Amanhã, quarta-feira (28), será realizada a entrega do primeiro lote de digitalização do jornal O Correio do Povo de Jaraguá do Sul. O evento será às 14h30 na sede do periódico, e contará com a participação do presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Rodolfo Pinto da Luz, da administradora da Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC), Patrícia Karla Firmino, e do bibliotecário e coordenador técnico da Hemeroteca Digital Catarinense, Alzemi Machado.
Na ocasião, serão entregues ao presidente do jornal, Walter Janssen Neto, 1.222 edições digitalizadas referentes ao período histórico de 1919 a 1950, e que estarão disponibilizadas no sitio da Hemeroteca Digital Catarinense para leitura e pesquisa on-line.
Dentre as edições digitalizadas, destacam-se as publicações bilíngues em português e alemão, que circularam até ano de 1942. A entrega deste primeiro lote faz parte do convênio de digitalização firmado pela FCC no final de 2016, e pretende disponibilizar na plataforma virtual a coleção completa do periódico, cujo trabalho final está previsto para 2019 - ano do centenário do periódico.
Sobre a Hemeroteca Digital
A Hemeroteca Digital Catarinense promove o acesso a fontes documentais selecionadas, organizadas e estruturadas em formato digital. A iniciativa é uma parceria entre o Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed) / Instituto de documentação e Investigação em Ciências Humanas (IDCH) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a Biblioteca Pública de Santa Catarina, administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
Iniciada em novembro de 2013, a Hemeroteca já contempla em sua base de dados cerca de 815 títulos digitalizados, com 35.119 edições, totalizando aproximadamente 200 mil páginas disponíveis para consulta pública e transferência de arquivos mediante acesso pelo endereço eletrônico: hemeroteca.ciasc.sc.gov.br. São periódicos, jornais e revistas que ajudam a contar a história de Santa Catarina desde o século XIX.
Em 2016, o projeto foi um dos finalistas do 29º Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, a maior premiação na área de promoção e preservação do Patrimônio Cultural de todo o país, promovida pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Sobre O Correio do Povo
Criado em 10 de maio de 1919 pelo sapateiro e escrivão Venâncio da Silva Porto, O Correio do Povo começou como uma publicação mensal em plena República Velha (1889 - 1930). Já sob a coordenação de Arthur Müller, entre 1923 e 1936, o jornal passou a circular semanalmente. Até 1942, quando era comandado por Honorato Tomelin, o periódico era publicado em português e alemão. Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, a repressão às nacionalidades ligadas aos países "inimigos" (Alemanha, Itália e Japão) restringiu as publicações nestas línguas e O Correio do Povopassou, então, a ser editado somente em português.
Durante a coordenação de Eugênio Victor Schmöckel (1958 - 2004), o jornal começou a circular três vezes por semana. Nos anos seguintes, o periódico foi comandado, ainda, por Yvonne Alice Schmöckel (2005 - 2007) e, atualmente, por Walter Janssen Neto, economista e ex-executivo da empresa WEG que adquiriu o jornal no fim de 2007. Atualmente, O Correio do Povo conta com cinco edições semanais, de terça-feira a domingo (com edição única nos fins de semana).
Crédito: Imagem: Correio do Povo - Edição nº 01 de 7 de maio de 1921.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Nesta quinta-feira, 01, será lançado o livro CONSTRUINDO, Ações Culturais em Museus: o patrimônio cultural na reintegração social de pessoas privadas de liberdade, da especialista em ensino das Artes Visuais Christiane Castellen. O lançamento será realizado na Biblioteca de Arte e Cultura da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), às 16 horas.
O livro, lançado pela editora alemã Novas Edições Acadêmicas, é impresso sob demanda e está sendo vendido por meio deste link.
Conforme a autora, o livro pretende contribuir nas reflexões e na produção teórica do campo das políticas culturais, quanto à realização de projetos e programas de ações educativas de inclusão sociocultural, que promovam a reintegração à sociedade de indivíduos submetidos ao regime de privação de liberdade. A obra apresenta o Projeto Construindo, realizado pelo Museu Histórico de Santa Catarina, a partir do ano de 2009, e seu desdobramento no Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina e no Museu de Arte de Santa Catarina – unidades culturais vinculadas à Fundação Catarinense de Cultura, em Florianópolis.
O Projeto CONSTRUINDO busca promover o acesso, a inclusão e a reintegração de um grupo de reeducandos da Penitenciária Estadual de Florianópolis, por meio de ações educativas socioculturais em visitas mensais nas exposições. O livro é resultado de relatos e artigos que foram publicados em diversos eventos do campo da museologia, da arte, da educação, da história, dos direitos humanos, de políticas culturais entre outros, e versa sobre a experiência de um projeto que se realiza com a educação patrimonial para pessoas privadas de liberdade que se encontram no sistema carcerário.
Sobre a autora
Especialista em Ensino das Artes Visuais, Licenciada em Educação Artística com Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Brasil. Atua na área museológica, com ênfase em ações educativas em museus da Fundação Catarinense de Cultura (1996-2017) e no Museu Histórico de Santa Catarina (2009-2017).
