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Evento conta com a participação de representantes nacionais do Ministério da Cultura e do Ministério do Turismo

A Fundação Cultural de Joinville (FCJ) promove no próximo dia 2 de abril o "1º Fórum Municipal de Políticas Públicas: Patrimônio, Museus, Espaços de Memória e Turismo". "O Fórum tem um caráter provocador e também é uma prévia da 7ª Semana Nacional dos Museus que será realizada em maio", destaca a coordenadora do evento, professora Dra. Elizabete Tamanini - gerente de Patrimônio da FCJ. Na programação do dia, mesas redondas com representantes da Fundação e convidados da Pontifícia Universidade Católica (PUC/ RS), Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).

Os temas de debate enfocam Políticas Públicas de Patrimônio, Museus, Espaços de Memória e Turismo; Experiências de Preservação do Patrimônio Cultural e a Interface com o Turismo; As Possibilidades de Uso e Significado do Patrimônio Cultural no Processo de Sustentabilidade Social e os Instrumentos Legais de Proteção do Patrimônio Cultural. Esta última discussão conta com a participação do procurador geral do município de Joinville, Dr. Naim Andrade Tannus e da Juíza Federal de Santo André (SP), Dra. Audrey Gasparini.

Além de promover o debate sobre as temáticas, o fórum tem o compromisso de criar grupos de trabalho que atuem no fortalecimento das políticas públicas em âmbito local. As atividades iniciam às 7h30 com o credenciamento dos participantes no foyer do Teatro Juarez Machado (anexo ao Centreventos Cau Hansen). A programação segue até o final do dia com palestras e mesas redondas. O evento é gratuito e aberto à comunidade. A realização é da FCJ e da Prefeitura de Joinville com apoio da Universidade da Região de Joinville (Univille).

Confira a programação:

- 7h30 - Recepção: Credenciamento com café da manhã

- 8h30 às 9h10 - Abertura Oficial do 1º Fórum: Fundação Cultural de Joinville com o presidente da FCJ, Silvestre Ferreira

- 9h20 às 11h - Mesa Redonda 01: Políticas Públicas de Patrimônio, Museus, Espaços de Memória e Turismo

Participantes:

Ministério da Cultura (MinC) - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) - Luiz Fernando de Almeida

Ministério da Cultura (MinC) - Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) - Prof. MSc. José do Nascimento Júnior

Ministério do Turismo (MTur) - Coordenação Geral de Segmentação de Turismo - Prof. MSc Roseane Rockenbach

Mediação: Profª Dra. Elizabete Tamanini - Gerente de Patrimônio Cultural da FCJ

- 11h às 12h - Intervenções

- 12h às 14h - Intervalo para Almoço

- 14h às 15h - Palestra: Experiências de Preservação do Patrimônio Cultural e a Interface com o Turismo

Participantes: Profª. Dra. Marutscka Martini Moesch - Pontifícia Universidade Católica Rio Grande do Sul (PUC).

Mediação: Profª MSc. Maria Ivonete Peixer da Silva - Presidente da Promotur/Secretaria de Turismo de Joinville

- 15h às 16h30 - Mesa Redonda 02: As Possibilidades de Uso e Significado do Patrimônio Cultural no Processo de Sustentabilidade Social

Participantes:

Fundação Catarinense de Cultura (FCC) - Diretora de Patrimônio Histórico Cultural - Arquiteta Simone Harger

11ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SC) - Prof. Ulisses Munarim

Fundação Cultural de Joinville - Gerente de Patrimônio Cultural - Profª Dra Elizabete Tamanini

Mediação: Coordenadora de Patrimônio Cultural da FCJ - MSc. Maria Claudia Lorenzetti Corrêa

- 16h30 às 17h - Intervalo para café

- 17h às 18h30 - Mesa Redonda 03: Instrumentos Legais de Proteção do Patrimônio Cultural

Participantes:

Prefeitura Municipal de Joinville Procuradoria Geral do Município - Dr. Naim Andrade Tannus

Juíza Federal em Santo André (SP) - Dra. Audrey Gasparini

Mediação: Diretor Executivo da FCJ - MSc. Charles Narloch

Serviço

O que: 1º Fórum Municipal de Políticas Públicas

Quando: 02 de Abril - das 8h30 às 12h - das 14h às 18h30

Onde: Teatro Juarez Machado

Av. José Vieira, 315 - Centreventos Cau Hansen

Quanto: Gratuito

Informações: (47) 3433.2190 na FCJ

Informações adicionais à imprensa pelo (47) 3433.2190 com a Gerente de Patrimônio Cultural, Elizabete Tamanini, ou com a Coordenadora de Desenvolvimento Cultural, Helga Tytlik.

