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Pinturas inéditas, poemas e relatos redigidos em vida nunca compartilhados, além da trajetória artística de Thales Brognoli estão na exposição Vivências e Lembranças, que abre nesta terça-feira, 30 de outubro, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A mostra, produzida pela Studio de Ideias, faz um resgate da chegada do Modernismo à arte plástica catarinense por meio da história do artista que ficou conhecido no Sul do Brasil como empresário de sucesso do ramo imobiliário. Thales Brognoli morreu no ano passado, aos 89 anos.

Thales Brognoli viveu seu viés artístico nos anos 1950, quando os jovens de então buscavam se expressar frente à realidade política e econômica que o país vivia. Talentoso, foi companheiro de Meyer Filho, Hassis, Hugo Mund Júnior, Pedro Paulo Vecchietti, Rodrigo de Haro, Tércio da Gama, Aldo Nunes e Dimas Rosa. Juntos formaram o GAPF (Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis), que movimentou a cena cultural no Estado. Seguiram à risca o ideário Modernista e enalteceram a cultura regional catarinense em obras que retratavam as festividades populares, os interiores das casas, as cenas rurais. No entanto, aos poucos, o movimento foi enfraquecendo com a saída de seus integrantes.

Thales foi um deles. Muito cedo, precisou deixar de lado as tintas e os pincéis para ganhar a vida no escritório, tocando os negócios da família. Mas a alma de artista não sucumbiu. Os diários, nunca vistos antes (nem pela família), trazem revelações e muita poesia.

“A exposição vai mostrar o Thales Brognoli artista dos anos 1950 e também a essência desse artista que se manteve silenciosa, mesmo que diante do mundo ele tenha ‘abandonado’ a arte. O artista sempre este ali e isso ficou muito claro ao ler e reler os seus manuscritos ”, afirma Marina Tavares, produtora da Studio de Ideias.

A exposição contempla 25 telas pintadas entre 1946 e 1990, além de desenhos, poemas, imagens da época e também uma produção audiovisual com depoimentos de artistas, familiares e críticos de arte, entre eles o querido Janga, que nos deixou esse ano.

Livro de memórias e de arte

Na noite da abertura, também será lançado livro com registro inédito das obras de Thales Brognoli. A publicação reúne reproduções de obras, depoimentos de familiares, artistas e críticos de arte.

O projeto foi viabilizado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Florianópolis apoio cultural da Brognoli Imóveis.

Agende-se

O quê: Exposição Vivências e Lembranças, de Thales Brognoli

Quando: 30 de outubro a 30 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 21h
Onde: Espaço Lindolf Bell 2, no Centro Integrado de Cultura – CIC (Av. Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica, Florianópolis)
Quanto: gratuito.

A Orquestra de Cordas da Ilha é a atração desta quarta-feira, 31, no CIC 8:30 Grandes Encontros. O grupo subirá ao palco do Teatro Ademir Rosa às 20h30, com dois convidados: o maestro e contrabaixista Gustavo Fontes e o violinista Juan Rossi.

Com apresentações por todo Estado de Santa Catarina, a Orquestra de Cordas da Ilha foi criada 2005, a partir de um projeto idealizado por Paulo Mattos, que tinha o objetivo de contribuir com a educação musical e incentivar o estudo da música erudita e formação de novas plateias. Um dos diferencias da Orquestra é o seu repertório, que procura sempre oferecer ao público obras inéditas e concertos com explicações didáticas.

Em comemoração ao reinicio das atividades da Orquestra, apresenta o primeiro concerto, do projeto "Bella Música dos Séculos" com obras de três importantes compositores do período romântico: Charles-Camille Saint-Saëns (França,1835-1921), Jakob Ludwig Felix Mendelshonn Bartholdy (Alemanha, 1809-1847) e Giovanni Bottesini (Itália, 1821-1889).

O programa inicia com um prelúdio para Orquestra de Cordas, composto por Camille Saint-Saëns em 1875 como a abertura de uma grande obra sinfônico-coral intitulada Le Déluge, que conta a história bíblica do dilúvio universal. A primeira parte continua com o Concerto em Ré Menor para violino e orquestra de Felix Mendelssohn.

