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As Oficinas de Arte da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) oferecerão um curso de apreciação estética e histórica das obras da Coleção Gilberto Chateaubriand, que fica em exposição no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis, até 15 de junho. A oficina, ministrada por Naira Rossarolla Soares Frainer, é gratuita. Abaixo, mais informações:

"Apreciação estética e histórica das obras da Coleção Gilberto Chateaubriand"

OBJETIVOS: Compreender a trajetória da arte brasileira através da leitura e apreciação de obras significativas do período moderno e do período da sedimentação deste modernismo.

Relacionar a produção artística brasileira do início do séc. XX até os anos 70 com a arte produzida na Europa.

Analisar a arte contemporânea Brasileira dos anos 80 e 90.

PROFESSORA: Naira Rossarolla Soares Frainer

Mestre em Educação pela UFSCar

Especialista em História da Arte pela UCS

Professora de História da Arte na Universidade de Caxias do Sul UCS

CARGA HORáRIA: 15h

LOCAL: Centro Integrado de Cultura (CIC), Florianópolis

QUANDO: De 05 de junho a 10 de julho, às quintas-feiras, das 18h30 às 20h30

QUANTO: gratuito

INFORMAçõES: (48) 3953-2314 / 9104-7722

APRESENTAçãO: A Coleção Gilberto Chateaubriand conta atualmente com quase sete mil obras e teve início em 1953, quando Chateaubriand ganhou a tela Paisagem de Itapoá de José Pancetti. Desde então foi se criando um acervo capaz de revelar a trajetória completa de muitos de nossos mais importantes nomes das artes plásticas do Brasil.

O núcleo modernista demarca um longo período que vai de 1910 até 1950, abarcando, portanto, desde as primeiras manifestações de ruptura com os cânones acadêmicos com artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Ismael Nery, por exemplo, até a apropriação crítica do sentido do termo moderno presente nas obras dos anos 50.

Nas décadas de 30 e 40, com obras de Segall, Goeldi, Guignard, Di Cavalcanti, entre outros, sedimenta-se a construção do modernismo, com características nacionais.

A obra da década de 50 apresentada pela Coleção, é vista como o momento em que houve uma real libertação da arte brasileira, tanto dos últimos resquícios da academia, como das imposições restritivas do modernismo.

Da abertura da Bienal em 1951, à criação do Grupo Ruptura em São Paulo (1952) e do Grupo Frente no Rio de Janeiro em 1954 até a publicação do Manifesto Neoconcreto em 1959, o clima artístico do país é de explosão da abstração geométrica, com uma nova consciência cultural, política e econômica, própria da situação atual do país (segundo período de Getúlio Vargas e o início do governo JK)

Os anos 60 trazem de volta a figuração e a contestação com o Golpe Militar. O artista surge como militante direto e deixa de ser o "ideólogo" de gabinete.

No lugar da abstração e de suas possibilidades puramente estéticas, nasce uma nova função para a figura, bem distinta daquela ocupada nas Belas Artes ou mesmo no Modernismo, com ênfase nos problemas da relação arte-política. Esta nova proposta convive com a Arte Conceitual.

Os anos 80 e 90 trazem a vitória da "emoção sobre a razão". A pintura ressurge com nova força trazendo como suporte os mais variados materiais.

Recuperam o direito à pintura, ao prazer da arte e a estetização do objeto, rejeitada pela arte conceitual.

Visitar a mostra em exposição no CIC é viajar com a arte brasileira por todo o século 20.

PROGRAMA:

1.Leitura e apreciação de obras que marcaram a trajetória da arte brasileira desde o início do século XX, enfatizando a Semana de Arte Moderna de 1922 e o modernismo brasileiro ( Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Ismael Nery, Portinari, Di Cavalcanti,Guignard, pancetti, bonadei, Goeldi entre outros).

2. A década de 50 e as transformações trazidas pela arte abstrata. O abstracionismo informal e geométrico. O Concretismo e o Neoconcretismo. (Ivan Serpa, Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Sacilotto, Volpi, Antonio Bandeira, Manabu Mabe, entre outros).

3. A nova figuração e o impasse dos anos 60 e 70. O engajamento político e social substitui a discussão em torno dos fundamentos da arte abstrata. O desenvolvimento tecnológico da década de 70 inspira os artistas a criarem obras em novas direções ( Wesley Duke Lee, Carlos Vergara,Antônio Dias, Rubens Gerchman, Cláudio Tozzi, Antonio Henrique Amaral, Cildo Meireles, Farnese de Andrade entre outros).

4. A Geração 80 e a recuperação da pintura, da arte como prazer, da estetização do objeto. Os anos 90 e a sedimentação da linguagem pós-moderna ( Jorge Guinle, Sérgio Romagnolo, Daniel Senise, Anna Bella Geiger, Paulo Pasta, José Bechara entre outros)