Telles e traz nas vozes a cantora e nora Nancy Lima. O projeto ganhou forma ainda em 2016, pelo estímulo do jornalista e pesquisador Moacir Pereira, autor do livro Vicente Telles: O Mensageiro do Contestado (Editora Insular, 2016). A adaptação para os palcos ganhou o reforço do instrumentista e compositor Guinha Ramires na direção musical, da Hedra Rockenbach na direção de palco e som, do ator e diretor Nazareno Silva no roteiro, e do músico e produtor Nani Lobo na produção musical. A produção geral ficou a cargo da Orth Produções e tem o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esportes.
Nascido em Irani e neto de um caboclo que combateu ao lado do Exército Encantado liderado pelo monge José Maria, Vicente compôs a sua aquarela tendo como cenário a batalha que desencadeou a guerra, em 22 de setembro de 1912. Ocasião em que os caboclos impuseram uma sangrenta derrota aos soldados comandados pelo coronel João Gualberto.
O palco da Batalha do Irani se avizinha a menos de um quilômetro da residência de Vicente Telles e lá ainda repousam os restos mortais dos caboclos e do monge José Maria. Foi o estopim de um conflito marcado pela sua complexidade: da discussão dos novos limites geográficos entre Santa Catarina e Paraná, a sanha por poder dos coronéis e líderes políticos locais e a chegada da Estrada de Ferro Brasil-Rio Grande e a companhia norte-americana Southern Brazil Lumber Southern Brazil Lumber & Colonization Company, ambas controladas pelo magnata nova-iorquino Percival Farquhar. A população cabocla, até então dedicada à cultura de subsistência e à exploração da erva mate, se viu à margem do processo, ou melhor, expulsa de suas terras, marginalizada e perseguida.
A voz do sangue
Em sua missão histórica, Vicente Telles percorreu toda a região do conflito que, em seus quatro anos deixou um saldo de aproximadamente oito mil mortos. Munido do seu acordeão, ele venceu o silêncio daqueles que ainda temiam, décadas depois, de falar sobre os episódios. Em suas canções, traz a tragédia humana da guerra, mas exalta o espírito solidário dos caboclos, seu modo de vida simples e denuncia as injustiças sofridas por eles.
Em suas palavras, o Contestado foi maior que a Guerra de Canudos, porém, só não teve a sua dimensão literária e histórica reconhecida porque à época "não havia um Euclides da Cunha". "Uma guerra pressupõe equiparação de forças e no Contestado não foi o que aconteceu. Foi o potencial bélico da República contra maltrapilhos, homens e mulheres famintos. Rigorosamente não foi guerra. Foi um genocídio!", diz o folclorista.
Com o mesmo acordeão que desbravou memórias, Vicente decanta uma trova poderosa, calçada no seu magnetismo e na dramaticidade das histórias que já lhe renderam a alcunha de "o Quarto Monge do Contestado". é o que o próprio chama de "a voz do sangue" e que dá vida a sua aquarela musical, carregada de lirismo e que se funde aos ritmos da época e aos costumes da gente cabocla: o chamamé, o vanerão, o xote e o bugio.
Personagens fictícios e históricos se fundem em jogos de sombras, projeções e luz em Aquarela do Contestado. à frente do trio familiar e acompanhado por um conjunto de sopros, percussão e cordas, Vicente Telles narra a história de uma família cabocla (mãe, pai e filho) tragada para a tragédia da guerra. Drama esse que ainda ecoa nos tempos atuais no Brasil e no mundo: dos conflitos sociais e pela terra, das guerras, do êxodo de refugiados.
Se em uma guerra a primeira vítima é a verdade, o tempo se encarrega de conferir a Vicente Telles e a sua Aquarela do Contestado o poder de fazer justiça histórica. "Minha música é movida pela dor. Em minhas composições, trabalho artesanalmente com palavras e notas musicais que nascem do sentimento histórico de nossa aldeia contestada", define o mensageiro Vicente Telles.
Serviço:
O quê: Aquarela do Contestado (de Vicente Telles)
Quando: Dias 4 (sábado, às 20h30) e 5 (domingo, às 20h) de março
Local: Teatro Governador Pedro Ivo (Rodovia SC 401, Km 15, nº 4600, Saco Grande - Saco Grande, Florianópolis)
Ingressos: Entrada gratuita, sendo dois ingressos por pessoas, mediante retirada nas bilheterias dos Teatros Pedro Ivo, álvaro de Carvalho (TAC) e do Centro Integrado de Cultura (CIC).
Informações: (48) 3665-1630
FICHA TéCNICA
Narrações, acordeon, gaita ponto - Vicente Telles
Cantora - Nancy Lima
Arranjos, piano, teclados - Vicente de Paulo
Direção Musical - Guinha Ramires
Produção Musical - Nani Lobo
Confecção de silhuetas e sombras - César Rossi
Roteiro - Hedra Rockenbach e Nazareno Pereira
Direção de Cena - Hedra Rockenbach e Nazareno Pereira
Iluminação - Hedra Rockenbach
Direção de palco - Hedra Rockenbach
Direção de produção - Eveline Orth