19/02/2010 - O poeta português Luís Serguilha, que está há dois meses morando no Brasil, fará um recital no Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis, na terça-feira (23), às 18 horas, com entrada gratuita. No evento, que tem apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), ele apresentará poesias dos livros "Extraviário", de Dennis Radünz, "Flauta sem Boca", de Marco Vasques, ainda inédito, "Nos Limites do Fogo", de Péricles Prade, e "Amigo da Labareda", de Rodrigo de Haro.
Serguilha, que atualmente reside no Rio de Janeiro, veio ao Brasil finalizar um novo livro e participar de congressos na área de literatura. Além de escritor, ele é também um pesquisador dos poetas contemporâneos brasileiros. Sobre os poemas selecionados para o recital, cita a intensidade passional e as características "piroclásticas" dos mesmos, mostrando o fogo enquanto elemento transformador de energia.
Luís Serguilha nasceu em Vila Nova de Famalicão, Portugal. Poeta e ensaísta, entre suas obras estão: O périplo do cacho (1998), O outro (1999), Lorosa´e - Boca de Sândalo (2001), O externo tatuado da visão (2002), O murmúrio livre do pássaro (2003), Embarcações (2004), A singradura do capinador (2005), Hangares do Vendaval (2007), As processionárias (2008), Roberto Piva e Francisco dos Santos: na sacralidade do deserto, na autofagia idiomática-pictórica, no êxtase místico e na violenta condição humana (2008). Recebeu em 2000 o Prêmio de Literatura Poeta Júlio Brandão. Participou de vários encontros internacionais de literatura e possui textos publicados em diversas revistas de literatura no Brasil, Espanha e em Portugal, além de outros trabalhos traduzidos em língua espanhola e catalão.
O QUê: Recital com o poeta português Luís Serguilha
QUANDO: terça-feira (23), às 18 horas
ONDE: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, Praça XV de Novembro, Centro, Florianópolis, fone: (48) 3028-8091
QUANTO: gratuito
Os usuários da Biblioteca Pública de Santa Catarina já podem fazer suas pesquisas em um ambiente climatizado. Dos 26 equipamentos adquiridos, apenas dois não foram colocados, por precisar de pontos de energia ainda não instalados. Um outro necessita de manutenção.
A administração espera que ate o final da semana o sistema esteja completamente funcionando. A refrigeração, além de tornar o ambiente mais agradável aos estudantes e pesquisadores, é importante para conservar o acervo.
O geógrafo João Batista Soares há mais de um ano freqüenta a biblioteca para o desenvolvimento de uma pesquisa com base em jornais antigos. "Em uma temperatura ambiente é melhor de trabalhar. Quando não tinha ar-condicionado tínhamos que encarar calor de mais de 30ºC. Até evitava vir aqui", confessa. O local em que o aparelho split fica com temperatura mais baixa é o setor de obras raras.
Segundo a administradora interina da biblioteca, Rosalba de Paula, 21ºC é o indicado para preservação dos documentos que datam de mais de cem anos.
O sistema de refrigeração deveria estar proto no dia 16 de janeiro, mas a entrega atrasou em quase um mês. De acordo com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a empresa WZ Comércio e Serviços Hospitalares, vencedora da licitação, não conseguiu todos os equipamentos no tempo determinado, por falta de produto no mercado.
O valor do investimento foi de R$ 85.886,00. Os aparelhos têm capacidade entre 7.000 e 60.000 BTUs (Unidade Térmica Britânica). A biblioteca conta com 116 mil volumes entre livros, revistas e jornais.
OPINIãO
"Agora já estamos em uma condição humana de trabalhar. Com a climatização, ajuda até a conservar os materiais, que estragam com o suor da gente."
Fernando Guedert, estudante
"Estudar em um ambiente com ar-condicionado é melhor, pois, quanto mais nos sentimos bem, melhor será a nossa produção. Para mim, ficou ótimo."
Dafine Claro, estudante
A Teia Sul, Encontro de Pontos de Cultura da Região Sul, realiza-se entre os dias 26 e 28 de fevereiro, na cidade de São Francisco do Sul (SC), dando início a mobilização para a Teia 2010 - Tambores Digitais, Encontro Nacional dos Pontos de Cultura (Fortaleza, CE, 25 a 31 de março).
São esperados no encontro cerca de 250 artistas e produtores culturais, representando 60 Pontos de Cultura gaúchos, 70 paranaenses e 78 catarinenses. Segundo a Comissão Organizadora, a Teia Sul quer mostrar tanto a diversidade quanto a memória cultural marcantes dos diversos povos e grupos étnicos formadores das identidades dos estados sulistas.
