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Sete cidades catarinenses - Blumenau, Rio dos Cedros, Treze Tílias, Bom Jesus, Maravilha, Rio Fortuna e Florianópolis - estão sendo mapeadas por Sofia Carvalho, autora do projeto Crê Ser, uma iniciativa da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) que propõe usar as artes visuais como instrumento de liberação da criatividade e do fortalecimento da auto-estima, motivando crianças e adolescentes a pintarem seus desejos. O projeto prevê atividades iniciais nas cidades, envolvendo escolas e instituições de ensino de arte, uma mostra no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), a produção de um catálogo e de um DVD.

Brasileira, mas moradora da cidade de Berlim, onde realiza projetos de arte, Sofia Carvalho chegou em Florianópolis em fevereiro, onde permanece até agosto. A primeira etapa do trabalho começa em março (veja cronograma das primeiras viagens) com pesquisas de reconhecimento do campo de intervenção. "Queremos contatar as pessoas, as escolas, obter informações sobre a comunidade para escolher os participantes. O maior número possível, contanto que as condições técnicas para trabalhar as crianças fiquem garantidas", diz Sofia, que quer abranger diferentes classes sociais, garantindo especialmente o acesso à população carente. O projeto, situa ela, não é fechado numa única representação social.

A oficina

O objetivo da oficina Crê Ser é utilizar a arte como instrumento de liberação da criatividade e auto-afirmação. "Desde o paleolítico, o homem tem o impulso de pintar seus desejos na esperança de realizá-los. é uma confirmação de atitude mental e emocional, ou seja, a passagem do plano ideológico para o concreto. O que as crianças querem ser serão inicialmente nos quadros. E, por que não, futuramente na vida, se realmente acreditarem em si mesmas", situa Sofia Carvalho.

A artista trabalha com crianças desde 1988, no Brasil e na Alemanha, adotando técnicas lúdicas, dinâmicas, induzidas por sugestões comportamentais, ao invés de pictóricas. A metodologia inclui movimentos corporais (pintar voando, pulando, de olhos fechados), vocalização de sons (pintar cantando a música preferida, o som do mar, a voz da mãe) e relaxamento infantil (rolar sobre o papel com tinta grudada no corpo, deitar no chão sobre o papel, pintar dançando com uma cor diferente em cada um dos dedos dos pés).

A intenção é preparar o corpo e a mente para conquistar os próprios objetivos. Cada uma das etapas da oficina ocorre de acordo com a constelação de cada grupo. O processo auxilia na ruptura de expectativas, encoraja a ação de pintar e orienta a concentração infantil para a liberação de si mesmas por intermédio das cores e formas que "acontecem" quase que inesperadamente. "O resultado surpreende os participantes, até mesmo os que nem costumam pintar", garante Sofia.

A diversão é o ponto ideal para motivar mutações saudáveis e eficientes na personalidade infantil ainda em formação. A utilização desta técnica de ensino conduz claramente a criança ou adolescente ao autoconhecimento e auto-estima. Os trabalhos são analisados um a um, dando ênfase ao ponto forte da individualidade pictórica e, assim, ajudando os alunos na experiência do reconhecimento social no grupo.

Sofia Carvalho exemplifica: com freqüência, crianças com temperamento inquieto e superativas pintam freneticamente. O resultado é a pintura gestual, corajosa e forte, pois contestadores trazem em si a necessidade de ruptura. Ao enfatizar esses aspectos frente aos outros, a criança adquire outro referencial de atuação e respeito perante o seu grupo de convivência. Ou seja, tem a possibilidade de atuar em outra freqüência e sair do padrão já conhecido, evitando agressividades ou atos de violência oriundos de preconceitos, frustrações ou competitividade.

A análise individual integra cada um, com suas próprias características no grupo e exalta a importância das diferenças, pois, na realidade, todos são complementares. Isso fica claro e explícito na observação e no comentário sobre os trabalhos.

Breve currículo

Formada pela Escola Superior de Propaganda & Marketing, em São Paulo, Sofia Carvalho tem 52 anos e traz em seu currículo aprendizagens que passam pelo caminho das artes visuais. Estudou cinema com Plínio Salgado, aquarela com Rubens Matuk, fez ateliê com Maria Bonomi. Nos anos 1980 saiu do Brasil para viver nas Ilhas Canárias e, por fim, seguiu para Berlim, na Alemanha, onde casou e mora até hoje. Seus interesses são amplos, a ponto de estudar caligrafia japonesa e modelo vivo na Escola de Belas Artes de Berlim, onde também estudou mais tarde com John Cage. Realizou projeto no Himalaia, na índia, onde estudou escultura em argila e, no fim dos anos 90, voltou ao Brasil, onde realizou até 2000 workshops para adultos e crianças. Com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), desenvolveu no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), o projeto Despertar, com crianças de rua. A partir de 2002 passa a atender convites de diferentes entidades privadas e governamentais interessadas na Kinder Kunst Galerie, um projeto temporário e ambulante realizado tanto em escolas, museus e instituições para menores na Alemanha. Como artista, seu currículo aponta mostras coletivas e individuais. Já expôs, entre outros espaços, no Centro Cultural São Paulo; em Fuerteventura, na Espanha; no Atelier der Künste, em Berlim; na Galeria Art-Quadrat, em Munique; na embaixada brasileira em Berlim.

