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A segunda temporada de exposições de 2015 do Museu de Arte de Blumenau terá abertura na quinta-feira (7), com a tradicional conversa com os artistas e/ou curadores e a visitação poderá ser feita de terça-feira a domingo, das 10 às 16 horas, sempre com entrada gratuita. Confira abaixo as exposição esta temporada.
 
Na Sala Oficial
Cicatriz
 
 A paulistana Malka Borenstein é uma artista que produz obras a partir de relações de afeto que estabelece com o material e o espaço escolhidos para trabalhar. Nesta exposição, apresenta pinturas feitas predominantemente com tinta acrílica. Dispostas pelo espaço expositivo, quietas, comportadas, armazenam, em camadas irregulares de manchas, um processo de trabalho ritualístico e intenso. Suas pinturas resultam de jogos metafóricos ou simplesmente atos performáticos, protagonizados pela artista e pontualmente testemunhados por indivíduos de sua escolha.Seu processo de criação é permeado por fluidos de densidades variadas, odores sintéticos misturados a orgânicos; tons de cores imprevisíveis e movimentos corporais improvisados porém, com um objetivo em foco: a realização da pintura. (extraído do texto escrito pela artista visual Fernanda Chieco)
 
Na Sala Especial
Coletiva de uma artista só
 
A mostra “Coletiva de um artista só”, da artista gaúcha  Lenora Rosenfield, apresenta pela primeira vez em Santa Catarina, seleto conjunto da trajetória artística da gaúcha que conta a evolução de sua pintura, partindo da década de 80.  Os trabalhos apresentados fazem parte de um recorte minimalista da trajetória de mais de 40 anos da artista, por isso o nome “Coletiva de um artista só”. É uma mini restrospectiva que dá conta da evolução do trabalho de pintura de Lenora, mas, sobretudo, enfatiza as obras mais recentes, a partir de 2000. Foi após completar sua formação acadêmica que as obras de Lenora passaram a tratar com mais importância o processo, que até hoje é pauta de sua pesquisa. As obras da mostra compreendidas entre 2000 e 2012 são todas confeccionadas pela técnica pioneira criada pela artista do afresco-sintético* sobre não tecido (feltro), com temáticas que envolvem retratos, o próprio corpo e o movimento da dança, outra paixão de Lenora. 
Para a curadora Daniela Kern, responsável pelo livro a ser lançado em 2016 acerca da trajetória da pintora, o caminho em busca do conhecimento e das experiências que Lenora considerou necessários à sua formação artística foram fundamentais para rapidamente alçar consistência e maturidade na pintura. Ao invés de se dirigir a Paris, o centro das mais importantes vanguardas artísticas dos séculos XIX e XX, buscou ambientes contrastantes que lhe propiciassem uma intensa experimentação artística, caso de Nova York, onde estuda nos anos 70, na prestigiosa New School for Social Research, ou como o domínio aprofundado de antigas técnicas de pintura, caso de Florença, onde frequenta o curso de restauração do Instituto per l'Arte e il Restauro, no início dos anos 80. O interesse pela tradição histórica e pelo repertório técnico da pintura italiana, e ainda pelo ambiente americano, epicentro da arte contemporânea, marca, aliás, etapas posteriores da formação da artista, que realizou parte de seu doutorado na New York University, e o pós-doutorado, na Università degli Studi di Udine, na Itália.  (extraído do texto escrito pela jornalista Viviane Possa) 
 
Na sala Elke Hering
Traços Expostos
Danny Bittencourt é uma artista visual nascida em Porto Alegre, onde vive, que tem se dedicado a fotografia como forma de expressão, seja em seu trabalho autoral como em suas aulas. Em março de 2014 fundou a Escola de Fotografia Artística (www.efartistica.com), a Escola nasceu de uma inquietação, da vontade de estimular e inspirar os alunos e fotógrafos a se expressarem através da fotografia. O trabalho autoral de Danny tem base na Fotografia Artística, como processo, execução e suas possíveis intervenções. Essa mostra tem por objetivo estimular a apresentação de sentimentos pouco representados, por serem doloridos, tais como a angústia, solidão, saudade. Em tempos de intensa circulação de imagem, a constante representação de felicidade e sucesso sufoca os outros sentimentos que também constroem a identidade e experiência dos sujeitos. 
 
