A segunda edição de um dos maiores eventos de música de Santa Catarina terminou na sexta-feira, dia 25 de abril, com um grande sucesso de público, que lotou o Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Os finalistas do Festival da Música e da Integração Catarinense (Femic) tocaram suas criações e foram premiados, em um evento que contou ainda com show de Sandra de Sá e Jorge Aragão, ao lado de Luiz Meira.
Na final, estava em jogo a premiação de R$ 30 mil (1º lugar - R$ 15 mil; 2º lugar - R$ 7 mil; 3º lugar - R$ 3 mil; melhor intérprete - R$ 1,25 mil; melhor instrumentista - R$ 1,25 mil; melhor arranjo - R$ 1,25 mil; aclamação popular - R$ 1,25 mil).
Do samba ao rock, a etapa privilegiou o ecletismo dos participantes sem distinção ou preferências por estilo. Os vencedores foram: 1º lugar - "Travesseiro de Estrelas", de Ryana Gabech; 2º lugar - "Tributo a Tião Carreiro", de José Martins e Lino Silva; 3º lugar - "Jardim das Delícias", de Gustavo Barreto. Foram entregues troféus especiais aos destaques da noite, como melhor aclamação popular para Anjo Gabriel, de Jeisson Dias; melhor intérprete para Jean Mafra; melhor arranjo para No Florir das Açucenas, do Grupo Nativista Coração de Potro; melhor instrumentista para Jorge Nando, por Catando Estrelas.
Para o diretor artístico do Femic, Luiz Meira, as composições inscritas tinham qualidade técnica e artística. "O Festival tem um papel determinante na divulgação da diversidade musical do Estado, revelando os novos talentos e as linguagens que inovam e formam a produção catarinense".
Promovido pela LGP Produções Artísticas por meio do Funcultural, o Femic surgiu com o objetivo de incentivar os novos talentos musicais do Estado, e neste ano recebeu 2,7 mil inscrições. Foram realizadas 36 etapas seletivas em regionais e mais nove etapas semifinais nas principais cidades do Estado. Segundo o secretário de Estado do Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, o grande número de inscrições denota a ânsia dos artistas por um festival democrático. "O Festival consolidou-se como uma vitrine para os artistas. Santa Catarina passa a imprimir uma identidade musical no País. O Estado possui uma diversidade cultural enorme que precisa de espaço para crescer", declara Knaesel.
Saiba mais:
Sandra de Sá - Artista de timbre vocal versátil, Sandra Cristina Frederico de Sá iniciou a carreira musical nos festivais de músicas estudantis. Alguns críticos dizem que o talento para a música veio de berço, por meio da família, que se apresentava em bailes de carnaval nos clubes da cidade do Rio de Janeiro. Em 1977, quando começou a estudar psicologia, Sandra ingressou na primeira gravadora, realizando shows em muitos locais do interior do País. O Brasil foi apresentado à artista nos anos 80, quando no festival MPB 80, da TV Globo, classificou "Demônio Colorido" entre as 10 finalistas e a música obteve repercussão nacional. "Antigamente tinham festivais em todas as cidades e as finais eram realizadas no Maracanãzinho e surgiam artistas de todos os cantos. O Brasil é o país mais musical do mundo, com os melhores músicos, compositores e cantores. E toda essa gente precisa ter espaço para mostrar esse talento", comenta a artista.
Jorge Aragão - O sambista iniciou a carreira na década de 70, em bailes e casas noturnas. Como compositor, despontou em 1977, quando Elza Soares gravou a composição "Malandro". Jorge Aragão participou do grupo Fundo de Quintal, como um dos principais compositores e letristas do grupo, tendo por isso abandonado o conjunto para dedicar-se à carreira solo. Quase todos os grandes intérpretes de samba (Beth Carvalho, Alcione, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila) têm canções de Jorge Aragão em seu repertório. Com quase 30 anos dedicados à MPB, o artista continua em atividade. "é importante para o Brasil resgatar eventos como os festivais de música que revelaram tantos talentos pelo País. Essa renovação estimula os artistas, fortalecendo o mostrando a diversidade musical brasileira", afirma o sambista.
