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"A Independência do Brasil pelas Províncias de Santa Catarina e de São Pedro do Sul" é o título do novo livro do jornalista e historiador Nelson Adams Filho, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. O lançamento da obra ocorre no próximo dia 30, quinta-feira, a partir das 17h, na Biblioteca Pública de Santa Catarina, com participação aberta ao público.

A pesquisa aborda como transcorreu a Independência nas duas províncias: os documentos que registram os fatos; os movimentos contrários à separação; as personagens pró e contra e a participação da Maçonaria. Nelson Adams Filho localizou na Biblioteca Pública de Santa Catarina documentos que revelam detalhes dessas ações. As Atas dos Termos de Vereança e Aclamação da Independência e de Dom Pedro I, futuro Imperador, das Vilas de Nossa Senhora do Desterro, São Francisco do Sul, Laguna e Lages, em 12 de outubro de 1822. Os ritos desses eventos e a nominação dos participantes. Documentos históricos de 200 anos dessas localidades e que se acham arquivados na BPSC, setor de Obras Raras.

A pesquisa segue os trâmites da Nova História, corrente historiográfica atual da História, surgida a partir dos anos 70, e através da qual é preciso contextualizar e entender as ações e os interesses que irão compor a História. Embora o que ainda se tenha até hoje, mantido e ensinado principalmente pelos livros didáticos, é uma História da Independência do Brasil defasada no mínimo 150 anos, pois as ações e os fatos até então registrados não correspondem à realidade.

O trabalho aborda também a participação da Maçonaria no processo da Independência com base em documentação localizada pelo historiador. Consegue-se constatar a existência do movimento maçônico já em 1822, tanto em Santa Catarina, quanto no Rio Grande do Sul. Retroage-se, assim, nove anos nos marcos históricos de 1831 das duas províncias, pois já em 1822, ou até mesmo antes, o sentimento maçônico vicejava nas regiões, embora sem a formalização de uma loja maçônica. O brigadeiro português Alexandrino José Tinoco da Silva, no caso de Santa Catarina, e o deputado provincial Francisco Xavier Ferreira, em São Pedro do Sul, são as personagens principais nesse movimento maçônico.

Nas pesquisas referentes à Província de São Pedro do Sul, o historiador encontrou farta documentação junto ao Arquivo Público e ao Arquivo Histórico do RS, e na Maçonaria.

FAKES E HISTÓRIA DEFASADA

A pesquisa de Nelson Adams Filho registra ainda os “fakes” da História da Independência, provenientes dessa história defasada que apresenta momentos, atos, atitudes, ações que não correspondem à realidade. Uma história a serviço dos interesses de um determinado período da História do Brasil. Por exemplo, Pedro I era contrário à separação até meados de 1822, atitude expressa ao pai, Dom João VI, nas cartas que lhe escreveu. Forçado pela iminência da separação, o futuro Imperador aderiu pouco antes do teatral 7 de setembro. Mas isso não fica registrado na dita “História Oficial” da Independência.

José Bonifácio, por sua vez, também era contrário e só aderiu à causa quando as Cortes portuguesas suspenderam o polpudo salário que recebia, mesmo já morando no Brasil. Em sua passagem relâmpago pela Maçonaria, onde foi Grão Mestre, Bonifácio defendia uma Independência monárquica, enquanto outros líderes maçons como Joaquim Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira, Cônego Januário, Joaquim Rocha, uma separação republicana. Nesse aspecto, Nelson Adams Filho aborda o “esquecimento” ou “apagamento” dessas personagens da História por interesses.

Também se enquadra nesse quadro de “fakes” em relação a Bonifácio, um homem erudito, sua nomeação de “Patriarca da Independência”, título que nunca existiu oficialmente. Mas que passa a ter validade pelo Estado do Brasil em 2018 que o reconhece agora como “Patrono da Independência”.

A pesquisa e o livro também abordam o quadro de Pedro Américo sobre o teatral 7 de setembro e o Grito do Ipiranga, uma cena nem perto da realidade composta pelo pintor, e em que há vários erros de informação.

A capa do livro, o 10º da trajetória de historiador de Nelson Adams Filho, retrata em detalhes históricos pesquisados, o dia 12 de outubro de 1822 na Vila de Nossa Senhora do Desterro, data da Aclamação da Independência e de Pedro I. A imagem é de autoria da artista plástica Cibele Souto Amade.

 

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e a Associação Cultural Cinemateca Catarinense lançam o programa Qualifica SC Cine. Fruto de convênio entre as instituições no valor de R$ 395 mil, a iniciativa irá oferecer cursos gratuitos de capacitação e especialização em diversas áreas do setor audiovisual para todas as regiões de Santa Catarina em 2022.

A partir de um diagnóstico da demanda do setor, serão oferecidos 22 cursos de qualificação profissional em formato remoto e com módulos presenciais, dentro de uma lista inicial de 92 opções contemplando as diversas áreas do setor audiovisual e os diferentes níveis de especialização dos participantes, do inicial ao avançado. Com 20 horas de duração cada, os cursos do Qualifica SC Cine, serão ministrados por profissionais de reconhecida experiência no setor e irão atender um total de 499 participantes.