Na segunda parte serão apresentadas duas obras de Giovanni Botessini, quem foi contrabaixista, compositor e maestro - destacando-se nesta última função a estreia da ópera Aida, de Verdi, no Egito, em 1871. Também será apresentado o Grande Allegro di Concerto ‘alla Mendelssohn' para contrabaixo e cordas e, encerrando o concerto, o Grande Duo concertante para violino, contrabaixo e orquestra.

 

Serviço:

CIC 8:30 Grandes Encontros - Orquestra de Cordas da Ilha

Data: 31 de outubro de 2018

Horário: 20h30
Ingressos: R$ 30 (inteira) e 15 (meia)

Local: Teatro Ademir Rosa  / Centro Integrado de Cultura (CIC).

 

 

Entre os dias 29 de outubro e 26 de novembro ficará em cartaz, no hall da Biblioteca Pública, a exposição Jornais escolares e estudantis do acervo da Biblioteca Pública de Santa Catarina. A mostra apresenta 44 títulos de jornais editados em cidades catarinenses no período de 1868 a 2012, expostos em doze painéis contendo capas digitalizadas e impressas das publicações. A entrada é gratuita e o horário de visitação é de segunda a sexta-feira das 8h às 19h e no sábado das 8h às 11h45.

A exposição é organizada sob curadoria do bibliotecário Alzemi Machado, que explica que a criação de jornais escolares produzidos por estudantes ou pelo corpo pedagógico das escolas surgiu na Europa a partir da primeira década do Século XX. Um dos primeiros educadores a utilizar o jornal escolar foi o belga Jean-Ovide Decroly, no ano de 1909, quando editou em seu estabelecimento de ensino O Correio da Escola.

Entretanto, foi o educador francês Celestin Freinet (1896-1966) a partir de 1924, que proporcionou grandes contribuições na utilização do jornal impresso como aliado indispensável no processo educacional, ao perceber que as crianças e adolescentes tinham a necessidade de expressar as suas ideias, e quando manifestavam, apresentavam considerável melhora no rendimento. Outro educador e médico de formação, Janusz Korczak (1878-1942), utilizou o jornal em trabalhos junto às crianças pobres na periferia de Varsóvia, alcançando grande êxito escolar.

No Brasil e, particularmente em Desterro, foi editado em janeiro de 1868 o periódico A União: revista litteraria e noticiosa, elaborado pelos alunos do Colégio do Santíssimo Salvador, vinculado à Ordem dos Jesuítas, tornando-se uma das primeiras publicações estudantis em solo brasileiro. Merece destaque também o jornal A Escola, idealizado pelo professor João dos Santos Areão, diretor do Grupo Escolar Jerônimo Coelho na cidade de Laguna. O primeiro número circulou em 1914, sendo editado sob responsabilidade da direção, contando com a colaboração de professores e eventualmente, de alguns alunos. Abordava conteúdos cívicos, patrióticos, higienísticos, excertos de livros escolares, trechos e redações escolhidas por professores, entre outros temas.

Diversos jornais passam a ser editados nos Grupos Escolares, Escola Normal, Escolas Reunidas, Isoladas e Complementares, objetivando cumprir às determinações advindas das reformas escolares, sob a batuta do pensamento escolanovista.

Neste sentido, a exposição tem o propósito de divulgar o acervo da Biblioteca Pública de Santa Catarina e da Hemeroteca Digital Catarinense e, particularmente, os jornais produzidos por estudantes, estabelecimentos escolares, faculdades, entidades estudantis e grupos de alunos, que de forma autoral ou apócrifa, manuscrita, tipográfica, mimeografa ou em off-set, ajudaram a construir a história da imprensa escolar e estudantil em Santa Catarina.

 

Ascom FCC

 

As quartas-feiras contam com um sotaque especial no Centro Integrado de Cultura (CIC). É que a Biblioteca de Arte & Cultura da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) sedia debates sobre a literatura italiana moderna e contemporânea. Com o apoio do Núcleo de Estudos Contemporâneos de Literatura Italiana (NECLIT) da UFSC, o Projeto Quartas Italianas promove dois encontros mensais, na segunda e na última quarta-feira de cada mês às 18h30, para uma roda de leitura de fragmentos e textos de literatura italiana, que poderão ser lidos em italiano, acompanhados da tradução. Esses textos servem como ponto de partida para a conversa e as discussões seguintes.

