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No ano em que o Museu de Arte de Santa Catarina celebra seus 60 anos de existência, duas obras do seu acervo podem ser vistas a partir do dia 25 de janeiro em uma exposição fora do estado. As obras, emprestadas ao Centro Cultural Banco do Brasil, compõem a mostra Brasil Brasileiro, que será aberta no próximo domingo no Rio de Janeiro. A exposição é uma reunião de dois séculos de pintura em retratos da cultura, da alma popular e da brasilidade e fica aberta ao público até o dia 30 de abril.

No campo, óleo sobre tela do gaúcho Iberê Camargo, e Parque de diversões, também óleo sobre tela da paulista Djanira Paiva Motta e Silva, são as duas obras emprestadas. A exposição tem curadoria de Fabio Magalhães e faz parte das comemorações dos 200 anos do Banco do Brasil. A mostra já passou por São Paulo, entre os dias 30 de setembro de 2008 e 4 de janeiro de 2009.

Iberê Camargo e Djanira Paiva Motta e Silva serão expostos ao lado de outros grandes nomes das artes brasileiras, em obras pertencentes a coleções públicas e privadas ? algumas nunca mostradas ao público brasileiro. Entre eles, Alfredo Volpoi, Cândido Portinari, Emiliano di Cavalcanti e Tarsila do Amaral mostrando diferentes períodos, escolas e tendências da Arte Brasileira.



Histórias de quem era criança nos anos 1940 servem de matéria-prima para o documentário Sem Palavras, de Kátia Klock, que será exibido nesta quinta-feira, 23 de julho, às 20h30, no Centro Cultural 25 de Julho, em Blumenau. Realizado pela Contraponto, o documentário aborda um período polêmico da história brasileira, os efeitos provocados pela Campanha de Nacionalização de Getúlio Vargas (1937-1945), um conjunto de ações que deixou amargas lembranças. Sem Palavras teve até agora 13 exibições com uma plateia de 2000 pessoas. O documentário, que reforça a programação dos 180 anos da imigração alemã de Santa Catarina, será distribuído em breve em DVDs para escolas e bibliotecas catarinenses e instituições culturais do país e exterior.

Quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial com os Aliados, em 1942, os idiomas alemão, italiano e japonês tornaram-se proibidos no país e estes estrangeiros e seus descendentes começaram a ser perseguidos. O documentário de 52 minutos faz um recorte sob a ótica das lembranças e narrativas orais dos descendentes de origem alemã. A equipe entrevistou moradores de Blumenau, Vila Itoupava, Pomerode, Balneário Camboriú, Joinville, Jaraguá do Sul, Brusque, Jaraguá do Sul e Florianópolis, locais em que também teve acesso a arquivos públicos e privados. O trabalho reúne fotografias e arquivos sonoros, revelando uma criteriosa pesquisa.

Sem Palavras reconstrói o clima da época com cenas dramatizadas. As encenação foram realizadas com pessoas que não são atores, e sim descendentes de famílias alemãs de Blumenau. A trilha sonora é outro detalhe bem afinado no documentário. O maestro brusquense Edino Krieger cedeu gentilmente composições para o documentário. Ficou a cargo do trilheiro Ricardo Fujii montar a trilha final. A finalização do documentário é assinada por Paulo Calasans, que montou ao lado da diretora e do produtor executivo Mauricio Venturi.


Sentimentos à flor da pele

Com um olhar plenamente mergulhado na contemporaneidade, que mescla memória, história, cultura e identidade, Kátia Klock mexeu em sentimentos para costurar o documentário. A partir de revelações e lembranças pessoais, o objetivo foi construir narrativas orais e resgatar dados históricos para estimular reflexões sobre o passado e o presente. Os álbuns fotográficos das famílias ajudaram a motivar os entrevistados a relembrar episódios do tempo da Segunda Guerra.

?Investigamos histórias vividas por descendentes de alemães no Estado, quando foram proibidos de falar outra língua em território nacional que não fosse o português. Nesta época existiram 12 presídios no país que eram denominados ?campos de concentração?. Dois ficavam em Santa Catarina, Florianópolis e Joinville, para onde eram levados alemães e descendentes sob suspeita aos olhos dos generais brasileiros. A perseguição marcou muitas família?, conta Kátia, que, em Blumenau, entrevistou pessoas que contribuíram com suas memórias e histórias que envolvem política, cultura, educação, família e pátria.

