Com ingressos já esgotados, o Grupo Cena 11 está de volta à cidade com o espetáculo “Eu não sou só eu em mim – Estado de Natureza: Procedimento 01”. Em abril deste ano o Grupo circulou pelas cidades catarinenses Jaraguá do Sul, Itajaí, Joinville e Blumenau, em Florianópolis os ingressos se esgotaram em 4 horas, com um enorme sucesso de público. As sessões na capital catarinense ocorrerão nos dias 29 e 30 de novembro, às 21h, no Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC).
As apresentações fazem parte da proposta Cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura [FCC], por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023 e conta também com o apoio do Jurerê Sports Center.
O espetáculo, também foi apresentado neste ano no tradicional “Holland Festival”, e propõe um contraponto anarco coreográfico sobre o conceito de “povo brasileiro”, presente na obra do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. Com concepção e direção de Alejandro Ahmed, a obra é o primeiro procedimento de aplicação teórico-prática do novo projeto do grupo, que utiliza dispositivos estruturados em inteligência artificial para construir um ecossistema coreográfico.
Em cena, 10 integrantes, entre bailarinos, bailarinas e bailarines, além de um pianista interagem com dispositivos tecnológicos e suas interfaces autônomas dando vazão, segundo Alejandro Ahmed, a “uma dança proposta como um ecossistema algorítmico”. Um ambiente que retroalimenta a dança, a palavra, o som e imagens, onde “o artificial é de ordem natural”.
Neste contexto, a dança, a tecnologia e a filosofia incorporam unicidade à ação do Cena 11 através de um espetáculo enérgico, diverso e altamente sensorial. O que é identidade e o que é cultura, especificamente em um país onde convivem pessoas de muitas culturas e origens diferentes? Com novas questões e movimentos, “Eu não sou só eu em mim” revela que a identidade brasileira é única em sua fluidez e constante mudança.
Como é próprio da sua natureza libertária em relação ao fazer artístico nestes 30 anos de atuação, o Cena 11 aplica neste novo trabalho a sua “anarco-coreografia” com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. “No corpo do Cena 11, dançar é um campo de conhecimento composto da articulação entre a força da gravidade e os músculos, ossos e emoções. ‘Eu não sou só eu em mim’ é verdade, todo mundo é feito das pessoas e experiências que encontrou em suas vidas”, explica o diretor do Cena 11.
Classificação: 16 anos
*O espetáculo contém sequência com flashes de luz que podem afetar espectadores fotossensíveis.
*A trilha sonora tem volume acima da média e pode impactar na audição de pessoas com sensibilidade auditiva.