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Depois de 18 anos, o espetáculo "A Tomada de Laguna" voltou a ser apresentado no Centro Histórico da cidade do litoral sul catarinense na noite desta quarta-feira (21), com apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Outras apresentações ocorrerão até o próximo sábado (24), com abertura às 16h e início às 20h.

O espetáculo que retrata os acontecimentos que levaram à criação da República Catarinense, em 1839, após a invasão de tropas Farroupilhas à cidade, e a história de amor entre Anita e Giuseppe Garibaldi contou com a participação de mais de 300 atores e figurantes. Para viver o revolucionário italiano, foi convidado o ator Werner Schünnemann e, no papel da lagunense Anita Garibaldi, esteve a atriz Lize Souza.

"Arquivos Implacáveis de Meyer Filho" é o título da exposição que o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe entre 29 de setembro de 2022 e 22 de janeiro de 2023, em homenagem ao artista catarinense Ernesto Meyer Filho (1919 - 1991). Entrada gratuita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.

O artista chamou de Arquivos Implacáveis um conjunto de obras e documentos, que guarda importantes fatos de sua trajetória e da memória do movimento artístico de Santa Catarina, especificamente do surgimento da arte moderna. O acervo a ser exposto reúne a produção de cinco décadas de atuação de Meyer Filho que, ao longo de sua trajetória, teve o cuidado de guardar obras representativas de suas mais significativas fases criativas, complementadas com um vasto conjunto de recortes de jornais e revistas, correspondências, fotos, manuscritos, anotações, charges, catálogos, convites de exposições dentre outros documentos, todos relativos à produção artístico-cultural das décadas de 1940 a 1980.

Abrir a caixa de Meyer, o amplo acervo que o artista deixou de 1940 a 1991, é uma rica experiência. Além da exposição que ficará por quatro meses em cartaz, diversas atividades serão oferecidas, como cursos, oficinas, ações educativas e seminário.

Arquivos implacáveis Meyer Filho é um projeto realizado pelo Instituto Meyer Filho, Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina e Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

A exposição tem coordenação geral de Sandra Meyer; curadoria geral de Kamilla Nunes; curadoria adjunta de Gabi Bresola e curadoria assistente de Aline Natureza. Entre os acervos que colaboraram com a exposição estão o Acervo Arquivos Implacáveis Meyer Filho, Acervo Adriano Pauli, Acervo Fundação Hassis, Acervo Ylmar Corrêa Neto, Acervo José Luiz Nuremberg, Acervo Jair da Silva Junior e Eliete Magda Colombeli, Acervo Lúcia Rupp Hamms, Acervo Luiz Ernesto Meyer Pereira, Acervo Marcelo Collaço Paulo, Acervo MASC, Acervo Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC – Oswaldo Rodrigues Cabral, Acervo Rafael Mund, Acervo Simone Bobsin, Acervo Thales Brognoli Acervo Tércio da Gama.

Esnesto Meyer Filho (Itajaí, SC, 1919 – Florianópolis, SC, 1991)*

Meyer Filho foi desenhista, pintor e tapeceiro. Estudou de forma autodidata pintura, desenho, história da arte e história natural. Atuante dinamizador cultural de sua época, organizou em 1958/59 os dois primeiros salões de arte moderna de Santa Catarina, fora do Estado. Meyer foi, também, um dos maiores dinamizadores da arte moderna do Estado, e sua história está intimamente relacionada com a do Museu de Arte de Santa Catarina (primeiro museu de arte moderna no País criado em 1949 por decreto de lei do Governo Estadual). Sua exposição, em 1958, foi a primeira individual de artista catarinense no mesmo Museu. Fundou e foi presidente do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis e organizou em 1958/59 os dois primeiros salões de arte moderna de Santa Catarina, fora do Estado. Em 1957 realizou a primeira exposição de Pinturas e Desenhos de Motivos Catarinenses, com o artista plástico Hyedi de Assis Corrêa /Hassis. Participou como ilustrador da Revista Sul, editada pelo grupo que liderou o movimento de arte moderna em Santa Catarina nas décadas de 40 e 50- Circulo de arte de Moderna, mais tarde conhecido como Grupo SUL, tendo sido um dos integrantes deste grupo.