Sem Palavras apresenta um dos lados da história através das memórias de quem era criança e descendente de alemão na época da Segunda Guerra Mundial em Santa Catarina. O medo, o silêncio, o drama das perseguições e seus efeitos são visíveis e ainda presentes para quem vivenciou o momento. Inquietudes e reflexões são sentimentos que a equipe do documentário espera provocar ao abordar um tema sobre a perda da liberdade em virtude de uma ditadura. Os traumas são tão reais quanto o governo militar.
Prêmio Cinemateca
Em 2007, o governo do Estado, por meio da FCC, contemplou 13 projetos pelo Prêmio Cinemateca Catarinense/FCC, totalizando um valor de R$ 1,6 milhão. Sem Palavras foi contemplado na categoria documentário média-metragem com R$ 100 mil para a produção. Este edital é o principal mecanismo de incentivo ao audiovisual que já existiu no Estado e tem ajudado a impulsionar a atividade e a gerar novas possibilidades para a criação autoral.
O documentário Sem Palavras baseia-se em pesquisas realizadas no Arquivo Histórico de Joinville, no Arquivo Histórico de Blumenau, entre outros, bem como em estudos acadêmicos, como Tempo de Lembrar, Tempo de Esquecer, tese de doutorado de Janine Gomes da Silva, da Universidade Regional de Joinville (Univille), defendida em 2004 no curso de história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O livro Memórias de uma (outra) guerra, da historiadora Marlene de Fáveri, e os romances O guarda-roupa alemão, de Lausimar Laus, e No Tempo das Tangerinas, de Urda Klueger, também serviram de pesquisa e inspiração.

Em uma inusitada mistura de técnicas e olhares sobre o mundo, os artistas plásticos José Bandeira, Rísia Reis e Nilva Hadlich reúnem seus trabalhos na mostra "Olhares diversos", no Espaço Cultural Governador Celso Ramos - BRDE. O coquetel de abertura será realizado em 29 de setembro, às 19 horas, na Avenida Hercílio Luz, nº. 617. As obras poderão ser conferidas pelo público, gratuitamente, até 17 de outubro.

Nas telas que compõem a mostra, os três artistas imprimiram seus estilos e técnicas particulares. José Bandeira expõeuma série de pinturas de figura humana sobre a temática africana, com cores quentes e perfeição técnica. Já Rísia Reis e Nilva Hadlich trabalharam em cima da temática do trabalho do oleiro, do barro em suas mãos e dos vasos de cerâmica. O resultado se destaca por uma mistura delicada e criativa de materiais pouco usuais em obras de arte, como juta, areia, vidro - Rísia, por exemplo, já utilizou cacos de um pára-brisa quebrado -, fralda, cordão, grafite, tinta a óleo e acrílica.

As catarinenses Nilva e Rísia se conheceram em aulas de pintura, há cerca de dois anos. Depois de passarem por algumas escolas e cursos, conheceram o artista plástico gaúcho José Bandeira, hoje professor e amigo da dupla. Os três pintam e expõem juntos, numa constante troca de experiências e aprendizado. "Aprimoramos principalmente nossas técnicas de desenho, já que essa é a mais forte especialidade de Bandeira", diz Rísia.

Sobre os artistas

José Bandeira é formado em Artes Plásticas pela UFRGS e em desenho pelo Instituto Técnico de Desenho de Porto Alegre. Participou de diversas exposições individuais e coletivas em Porto Alegre, sua cidade Natal, e em Florianópolis.

Nilva Hadlich nasceu no município catarinense Leoberto Leal e vive em Florianópolis há mais de quatro décadas. Pinta há quatro anos e sempre desenvolveu trabalhos manuais, como bordado e costura. Já participou de mostras coletivas.

Rísia Reis, com formação independente em ateliês e cursos, pinta e desenha desde criança. Natural de Tijucas, SC, formou-se em direito, área em que atuou por muitos anos sem nunca deixar a atividade artística de lado. Realizou exposições coletivas em Santa Catarina.