A ideia geral do Projeto Quartas Italianas é “tirar” o texto literário da sala de aula e deixá-lo “falar” com todo tipo de leitor, com reflexões: Como os textos nos tocam? Que diálogos as línguas, italiano e português, estabelecem por meio das leituras e da tradução?

O projeto é dirigido a um público multicultural e interessado em literatura em geral e pretende, por meio da leitura e da conversa, oferecer um espaço aberto para se entrar em contato com autores e fragmentos escolhidos que, de alguma maneira, são fundamentais na literatura universal. 

 

Serviço:

Quartas Italianas

Quando: às quartas-feiras (segunda e última de cada mês)

Horário: 18h30

Local: Biblioteca de Arte e Cultura, localizada no Centro Integrado dne Cultura (CIC);

Entrada gratuita.

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) sedia duas novas exposições: a 6ª edição do Prêmio CNI Sesi Senai Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas e o Projeto Claraboia Território Fragmentado  de Jairo Valdati. Em novembro o museu receberá também a mostra Beatriz Milhazes – Um itinerário gráfico.

Na mostra do Prêmio Marcantonio Vilaça o público pode conferir os trabalhos dos cinco artistas vencedores da sexta edição do Prêmio: Daniel Lannes (RJ), Fernando Lindote (SC), Jaime Lauriano (SP), Pedro Motta (MG) e Rochelle Costi (SP); e a exposição Verzuimd Braziel - Brasil Desamparado, do curador premiado Josué Mattos, que reúne trabalhos dos artistas André Parente, Anna Bella Geiger, Carla Zaccagnini, Cildo Meireles, Clara Ianni, Dalton Paula, Daniel Jablonski e Camila Goulart, Daniel Santiago, Ivan Grilo, Lourival Cuquinha, Regina Parra, Regina Silveira, Santarosa Barreto, Thiago Honório, Thiago Martins de Melo e Vitor Cesar.  

Em paralelo às mostras do Prêmio, é realizada a ainda exposição A Intenção e o Gesto, que integra o projeto Arte e Indústria. A iniciativa homenageia artistas com processos de criação relacionados à produção industrial. Em sua terceira edição, o projeto tem a curadoria de Marcus Lontra e reúne trabalhos do artista Sérvulo Esmeraldo, homenageado desta edição, e de mais dez artistas contemporâneos que dialogam com sua produção: Almandrade, Ana Maria Tavares, Angelo Venosa, Arthur Lescher, Delson Uchoa, Hildebrando de Castro, Guto Lacaz, Iran do Espírito Santo, Jaildo Marinho, Raul Córdula e Paulo Pereira.

E a sétima edição do Projeto Claraboia apresenta Território Fragmentado, de Jairo Valdati. É uma instalação que se apresenta como uma floresta reminiscente e que tem como referencial teórico a discussão do território originalmente ocupado pelas espécies bióticas em detrimento a fragmentação realizada pela ocupação humana em Santa Catarina.  Na Sala de Vídeo do MASC será possível conferir obras de acervo do artista Fernando Lindote, na mostra O Astronauta.

Ainda no MASC, a partir de 8 de novembro, a artista Beatriz Milhazes apresentará a exposição “Beatriz Milhazes – Um itinerário gráfico”, do Projeto ArteSesc que tem levado exposições de artes visuais por todo o país. A exposição é composta por nove serigrafias e mais três obras de técnica mista, todas originais. O cromatismo desafiador, o equilíbrio tenso entre o popular e o erudito, além da vertiginosa convivência de formas e cores lançam uma sedutora provocação ao olhar. Assim, possibilidades inéditas de reflexão sobre a visualidade brasileira se abrem na obra gráfica em destaque.

A visitação segue até 03 de fevereiro de 2019.

 

Serviço:

Exposições MASC
Horário de visitação: de terça a domingo das 10h às 21h. Até 03/02/2019.
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) / Centro Integrado de Cultura (Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica - Florianópolis).

Entrada gratuita.

 

Ascom FCC