Confira os vencedores do Femic
1º lugar - Travesseiro de Estrelas
Ryana Gabech
Grande Florianópolis
2º lugar - Tributo a Tião Carreiro
José Martins e Lino da Silva
Criciúma
3º lugar - Jardim das Delícias
Gustavo Barreto
Grande Florianópolis
Aclamação popular - Anjo Gabriel
Jeisson Dias
Grande Florianópolis
Melhor intérprete - Jean Mafra (Samambaia Sound Club)
Não
Grande Florianópolis
Melhor Instrumentista - Jorge Nando
Catando Estrelas
Criciúma
Melhor arranjo - Grupo Coração de Potro
No Florir das Açucenas
Lages
No próximo sábado (28), a partir das 9h da manhã, uma grande manifestação artístico-cultural vai fazer parte do cenário da Rua Hercílio Luz.
Com o tema "Recuperando a nossa Casa" uma mobilização em defesa da restauração da Casa da Cultura Dide Brandão, com a participação de artistas, músicos e toda classe interessada, pretende chamar a atenção da comunidade e dos empresários para a atual situação do local, há tempos sem manutenção. Os problemas vão desde a fachada deteriorada, rachaduras de até três centímetros, umidade, infiltração até rebaixamento do teto.
Tombada como patrimônio histórico de Itajaí, a Casa da Cultura Dide Brandão abrigou por anos ambientes para ensino de artes plásticas, música e expressão cultural, pinacoteca, cinemateca e biblioteca, além de espaços para espetáculos e galeria de artes. Um local principalmente, para o encontro dos amantes da arte e cultura. O que não é mais possível, já que a Casa da Cultura se encontra fechada desde o ano passado por estar em péssimas condições físicas e estruturais.
Atrações como grupos de dança, teatro, artes visuais, formas animadas com bonecos e muita música já estão confirmados. Um documentário que relata um histórico do prédio também vai ser mostrado no dia do evento e a Casa estará aberta para visitação.
FUNDAçãO CULTURAL DE ITAJAí.
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Cristovão Tezza achou que ia ser massacrado pela crítica quando resolveu escrever "O Filho Eterno" (ed. Record).
"Problema pessoal não é problema literário. O tema tem uma pedra no meio do caminho", pensou. A dúvida tinha a ver com a arriscada opção de relatar sua experiência com o filho, que tem síndrome de Down. O cuidado foi excessivo.
Com o romance, o escritor radicado em Curitiba tornou-se a sensação literária de 2008.
é de dar inveja a qualquer autor nacional. Na última quinta, Tezza recebeu o Prêmio Portugal Telecom. Na sexta, foi o Jabuti de melhor romance -e, por pouco, não leva também o Jabuti de livro do ano, que afinal foi para Ignácio de Loyola Brandão. Cristovão já havia faturado os prêmios da Associação de Críticos de Arte de São Paulo e da revista "Bravo!".
Pode não ser tudo. No final de novembro, ainda é forte concorrente para o Prêmio São Paulo de Literatura.
Tezza vai se tornando, assim, uma unanimidade. Trata-se de um fenômeno semelhante àquele que ocorreu com Milton Hatoum, em 2006. Na época, formou-se a convicção de que estava surgindo um novo fenômeno: a consagração dos escritores-acadêmicos. No caso do catarinense, é uma verdade apenas parcial.
Professor tardio
Nascido em Lages (Santa Catarina), há 56 anos, Tezza resistiu a entrar na universidade, o que só fez aos 25 anos. é um "professor tardio", como se define. Sempre desejou ser escritor e precisou insistir. A consagração chegou em sua 14ª obra de ficção. "O Filho Eterno" já foi lançado na Itália e em breve ganha edições em Portugal, na França e na Espanha.