Integrando a programação do "Natal Alles Blau Blumenau", o Teatro Carlos Gomes promove, no dia 18 de dezembro, o espetáculo "Arte Solidária: Teatro, Música e Dança", às 20h, no auditório Heinz Geyer. A apresentação reúne os alunos das três escolas do TCG - Pró-Dança, Cia. Carona de Teatro e Escola de Música de Blumenau. Os ingressos têm o preço único de R$ 15,00 e o valor arrecadado será revertido para a reconstrução de Blumenau. No dia 19, também às 20h, os alunos se apresentam gratuitamente na Praça Victor Konder.

No dia 21 de dezembro, às 20h30, o Teatro Carlos Gomes apresenta, ainda, concerto beneficente da Orquestra de Câmara de Blumenau, no auditório Heinz Geyer. Os ingressos também serão vendidos ao preço único de R$ 15,00 com o mesmo propósito de auxiliar na reconstrução da cidade.

Para o presidente do Teatro Carlos Gomes, Ricardo Stodieck, o "Natal Alles Blau" é uma ótima forma de Blumenau celebrar este período do ano, mostrando a força dos blumenauenses para reerguer a cidade. "Por meio dos diversos eventos que serão promovidos, o povo terá certeza de que existe união e será possível construirmos um 2009 muito melhor, com coragem e esperança", destaca Stodieck.

Segundo ele, neste projeto o Teatro Carlos Gomes mostra mais uma vez seu engajamento para o desenvolvimento da cidade através da cultura. "Pedimos que quem puder, que venha assistir aos espetáculos. Além de desfrutar de bons momentos de apreciação de teatro, música e dança, quem vier estará ajudando muito", destaca.

Sobre o projeto

O "Natal Alles Blau Blumenau" é um programa natalino que pretende resgatar a auto-estima da população e mostrar ao país, a capacidade de recuperação da região. Os objetivos prioritários do "Natal Alles Blau Blumenau" são dar continuidade à corrente de solidariedade iniciada já nos primeiros dias da tragédia, além de devolver o ânimo às famílias, recuperando o sentido natalino, especialmente entre as comunidades mais atingidas. A proposta é que a programação estimule também a economia e repercuta para o Brasil, um exemplo de superação, para mostrar que a cidade e a região não se entregam às forças de uma calamidade.

O projeto "Natal Alles Blau Blumenau" surge com a visão de se tornar, em dez anos, o evento natalino mais importante do Brasil, impulsionando o turismo na região, assim como foi a Oktoberfest, a partir das enchentes da década de 80.

Estão abertas as inscrições para o Programa Caixa de Apoio ao Artesanato Brasileiro, que vai beneficiar projetos que contribuam para o desenvolvimento das comunidades produtoras de artesanato, contemplando todas as fases do processo produtivo. Podem ser inscritos projetos em fase de planejamento ou que já estejam em andamento.

Os projetos serão escolhidos por meio de processo seletivo público e a inscrição pode ser feita até o dia 24 de outubro de 2008. Serão aceitas inscrições de projetos apresentados por pessoas jurídicas sem finalidade lucrativa que contemplem em seus estatutos a realização de atividades culturais, bem como por instituições de ensino superior cuja natureza contemple atividades de extensão.

Poderão ser contemplados pelo programa, em forma de patrocínio, itens como aquisição de matéria-prima e maquinário, equipamentos, ferramentas e promoção de cursos de capacitação. O edital completo pode ser consultado no site da Caixa Cultural (caixa.gov.br/caixacultural). A relação dos projetos selecionados será divulgada também no site, no dia 28 de novembro de 2008.

O Museu Victor Meirelles, vinculado ao DEMU/IPHAN, lança anualmente o Edital Exposições Temporárias, com o intuito de promover a democratização do espaço público, a reflexão e a difusão da produção contemporânea de artes visuais. As exposições visam contribuir para a dinamização do Museu, consolidando seu papel como centro de debate, formação e referência sobre arte para a comunidade.

No cronograma de exposições temporárias de 2009, o Museu Victor Meirelles promoverá quatro exposições, selecionadas através deste Edital, além de duas exposições contextualizadas com artistas convidados, tendo como objetivo refletir sobre momentos representativos da produção artística. Nestas exposições são desenvolvidas atividades educativas e culturais, visando uma aproximação mais enriquecedora do público com a obra de arte.

