O Patinho Feio é o conto mais famoso de Hans Christian Andersen, onde a trama gira em torno dos problemas de um dito patinho feio. Na montagem feita pelo grupo GATS, a história se passa numa fazenda onde uma menina muito sapeca se diverte com os mais diversos animais, como o cachorro, o peru, a pata... Mesmo sem nenhum texto e cenário e acompanhado de música ao vivo, a peça mantém a essência do famoso conto abordando de forma muito criativa os problemas de adaptação e aceitação enfrentados pelo personagem principal da história. Feitos apenas de sacolas plásticas e mãos dos atores, os personagens divertem e encantam o público de todas as idades.
O Miolo da História apresenta a vida e os sonhos de João Miolo, operário da construção civil e brincante de bumba meu boi que tem uma vida comum a tantos outros operários: casa humilde, vida sofrida e uma enorme solidão. Mas em meio a tudo isso, João sustenta o desejo de ainda vir ser cantador no boi onde brinca e ocupar uma posição de destaque na vida. O drama de João começa quando, não sendo aceito como cantador, decide não sair na boiada daquele ano. Revoltado, ele vai trabalhar embriagado e acaba machucando-se, precisando refazer os votos com o santo para não perder a perna. O espetáculo apresenta o homem em conflito com a fé e suas relações sociais.
Dando continuidade à investigação de sua linguagem festiva, a Cia Rústica apresenta O Fantástico Circo-Teatro de um Homem Só. No palco-picadeiro, Heinz Limaverde transita por vários tipos do imaginário do circo, como a mulher-barbada, o mágico, a vedete, o cantor, o palhaço; além de expor sua própria persona.
Escrito em parceria entre o ator e a diretora Patrícia Fagundes, a dramaturgia serve-se da estrutura polifônica do espetáculo circense, combinando o universal com o pessoal a partir de referências do circo e memórias e experiências do ator. O espetáculo foi indicado em todas as categorias possíveis no Prêmio Açorianos 2011, sendo contemplado nas categorias de Melhor Direção e Melhor Figurino. Bem vindos ao circo-teatro sem lona da Cia Rústica.
“A comédia que vamos apresentar é humilde e inquietante, comédia rota, das que querem arranhar a lua e arranham o próprio coração”. Assim tem início uma aventura pelos meandros deste sentimento delicado e imenso, grande tema da literatura universal: o amor. Em O Malefício da Mariposa, Federico García Lorca utiliza a fábula para retratar a louca paixão de Curianito por uma misteriosa mariposa com a originalidade e profundidade de poucos. Em meio à atmosfera poética de um estranho jardim, ínfimas criaturas da natureza amam e sofrem de maneira muito parecida à nossa, seres humanos.