Na Sala Alberto Luz
Urbanidade
Nos trabalhos da série Urbanidade, Roberto Müller, paulistano que atualmente vive no Rio de Janeiro,  aborda através de objetos observações e críticas aos indivíduos nos centros urbanos. 
Este conjunto de obras narra, uma visão crítica do viver nos grandes centros urbanos: a correria do dia-a-dia, a ganância, o desprezo pelo próximo, as castas e classes sociais, a falta de segurança, o confinamento nas habitações atuais, a procura pela companhia, a competitividade e por fim a morte.
Todas estas questões são abordadas nesta série de objetos, onde cada um deles retrata uma destas situações citadas anteriormente.
 
Obturador Ambulante
Marco Antonio Stello , reside em Chapecó/SC. É redator publicitário, professor universitário e fotógrafo. Através desse trabalho o artista propõe explorar os detalhes do cotidiano urbano, as ruas, as pessoas, a arquitetura e a natureza, mostrando através da sua percepção um universo à parte dos olhos de quem o vê.  
“A incursão no cotidiano das cidades que Marco Antonio Stello faz notar em suas fotografias, expressa seu fascínio profundamente enraizado de observador. Phillipe Dubois nominou de “espelho do real” a semelhança existente entre o fato e o seu referente. Porem, mais do que espelho da realidade, as vistas urbanas  constituem -se  em veículos propagadores de um imaginário de contemporaneidade urbana.  O real é a experiência vivida, a força do ato fotográfico que encontra o pitoresco, o acontecimento inesperado, e ao mesmo tempo revela sua fraqueza.  O caminho entre a imagem e o outro nunca é uma via de mão única.
Seja como for, são questões relativas aos limites do espaço público e ao modo como individualmente o autor reage às expectativas que este espaço coloca.
Poderíamos dizer que o solitário obturador ambulante, nos aspectos que ele destaca “Os trejeitos sociais, as improvisações, os riscos, as vias, e as demais dicotomias que formam o universo cotidiano de uma cidade”, revela no fim que o sentido aparente é a dinâmica do olhar”, Janaína Corá.       
 
Na Galeria do Papel
Naquele lugar de Santo Canaã
BeatriZanchi, nasceu em Vitória/ES, atualmente reside em Vilha Velha/ES. Possui graduação em Artes Plásticas.  Em 24 de outubro de 2014, arrumou suas três malas,  a primeira, a mala roxa com roupas, calçados, meu diário, pincéis, tinta, tela, linha, tecido e produtos de higiene pessoal. A mochila nas costas a minha câmera, o livro de Graça Aranha, o mapa de São Roque do Canaã, um caderninho de anotações e alguns amuletos: a foto do seu pai em uma viagem e uma medalha que era dele; a foto de sua mãe Doralice e da avó Santina Zanchi e um terço pérola – mesmo não sabendo rezar. A terceira mala com alguns alimentos sem trigo e uma panela elétrica.A partir desse dia  começou a viajar, dando inicio ao projeto de residência “Naqueles Lugares de Santos” por seis cidades interioranas com nomes de Santos das regiões do norte e sul do Espírito Santo: São Roque do Canaã, São Gabriel da Palha, São Domingos do Norte, Barra de São Francisco, Divino de São Lourenço e São José do Calçado. Conheceu pessoas, fez amigos, aprendeu a rezar, teve novas imagens, aprendeu rituais e crenças, descobriu no outro muito de si, conheceu histórias, constituiu memórias que foram concebidas por sua próprias experiências.  
Na instalação proposta, será possível conhecer a a residência na primeira cidade de Santo: São Roque do Canaã. . 
  
 
Serviço:
 
O quê: Abertura da 2ª Temporada de Exposições no MAB 2015
Quando: 07/05/2015, 19h . conversa com os artistas /curadores 
                                20 horas . abertura da Temporada de Exposições, com apresentação musical e declamação de poemas 
Visitação:  até 16 de junho. De terça-feira a domingo, das 10 às 16 horas.
Visitas mediadas podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176.
Entrada franca
 
 

Fonte: Museu de Arte de Blumenau