O Museu Victor Meirelles, vinculado ao DEMU/IPHAN, lança anualmente o Edital Exposições Temporárias, com o intuito de promover a democratização do espaço público, a reflexão e a difusão da produção contemporânea de artes visuais. As exposições visam contribuir para a dinamização do Museu, consolidando seu papel como centro de debate, formação e referência sobre arte para a comunidade.
No cronograma de exposições temporárias de 2009, o Museu Victor Meirelles promoverá quatro exposições, selecionadas através deste Edital, além de duas exposições contextualizadas com artistas convidados, tendo como objetivo refletir sobre momentos representativos da produção artística. Nestas exposições são desenvolvidas atividades educativas e culturais, visando uma aproximação mais enriquecedora do público com a obra de arte.
As inscrições foram prorrogadas até o dia 15 de janeiro de 2009 e estão abertas a todos os artistas e grupos brasileiros ou estrangeiros. Os interessados deverão enviar suas propostas para serem avaliadas por uma Comissão Consultiva, de reconhecida competência, obedecendo as exigências do Edital que encontra-se disponível no site do Museu Victor Meirelles, no link exposições.
O público terá mais dias para apreciar as obras do 10º Salão Nacional Victor Meirelles. O encerramento das exposições, abertas desde o início de novembro no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) e na Fundação Cultural Badesc, seria realizado em 4 de janeiro, mas foi prorrogado para 25 de janeiro de 2009, nos dois espaços. Promovido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o Salão selecionou trabalhos de 29 artistas de diferentes estados brasileiros, dentre os quais seis de Santa Catarina. A visitação é gratuita.
Nesta edição, cinco críticos integraram o júri - Márcio Sampaio, Ana González Pereira, Paulo Herkenhoff Filho, Anita Prado Koneski e Cauê Alves. Além dos 29 artistas selecionados que receberão, cada um, um Prêmio de Participação de R$ 5 mil, eles apontaram as quatro obras que serão adquiridas para o acervo do Masc. O pagamento do Prêmio Aquisição será de R$ 25 mil para o primeiro colocado, e R$ 15 mil para o segundo, o terceiro e o quarto lugar, totalizando um investimento de R$ 220 mil por parte do Governo do Estado. "A realização do Salão Victor Meirelles reitera a preocupação de Santa Catarina com as manifestações expressivas da arte contemporânea brasileira", afirma a presidente da FCC, Anita Pires.
Realizado com o objetivo de incentivar a produção atual das artes plásticas no Brasil e torná-la acessível ao público, o Salão Victor Meirelles registrou um número recorde de inscrições nessa 10ª edição, totalizando mais de 600 trabalhos inscritos. Criado em 1993, o Salão inicialmente tinha abrangência estadual, e assim se manteve até 1997, quando se expandiu para âmbito nacional. Voltado para as artes visuais e realizado a cada dois anos, tem sido consagrado pela crítica nacional como um dos mais rigorosos do País na atualidade. Desde sua primeira edição contou com a presença de críticos importantes em sua comissão julgadora, como Tadeu Chiarelli, Márcio Doctors e Araci Amaral, ganhando grande repercussão no campo das artes visuais, tanto no Brasil quanto no exterior.
Em 2008, o Salão ganhou significativa ampliação nos valores da premiação, já que a edição anterior, realizada em 2006, ofereceu R$ 3 mil para cada um dos 30 selecionados, além de R$15 mil para a aquisição de duas obras, totalizando R$ 105 mil. Esta última edição esteve aberta à participação de artistas brasileiros, residentes no Brasil ou no exterior, bem como a artistas estrangeiros legalmente residentes no Brasil. O resultado da seleção foi divulgado em 8 de setembro, após etapa única de trabalho da Comissão de Seleção, composta pelos cinco críticos de arte citados acima.
Além das duas exposições, foram realizados dois outros eventos ligados ao 10º Salão Nacional Victor Meirelles. No dia 11 de novembro, no setor de exposições do Masc, foi realizada uma "Conversa com as artistas Regina Melim e Anita Koneski", tendo como tema a Arte Contemporânea. Já no dia 18 de novembro, foi realizada na Fundação Cultural Badesc uma conversa com o curador de montagem do 10º Salão, Fernando Lindote.
