A próxima edição dos Programas Públicos do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) terá um debate sobre a violência étnica contra os povos indígenas, pontuando e problematizando tópicos de suas representações, enfatizando que a arte e os museus podem ser espaços possíveis para dar visibilidade a tais questões. A roda de conversa será na terça-feira, 27, às 19h, com entrada gratuita.
O encerramento do encontro terá uma cerimônia em memória ao indígena Marcondes Namblá, professor da escola da Terra Indígena Laklãnõ (município de José Boiteux), que foi espancado na praia da Penha nas primeiras horas de 2018 enquanto vendia picolés para complementar sua renda. Depois de dois dias, não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Ainda no Masc, os artistas Monica Nador e Jamac, convidados para a quarta edição do Projeto Claraboia propõem, como reação ao assassinato, uma intervenção nas paredes com referencias às marcas corporais do povo Laklãnõ-Xokleng, que eram tradicionalmente usadas na guerra e no luto.
Sobre os participantes
Aline Ramos Francisco é doutora em História e professora no curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da Universidade Federal de Santa Catarina/Ufsc. Tem como tema de pesquisa o estudo da história indígena e do Sul do Brasil, especialmente com relação às interações sociais entre indígenas e ocidentais.
Mônica Nador é artista visual. Começou a participar do circuito das artes nos anos 1980. Com um trabalho inicial em pintura, a partir de 1999 se volta para a produção de grandes pinturas murais em comunidades carentes, onde passa a residir. Através do que chama de “autoria compartilhada” explora o potencial transformador da arte.
Nanblá Gakran é cientista social e doutor em Linguística. Da etnia Xokleng/Laklãnõ, é defensor da revitalização da Língua Materna Xokleng/Laklãnõ e da valorização da identidade étnica e cultural. Atualmente realiza seu pós-doutoramento em Linguística e é professor no curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica na Ufsc.
Thainá Castro Costa é museóloga e doutora em História. É professora no curso de Licenciatura Intercultural Indígena no Sul da Mata Atlântica e no curso de Museologia da Ufsc.
A Associação dos Estudantes Indígenas da Ufsc/ Aeiufsc foi criada em 2017 por representantes de nove diferentes povos indígenas.
Sobre o projeto
Os Programas Públicos do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) buscam expandir o escopo de atuação do Museu e gerar novas maneiras de experimentá-lo por meio da promoção de palestras, conferências, seminários, cursos, visitas, mostras de filmes e outras atividades. Integrando acervo, exposições e pesquisa, propõe um diálogo com o público que já frequenta o Museu, mas também alcançar e se aproximar de diferentes públicos.
Ligados ao Núcleo de Ação Educativa e com o apoio de parceiros – universidades, organizações da sociedade civil, entre outros – se constitui como foro para debater as novas narrativas, as relações entre arte, cultura e sociedade em contextos locais e globais. Pensando o Museu como espaço (público) que está sempre revendo seu papel e examinando lugar que ocupa dentro de uma sociedade plural, os Programas Públicos são experimentais em sua essência.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
O MISCUTA veiculado pela Rádio UDESC FM nesta segunda-feira (19) conta com a trilha sonora escolhida pela artista Ka Alves, cantora e compositora.
O MISCUTA veiculado pela Rádio UDESC FM nesta segunda-feira (12) conta com a trilha sonora escolhida pelo artista Rohmanelli que se apresenta essa semana no CIC.
Nesta sexta-feira, 23, aniversário de Florianópolis, as casas administradas pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) localizadas na capital abrirão normalmente, exceto a Biblioteca Pública de Santa Catarina, que ficará fechada.
O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) e o Museu da Imagem e do Som (MIS/SC), localizados no Centro Integrado de Cultura estarão abertos para visitação do público das 10 às 21h. Também haverá espetáculos no Teatro Ademir Rosa e no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC).
Vale ressaltar que a Casa da Alfândega e o Museu Histórico de Santa Catarina, sediado no Palácio Cruz e Sousa, estão fechados para reformas.