A obra de Meyer Filho, especialmente registrada entre os anos 1950 e 80, não encontra similar no circuito dos artistas, nem na Ilha-capital onde viveu, nem nos poucos interlocutores modernistas que encontrou no eixo Rio-São Paulo. Seguindo na contra-mão do realismo, em suas obras vigora uma potência imaginativa que se multiplica incessantemente e cuja geração de seres híbridos resulta em invenções surpreendentes e inversões perversas, produzindo uma fabulosa coleção de vidas rastejantes, voadoras e andantes. A partir das incursões feitas pelas enciclopédias artísticas e compêndios científicos de sua biblioteca, o artista embaralha e inventa taxionomias, originárias da botânica e da zoologia, da agricultura e da astronomia, da história da arte e da mineralogia. Há também uma interlocução com os estudos locais e antropológicos, em particular o imaginário da Ilha de SC e sua cultura popular, que nunca recebeu uma leitura para além da clave regional.
*(Fonte: Instituto Meyer Filho)

Serviço:

O quê: Exposição "Arquivos Implacáveis de Meyer Filho"
Abertura: 29/09/2022, às 18h
Visitação: até 22/01/2023. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita

 

No ano do centenário da artista Fayga Ostrower, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe exposição de obras da polonesa radicada no Brasil, com curadoria de Susana Bianchini e Maria Helena Rosa Barbosa. A mostra, cuja abertura ocorre no dia 29 de setembro de 2022, às 19h, terá visitação gratuita até 23 de janeiro de 2023.

Fayga explorou e renovou as técnicas tradicionais da gravura como meio de expressão, assim como teorizou suas pesquisas estéticas e soluções plásticas inspirada nos processos de criação do abstracionismo informal. A exposição apresenta uma parcela da produção da artista em distintas técnicas e períodos. O público poderá conferir um conjunto de 37 obras entre xilogravuras, gravuras em metal, aquarelas, desenhos, serigrafias e litografias, além de matrizes de diferentes períodos, bem como material documental.  

Sobre a artista

Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower nasceu em Lodz, na Polônia, em 1920, e chegou ao Rio de Janeiro em 1934. Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, em 1946, onde estudou xilogravura com Axl Leskoschek e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros.

Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Recebeu numerosos prêmios, entre os quais o Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo, em 1957; o Grande Prêmio Internacional da XXIX Bienal de Veneza, em 1958; e, nos anos seguintes, o Grande Prêmio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México e Venezuela.

Foi membra honorária da Accademia delle Arti Del Disegno, de Florença. Em 1972, foi agraciada com a ordem do Rio Branco. Em 1998, recebeu o Prêmio do Mérito Cultural pelo Presidente da República do Brasil e, em 1999, o Grande Prêmio de Artes Plásticas do Ministério da Cultura.

Seus livros sobre questões de arte e criação artística são: Criatividade e processos de criação; Universo da arte; Acasos e criação artística; A sensibilidade do intelecto (Prêmio Literário Jabuti, 1999); Goya, artista revolucionário e humanista e A grandeza humana: cinco séculos, cinco gigantes da arte. Publicou numerosos artigos e ensaios na imprensa e na mídia eletrônica. A biografia Fayga Ostrower foi lançada em 2002.
Fayga foi casada com Heinz Ostrower, historiador cuja biblioteca foi doada para o Arquivo Edgard Leuenroth, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, SP. Deixou dois filhos, Anna Leonor (Noni) e Carl Robert; e três netos, João Rodrigo, Letícia e Tatiana.

A artista faleceu no Rio de Janeiro, em 2001. Em 2002 foi criado o Instituto Fayga Ostrower. 

Serviço:

O quê: Exposição "Centenário de Fayga Ostrower"
Curadoria: Susana Bianchini e Maria Helena Rosa Barbosa
Abertura: 29 de setembro de 2022, às 19h
Visitação: até 23 de janeiro de 2023. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica – Florianópolis (SC)
Entrada gratuita

Confira o programa Miscuta de 19 de setembro de 2022, com trilha sonora de Gonzaguinha.

Confira o programa Miscuta de 26 de setembro de 2022, com trilha sonora de Gal Costa.