No dia 7 de agosto, em dois horários (às 8h e às 14h), a Biblioteca Pública de Santa Catarina recebe grupos escolares para o lançamento do livro infantil “A menina que abriu a janela” - Edição trilíngue (português, italiano e libras), da escritora Fernanda Resende. A programação faz parte da agenda da BPSC, que celebra os 150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina.
O livro propõe uma abordagem sensível e acessível sobre identidade, diversidade e inclusão na infância. A narrativa acompanha Florisbela, uma menina que aprende a lidar com seus sentimentos e a enxergar o mundo com coragem ao “abrir a janela” — metáfora que guia o enredo e convida os leitores à descoberta do autoconhecimento e da empatia.
O evento contará com exibição de história e bate-papo com a autora. A programação é gratuita e aberta à comunidade. Como parte das ações de incentivo à leitura e formação de novos leitores, alguns exemplares serão disponibilizados ao público presente.
A obra, ilustrada pelo artista gaúcho Adão de Lima Júnior, conta com traduções para o italiano, realizadas por Claudio Pompermaier, e para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), por Liliane Vieira.
Essa proposta foi selecionada pelo Edital Circuito Catarinense de Cultura – PNAB SC 2024, executado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com recursos do Governo Federal e da Política Nacional Aldir Blanc.
No dia 30 de julho, das 19h às 20h, a Biblioteca Pública de Santa Catarina promove a roda de conversa "A imigração Italiana em Santa Catarina", com participação dos professores doutores Nelma Baldin e Norberto Dallabrida; e mediação do servidor da BPSC, coordenador da Hemeroteca Digital Catarinense e presidente da Associação Trevisani nel Mondo em Florianópolis, Celso Guzzi. A atividade faz parte da programação que a Biblioteca está promovendo em comemoração dos 150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina. A entrada é gratuita.
Na ocasião, o Coral da Associação dos Magistrados Catarinenses fará uma apresentação com repertório de músicas italianas.
Nelma Baldin nasceu em Lauro Müller (SC) e cresceu em Curitibanos (SC), onde aprendeu as primeiras letras. Ainda jovem, mudou-se para Florianópolis (SC) onde formou-se em História na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 1976, concursada, tornou-se professora de História na própria UFSC; fez mestrado em História na mesma instituição. Na PUC/SP fez Doutorado em História da Educação. Na “Università Degli Studi di Roma e na Università Degli Studi di Bologna” fez o Pós Doutorado em História e Antropologia da Educação; fez o terceiro Pós Doutorado na área de História Ambiental na Universidade de Coimbra (Portugal). Além de professora na UFSC, lecionou, também, na Univille e na UFPB de Campina Grande, na Paraíba. Seus livros de autoria solo, dedicados à História da Imigração Italiana no Brasil, são referência no estudo desse segmento nas universidades. É autora de “Tão fortes quanto a vontade”.
Norberto Dallabrida é licenciado e mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e autor de livro “O mestre-escola: retalhos da vida de Giovanni Trentini em Rio dos Cedros”.
Sobre o Coral da AMC
O Coral da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) foi fundado em 08 de maio de 2000, por iniciativa do magistrado dr. Eralton Viviani. Seu repertório é eclético, abrangendo desde o estilo erudito, sacro, até o folclórico, regional e popular.
Desde a sua criação, apresenta-se frequentemente em solenidades da Associação dos Magistrados Catarinenses e do Poder Judiciário de Santa Catarina, e em encontros e festivais de corais no estado e fora dele.
O Coral da Associação dos Magistrados Catarinenses conta atualmente com 35 integrantes; desempenha suas atividades musicais sob a regência de Melina Figueiredo Alves de Arruda e é presidido pela Sra. Gilmara Fortes.
Integrando a programação que marcará as comemorações dos 150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina, que a Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) irá sediar entre julho e agosto, no dia 23 de julho, às 19h, tem roda de conversa com os temas “Cidadania Italiana, suas transformações e implicações”, com o Dr. Mauro Virgilio Barzotto; e “Imigração Italiana no Sul de Santa Catarina”, com Júlio Cesar Cancellier de Olivo. O evento, cuja entrada é gratuita, terá mediação da diretora da Patrimônio da FCC, Lélia da Silva Nunes.
“Cidadania Italiana, suas transformações e implicações”
O polêmico assunto da cidadania italiana será abordado pelo Dr. Mauro Virgílio Barzotto. Ele nasceu em Rio das Antas (SC) e é filho de agricultores de origem italiana, oriundos do Rio Grande do Sul (RS). Médico veterinário formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), vive em Florianópolis e se dedica à área clínica e cirúrgica em pequenos animais há 25 anos.