SERVIçO:
O QUê: 10º Salão Nacional Victor Meirelles
QUANDO: Até 25 de janeiro de 2009.
ONDE:
- Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), Centro Integrado de Cultura (CIC), Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica, Florianópolis.
- Fundação Cultural Badesc, Rua Visconde Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis
QUANTO: gratuito.
OS ARTISTAS SELECIONADOS:
André Venzon - Porto Alegre/RS
Cláudio Trindade - Florianópolis/SC
C. L. Salvaro - Curitiba/PR
Duda - CuritibaPR
Fernando Burjato - São Paulo/SP
Fabiana Wielewicki - Florianópolis/SC
Felipe Prando - Curitiba/PR
Gabriel Netto - Porto Alegre/RS
Geraldo Zamproni - Curitiba/PR
Gisela Milman - Rio de Janeiro/RJ
Laerte Ramos - São Paulo/SP
Luciano Boletti - Florianópolis/SC
Maikel da Maia - Curitiba/PR
Márcio Monteiro - Niterói/RJ
Osvaldo Carvalho - Niterói/RJ
Pedro David - Belo Horizonte/MG
Pedro Motta - Belo Horizonte/MG
Priscila dos Anjos - Joinville/SC
Pino (Antônio Ewbank e Chico Togni) - São Paulo/SP
Rommulo Vieira Conceição - Porto Alegre/RS
Ricardo Kolb - Jonville /SC
Sofia Borges - São Paulo/SP
Tatiana Ferraz - São Paulo/SP
Talita Caselato - Campinas/SP
Toni Camargo - Curitiba/PR
Traplev - Florianópolis/SC
Thiago Honório - São Paulo/SP
Vilma Sonaglio - Porto Alegre/RS
Yuri Firmeza - São Paulo/SP
Prêmios de Aquisição
R$ 25 mil
Pedro Motta (Belo Horizonte/MG)
Título: Reação Natural
Técnica: fotografia (políptico - 7 fotos) - Masc
R$ 15 mil
Tony Camargo (Curitiba/PR)
Sem título
Técnica: tinta industrial sobre fotografia em metacrilato - Badesc
R$ 15 mil
Tatiana Ferraz (São Paulo/SP)
Título: Da série observatório (díptico)
Técnica: fórmica sobre madeira e caixa com monóculo - Badesc
R$ 15 mil
Fabiana Wielewicki (Florianópolis/SC)
Sem título (da série do outro lado - díptico)
Técnica: fotografia - Badesc
Após ocupar irregularmente as instalações do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, por 15 anos, a Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (Ossca) não está mais no local. Na tarde de segunda-feira, dia 16 de fevereiro, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), mantenedora do espaço, precisou chamar um chaveiro para promover a reintegração administrativa de posse das sete salas irregularmente ocupadas.
Fundada em 1993, a Ossca é uma entidade privada que funcionava no CIC em espaço cedido informalmente pela fundação, ou seja, não havia contrato entre o Estado e a Associação Cultural Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, que administra a Oscca. O maestro José Nilo Valle, que também é presidente da associação que administra a Ossca, foi notificado de que precisaria sair do local em novembro do ano passado, depois que a Procuradoria do Estado solicitou a regularização do espaço.
Outras duas notificações foram feitas posteriormente e o prazo final para a orquestra deixar o CIC encerrou-se no dia 6 de fevereiro. Segundo a administradora do CIC, Iara Silva, nenhum funcionário do Centro Integrado de Cultura possuía as chaves das salas ocupadas pela Ossca. Ela afirmou ainda que o maestro teria derrubado uma parede sem autorização da Fundação, e lembrou que a orquestra utilizava água, luz e telefone do CIC, além de equipamentos, como máquina de fotocópia e fax. Agora, os pertences do maestro e dos músicos poderão ser retirados em horário de expediente. No local onde funcionava a orquestra ficará a parte administrativa do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc).