"A idéia é aproximar outras ações culturais que ainda não fazem parte do Programa Cultura Viva, bem como os agentes culturais e públicos que atualmente buscam uma aproximação com a rede de ações do Programa", explica a Comissão em texto. "O encontro Teia Sul, portanto, será um evento político, cultural e técnico, que objetiva a articulação de temas fundamentais, o desenvolvimento de atividades lúdicas e a expressão cultural de Pontos de Cultura e da Ação Griô".
Dentre os objetivos está a sedimentação do trabalho realizado em rede por agentes culturais, cujo desafio maior é a construção de saberes coletivo e a demarcação de novos perspectivas para a sustentabilidade de projetos que priorizem o desenvolvimento humano como forma de autonomia.
Programação
Para a atriz Arinha Rocha, diretora da Casa do Teatro, Ponto de Cultura sediado em Foz do Iguaçu (PR), o encontro serve não apenas como um momento de articulação de ações e de políticas, mas também de "contato entre as pessoas e suas produções, entre olhares e visões distintas. é importante afirmar a dimensão humana destas reuniões, onde as pessoas estão em movimento, almejando trocar impressões e expressões humanas", explica.
A abertura da Teia Sul acontece no dia 26, a partir das 15h30, com o acendimento da Chama Lei-Griô e a ciranda de Mestres Griôs e Tuxauas. à noite, uma mostra audiovisual com produção dos Pontos de Cultura será exibida.
No dia 27, tem início os Fóruns Estaduais, onde acontecem discussões e encaminhamentos sobre políticas públicas para Pontos e Pontões de Cultura, assim como a elaboração do documento de referência do encontro - Carta de São Franscisco do Sul. Também neste dia está programada o registro da memória dos mestres da Ação Griô e a gravação de um clipe musical.
No dia 28, os Tuxauas da região sul, articuladores de redes de Pontos de Cultura recentemente selecionados em edital público, realizam um primeiro encontro, afim de conhecer e articular propostas. A programação completa, assim como outras informações relativas ao encontro, está disponível aqui.
26/02/2010 - Uma exposição com pinturas da artista Kátia áurea será aberta na quinta-feira, dia 4 de março, às 19 horas, no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis. Promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a mostra tem curadoria de Fernando Lindote. A visitação é gratuita, e pode ser feita de 05 de março a 04 de abril, de terça a sexta, das 10h às 18h, sábados e domingos, das 10h às 16h.
A artista conta que seu processo de criação se dá através do contato com a tela branca, no manuseio dos pincéis e das tintas, na preparação para o ato de pintar. "Este ritual me aquece, me leva a um estado de concentração que invoca dentro de mim "o contato com a criação". Vou em busca de "algo" a ser criado, mergulhando no vazio que tudo contém. Procuro me colocar num estado de "não pensamento", silenciando minha mente, me sintonizando com o olhar sobre a tela, e no manuseio das cores e pinceis. Sigo instantaneamente minha intuição, que vai produzindo os movimentos do corpo, dos braços, em traços e pinceladas repleta de cor. Muitas vezes produzo um caldo cromático sobre o branco da tela, a espera e no desejo da materialização de "algo", "algo inesperado". Cada quadro se torna um quadro, desprendido de tema ou série, centrado apenas no momento de criação, no aqui e agora", descreve Kátia áurea.
No texto de apresentação da mostra, Lindote afirma que "se a pintura possui uma longa história de estruturação de seus meios e repertório, que nos permite pensar o mundo através de suas imagens, também é verdade que a cada artista se impõe o desafio de deslocar o estabelecido pela tradição e abrir nova chave de fruição. Nesse sentido, a pintura desenvolvida até aqui por Kátia áurea parece nascer de um sopro. Ou antes, de uma respiração que faz oscilar a superfície da imagem. O repertório que subsiste em séculos de produção pictórica: a composição, a mancha, a escala cromática, o gesto ou a linha; todos esses elementos e outros que a tradição mantém, sofrem, no movimento do corpo da artista sobre o plano da tela, uma leve suspensão. Uma delicada torção que faz com que pareçam revividos. Uma brisa ligeira transpassa cor, forma e composição. Sugestões de lugar, figura e mancha se equivalem sob outra ordem: um movimento interno que passa de uma obra à outra. é uma pintura que respira. E pulsa no gesto da mão no pincel deslizando sobre o tecido. Corpo, mente, crença e acaso concorrem no acontecimento que constitui cada imagem. E conforme tudo o que vive esta pintura não pode ser prevista ou normatizada. Como tudo o que vive, respira."