As inscrições foram prorrogadas até o dia 15 de janeiro de 2009 e estão abertas a todos os artistas e grupos brasileiros ou estrangeiros. Os interessados deverão enviar suas propostas para serem avaliadas por uma Comissão Consultiva, de reconhecida competência, obedecendo as exigências do Edital que encontra-se disponível no site do Museu Victor Meirelles, no link exposições.

A luz foi uma idéia constante no pensamento estético de Luiz Henrique Schwanke (1951-1992), artista joinvilense que ganha, há exatos 16 anos de sua morte, o primeiro audiovisual em torno de sua vida e obra. "à Luz de Schwanke", dirigido por Ivaldo Brasil Jr. e Maurício Venturi, será lançado dia 5 de junho, às 19h30, na sala de cinema da Cidadela Cultural Antarctica. No dia 7 de junho, será exibido na Mostra de Vídeo do Festival de Audiovisual do Mercosul (FAM), no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC) e, no dia 8 de junho, às 18h30, no Cineclube Sol da Terra, na Lagoa da Conceição.

Com uma obra extremamente complexa, Schwanke desenhou, pintou, esculpiu, fez instalações a partir de objetos chulos (baldes de plástico) e usou a luz elétrica como matéria-prima, antecipando uma prática que começou a se disseminar no Brasil especialmente no século 21. Formando em comunicação social em Curitiba (PR), onde começou sua carreira artística como autodidata, seu nome confunde-se entre os dois Estados, muitos até pensando que ele seja paranaense. Fascinado pelo claro-escuro, que vislumbrou nas telas de Caravaggio (1571-1610) e Guido Reni (1584-1593), a busca pela transparência e luminosidade tornou-se, segundo o artista, uma obsessão.

Com uma produção mergulhada na história da arte, o passado permanentemente megulhado no presente, Schwanke inseriu Santa Catarina na história da arte brasileira. é citado especialmente na chamada Geração 80, período em que conquistou mais de 20 prêmios em certames nacionais. Em 1991, foi o único catarinense incluído na Bienal Internacional de São Paulo, onde apresentou a obra "Cubo de Luz - Antonomia". Com efeitos surpreendentes, sonhou com a possibilidade de uma escultura imaterial, criada a partir da projeção de 160 mil watts de luz.

Realização da Contraponto, o documentário, de forma sensível, alinha as concepções schwankenianas, enriquecidas pelos textos do artista e duas entrevistas obtidas na TV Cultura e no arquivo da RBS TV e Rede Globo. Com duração de 17 minutos, tem como fio condutor pensamentos reveladores da erudição de quem sonhava transformar o presente para que o novo fosse total. Além disso, traz depoimentos da mãe, Maria Schneider Schwanke; da irmã, Maria Regina Schwanke Schroeder; de amigos; da presidente do Instituto Schwanke, Nadja de Carvalho Lamas; da marchande Marina Mosimann, do fotógrafo Paulo de Araújo, que detém o maior volume de imagens do artista, entre outros. Familiares, amigos, críticos de arte, pesquisadores e curadores contribuem em favor de uma melhor compreensão deste legado.

Entre os críticos brasileiros aparecem João Henrique do Amaral, Fábio Magalhães, Nilza Procopiak e Agnaldo Farias. A narração é de Franzoi, artista joinvilense, e a trilha sonora leva a assinatura de Jorge Gómez, baixista do Quarteto Nota Jazz, ex-integrante do Phunky Buddha e da Landau 76.
A intenção dos realizadores é mostrar que nada foi colocado por acaso na obra na qual a metamorfose é intencional, é pensada, fruto de conceito elaborado com requinte e erudição.

O lançamento contará com a presença dos diretores Ivaldo Brasil Jr. e Maurício Venturi, além de outras pessoas envolvidas no projeto.

Serviço

O QUê: Lançamento do documentário "à Luz de Schwanke". ONDE: Sala de Cinema da Cidadela Cultural Antarctica, rua 15 de Novembro, 1.383, centro, Joinville. QUANDO: Dia 5/6/08, 19h30. QUANTO: Gratuito.

PRé-ESTRéIA - 5 de junho - 19h30 - JOINVILLE

Sala de Cinema da Cidadela Cultural Antarctica - Rua XV, 1383

EXIBIçõES - FLORIANóPOLIS

7 de junho - FAM - Mostra de Vídeo - 16h30 - Teatro Ademir Rosa - CIC (previsão 17h40)

8 de junho - 18h30 - Cineclube Sol da Terra (Av. Afonso Delambert Neto, 885, Lagoa da Conceição)