A Biblioteca de Arte e Cultura da FCC está localizada no Centro Integrado de Cultura (CIC), na capital. Mais informações sobre a Biblioteca em: https://artecultura.inf.br/
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A miríade edições lança a publicação “mil palavras, mil imagens” da autoria de Sandra Checruski sobre o trabalho e o encontro com a artista Leya MIra Brander. A publicação é dividida em dois livros, um com um encontro-entrevista e outro com uma análise do trabalho de Leya numa narrativa de montagem envolvendo outros textos. O projeto de publicação surgiu da dissertação de mestrado de Sandra e foi contemplado com o Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2014. A produção do projeto e edição é de Gabi Bresola e o design gráfico de Tina Merz.
A publicação teve 300 exemplares editados, sendo que parte foi e será doada e outra parte estará à venda no site da editora.
O lançamento, em Florianópolis, será na Fundação Cultural Badesc, no dia 15 de março, às 19h, e contará com a presença da autora e convidados para uma conversa.
Sobre a publicação: A produção artística de Leya Mira Brander, gravuras em metal, pop-ups, montagens, imagens e o gesto da escrita sobre as placas acabou desencadeando o primeiro contato entre a produção da artista com Sandra Checruski. A relação pessoal com o fazer da gravura, conteúdo e esse encantamento genuíno e imediato, fizeram com que Sandra buscasse conhecer mais sobre o trabalho de Leya, tornando-se assunto de sua pesquisa de mestrado em Artes Visuais, na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Dentre as diversas possibilidades de abordagem demandadas pela variedade temática que integram o conjunto da obra de Leya Mira Brander, Sandra deteve o olhar sobre a linguagem por ela escolhida para a fatura de suas imagens, a gravura em metal. Posteriormente, dedicou tempo para a reflexão sobre seu conteúdo imagético, cujo recorte voltou-se para a sua relação com a memória e a recorrência de visualidades que denotam certas sensibilidades e preferências temáticas e, por último, ao espaço privilegiado que ganha a palavra dentro de seu processo criativo. Esses recortes foram tratados em capítulos distintos, mas retomados ou mencionados fora deles quando necessário, assim como por vezes também as imagens se repetem ao longo do trabalho para fins explicativos diversos ou complementação das abordagens.
Defendida em 2014, sob o título “Leya Mira Brander – Mil palavras, mil e uma imagens" a dissertação carregava não só um texto acadêmico como muitos apêndices, imagens, textos extras, carta e um encontro/entrevista. A partir disso, surgiu a ideia de transformar este material em uma publicação de artista. O projeto foi inscrito e contemplado no Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura - 2014, cujo resultado é a publicação, dividida em dois volumes e uma cinta que os entrelaça através de dois textos poéticos elaborados pela autora, que mencionam o encontro com a artista.
A edição da publicação partiu da ideia de unir um livro de arte para apreciação e também um objeto de pesquisa que pudesse ter uma leitura um pouco diferente. Necessitou primeiramente de um envolvimento com a obra da Leya, e também com o pensamento de escrita de Sandra Checruski. A mediação foi da editora Gabi Bresola e da designer Tina Merz, que mapearam as muitas semelhanças e oposições entre estes dois trabalhos.
Estas características e o pensamento de montagem com destaque para a palavra, presente em ambas as produções, acabaram por nortear o projeto gráfico que ficou dividido em dois livros: mil palavras - mil imagens.
Mil palavras, que faz menção a uma gravura de Leya e nomeia uma de suas exposições individuais, dá título ao livro que reúne um dos capítulos da dissertação. Adaptado para a publicação, o texto fala das imagens de Leya, analisando-as em relação à história da arte, tarot, fotos de família, o texto presente como imagem, apropriações e as palavras proliferantes no conjunto da obra de Leya excedem aquelas gravadas em suas chapas e contaminam de outra forma seu processo. Em uma das partes deste livro Sandra constrói o “Pout-pourri amoroso” utilizando um processo de montagem que articula comentários, gravuras de Leya, "figuras" de Barthes, e trechos do ensaio de Fabio Morais, intitulado para L, em homenagem à artista, no qual aponta um repertório musical que vai de Alcione a Chico Buarque. Este fato levou a editora a criar uma playlist do livro que pode ser ouvida em: https://goo.gl/UaKBJ8
Mil imagens é a conversa/entrevista entre Leya e Sandra que aconteceu durante o período de pesquisa. Nele, Leya conta de várias faces do trabalho que desenvolve, as influências, acontecimentos pessoais, exposições, outras publicações, seus gostos, o tarô, a astrologia e algumas conversas de bordas que aparecem e são coincidências e semelhanças entre as duas artistas.
Os dois livros priorizaram a não hierarquização entre o texto e a imagem. Seus títulos fazem um jogo com a sobrecapa que busca fazer da publicação o encontro destas duas artistas, onde o trabalho da Leya é também Sandra, e Sandra é Leya.