Kátia já participou de exposições coletivas no Espaço Oficinas do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis, em 2005, 2006 e 2007. Em 2006, também participou de coletivas no Espaço Cultural Rita Maria e no Espaço Cultural Casan. Em 2009, participou da coletiva "Presenças: O Ato de Pintar", no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, mesmo ano em que participou de coletiva na Alemanha. Em 2010, fez a exposição individual "Um Mergulho no Vazio", na Galeria Municipal de Arte de Itajaí.
O QUê: Exposição Kátia áurea - Pinturas, com curadoria de Fernando Lindote
QUANDO: Abertura 4 de março (quinta-feira), das 19h às 22h. Visitação de 05 de março a 04 de abril de 2010, terça a sexta, das 10h às 18h, sábados e domingos, das 10h às 16h
ONDE: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, Sala 4. Praça XV de Novembro, 227, Centro, Florianópolis. Fone: (48) 3028-8091
QUANTO: gratuito
Mais informações:
Kátia áurea - (48) 9617-8688
Fernando Lindote - (48) 9938-4575
Susana Bianchini - (48) 9989-5751
O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) é uma entidade vinculada à Fundação Catarinense de Cultura (FCC), criado em 18 de março de 1949 com o nome de Museu de Arte Moderna de Florianópolis (MAMF). Desde então, é o órgão oficial na área das artes visuais, instalado, hoje, no prédio do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, a Capital do Estado.
A trajetória de origem e desenvolvimento do Masc coincide com um momento de efervescência e dinamismo cultural, que marcou a década de 1940 no Brasil, quando foram criadas instituições de referência como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1947, e o Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro, em 1948.
O Círculo de Arte Moderna (CAM), mais tarde conhecido por Grupo Sul, constituiu-se num antecedente histórico marcante para o então MAMF, ao trazer para a Florianópolis, em 1948, a "Exposição de Arte Contemporânea", juntamente com a presença de seu idealizador, o escritor carioca Marques Rebelo. Foi a partir dessa mostra, acompanhada de palestras sobre arte contemporânea proferidas pelo escritor, que nasceu o embrião do atual Masc.
Daquela época para este começo de século XXI, o Masc reuniu e disponibilizou ao público um diversificado e expressivo acervo de 1.775 obras de artistas nacionais e estrangeiros, com destaque também aos artistas catarinenses. Nas últimas décadas, o museu continua expandindo sua missão de socializar arte, cultura, prazer estético e conhecimento à comunidade, a visitantes e a turistas, por meio de exposições de curta duração do acervo, Salão Nacional Victor Meirelles, mostras temporárias, biblioteca, programas de visitação mediada, publicações e assessoria técnica.
O trabalho do Masc materializa-se por intermédio dos Núcleos de Arte-Educação, Conservação e Acervo, exposições e montagem, pesquisa, documentação e biblioteca, além das áreas de direção e administração. Conta também com o apoio dos serviços do Atelier de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor) e da Associação Amigos do Museu de Arte de Santa Catarina (AAMASC).
A atual gestão do Museu teve como principal desafio desenvolver e implementar o Plano Museológico do Masc, de acordo com o novo Estatuto de Museus (Lei nº 11.904, de 14/01/2009). A equipe diretiva e técnica tem participado ativamente de um processo de qualificação e aperfeiçoamento, visando a dotar a instituição de um planejamento estratégico voltado cada vez mais para o papel contemporâneo e de vanguarda que cabe aos museus: o de serem um processo vivo a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento; de estarem comprometidos com a gestão democrática e participativa; e constituírem-se em unidades de investigação, pesquisa, interpretação, mapeamento, documentação e preservação cultural.
A partir desta concepção filosófica e conceitual, o museu será um fórum permanente para o debate e a reflexão, contribuindo para a comunicação e a exposição dos testemunhos do homem e da natureza, com o objetivo de propiciar a ampliação das possibilidades de construção identitária e a percepção crítica acerca da realidade cultural. Museu ideia com novas áreas de respiro. Nesse contexto, recebe particular relevância o significado das iniciativas do Masc no campo da Ação Educativa, uma função crescentemente essencial nas ações dos museus. Por isto, até 2014, quando o Plano Museológico do Masc deverá estar concluído, o Museu manterá seu foco também na criação de comissões consultivas e curatoriais para políticas de acervo e a realização de exposições de longa duração, temporárias, de visitantes e itinerantes, utilizando seu espaço e suas atividades educativas para o fomento da interdisciplinaridade, da reflexão e da fruição sensível, inteligente e interativa da visualidade e das artes contemporâneas.
Lygia Helena Roussenq Neves
Administradora do Museu de Arte de Santa Catarina / Masc - dezembro de 2010
Fonte: http://www.masc.sc.gov.br/