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Cerca de 250 municípios já enviaram as informações de eventos culturais e artísticos para divulgação no mapa disponibilizado no site da Fundção Catarinense de Cultura (FCC), criado para dar visibilidade à programação das cidades. Já estão cadastrados 1.254 eventos.

Para acessar, basta clicar no link Calendário SCO cadastramento é aberto e pode ser ser feito por agentes culturais de prefeituras, fundações e autarquias da área da cultura, que deverão fornecer informações sobre o evento, quem promove, período de realização e contato. Os interessados devem solicitar o formulário via e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).

No mapa são destacados eventos públicos, como festivais e encontros de música, teatro, dança, folclore, artes visuais, feiras literárias, entre outros.

Ascom FCC

O Miscuta desta segunda-feira, 17, contou com a participação do DJ e cantor Jean Mafra.

Durante os meses de janeiro e fevereiro, a Biblioteca Pública de Santa Catarina terá horário de expediente diferenciado e e estará aberta ao público de segunda a a sexta-feira, das 13 às 19h.

A medida ocorre devido a redução de cerca de 80% na demanda pela utilização dos serviços oferecidos pelo espaço cultural, sendo assim, período de férias de grande parte dos servidores.

Vale lembrar que o recebimento de doações de livros e outros materiais está suspenso até 28 de fevereiro de 2019. Somente são aceitas doações feitas pelos próprios autores ou enviadas pelos correios. O recebimento será normalizado no dia 01 de março de 2019.

Ascom FCC

Uma parceria inédita entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a Camerata Florianópolis e o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) instalado dentro do Complexo Penitenciário da Agronômica, em Florianópolis, proporcionou aos pacientes uma tarde de música em família na festa de Natal realizada todos os anos na instituição. A apresentação da orquestra ocorreu na tarde desta quinta-feira (13), com repertório de canções natalinas e um tributo à Música Popular Brasileira.

"Realizamos um sonho com a Camerata, considerada uma das maiores orquestras de Santa Catarina com reconhecimento nacional e internacional", explicou a diretora de Difusão Artística da FCC, Mary Garcia, responsável pelo contato inicial com a orquestra.

Antes da apresentação da Camerata, os pacientes e seus familiares prestigiaram a apresentação de uma coreografia especialmente preparada pela professora de yoga que dá aulas na instituição. Uma feliz surpresa ficou por conta da apresentação de um dos pacientes do Hospital, que executou três canções ao teclado e emocionou todos os presentes.

O Hospital de Custódia atende 79 pacientes para tratamento de transtornos mentais. Segundo o diretor do Hospital, Márcio Goulart, a apresentação da Camerata só se tornou possível após a realização de uma parceria com a FCC, com a qual o HCTP irá desenvolver em 2019 oficinas de artes destinadas aos pacientes que participam do programa Alta Progressiva, uma ação de desinternação gradual.

A Camerata Florianópolis não cobrou cachê para tocar no espetáculo. De acordo com o maestro Jeferson Della Rocca, esta foi a oportunidade de a orquestra contribuir para a reinserção dos internos na  sociedade. A maioria deles cometeu crimes em surtos psicóticos, e a arte é uma ferramenta que pode ajudar na sua recuperação. “Queremos abrir o coração para ajudar o outro a se reerguer”, afirmou o maestro. “Se não podemos reconstruir o passado, devemos ajudar a criar um novo futuro para eles. Em vez de julgar, temos que dar a mão para ajudar essas pessoas a se reerguerem”.

Espaço de expressão de designers, fotógrafos e artistas visuais, as capas de discos que fizeram história na música nacional e internacional são o destaque da nova exposição que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) abrirá no dia 20 de dezembro de 2018, às 20h, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. "Escolhidos pela Capa" tem a curadoria dos DJs Marcelo Pimenta, Grazi Meyer, Jean Mafra, Felipe Martins e Gustavo Monteiro, que selecionaram o material entre os cerca de 5 mil discos do acervo do Museu. Na abertura, haverá uma discotecagem, com a participação dos curadores. A visitação segue até 17 de fevereiro, com entrada gratuita.