A assessora jurídica da FCC, Juliana Caon, lembra que os contatos da Fundação com o maestro, na tentativa de solucionar o problema, foram iniciados em setembro de 2008, ou seja, há meio ano. "Em virtude da irregular utilização de sete salas do CIC pela Ossca, a FCC, atendendo orientação da Procuradoria Geral do Estado no parecer nº 3741/087, datado de 23 de julho de 2008, resolveu por bem, no mês de setembro de 2008, convidar referida entidade privada, na pessoa de seu representante, Sr. José Nilo Valle, para que pudessem solucionar tal pendência. Diante da inércia do maestro, sempre refutando qualquer tipo de diálogo, a Presidente da FCC, Anita Pires, notificou a OSSCA, em data de 27 de novembro de 2008, para que se retirasse do espaço ocupado ilegalmente no prazo de 30 dias. Não recebeu resposta, tampouco a Orquestra retirou-se. Entre novembro e dezembro várias outras tentativas verbais foram realizadas, através da consultora jurídica da FCC, Juliana Caon, e do assistente da Presidência, Sinval Santos da Silveira, todas infrutíferas. Sendo assim, nova notificação foi emitida em 29 de janeiro de 2009, estipulando prazo de dez dias para a retirada da Ossca, prazo expirado em 06 de fevereiro e igualmente desatendido", relata a advogada.
Juliana Caon lembra que, esgotadas todas as tratativas amigáveis, em 16 de fevereiro de 2009, o consultor de projetos especiais da FCC, Ray Borges Martins, representando a presidente Anita Pires, contratou um chaveiro e tomou posse administrativa das sete salas irregularmente ocupadas.
(17-12-2008) Repensar o sistema de organização e construir condições de acesso aos deficientes físicos são algumas necessidades urgentes para garantir a melhoria do desempenho da Biblioteca Pública de Santa Catarina, vinculada à Fundação Catarinense de Cultura (FCC), apontadas em recente relatório organizado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em parceria com FCC. Os trabalhos de descrição, análise e proposições foram elaborados por uma comissão formada por Claudia Maria Messores, coordenadora de Cultura representante da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade (PROEX); Maria Juçara Corrêa, da Biblioteca Universitária; Ivonir Teresinha Henrique, do Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação; Maria Teresa Santos Cunha, representante do Departamento de História; Vera Lucia Nehls, membro do Departamento de Geografia; e Arnaldo José de Lima, do Departamento de Administração Pública. O grupo definiu os procedimentos após resultados obtidos com a aplicação de questionários e realização de reunião com a Diretoria da Biblioteca. Segundo a presidente da FCC, Anita Pires, o relatório servirá como base para as melhorias que serão realizadas na biblioteca ao longo de 2009.
A primeira medida foi a aplicação de dois questionários: um para levantar os números da biblioteca referente a dados estatísticos, informações sobre serviços, pessoal, infra-estrutura e necessidades específicas, e outro para apresentar resultados reveladores da maneira como a organização está constituída, sobretudo no que se refere a pessoal, idade, sexo e qualificação, dentre outras características. Num segundo momento, foram apresentados resultados acerca da estrutura e do clima organizacional propriamente dito. O relatório divulga ainda os pontos negativos resultantes da pesquisa, bem como as possíveis proposições e recomendações para sanar as deficiências identificadas. Do total de 44 funcionários da Biblioteca, 17 responderam ao questionário.
Localizada num local de grande circulação no centro da capital, Florianópolis, a Biblioteca Estadual conta com. 2.802 metros quadrados de área construída, distribuídos em três andares além do térreo, 5.429 título catalogados, mais 3.195 obras em braile, e 2.748 usuários inscritos. No quadro de pessoal, acumula dois cargos de confiança, oito bibliotecários, 18 auxiliares, dois policiais militares, dez terceirizados e quatro estagiários, totalizando 44 funcionários.
O relatório apontou também o programa de alterações do espaço físico, extenso, que envolve reforma e ampliação de todos os setores, considerando-se principalmente os acessos à biblioteca, que deverão ser adaptados aos portadores de necessidades especiais. Segundo o documento, a Biblioteca apresenta diversas necessidades específicas: concurso público para atender ações futuras, inclusão social, comissão permanente para discussão e resolução de problemas e comunidade de usuários. Como projeto de ações culturais, promete oferecer cursos gratuitos de informática, oficinas de música, além de dar continuidade às atividades já existentes: oficina de xadrez, exposições, semana cultural, cursos de restauração e encadernação, curso de gestão de arquivo.
