Na manhã desta sexta-feira (22), a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, o Olodum e o Instituto Liberdade assinaram um Termo de Cooperação com o apoio institucional da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), em cerimônia realizada na capital baiana, Salvador.
O documento visa à realização do espetáculo Bolshoi/Olodum, em março de 2022, na cabeceira continental da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. O evento será realizado por meio de projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal, e já está em captação.
“Essa parceria que está se consolidando hoje é muito importante. Um processo que vem sendo construído há muito tempo”, disse Edinho Lemos, presidente da FCC.
Marcos Canetta, coordenador geral do Instituto Liberdade, acredita que este é um momento histórico para a instituição sem fins lucrativos, que atua na região da Grande Florianópolis há 33 anos, na preservação da cultura negra e dos direitos humanos.
Já João Jorge, presidente do Olodum, crê que a união possa render bons frutos. “Olodum e Bolshoi é tudo de bom que pode acontecer! Tudo de novo, de maravilha e de uma percepção diferenciada”, celebra.
Durante o evento de assinatura do termo, Edinho Lemos também entregou o certificado enviado pela diretoria da Escola de Teatro Bolshoi no Brasil ao Olodum, de um curso on-line de Introdução ao balé clásssico composto por 12 módulos.
Escola Olodum Sul
Em 2018, o Olodum e o Instituto Liberdade assinaram um convênio para a instalação da unidade da Escola Olodum Sul em Santa Catarina, a única fora da Bahia. Depois de implantada, a unidade vai atender 800 crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, no contraturno escolar. A Escola Olodum Sul está em obras e vai funcionar no antigo terminal de ônibus no bairro Jardim Atlântico, região continental da capital catarinense.
Após quase um ano de espera, a atriz Neusa Borges recebeu a Medalha Cruz e Sousa, nesta sexta-feira (22), pelas mãos do presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Edinho Lemos, e do presidente do Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina (CEC-SC), Luiz Moukarzel, em cerimônia realizada na Casa do Olodum, no Pelourinho, em Salvador (BA), onde a artista vive. A entrega simbólica da honraria ocorreu em cerimônia virtual em novembro de 2020, devido à pandemia de Covid-19.
“Me enche de orgulho que há 63 anos você começou a sua carreira artística: uma mulher negra, de Florianópolis, ‘manezinha da ilha‘, saída do bairro Estreito, que ganhou o Brasil e o mundo”, destacou Edinho Lemos. “Tu és merecedora e digna dessa homenagem, pela grandeza e pelo que representas ao nosso país“, completou.
Em plena atividade aos 80 anos, a atriz não conteve a emoção ao receber a honraria. “Tem um ditado que diz: 'quem espera sempre alcança', e eu esperei 63 anos para ser reconhecida na minha terra. A terra que eu amo”, afirmou, com a voz embargada.
Nascida em Florianópolis, no dia 8 de março de 1941, Neusa Maria da Silva Borges começou a carreira como atriz e crooner de orquestra em São Paulo, onde trabalhou com grandes maestros, como Clóvis Lima e Salgado Filho, sempre cantando e dançando. A estreia na televisão ocorreu na telenovela “Venha ver o sol na estrada”, na TV Record. No começo da carreira, atuou ainda em Beto Rockfeller, na extinta Rede Tupi, fazendo pequenas participações, até chegar à Rede Globo, onde fez novelas de sucesso, como Escrava Isaura, Dona Xepa, Dancin' Days, A Indomada, Carmem, De Corpo e Alma, O Clone, Caminho das Índias, Amazônia, América e Salve Jorge.
Sobre a Medalha Cruz e Sousa
A Medalha Cruz e Sousa é a maior honraria da área cultural no estado. Foi criada em 1994, por meio do decreto nº 4892/94, e tem como objetivo reconhecer importantes feitos em prol do desenvolvimento cultural de Santa Catarina.
Será lançado no dia 29 de outubro, às 16h, o e-book do Desafio Inclusivo Conte uma História, promovido pela Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) em parceria com a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), Associação Catarinense para Integração do Cego (ACIC), Fundação Dorina Nowill para Cegos, Rede de Leitura Inclusiva e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Para o lançamento, haverá uma live que poderá ser acompanhada pelo endereço fdnc.org/RLI e terá mediação de José Carlos Rodrigues. O e-book ficará disponível para leitura e download no site da BPSC.
A publicação é o resultado de um Desafio que recebeu 161 histórias entre 11 de setembro a 4 de outubro de 2020 por pessoas de todas as faixas etárias de cidades catarinenses, além de outros estados brasileiros e países. O objetivo da Biblioteca Pública de Santa Catarina com este desafio foi oferecer à comunidade uma atividade interativa e lúdica durante o período de isolamento social em decorrência da pandemia de Covid-19. Os participantes enviaram histórias pessoais, relatos ou crônicas escritas, gravadas ou filmadas de temática livre, todos produzidos na língua portuguesa ou na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
A comissão julgadora do desafio foi composta por professores, escritores, profissionais de trabalham na área da inclusão e bibliotecários da própria Biblioteca, de vários estados do Brasil e do mundo. Eles avaliaram e deram suas notas finais para cada história conforme os critérios do regulamento publicado: originalidade, compreensão da história e respeito à diversidade.