Os DJs convidados pelo Museu para participar desta exposição também já foram parceiros em outra iniciativa: o projeto Discotecando no MIS, que divulga o conteúdo musical desses álbuns em festas realizadas no espaço expositivo do MIS/SC periodicamente. Desta vez, o propósito é enfatizar o conteúdo das capas. Cada DJ/curador apresenta um painel com 84 capas, divido em sete eixos temáticos de seleção, independentes ou não do conteúdo musical dos "bolachões".

Escolhidos pela capa traz à tona tendências estéticas, conceituais e narrativas de época e, ainda, questões atuais que perpassam a construção da cultura de massa. Cada DJ propõe, por meio de sua curadoria, um revisitar crítico sobre essas questões, sendo a antítese mesma ao título e proposta dessa exposição.

A expoição terá, ainda, duas TVs exibindo capas e músicas de discos em exposição, projeções de fotos das edições do Discotecando no MIS, pista de dança com musica ambiente e exposição de vitrolas do acervo do Museu. A produção catarinense também terá espaço com a exibição dos melhores álbuns, EPs e singles de 2018, lançados pelo portal Rifferama (rifferama.com), especializado em música catarinense, parceiro e apoiador do MIS-SC.

As capas

A produção dos primeiros discos, em goma-laca 78 RPM (rotações por minuto), era feita como qualquer outro produto e suas capas tinham a função básica de identificar o nome do artista e servir como embalagem/proteção para o material, que era extremamente frágil. No fim da década de 1930, o designer nova iorquino Alex Steinweiss, da gravadora Columbia Records, entendeu algo que hoje nos parece óbvio: a embalagem é uma ótima maneira de encantar o consumidor.

Ao longo do tempo, as capas tornaram-se tão importantes quanto o disco em si, atingindo seu auge nos anos 1960 e 1970, quando artistas consagrados passaram a ser contratados para criar artes exclusivas e inovadoras para os discos de vinil. Hoje, mesmo na era digital, as capas dos discos já estão de tal maneira presentes no nosso imaginário que até os novos formatos com arquivos e aplicativos que facilitam o acesso à música ainda destinam um espaço a elas, ao mesmo tempo em que vemos ressurgir lançamentos de álbuns atuais em LP.


DJs e suas escolhas


DJ Marcelo Pimenta
Morador de Florianópolis há 16 anos, o mineiro Marcelo Pimenta, é o criador do projeto Nação Balanço, em 2005, que circulou por várias casas durantes muitos anos na Ilha. Desde então, muitos foram os desdobramentos desse projeto e as viradas em sua carreira que também incluem a participação em vários shows locais, nacionais e internacionais.

Para a exposição não poderia ser diferente: Pimenta dará ênfase à música brasileira, traduzindo-a também em cores e imagens. "Viajar pelo universo musical como 'pesquisador' é algo viciante e maravilhoso. A imersão é tamanha, que são necessários dispositivos de resgate para o mundo 'real'", explica. "O Brasil, nesse ano de 2018, foi cenário de tantos desafios, frustrações e desilusões. De modo que eu não poderia deixar de retratá-los aqui, mesmo que minimamente, com um pingo de humor, política, sexualidade, fake news, gente, amores e futuro. Nesse Brasil de tantas caras, cores e sons: Quem somos? E o que seremos em 2019?", complementa o DJ.

DJ Grazi Meyer 

Além de DJ, é atriz, performer, professora de pole e dança, sócia proprietária do Maravilhosas Pole-Dança e criadora do Maravilhosas Corpo de Baile - um coletivo ARtivista Feminista que por meio da dança e do encontro promove o resgate e a ampliação da autoestima feminina.  E é justamente o universo da produção musical protagonizada por mulheres que Grazi traz para a exposição.

"Nascer, ser lida como, tornar-se mulher... é existir num estado eterno de inadequação. Somos consideradas fracas, inaptas, incapazes, menores, menos importantes. Somos objetificadas e tiradas da condição de sujeito das nossas próprias vivências. A participação da mulher na sociedade, comumente é vista como acessório, somos vistas como musas que inspiram, não como artistas criadoras; como as que apoiam e estão sempre ao lado de um grande homem, criando os meios necessários para que as obras primas sejam possíveis e não como seres pensantes, pulsantes, com histórias para contar e talentos a explorar", diz Grazi. A DJ explica que buscou mulheres que representassem o feminino e encontrou alguns homens que se permitiram estar ao lado do feminino, a experimentar, mesmo que brevemente, a não masculinidade. "E afinal de contas: O que é uma mulher? Uma mulher é sempre uma mulher?", questiona.