Leya mira brander: mil palavras, mil imagens
Autora: Sandra Checruski Souza
Edição e produção do projeto: Gabi Bresola
Projeto gráfico: Tina Merz
Edição de texto: Fábio Brüggemann
Revisão e assessoria de comunicação: Barbara Marins Pettres
Miríade edições | 2017
Texto: Barbara Pettres
João da Cruz e Sousa nasceu na antiga Desterro, em 24 de novembro de 1861, filho de escravos alforriados. Criado no solar dos que foram senhores de seus pais, recebeu, em 1874, uma bolsa de estudo para o Ateneu Catarinense. Desde cedo voltado para a literatura, fundou com os amigos Virgílio Várzea e Santos Lostada o jornalzinho “Colombo” e mais tarde “Tribuna Popular”. Dirigiu o semanário “Moleque”. em 1881, viajou ao norte, como ponto da companhia dramática Julieta dos Santos, lá voltando em 1883, quando recebeu homenagens de grupos abolicionistas.
Seus poemas são marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca. É certo que encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.
No aspecto de influências do simbolismo, nota-se uma amálgama que conflui águas do satanismo de Baudelaire ao espiritualismo (e dentro desse, idéias budistas e espíritas) ligados tanto a tendências estéticas vigentes como a fases na vida do autor.
Embora quase metade da população brasileira seja negra, poucos foram nossos escritores negros e mulatos. E, entre eles, poucos foram os que escreveram em favor da causa negra. Cruz e Souza, por exemplo, é acusado de ter-se omitido quanto a questões referentes à condição negra. Mesmo tendo sido filho de escravos e recebido a alcunha de "Cisne Negro", o poeta João da Cruz e Souza não conseguiu escapar das acusações de indiferença pela causa abolicionista. A acusação, porém, não precede, pois, apesar de a poesia social não fazer parte do projeto poético do Simbolismo nem de seu projeto particular, o autor, em alguns poemas, retratou metaforicamente a condição do escravo. Cruz e Souza militou, sim, contra a escravidão. Tanto da forma mais corriqueira, fundando jornais e proferindo palestras por exemplo, participando, curiosamente, da campanha antiescravista promovida pela sociedade carnavalesca Diabo a quatro, quanto nos seus textos abolicionistas, demonstrando desgosto com a condução do movimento pela família imperial.
Quando Cruz e Souza diz "brancura", é preciso recorrer aos mais altos significados desta palavra, muito além da cor em si.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.
Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!
Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas
Fonte: COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global.
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Além de democratizar a cultura e revelar novas tendências artísticas em Santa Catarina, o Projeto Caldo de Cultura proporciona a valorização dos talentos locais. Evento de lançamento acontece no Palácio Cruz e Sousa
No dia 18 de dezembro, Santa Catarina será palco do Projeto Caldo de Cultura, uma nova proposta de entretenimento gratuito, que surge com o objetivo de levar arte, cultura e lazer. O coquetel de lançamento do Projeto acontece no Palácio Cruz de Sousa, às 18h, em Florianópolis, e conta com programação especial. Durante quatro horas, o público terá a oportunidade de conferir atrações inéditas e imperdíveis, que vão desde mostras de cinema e animação, programação circense, musical, fotográfica e dança.
O Projeto Caldo de Cultura surge com o objetivo de promover a valorização da diversidade cultural, e, para isso, conta com a participação de artistas e grupos de reconhecimento nacional e local. A programação contempla todas as idades. Neste sentido, o Projeto Caldo de Cultura tem como premissa democratizar a cultura e revelar novas tendências artísticas, proporcionando também a valorização dos talentos locais.
O Projeto Caldo de Cultura é uma realização da Associacão Caretinhas Contra às Drogas Pelo Esporte (Acadesp-Floripaz) e da Mult Produções e Eventos, e conta com apoio do Museu Histórico de Santa Catarina, da Cinemateca Catarinense e Fundação Catarinense de Cultura e patrocínio do FUNCULTURAL, da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e do Governo do Estado de Santa Catarina. “O Projeto inova o modelo de produção na articulação dos segmentos dos produtores locais no processo de realização e no estabelecimento de parcerias entre agentes públicos e privados em torno da geração de conteúdos nacionais”, diz o produtor Gastão Meirelles, da Mult Produções.
O Projeto contempla manifestações artísticas espontâneas e terá programação NA PRAÇA XV DE NOVEMBRO E PRAÇA HERCÍLIO LUZ, NOS CENTROS HISTÓRICOS DE FLORIANÓPOLIS E SÃO JOSÉ e em outros espaços públicos, como a Praça Getúlio Vargas e o Parque da Luz. Além da proposta diversificada, prevê ainda Feiras de Artesanato, de Recicláveis e Reutilizáveis.
Programação:
18h - Projeto Sexta no Jardim: Ricardo Graça Mello 19h - Solenidade e coquetel
20:15h - Projeto Sexta no Jardim: Orquestra de Cordas Allegro Vivace
Atrações:
Dj Rick – música eletrônica brasileira com percussão. Artes plásticas Circo Loko Hary Salgado (dança) Companhia de Teatro Háde Haver Flavio Oliveira (fotografia) Video institucional Cinema animação "Sereia" - direção de Yannet Briggler
Caldo de Cultura: 18/12/09, das 18h às 22h
Evento gratuito |