Serviço:

Exposição coletiva "Diversos olhares"

Espaço Cultural Governador Celso Ramos - BRDE

Av. Hercílio Luz, 617, Centro - Florianópolis

Abertura: 29 de setembro, às 19h.

Visitação: 30 de setembro a 17 de outubro, das 9h às 21h, de segunda a sexta-feira.

Evento gratuito e aberto ao público.

A Fundação Cultural de Blumenau informa que continuam abertas até esta sexta-feira, 24, as inscrições para o Fundo Municipal de Apoio à Cultura do Município de Blumenau - Edição 2009, que contempla as áreas de Música, Artes Cênicas, Cinema, Fotografia e Vídeo; Literatura; Artes Gráficas; Artes Plásticas; Folclore, Cultura Popular e Artesanato; Patrimônio Cultural; Biblioteca; Arquivo, Pesquisa e Documentação; Dança.

Para esta edição foram disponibilizados R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Informações sobre o Fundo são possíveis pelo telefone 3326 6846 ou através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O regulamento pode ser retirado através do site www.fcblu.com.br.

Fonte: Dagmar Marla Zimmermann, advogada FCB (3326 6846 e 9928 9659)

Jornalista: Marilí Martendal - MTb/SC 00694 JP. 3326 8124 e 9943 0235.

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) realiza nesta sexta-feira (19), às 18 horas, nova edição do projeto "Sexta no Jardim - Ano 3", com apresentação do grupo O Som do Vazio. Realizado no jardim do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis, o evento tem entrada gratuita. Na próxima sexta-feira, dia 26, haverá apresentação do grupo Coletivo Operante.

Segundo a administradora do Museu Histórico de Santa Catarina, Susana Bianchini, o projeto busca manter um programa regular de apresentações artísticas no jardim do museu, sempre às sextas-feiras, no final da tarde. Destinado à comunidade em geral e aos visitantes de Florianópolis, o "Sexta no Jardim" pretende difundir e ampliar o acesso aos bens culturais e, ao mesmo tempo, valorizar os artistas locais.

"O jardim do Palácio Cruz e Sousa, inaugurado em setembro de 2006, tornou-se um ponto de referência no centro da cidade como espaço de convívio e lazer, onde se encontram diferentes grupos", lembra a presidente da FCC, Anita Pires. Aberto diariamente das 10h às 18h, o local permite que a comunidade se aproprie e se reconheça, desfrutando momentos de deleite e bem-estar.

O Som do Vazio - Com uma formação instrumental raramente encontrada, contrabaixo acústico (Mateus Costa) e voz (Fernanda Rosa), o duo apresenta releituras de canções brasileiras, incluindo a de compositores locais, com arranjos próprios. A sonoridade é bastante peculiar: dois instrumentos distintos, um extremamente grave e outro agudo, distantes muitas vezes por duas a três oitavas, que precisam estar em total sintonia para que a música aconteça.

A direção musical da apresentação desta sexta-feira será realizada por Perla Ferreira, e foram selecionadas peças de autores contemporâneos como "Valsinha", de Chico Buarque e Vinicius de Moraes; "Beatriz", de Chico Buarque e Edu Lobo; "Ponta de Areia", de Milton Nascimento e Fernando Brant; "Kid Cavaquinho", de João Bosco e Aldir Blanc; "São Francisco", de Vinicius de Moraes e Paulo Soledade; "Nesta rua", de domínio público; "Béradêro", de Chico César; "O Trenzinho do Caipira", de Heitor Villa-Lobos com o Poema de Ferreira Gullar; e "Chovendo na Roseira", de Tom Jobim.

O QUê: Projeto "Sexta no Jardim - Ano 3", com o grupo O Som do Vazio. QUANDO: sexta-feira (19), às 18 horas. ONDE: Jardim do Palácio Cruz e Sousa (em caso de chuva a apresentação será transferida para o interior do Museu Histórico de Santa Catarina), Praça 15 de Novembro, Centro, Florianópolis, fone: (48) 3028-8091 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. QUANTO: gratuito.