A força do livro está em traduzir friamente, sem concessões, o choque e a revolta de um jovem transgressor, um "filhote retardatário dos anos 70 e dinossauro medieval", ao descobrir a condição excepcional do filho recém-nascido.
O romance amadureceu ao longo de dez anos. "é um exercício da crueldade. Esse é o principal atributo do narrador. Ele não pode ter piedade de nada e de ninguém", diz Tezza.
Literariamente, o livro dialoga com duas grandes obras que abordam o mesmo tema.
A primeira é "Uma Questão Pessoal" (Companhia das Letras), do Prêmio Nobel japonês Kenzaburo Oe. "Além de tudo, Oe também expressa aquela coisa dos anos 60, de rebeldia", diz Tezza.
Outra influência assumida é "Nascer Duas Vezes" (Companhia das Letras), do italiano Giuseppe Pontiggia. "São depoimentos pessoais, é um diário do escritor com o filho."
A verdadeira resposta para o livro, no entanto, veio do Prêmio Nobel sul-africano J.M. Coetzee, autor de "Juventude" (Companhia das Letras).
"Esse é um dos livros mais cruéis que já li sobre a adolescência. Mostra o processo do narrador sair da confissão e se transformar em objeto. é o que o autor precisa fazer. Aquilo me deu a chave, foi quando me livrei da primeira pessoa."
A partir daí, com a moldura ficcional estabelecida, a escrita fluiu. "Quando comecei a escrever, todos os problemas pessoais e emocionais já estavam resolvidos. A questão era como transformar isso em literatura", diz o escritor.
"O Filho Eterno" coroa uma carreira bem-sucedida que está longe de ser banal: "Eu tinha tanto problema com a academia, quando jovem. Não quis fazer vestibular. Achei que universidade ia acabar comigo como escritor. Bem de acordo com a cabeça dos anos 70. Fui meio bicho-grilo, um hippie "à brasileira". Queria ser artista, transgressor", afirma.
Nos anos 60, Tezza participou de uma comunidade de teatro, liderada por Wilson Rio Apa, um guru que "tinha uma visão rousseauniana do mundo e era um ecologista "avant la lettre´". Seguindo os passos do mestre, quis realizar uma aventura literária que foi a inspiração de grandes autores, como Melville: tornar-se um marinheiro. "Era o máximo do romantismo. Achava que os projetos intelectuais tinham de ser também projetos existenciais, uma idéia bem anos 60."
Assim, em pleno regime militar, em 1971, Tezza rumou para o Rio de Janeiro e se inscreveu no curso para marinheiro. "Fiquei seis meses estudando, enquanto lia "Cem Anos de Solidão". Mas nunca pisei em um navio." Em seguida fez curso de correspondência para relojoeiro. Praticou o ofício, mas acabou abandonando.
Foi com esse background que o escritor passou a se dedicar à literatura -lançado por pequenas editoras- e à bem-sucedida carreira acadêmica.
Hoje, é autor de uma respeitada tese, já publicada: "Entre a Prosa e a Poesia - Bakhtin e o Formalismo Russo" (Rocco).
Com a universidade, fez a "descoberta do discurso da ciência". E, na literatura, ainda que tenha começado com poesia e seja um autor versátil, se declara "fundamentalmente um romancista".
De acordo com Tezza, "mostramos dificuldade com a cultura romanesca. A península Ibérica tem uma tradição de poetização do discurso romanesco, bem diferente da tradição inglesa ou americana. O brasileiro tem uma certa vergonha de ser narrador, ele precisa ser um poeta. Guimarães Rosa é um poeta da prosa. Machado de Assis está do lado oposto".
Tezza acha natural que os críticos atualmente se dediquem à produção literária. "Antigamente, havia a crítica acadêmica e os escritores, como Jorge Amado, Carlos Heitor Cony ou Antonio Callado. Eram duas áreas bem distintas" diz. "A partir dos anos 70, passou a haver uma fusão, um tipo de elaboração acadêmica sobre a literatura, e hoje eles estão muito próximos. A universidade dá condições de sobrevivência."
