O Encontro Cultural do Alto Vale, que foi realizado no dia 30 de junho de 2009, no Parque Universitário Norberto Frahm, em Rio do Sul, marcou o encerramento da primeira etapa do projeto Identidades no Alto Vale do Itajaí. Promovido pela Fundação Catarinense de Cultura em parceria com 28 municípios que fazem parte da Associação dos Municípios do Alto Vale do Itajaí (Amavi), o projeto fez o mapeamento e o inventário dos bens culturais da região. A presidente da FCC, Anita Pires, e a diretora de Patrimônio Cultural da FCC, Simone Harger, participaram do evento.
O encontro contou com feira de produtos artesanais representando o patrimônio cultural dos 28 municípios que integram a Amavi. Houve exposição, degustação, comercialização e demonstração do fazer de diversos produtos artesanais. Durante o evento foram realizadas palestras, apresentações de grupos de dança e música folclórica. No final da tarde, na cerimônia de encerramento, foram entregues aos municípios e agentes participantes do projeto durante o ano de 2008 os Cadernos do Alto Vale, publicação onde estão registrados, em texto e fotos, a arquitetura, ofícios e modos de fazer mapeados na região.
Agora, numa segunda etapa, deverão ser levantados novos bens culturais, além de ser realizado um aprofundamento do inventário dos bens já mapeados. Além dos municípios da Amavi, a FCC deverá levar o Identidades ainda neste ano para a região da Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures) e para alguns municípios que integram a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville.
"Santa Catarina é um Estado rico em manifestações culturais. Desde seu patrimônio edificado até suas lendas e costumes, é possível observar a variedade vinda das diversas etnias que o compõem", afirma a presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires. Nas duas últimas décadas, a FCC vem desenvolvendo políticas de salvaguarda do patrimônio cultural catarinense tangível e intangível. "Considerando ser o patrimônio cultural resultado da produção humana e reflexo do seu local de origem, é fundamental que o trabalho até aqui desenvolvido evolua para uma integração com as diversas regiões do Estado e conseqüentemente com as suas mais variadas manifestações", afirma a diretora de Patrimônio Cultural da FCC, Simone Harger, também responsável pelo projeto "Identidades".
Segundo Simone, a valorização da herança cultural passa pelo reconhecimento, e isto só é possível com o envolvimento direto das comunidades locais que fazem parte deste patrimônio e com ele interagem. "O "Identidades" pretende conhecer nossa memória, buscando a valorização e a perpetuação da herança cultural. Tanto a cultura popular, cantos, danças, saberes e fazeres, quanto a memória edificada, conseqüência dessas produções humanas. Através de oficinas e trabalhos em campo, pretende-se realizar um inventário dessas manifestações culturais, tendo em vista ações para sua proteção e perpetuação", explica.
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