Além das oportunidades de capacitação para os estudantes e profissionais do setor audiovisual catarinense, o programa Qualifica SC Cine também irá contribuir com o fomento da economia audiovisual do estado ao oferecer 33 vagas de trabalho para profissionais do setor em Santa Catarina, que poderão atuar como ministrantes e nas demais funções de produção e organização dos cursos. A chamada para o diagnóstico e a oferta de vagas de trabalho do programa Qualifica SC Cine será divulgada em breve.

No dia 30 de junho, às 18h30 e 20h, ocorre a pré-estreia do documentário "Para não esquecer a guerra" no Cinema Gilberto Gerlach, no Centro Integrado de Cultura (CIC). As sessões contam com o apoio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) e têm entrada gratuita. Elenco e equipe do filme estarão presentes na ocasião.

Baseado na peça teatral “Nas trincheiras da guerra, a fé é a arma!” o documentário é uma realização coletiva envolvendo Plural Filmes, Associação Cultural Coração do Contestado e Escola de Educação Básica 30 de Outubro, onde estudam os alunos que participam da produção. A escola localizada na zona rural, em um assentamento da reforma agrária, reuniu estudantes e professores para trabalhar com o tema da Guerra do Contestado transformando o texto criado pelos alunos em peça teatral, usando a arte em suas múltiplas formas – encenação, dança, poesia e música – para rememorar uma guerra que aconteceu em seu território.

A peça foi apresentada em 2017, primeiramente na própria escola, depois em ginásios e pavilhões, durante a Semana do Contestado, que todos os anos no mês de outubro mobiliza o município catarinense de Lebon Régis e cidades vizinhas, na região do Meio Oeste catarinense. Mas foi no ano de 2019 que “Nas trincheiras da guerra, a fé é arma!” chegou até a Igreja Matriz do município, com uma encenação marcante, reunindo um público diverso. Essa apresentação chamou a atenção da Plural Filmes, realizadora audiovisual independente de Florianópolis, que tem na questão agrária e, consequentemente, na Guerra do Contestado, um tema recorrente em suas produções.

A filmagem do documentário foi feita em dezembro de 2021, depois de um trabalho de pesquisa de locação, envolvendo a Associação Cultural Coração do Contestado, grupo que deu o pontapé inicial na mobilização de professores e direção da escola em torno da temática do Contestado.

Sinopse
Alunos de uma escola rural situada em território onde aconteceu a Guerra do Contestado, criam e apresentam uma peça de teatro dentro de uma igreja de madeira, típica do período do conflito, quando 11 igrejas que serviam de refúgio para mulheres e crianças, foram queimadas pelo Exército e por aqueles que se diziam donos das terras. 

Equipe técnica:
Realização coletiva Associação Cultural Coração do Contestado (coordenador de projetos Carlos Nedi Veiga da Silva), Escola de Educação Básica 30 de outubro (pedagoga Hellen Heine Carlin Barreto), Plural Filmes (Glauco Broering, Helio Levcovitz, Ju Baratieri, Kike Kreuger, Laila di Pietro, Leandro Cordeiro, Marcia Paraiso, Maria Paraiso, Nara Hailer e Ralf Tambke.


Serviço:
O quê: Pré-estreia do documentário Para não esquecer a guerra"
Quando: 30/06/2022, às 18h30 e às 20h
Onde: Cinema Gilberto Gerlach - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av.Gov.Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica, Florianópolis
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita 

O mês de julho segue com diversas atividades culturais em todas as regiões de Santa Catarina provenientes do Programa de Integração e Descentralização da Cultura (IDC), uma iniciativa da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) que prevê a realização espetáculos gratuitos à população com o intuito de proporcionar a circulação de apresentações de diversos gêneros de grupos e artistas catarinenses.

O IDC integra o Programa SC Mais Cultura, lançado pelo Governo do Estado, que prevê investimentos no fomento à cultura. Em 2022, o setor receberá R$ 142,5 milhões, distribuídos entre editais, projetos, apoio a entidades e manutenção de patrimônio.

Por meio do IDC, que segue até o fim do ano, estão sendo realizadas 360 apresentações gratuitas, com a participação de 36 grupos.

Confira o cronograma deste mês:

:: Confira os espetáculos realizados em junho
:: Confira os espetáculos realizados em abril e maio

A Comissão de Organização e Acompanhamento do Edital Prêmio Catarinense de Cinema (COACIN) comunica a todos os contemplados do Edital Prêmio Catarinense de Cinema que:
De 02 de julho a 30 de outubro de 2022, período eleitoral, fica proibido o uso das logomarcas do Prêmio e as demais que seguem (FCC e Governo do Estado de Santa Catarina).
Como substituição, deve ser posto por extenso Prêmio Catarinense de Cinema, Fundação Catarinense de Cultura e Estado de Santa Catarina em todas as peças publicitárias, gráficas ou audiovisuais durante este período. Há um modelo está disponível no link https://www.cultura.sc.gov.br/a-fcc/logos no campo “Para uso em período eleitoral: Fundação Catarinense de Cultura e editais”.

Ressaltamos estar vedada, também, a publicidade institucional durante este período, ainda que autorizada previamente aos três meses que antecedem a eleição, conforme entendimento consolidado na jurisprudência (TSE – Ac. nº 5.304 e Ac. nº 57).

Nos termos do § 1º, do art. 37, da Constituição Federal: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”

A frase obrigatória passa a ser, neste período:

"Projeto selecionado pelo Prêmio Catarinense de Cinema, executado com recursos do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura".