O escritor Salim Miguel, nascido no Líbano e radicado desde a infância em Santa Catarina, ganhou o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (ABL) na tarde de quinta-feira, dia 7 de maio. A premiação é entregue a escritores que têm a obra considerada como expoente da literatura nacional.
- Para um escritor e jornalista, depois de uma vida inteira dedicada à leitura e à escrita, receber o maior prêmio da Academia é uma grande satisfação e uma sensação de dever cumprido - explicou Salim, ao telefone, depois de ressaltar que se os acadêmicos decidiram que ele merecia o prêmio, quem seria ele para discordar.
O prêmio, no valor de R$ 100 mil, será entregue em uma cerimônia no dia 23 de julho, no Petit Trianon, no Rio de Janeiro, sede da ABL. Alguns dias antes, o escritor lança seu novo livro Os Melhores Contos de Salim Miguel, pela editora Global.
- Quando eu tinha uns 10 anos e me perguntavam o que eu queria fazer na vida, eu sempre dizia ler e escrever. Minha mãe, uma mulher de família tradicional, que além do árabe falava russo, inglês e português, me dizia que não seria fácil. E meu pai completava a frase dizendo para eu persistir. Para mim, persistência sempre foi a palavra de ordem - conta o escritor, que agora, aos 85 anos, deseja apenas continuar com a mente e a cabeça boa.
A premiação deixa Salim Miguel na companhia de autores como Ferreira Gullar, Antonio Torres, Wilson Martins, Fernando Sabino, Antonio Candido, Mário Quintana e Lúcio Cardoso.
Biografia
Salim Miguel é autor de mais de 30 livros. Reconhecido como um dos mais destacados ficcionistas, é também contista, cronista e ensaísta. E entre os seus romances, destacam-se: Nur na Escuridão e A Voz Submersa. Salim Miguel recebeu entre outros o Troféu Juca Pato, como intelectual do Ano de 2002 e o Prêmio Zaffary-Bourbon, para melhor romance publicado entre 1999-2001.
Nascido no Líbano em 1924, o vencedor do Prêmio Machado de Assis chegou ao Brasil ainda criança. Depois de viver sua adolescência no município catarinense de Biguaçu, mudou-se para Florianópolis onde, nas décadas de 1940 e 50, integrou o movimento modernista nas artes catarinenses: o Grupo Sul.
Junto com sua esposa, a também escritora Eglê Malheiros, escreveu o roteiro do primeiro longa-metragem catarinense, O Preço da Ilusão. Em 1965, depois de ser preso pelo Regime Militar, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde editou a revista Ficção e trabalhou para a Editora Bloch.
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) montou no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, um posto de coleta de donativos para as vítimas das chuvas em Santa Catarina. Segundo o Departamento Estadual de Defesa Civil do Estado, as principais necessidades são de alimentos, água e produtos de higiene pessoal. Também há necessidade de material de primeiros socorros, como gaze, anti-séptico e paracetamol.
Doações em dinheiro também podem ser feitas. A Defesa Civil está com três contas disponíveis para doação: no Banco do Brasil - Agência 3582-3, Conta Corrente 80.000-7; Besc - Agência 068-0, Conta Corrente 80.000-0; Bradesco S/A - 237 Agência 0348-4, Conta Corrente 160.000-1. O nome da pessoa jurídica é Fundo Estadual da Defesa Civil, com CNPJ - 04.426.883/0001-57.
03/06/2009 - A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) inicia na sexta-feira (5), às 18 horas, o projeto "Sexta no Jardim - Ano 3", realizado no jardim do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis. No dia haverá apresentação do grupo Cravo-da-Terra, e já estão agendadas, ainda neste mês de junho, shows com os grupos O Som do Vazio e Coletivo Operante. A entrada é gratuita.
"O projeto busca manter um programa regular de apresentações artísticas no jardim do museu, sempre às sextas-feiras, no final da tarde", explica a administradora do Museu Histórico de Santa Catarina, Susana Bianchini. Destinado à comunidade em geral e aos visitantes de Florianópolis, o "Sexta no Jardim" pretende difundir e ampliar o acesso aos bens culturais e, ao mesmo tempo, valorizar os artistas locais.
Segundo a presidente da FCC, Anita Pires, o jardim do Palácio Cruz e Sousa, inaugurado em setembro de 2006, tornou-se um ponto de referência no centro da cidade como espaço de convívio e lazer, onde se encontram diferentes grupos. Aberto diariamente das 10h às 18h, o local permite que a comunidade se aproprie e se reconheça, desfrutando momentos de deleite e bem-estar.
Cravo-da-Terra - O grupo iniciou seus trabalhos em 2000, apresentando-se em bares e cafés, executando arranjos próprios para clássicos da música brasileira. No ano de 2005 lançou, de forma independente, o seu primeiro CD autoral, intitulado "Cravo-da-Terra". Para o lançamento, o grupo realizou shows no teatro do SESC Pompéia, em São Paulo, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Teatro álvaro de Carvalho, em Florianópolis. Em 2006, realizou uma turnê nacional com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, levando o show de lançamento para Curitiba, Goiânia, Brasília, Salvador e São Paulo, divulgando e difundindo a música contemporânea de Santa Catarina.
No ano de 2007, como reconhecimento deste primeiro trabalho, a cantora, flautista e compositora Ive Luna, vocalista do grupo, recebeu o Troféu Cata-vento como melhor cantora do circuito nacional independente, eleita pela Rádio Cultura AM de São Paulo. Neste mesmo ano o grupo foi um dos cinqüenta selecionados no programa Rumos Itaú. Em março de 2008, o Cravo-da-Terra lançou seu segundo CD, "Infinito Som", que passeia perto da música tradicional brasileira, tendo-a como ponto de partida. O trabalho apresenta, porém, uma sonoridade contemporânea, colorida por contrapontos de cordas, flauta e percussão, em canções compostas por arranjos singelos e espontâneos, que expõem ritmos apreciados em festas e feiras populares do país, como o coco, o maracatu, o baião e a moda de viola.
O QUê: Projeto "Sexta no Jardim - Ano 3", com o grupo Cravo-da-Terra. QUANDO: sexta-feira (5), às 18 horas. ONDE: Jardim do Palácio Cruz e Sousa (em caso de chuva a apresentação será transferida para o interior do Museu Histórico de Santa Catarina), Praça 15 de Novembro, Centro, Florianópolis, fone: (48) 3028-8091. QUANTO: gratuito.
Programação - Junho
Dia 05, às 18h (abertura) - Cravo-da-Terra
Dia 19, às 18h - O Som do Vazio
Dia 26, às 18h - Coletivo Operante
O Projeto Victor Meirelles: Memória e Documentação é a primeira iniciativa do gênero dedicada ao artista e propõe a catalogação da obra completa de Victor Meirelles no Brasil e no exterior, bem como de documentos a ele relacionados. O projeto, patrocinado pela Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, dedica-se ao mapeamento e coleta de informações referentes ao artista e sua obra, tanto em acervos institucionais como em coleções particulares.
O Banco de Dados e Imagens foi desenvolvido para atender a diferentes níveis de pesquisa e apresenta várias opções de busca. Além de imagens e informações sobre todos os registros, o BDI disponibilizará uma sessão de destaques, onde será possível acessar textos críticos produzidos por pesquisadores especializados. Com esse projeto, pretende-se iniciar uma nova fase de estudos e pesquisa sobre Victor Meirelles, democratizando as informações sobre o artista por meio da catalogação e disponibilização online dos dados. A partir do dia 4 de dezembro já será possível acessar o BDI por meio do site da instituição www.museuvictormeirelles.org.br. No lançamento, no dia 4 às 18h, será apresentada uma breve trajetória do processo de pesquisa e desenvolvimento do BDI, bem como algumas de suas interfaces de busca e resultados.
Mais de 140 secretários e dirigentes participaram do Fórum dos Secretários e Dirigentes Municipais de Cultura de Santa Catarina, realizado no dia 14 de maio de 2009 (quinta-feira), no Centro de Convenções de Florianópolis (Centrosul), no Centro de Florianópolis. Entre outras autoridades, estiveram no evento o gerente de Articulação Nacional do Ministério da Cultura (MinC), Fred Maia, o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Péricles Prade, e o deputado Edison Andrino.
Anita Pires reforçou a importância da realização de parcerias, e lembrou que Santa Catarina será pioneira em um projeto piloto nacional, para formação de um Sistema de Informações Culturais. Gilmar Knaesel destacou a importância da implantação dos conselhos municipais de cultura, e lembrou que os municípios podem criar suas próprias leis de incentivo, como já fizeram alguns dirigentes municipais catarinenses.
No encontro, também foram apresentadas aos secretários e dirigentes as Políticas e Programas de Cultura do Governo Federal e do Governo Estadual. Ao final do evento, foi escolhida uma comissão provisória que proporá as diretrizes do Fórum, e convocará a próxima assembléia, permitindo que o Fórum se estabeleça como uma instância para se discutir e apresentar sugestões às políticas públicas e ações do Estado para o desenvolvimento do setor em Santa Catarina.
Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. / (48) 3953-2348
Foto: Márcio H. Martins / FCC