Como contraponto à falta de motivação por parte dos funcionários, a comissão sugeriu a elaboração e implantação de estratégias motivacionais, proporcionando não apenas o reconhecimento aos bons serviços prestados, mas, também, permitindo com que os mesmos queiram fazer parte do negócio da Biblioteca a fim de aumentar o comprometimento com metas previamente estabelecidas e aumentar o nível de oferta de serviços. O relatório também assinalou a necessidade de possibilitar aos funcionários a sensação de fazerem parte dos processos de tomada de decisão, favorecendo o comprometimento. Com relação à questão dos problemas da própria estrutura organizacional, a opção destacada pela comissão é repensar os modelos de processos utilizados pela Biblioteca a fim de amenizar os efeitos negativos causados pela má organização e pelo entendimento distorcido sobre a execução de algumas tarefas. Para sanar tais dificuldades, foi sugerida a criação padronizada de fluxogramas para as atividades, juntamente com a definição de cargos, a fim de evitar que muitos façam de tudo um pouco, e poucos consigam fazer bem feito.
Outra proposta da comissão foi a definição de regras claras e formais para definição de padrões, evitando ao mesmo tempo variações, queda na qualidade dos serviços prestados e engessamento dos processos. Outra maneira de melhorar a estrutura da organização está em investir na capacitação dos funcionários. A necessidade de formação técnica e a educação do funcionário como ser humano é de extrema importância para a evolução destes, aumentando a qualidade do capital humano.
A partir dos resultados do questionário e dos comentários apresentados pela Diretoria da Biblioteca Pública, o relatório elencou ainda as seguintes sugestões: realização de reuniões freqüentes para estreitar o relacionamento entre os funcionários e os gestores da organização; cursos de treinamento e desenvolvimento pessoal; difusão de valores e objetivos da Biblioteca entre os funcionários; melhorias na comunicação interna; elaboração de projetos de normalização das atividades da organização; aprimoramento de espaços internos da organização; resolução de problemas de limpeza do interior; compensações para a falta de material nas frentes de trabalho; realização de auditoria interna para identificação de problemas; remanejamento de pessoal; maior envolvimento dos funcionários nas decisões; definição da hierarquia e descrição dos cargos; cobranças mais firmes e contrapartidas correspondentes; melhorias quantitativas e qualitativas no quadro de pessoal.
Por fim, o relatório ainda sugeriu a realização de um planejamento para a Biblioteca Pública que contribua para a racionalização do seu espaço físico e para o desenvolvimento dos objetivos, cujo principal seria se configurar como "a porta de entrada para o conhecimento, proporcionando condições básicas para a aprendizagem permanente, autonomia de decisão e desenvolvimento cultural dos indivíduos e grupos sociais". Desta forma, os serviços oferecidos pelas bibliotecas públicas devem se basear na igualdade, sem discriminação de idade, raça, sexo, religião, status social, deficiência física, nacionalidade e grau de instrução. O relatório ainda recomenda que sejam desenvolvidos e aplicados projetos relacionados às principais áreas de atuação da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), como os Departamentos de Biblioteconomia, História e Geografia, Administração de Serviços Públicos, Artes Plásticas, Design e Música, e Educação Física. Como encaminhamento para 2009, segundo o pró-reitor Paulino de Jesus Francisco Cardoso, nova comissão composta por profissionais dessas áreas será formada.
O Ministério da Cultura e suas instituições vinculadas apoiam, por meio de editais de seleção pública, projetos e iniciativas culturais. Até o final deste mês de julho estão abertas as inscrições para diversos processos seletivos. Confira os concursos e premiações, conforme o segmento cultural:
Diversidade Cultural
Artes Integradas
Livro e Leitura
Patrimônio
Audiovisual
Observatório dos Editais - Foi divulgado nesta semana Relatório Anual das Seleções Públicas do Sistema MinC, referente a 2008, que demonstrou recorde histórico de investimentos por meio de editais. No ano passado, o Ministério da Cultura e vinculadas destinaram R$ 159 milhões para o apoio a projetos e iniciativas culturais em todo o país.