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A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) lamenta o falecimento do fotógrafo Paulo Greuel, aos 70 anos, ocorrido neste domingo (19), em Dusseldorf, na Alemanha, onde estava morando nos últimos tempos. Natural de Curitiba (PR), Greuel viveu em Blumenau e em Florianópolis, onde residia há até pouco tempo.

Começou na fotografia como publicitário na Direcional Propaganda. Em 1976 foi residir em Düsseldorf, Alemanha, para prosseguir os estudos e pesquisas na fotografia. Três anos depois, instalou o próprio Estúdio e desenvolveu a Still Life. Também foi responsável por fotografias publicitárias da Air France Brasileira em São Paulo (SP), por produções para a Revista Zoom, Alemanha; Revistas Vogue Belleza e Mondo Uomo, Milão, Itália; Instant, Frankfurt, Alemanha e Taxi Magazine, Nova York, EUA.

Entre individuais e coletivas, expôs seu trabalho na Alemanha, Portugal, Itália, Bélgica; também no Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Está representado na coleção permanente do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), onde entre 2013 e 2014 apresentou a mostra "Fotografias de Paulo Greuel na Coleção Chateaubriand", com 13 das 26 fotografias de sua autoria que integram a Coleção Chateaubriand do Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.

A fotografia de Paulo Greuel não seguia uma intenção, uma tendência, um estilo ou uma mensagem. O que a rege é uma ética artística de prática cotidiana, relacionada somente às condições representadas por ela mesma. "Eu não sigo mainstreams, conceitos pré-estabelecidos ou uma razão especial a não ser um certo prazer voyeurista em criar imagens fotográficas", afirmou o fotógrafo à época.

Autodidata, Greuel nunca frequentou uma escola de fotografia. Para ele, fotografar estava muito ligado ao prazer, a uma forma lúdica de criar imagens, sem os parâmetros impostos por escola de fotografia e mercado de arte. Obedecia ao impulso de fotografar seguindo sua sensibilidade.

Além da Coleção Gilberto Chateaubriand (MAM-RJ) e do MASC, a obra de Greuel também faz parte dos acervos da Embaixada Brasileira em Berlim, de coleções privadas como as de Dieter Castenow e Burns Art, em Düsseldorf, Eckhard Kupfer, em São Paulo e Mauro Beal, em Florianópolis.