Foco em Curitiba
Com o sucesso do autor, a capital paranaense passa a ter duas estrelas literárias. "Curitiba é um exílio. A literatura pula de São Paulo para Porto Alegre. A solidão do Dalton [Trevisan], aquela coisa meio caipira, é um retrato da cidade. Ela é magnífica para escrever, te dá distância. Mas você pena enquanto não entra no eixo Rio de Janeiro-São Paulo."
Agora, aproveita o embalo com os prêmios para rascunhar a carta de demissão.
Se possível, deseja se dedicar apenas à literatura. "Quero me dedicar mais à felicidade, à leitura. O escritor precisa de ócio", conclui.
Pode até ser possível. Com o Portugal Telecom, recebeu R$ 100 mil. Se tirar a sorte grande com o Prêmio São Paulo, da Secretaria de Estado da Cultura, pode até sonhar com mais R$ 200 mil.
Evento conta com a participação de representantes nacionais do Ministério da Cultura e do Ministério do Turismo
A Fundação Cultural de Joinville (FCJ) promove no próximo dia 2 de abril o "1º Fórum Municipal de Políticas Públicas: Patrimônio, Museus, Espaços de Memória e Turismo". "O Fórum tem um caráter provocador e também é uma prévia da 7ª Semana Nacional dos Museus que será realizada em maio", destaca a coordenadora do evento, professora Dra. Elizabete Tamanini - gerente de Patrimônio da FCJ. Na programação do dia, mesas redondas com representantes da Fundação e convidados da Pontifícia Universidade Católica (PUC/ RS), Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).
Os temas de debate enfocam Políticas Públicas de Patrimônio, Museus, Espaços de Memória e Turismo; Experiências de Preservação do Patrimônio Cultural e a Interface com o Turismo; As Possibilidades de Uso e Significado do Patrimônio Cultural no Processo de Sustentabilidade Social e os Instrumentos Legais de Proteção do Patrimônio Cultural. Esta última discussão conta com a participação do procurador geral do município de Joinville, Dr. Naim Andrade Tannus e da Juíza Federal de Santo André (SP), Dra. Audrey Gasparini.
Além de promover o debate sobre as temáticas, o fórum tem o compromisso de criar grupos de trabalho que atuem no fortalecimento das políticas públicas em âmbito local. As atividades iniciam às 7h30 com o credenciamento dos participantes no foyer do Teatro Juarez Machado (anexo ao Centreventos Cau Hansen). A programação segue até o final do dia com palestras e mesas redondas. O evento é gratuito e aberto à comunidade. A realização é da FCJ e da Prefeitura de Joinville com apoio da Universidade da Região de Joinville (Univille).
Confira a programação:
- 7h30 - Recepção: Credenciamento com café da manhã
- 8h30 às 9h10 - Abertura Oficial do 1º Fórum: Fundação Cultural de Joinville com o presidente da FCJ, Silvestre Ferreira
- 9h20 às 11h - Mesa Redonda 01: Políticas Públicas de Patrimônio, Museus, Espaços de Memória e Turismo
Participantes:
Ministério da Cultura (MinC) - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) - Luiz Fernando de Almeida
Ministério da Cultura (MinC) - Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) - Prof. MSc. José do Nascimento Júnior
Ministério do Turismo (MTur) - Coordenação Geral de Segmentação de Turismo - Prof. MSc Roseane Rockenbach
Mediação: Profª Dra. Elizabete Tamanini - Gerente de Patrimônio Cultural da FCJ
- 11h às 12h - Intervenções
- 12h às 14h - Intervalo para Almoço
- 14h às 15h - Palestra: Experiências de Preservação do Patrimônio Cultural e a Interface com o Turismo
Participantes: Profª. Dra. Marutscka Martini Moesch - Pontifícia Universidade Católica Rio Grande do Sul (PUC).