Que tal trazer Anita e Garibaldi para a vida no Século XXI? Essa é a proposta da nova atividade interativa proposta pelo Núcleo de Ação Educativa do Museu Histórico de Santa Catarina que mistura moda e história. O objetivo é recriar os modelos usados pela heroína de dois mundos nas obras abaixo, com novas cores, texturas e ambientação.
Obra de Guttmann Bicho (1919) |
Obra de Dakir Parreiras (1921) |
Anita Garibaldi viveu no século XIX, nesta época as mulheres gostariam de deixar de usar espartilhos, saiotes e saltos, mas essa liberdade só chegou no final do século. Analisando a vida de Anita Garibaldi e nos quadros acima podemos dizer que ela usou em sua vida roupas da elite e da plebe em seus 27 anos de vida. A versão de Anita Garibaldi do artista carioca Guttmann Bicho, de 1919, a coloca como uma Dama da Sociedade com um vestido majestoso, com espartilho e saia armada. Na obra pintada por Dakir Parreiras, em 1921, já temos uma Anita Garibaldi, com vestimentas simples, liberta do espartilho e com saia curta, numa pose despojada com seu grande Amor Garibaldi.
Para participar da atividade, basta enviar o trabalho, na horizontal (paisagem) para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Cada participante deve enviar apenas uma imagem. As fotos serão publicadas na página do MHSC no Facebook.
Depois de passar por Rio do Sul, terra natal do escritor, chega a Florianópolis a OK - Ocupação Karam, que retrata a vida e a obra de Manoel Carlos Karam (1947- 2007). A exposição com objetos pessoais, primeiras edições de seus livros, originais e instalações literárias pensadas a partir da obra do autor fica aberta à visitação de 5 a 28 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no hall de entrada da Biblioteca Pública de Santa Catarina. O acesso do público é livre, respeitando o limite de visitantes do espaço de acordo com os protocolos municipais e o decreto estadual em vigor.
Manoel Carlos Karam empresta seu nome para uma casa de leitura, uma praça de alimentação no Mercado Público e um prêmio literário. Tem também grande espaço nas livrarias, na imprensa, além de ciclos de leitura ao redor do seu nome. Mas tudo isso no Paraná, onde viveu grande parte de sua vida. Em Santa Catarina seu nome circula de maneira tímida, somente nos círculos literários mais antenados.
A exposição quer corrigir essa injustiça, apresentando aos leitores catarinenses toda a irreverência do romancista, contista e dramaturgo que nasceu em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, em 1947, mas que foi estudar em Curitiba (PR) nos idos de 1966 e por lá ficou. Com curadoria do escritor e editor Carlos Henrique Schroeder, expografia de Cristina Pretti, ilustrações do desenhista Guilherme Karsten, produção executiva do escritor e editor João Chiodini e participações especiais do músico Bruno Karam (filho de Karam com Roxane Bocchino), da jornalista Katia Kertzmann (viúva e companheira por 20 anos do autor) e da atriz Michelle Pucci (pesquisadora da dramaturgia de Karam), a Ocupação coloca a vida e a obra do autor em perspectiva, mostrando a radicalidade de um artista que fez da ironia a sua grande força (de pensamento e encantamento).
Karam escreveu dezenas de peças, e dirigiu algumas marcantes, como “O avião parte às 5”, “Urubu”, “Esquina de 7 de setembro com 31 de março” e “Doce Primavera”, que estrearam nos palcos curitibanos. Esteve, na década de 1970, à frente do Grupo Margem e a partir dos anos 1980 dedicou-se aos livros, inclusive vencendo o Prêmio Cruz e Sousa de Literatura, em 1995, com a obra “Cebola”. Também destacam-se os romances “Encrenca”, “Fontes murmurantes” e “Sujeito oculto”, e as coletâneas de narrativas breves “Pescoço ladeado por parafusos” e “Comendo bolacha maria no dia de São Nunca”.
Depois de Florianópolis, a exposição irá para o Centro Cultural de Jaraguá do Sul, de 2 a 12 de dezembro, durante a 14ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul, das 9h às 21h de segunda a sexta-feira; e das 10 às 18h aos sábados e domingos. OK- Ocupação Karam é uma realização da Design Produções, por meio do Edital Elisabete Anderle 2019 da Fundação Catarinense de Cultura e Governo do Estado de Santa Catarina, e conta com apoio da Fundação Cultural de Rio do Sul, da Biblioteca Pública de Santa Catarina e da 14ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul.
Serviço:
O quê: OK - Ocupação Karam
Quando: de 5 a 28 de novembro de 2021. De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Onde: Hall de entrada da Biblioteca Pública de Santa Catarina
Rua Tenente Silveira, 343 - Centro - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita - respeitando os protocolos de segurança contra a Covid-19 sobre ocupação do espaço e uso de máscaras