Membro-fundador e atual vice-presidente da Associação Trevisani nel Mondo de Florianópolis, entidade civil apartidária e sem fins lucrativos, fundada em 2014, é também escritor. Desde 2022 desenvolve a atividade de Conselheiro do Comitê dos Italianos Residentes no Exterior junto ao Consulado Italiano de Curitiba, cargo pelo qual foi eleito pela comunidade italiana da circunscrição PR/SC para um mandato de 5 anos. É autor dos livros "Familia Barzotto - 1879 a 2019" e "Memória Ferida - Três anos Prisioneiro Sob o Domínio dos Ingleses (sobre a vida do Padre Ermenegildo Bortolato)".
“Imigração Italiana no Sul de Santa Catarina”
O jornalista e mestre em Cinema Digital e Produção Televisiva Júlio Cesar Cancellier de Olivo, atua nas áreas de Comunicação e Artes, com ênfase em roteiro e direção cinematográfica, jornalismo digital, fotografia, vídeo, assessoria de imprensa e produção de conteúdos digitais. É criador do premiado Metaverso, apresentado na reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que integrou iniciativas inovadoras de divulgação científica.
Pesquisador associado ao Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito (CONPEDI), apresentou recentemente em Perúgia, na Itália, o artigo “Genealogia e Inteligência Artificial: desafios da Era Digital para a elaboração de um onomástico dos imigrantes italianos que desenvolveram o Sul do Estado de Santa Catarina de 1877 a 1897”, base do projeto do Museu Digital da Imigração. Dirigiu diversos documentários sobre a imigração italiana no Sul catarinense e mantém um canal no YouTube dedicado ao tema.
Integrando a programação que marcará as comemorações dos 150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina, que a Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) irá sediar entre julho e agosto, no dia 16 de julho, às 19h, ocorre a palestra “As grandes navegações e os navegadores italianos”, com Amilcar D’Ávila de Mello. A entrada é gratuita.
Amilcar D’Ávila de Mello, escritor, nasceu na fronteira sui generis de Sant’Ana do Livramento (RS) e Rivera (Uruguai) em 22 de julho de 1957. Exerce a profissão de intérprete de conferências e tradutor nos idiomas inglês, espanhol e português. Também atua como historiador e etnolinguista, cooperando com ONGs de Arqueologia Subaquática em Florianópolis (SC). É autor de livros como "Expedições e Crônicas das Origens - Santa Catarina na Era dos Descobrimentos Geográficos" (1501-1658), "Primórdios da Justiça no Brasil - Coletânea de documentos castelhanos do século XVI" e "E Vem do Mar… Breve História dos alimentos e da culinária da Ilha de Santa Catarina".
Como parte da série de eventos que marcarão as comemorações dos 150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina, que a Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) irá sediar entre julho e agosto, no dia 9 de julho, às 19h, ocorre o bate-papo com o escritor José Sardo com o tema “Colônia Nova Itália”, com mediação do servidor da BPSC, coordenador da Hemeroteca Digital Catarinense e presidente da Associação Trevisani nel Mondo em Florianópolis, Celso Guzzi. Na ocasião, o escritor lançará e autografará sua obra. Também haverá apresentação do Coral Ítalo de Florianópolis. A entrada é gratuita.
José Sardo, também conhecido pelo nome afetivo de Saulo, é uma figura emblemática da comunidade Colônia Nova Itália, localizada no município de São João Batista, em Santa Catarina. Nascido de uma família tradicional da região, filho de João Emídio Sardo e Conceição Pera Sardo, cresceu ao lado dos irmãos e irmãs, imerso nas histórias e tradições locais. Desde cedo dedicou-se à lavoura para ajudar no sustento de sua família; em 1975 casou-se com Maria Irene Sartori Sardo com quem teve dois filhos. Sua paixão pela terra natal foi fomentada pelas narrativas de sua avó paterna, que compartilhou com José as aventuras e desafios enfrentados por seus bisavós quando chegaram ao Brasil em 1836.
"Colônia Nova Itália" é uma história realmente vivida por imigrantes, vindos do outro lado do oceano para se instalarem em uma região inóspita e de Mata Atlântica de Santa Catarina, habitada por indígenas em 1836. Essas famílias trouxeram na bagagem muitas esperanças, em um tempo em que ainda não se conhecia a formação do grande êxodo.
Após a palestra de Sardo, o público assiste à apresentação do coral da Associação Coral Ítalo-Brasileira de Florianópolis, constituído, atualmente, por 59 cantores associados e um músico. A Associação é uma entidade sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover a arte do canto coral através da música Italiana e Brasileira – com músicas clássicas, populares, folclóricas e sacras -, com a finalidade de fortalecer a cultura dos povos, além da integração e o congraçamento entre as pessoas. Propaga em suas apresentações a riqueza de um país tropical (Brasil) que é formado por várias etnias, entre elas, a italiana.