Programação:
Teatro Álvaro de Carvalho
:: Espetáculo Por que nem todos os dias são de sol?
Dias 23 e 24/03, às 20h
:: Espetáculo Na Catraca
Dia 25/03, às 20h
Teatro Ademir Rosa
:: Espetáculo A Bela e a Fera
23/03, às 20h
:: Show do cantor Cícero
24/03 às 21h
:: Espetáculo Luiz Marenco e Thedy Correa
25/03, às 20h
Sala de Cinema do CIC
:: Filme A Visitante Francesa
Direção: Sang-soo Hong // País: Coréia do Sul // Ano: 2012
Dias 23, 24 e 25 de março, às 20h, com entrada gratuita
:: Filme de animação Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar
Direção: Hayao Miyazaki // Japão // Ano: 2008
Dia 24/03, 16h, com entrada gratuita.
Museu de Arte de Santa Catarina
Exposições em cartaz:
:: Sensos e Sentidos (última semana)
:: 6x3: Eli Heil – Estou voando
:: Pléticos – Espaço, Geometria e Construção
:: Nodus Vitale – Esculturas e Objetos do Acervo do MASC
:: Clarabóia #4: “Mônica Nador e Jamac: Namblá Xokleng
:: Regina Parra: Por Uma Geografia da Proximidade
Visitação: de terça a domingo, das 10 às 21h.
Entrada gratuita.
Museu da Imagem e do Som (MIS/SC)
:: Exposição Almofada de Penas: Arte em Stop Motion
Visitação: de terça a domingo, das 10 às 21h.
Entrada gratuita.
Biblioteca Pública de Santa Catarina: fechada (reabre na segunda, dia 26).
Casa da Alfândega e Museu Histórico de Santa Catarina: fechados para reforma.
Saiba mais sobre ingressos, sinopses e informações clicando aqui.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Ainda que respaldada por legislação federal em vigor, a acessibilidade no Brasil e em Santa Catarina é uma condição que não teve seu efeito prático e efetivo. E o que dizer da área da cultura? É sobre essa questão que artistas, pesquisadores, organizações e produtores culturais se debruçam para refletir por meio do Seminário de Acessibilidade Cultural, que abriu na segunda-feira (19) e vai até quarta-feira com uma intensa programação na Faculdade Senac, e Florianópolis.
O seminário é uma realização da Associação Catarinense para a Integração do Cego (ACIC) e conta com o apoio do Governo do Estado de Santa Catarina por meio do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2017. O presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, e o presidente do Conselho Estadual de Cultural, Marcondes Marchetti, participaram da abertura do Seminário que ocorreu na tarde de segunda no auditório da faculdade. “O seminário faz parte de um esforço urgente para transformar a legislação em uma ação de fato para todos”, destacou Rodolfo Joaquim Pinto da Luz, ao ressaltar também que o encontro foi um dos 175 projetos contemplados pelo Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2017. “O que coloca o governo do Estado como co-participante para debater e refletir propostas a serem encaminhadas para uma inclusão efetiva no âmbito cultural”.
A primeira edição do evento nasce grande em seu propósito: falar sobre a acessibilidade cultural reunindo diversos setores da sociedade e estender estas reflexões ao maior número de pessoas de Santa Catarina. Artistas poderão expandir suas produções de forma a atingir a mais pessoas, gestores de espaços poderão refletir sobre a acessibilidade em suas atividades com mais condições para isso e as pessoas com deficiência irão expor seus pensamentos, reflexões e opiniões sobre a acessibilidade cultural. Em Santa Catarina o contingente de pessoas com algum tipo de deficiência (visual, auditiva, motora, mental ou intelectual) representa 21% da população total – mais de 1,3 milhão de habitantes e números absolutos.
A programação do Seminário conta com mesas redondas, palestras e apresentações artísticas e uma mostra de cinema especial sobre o tema. Para participar, basta acessar o site www.culturaacessivelsc.com.br.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC e ACIC