Mediação: Profª MSc. Maria Ivonete Peixer da Silva - Presidente da Promotur/Secretaria de Turismo de Joinville
- 15h às 16h30 - Mesa Redonda 02: As Possibilidades de Uso e Significado do Patrimônio Cultural no Processo de Sustentabilidade Social
Participantes:
Fundação Catarinense de Cultura (FCC) - Diretora de Patrimônio Histórico Cultural - Arquiteta Simone Harger
11ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SC) - Prof. Ulisses Munarim
Fundação Cultural de Joinville - Gerente de Patrimônio Cultural - Profª Dra Elizabete Tamanini
Mediação: Coordenadora de Patrimônio Cultural da FCJ - MSc. Maria Claudia Lorenzetti Corrêa
- 16h30 às 17h - Intervalo para café
- 17h às 18h30 - Mesa Redonda 03: Instrumentos Legais de Proteção do Patrimônio Cultural
Participantes:
Prefeitura Municipal de Joinville Procuradoria Geral do Município - Dr. Naim Andrade Tannus
Juíza Federal em Santo André (SP) - Dra. Audrey Gasparini
Mediação: Diretor Executivo da FCJ - MSc. Charles Narloch
Serviço
O que: 1º Fórum Municipal de Políticas Públicas
Quando: 02 de Abril - das 8h30 às 12h - das 14h às 18h30
Onde: Teatro Juarez Machado
Av. José Vieira, 315 - Centreventos Cau Hansen
Quanto: Gratuito
Informações: (47) 3433.2190 na FCJ
Informações adicionais à imprensa pelo (47) 3433.2190 com a Gerente de Patrimônio Cultural, Elizabete Tamanini, ou com a Coordenadora de Desenvolvimento Cultural, Helga Tytlik.
Fundação Cultural de Joinville (FCJ)
Marlise Groth - Jornalista e Coordenadora de Comunicação
Jenifer Leu - Apoio de Comunicação
(47) 3433.2190 / 8413.9262
O artista plástico paranaense Luciano Boletti abriu em 14 de fevereiro de 2008 uma exposição de desenhos no Museu de Arte de Santa Catarina. Promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a mostra reúne trabalhos sobre tela e papel, abrangendo uma década de produção, entre 1998 e 2008.
"Todos esses trabalhos têm o corpo humano, enquanto estrutura, como fonte de inspiração", afirma Boletti, que chegou a ficar três anos sem produzir nada após a morte da mãe, em 2003, vítima de câncer. "As pinturas que fiz em 2008 são bem mais agressivas, viscerais", avalia o artista, que identifica em seus trabalhos ossos, órgãos, vísceras, dentes, bocas, e até as interferências, como próteses e parafusos. "Tudo isso tem um lado muito pessoal. Usei colete, já passei por cirurgia e hoje tenho uma prótese enorme nas costas", revela.
Aos 35 anos de idade, Luciano Boletti pertence à geração mais recente das artes plásticas brasileiras. Formado artes plásticas na Universidade Estadual de Londrina, foi testado em salões e já passou por júris exigentes para expor em galerias de prestígio, entre os quais é possível destacar o nome de Lygia Canongia.
Curador da exposição e admistrador do Masc, João Evangelista de Andrade Filho afirma que "ao recolher sintagmas da visualidade contemporânea, Luciano experimenta seu texto em desenhos/pinturas, reorganizando-os dentro de um padrão ritmado em que traço-gesto expõe a cursividade da experiência vital e, ao mesmo tempo, a necessidade de que sobre ela venham a agir os nós que seguram a imponderabilidade do espontâneo. Neste sentido entenda-se o que dele disse um crítico de Belo Horizonte, que o qualifica como um criador que "busca a limpeza do artefato artístico". Ele busca uma conexão tão transfigurada quanto íntima que, visando o corpo, leva a experiência para a fronteira do simbólico".
O QUê: Exposição "Luciano Boletti - desenhos".
QUANDO: Visitação até 2 de março, de terça a domingo, das 13h às 21h.
ONDE: Fundação Catarinense de Cultura / Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), Avenida Gov. Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica, Florianópolis, fone: (48) 3953-2323.
QUANTO: gratuito.