DJ Jean Mafra

DJ, músico e pesquisador. Trabalha na área musical desde 2005. Compõe, produz, pesquisa e discoteca. Criador da Samambaia Sound Club, banda na qual foi vocalista e compositor, gravando 2 CDs e realizando mais de duas centenas de shows por todos os estados do sul e sudeste. Foi um dos responsáveis pelo coletivo de bandas Clube da Luta, gravou diversos trabalhos solo e em parceria com outros artistas, atua como produtor e discoteca regularmente mixando música brasileira, eletro, pop, entre outros ritmos.

"O Brazil não conhece o Brasil", a partir da citação de Querelas do Brasil, gravada por Elis Regina, Jean apresenta seu conceito para esta exposição. "Sou dos que pesquisa canções e discos, procura novos e velhos artistas e tenta organizá-los, amalgamá-los em momentos em que o DJ, tipo eu, é o Xamã que sente a pista como um corpo com febre e o incendeia rumo ao êxtase. A pista é uma metáfora também. Assim como o Brasil, com z ou com s", pontua. "O Brasil é caipira-pira-pora para enfeitar a noite do meu bem. É um país que olha pra si através de um espelho que lhe tenta transformar em outro: ora mais branco e menos 'latino', ora mais francês ou norte-americano e menos afrodescendente ou Tupi-guarani", diz Jean.

DJ Felipe Martins

Dono de um repertório quente e altamente dançante, traz no seu trabalho a versatilidade reconhecida no meio profissional, assim como sua ideologia de trabalho que valoriza a cultura brasileira e os ritmos nacionais. Com base na música negra, seu estilo abrange o universo da música brasileira e ritmos latinos em geral. Possui um vasto repertório, que vai de raridades ao que há de mais novo, sempre interessado pelas mais novas tecnologias e tendências musicais. Ao longo de seus quase 10 anos de pista já dividiu espaço com artistas como Emicida, Marcelo D2, B. Negão, Tropkillaz, DJ CIA (RZO), Kl Jay (Racionais MCs), Black Alien, Karol Conka, Tahira, Donavon Frankenreiter, As Bahias e a Cozinha Mineira, Criolo, DJ Nuts, Di Melo, entre outros. Atualmente, Felipe é residente na festa BAILA, em Florianópolis, e participa das principais festas do Lagoa-Caraíva, Bahia.

O DJ aborda, em sua contribuição para a mostra, questões da atualidade. “O que já foi tabu? O que não é mais? O que ainda é? E o que voltou a ser? Minhas escolhas refletem questões mais atuais do que nunca, embora sempre estivessem aí: corpo, sexualidade, objetificação, o lugar da mulher na sociedade, a construção e desconstrução da masculinidade e o conceito de família. Como construímos essas imagens? Como olhamos para elas? Como elas nos olham? Essas imagens nos constroem ou somos construídos por elas?", questiona.

DJ Gustavo Monteiro

Gustavo Monteiro era o DJ que comandava as festas do Clube da Luta, um dos principais movimentos/coletivos de música autoral catarinense. Usando o codinome Zé Pereira, embalava o intervalo entre as bandas e finalizava as festas com o tradicional "bailinho do Zé Pereira". Hoje, a presença de Gustavo Monteiro é constante nas principais festas do cenário musical alternativo de Florianópolis.

Gustavo Monteiro cresceu em meio à coleção de discos dos pais. Os LPs foram sua "babá". "Eles trabalhavam fora o dia inteiro e eu ficava ‘sozinho’ com os discos", relembra.

Para a exposição, Gustavo reviveu as lembranças das tardes que passou na companhia dos discos daquilo que sempre o atraiu nas capas: o design dos letreiros dos discos e das bandas. "As fotografias em preto e branco me lembram muito do cinema mais antigo, de que também gosto bastante. Também me chamavam a atenção as paisagens e a psicodelia, referências à música e a outras culturas e etnias que fugiam do contexto de Estados Unidos e Inglaterra”, completa.


Serviço:

O quê: Exposição Escolhidos pela Capa
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Abertura: 20 de dezembro de 2018, às 20h
Visitação: de 21 de dezembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada gratuita
Mais informações: (48) 3664-2650