A Fundação Catarinense de Cultura
e o Museu de Arte de Santa Catarina
apresentam
A exposição comemorativa do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Para compor a mostra, foram convidadas três artistas representantes da cultura japonesa, residentes em Florianópolis: a gravadora Julia Iguti e as ceramistas Marina Takase e Marina Uieara. Serão expostos, também, objetos oriundos de vários acervos pertencentes à comunidade japonesa local. Esses objetos, de valor documentário e afetivo, foram escolhidos para representarem exemplarmente a tradição da cultura japonesa no Brasil.
Abertura: 27 de maio de 2008, às 19h30min.
Visitação: Entrada Franca, 28 de maio a 22 de junho de 2008, das 13 às 21 horas, de terça a domingo.
Texto sobre a exposição:
"Auspicioso centenário"
De todas as contribuições nacionais para a história das artes visuais no Brasil, a japonesa foi a mais extensa e, por momentos, a mais brilhante. Desde o modernismo dos anos trinta até os dias de hoje, artistas imigrantes, ou oriundos, criaram núcleos de interesse plástico que se destacaram no panorama local, integrando-se de modo original nos movimentos emancipadores de nossa criatividade. Citemos alguns: Kaminagai, Tiakashi Fukushima, Flávio Shiró, Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Kazuo Wakabayashi, entre outros. Passaram pela pintura de paisagem, pelo expressionismo abstrato, pelo abstracionismo lírico e gestual, ou geometrizante, e mantiveram em suas obras um vínculo com as origens orientais e criaram aspectos próprios na semiótica da nossa pintura, usando a cor, ora como tema e meio, ora como impulso plástico de efeitos contundentes e idôneos. O exercício da cerâmica foi domínio relevante na expressão dessa estética, ao mesmo tempo de raiz e inovadora. Ela ostenta nomes tão excepcionais como Kimi Nii e Kasuko Nakano.
Ao invés de apelar para todos esses ilustres representantes, o MASC quis homenagear o centenário da imigração japonesa convidando para a presente mostra comemorativa três artistas de origem japonesa que trabalham em Florianópolis, e desenvolvem aqui suas importantes pesquisas; artistas em cujos trabalhos reencontramos, ao lado de grande impacto e intensidade, a serenidade disciplinadora característica do modo japonês de conceber a poética construtiva da forma.
João Evangelista de Andrade Filho
Administrador do Museu de Arte de Santa Catarina