Fundação Cultural de Joinville (FCJ)

Marlise Groth - Jornalista e Coordenadora de Comunicação

Jenifer Leu - Apoio de Comunicação

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(47) 3433.2190 / 8413.9262

A Bernúncia Editora, com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), promove na terça-feira (23), às 18 horas, na sala multimídia do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina, localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, o lançamento do livro Koan Do Como Onde, do poeta e músico Antonio Thadeu Wojciechowski (Saboro Nossuco). Haverá bate-papo sobre poesia e música, com o autor ao violão.

Antonio Thadeu Wojciechowski nasceu em 1950 em Curitiba, Paraná, mesma cidade em que mora atualmente. Foi professor de redação do Colégio Unificado e Curso Anglo, professor de Comunicação e Expressão, Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, professor de Semiótica e Linguagem Avançada da Sociedade Paranaense de Ensino de Informática, professor de cursos de aperfeiçoamento em ensino de literatura aos professores do Governo do Estado do Paraná, representante eleito do Paraná para o Encontro Nacional de Professores de Literatura e Língua Portuguesa, redator, revisor e diretor de criação e atendimento de agências de propaganda, professor da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), onde ministrou curso de atualização cultural aos professores, pró-reitores e diretores dos centros acadêmicos.

Seus livros editados são: Um Grito na Cidade Cinzenta(1977), Sala 17 (1978), Reis Magros (1978), Thadeu 1 (1979), Sangra:Cio (1980), Thadeu 2 (1981), 69 (1983), Meteoro (1985), OSS (1985), O Corvo (1985), Feiticeiro Inventor (1986), O Corvo (edição trilíngüe, 1986), Perolas aos Poukos (1988), Os Catalépticos (1990), O Livro de Tao (1992), Eu, aliás, nós ( 1995), Ai dos que não são Thadeu (1996), Cri-me (1999), Tao, o livro (2001), O Amor é Lino (2002), Comes, bebes & fumacês (2002). O carinho da violência (2002), Assim até eu (2003), Não temos nada a perder (2006).

Thadeu também é violonista, com várias composições gravadas em discos e CDs: Música Ligeira nos Países Baixos, do conjunto Beijo AA Força; Jogo de Espelhos, da dupla Tatára e Cabelo; Ninphas; Carta ao ídolo, do conjunto Lábia Pop; Música Ligeira nos Países Baixos, Que me quer o Brasil que me persegue e Sem Suíngue, do Beijo AA Força; CD Bar Babel, do Maxixe Machine, CD Folias de Momo, do Maxixe Machine, O Boom doTrindade (Londres, 2001), CD Ritmos Elegantes, Maxixe Machine, CD 20 anos de BAAF, CD Não sou filho de ninguém, de Carlos Careqa, ABC do Lalalá, Maxixe Maxine, Cds Língua Madura, Ciúmes de Horror e Nabuto Almada, de Octávio Cmargo e Bárbara Kirchner.

Já compôs centenas de músicas em parcerias com Marcos Prado, Walmor Góes, Edilson Del Grossi, José Alberto Trindade, Roberto Prado, Paulo Leminski, Ubiratan Gonçalves de Oliveira, Edson de Vulcanis, Márcio Goebert, Rodrigo Barros Homem Del Rei, Luiz Antônio Ferreira, Luís Antônio Solda, Carlos Careqa, João Gilberto Tatára, Adriano Sátiro, Alessandro Wojciechowsk, Oswaldo Rios, Octávio Camargo.

Tem ainda artigos, entrevistas e poemas publicados em diversos jornais do Brasil e do exterior, peças teatrais encenadas no PR e em SP, textos, poemas e composições utilizadas em filmes, diversos cursos de aperfeiçoamento em criatividade, marketing, linguagem, estratégia. Foi homenageado pela Fundação Dante Alighieri, da Região Toscana da Itália por serviços prestados à cultura italiana; pelo Consulado da Polônia por serviços prestados à cultura polonesa e pelo Instituto Goethe da Alemanha, por serviços prestados à cultura alemã. é autor do projeto de reforma do ensino da língua portuguesa nas escolas de 1º e 2º graus do Paraná (1984), co-autor do projeto de criação da Lingua Brazileira, e co-editor da página de literatura universal "Bem-me-quer Mal-me-quer" do Caderno G, da Gazeta do Povo, há 3 anos. é declamador e palestrante de cursos de atualização cultural, revisor e organizador de obras literárias, autor de dezenas de apostilas para ensino de literatura e gramática.

Contatos com a editora: 48. 3234. 5718 / 9965.2733 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Contatos com o autor: 41. 3585.4763 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Já está nas ruas a edição número 68 do jornal O Catarina, com um material especial sobre Franklin Cascaes. Produzido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), assinado pelas editoras Deluana Buss e Jade Martins Lenhart, o veículo tem distribuição gratuita. Também está disponível na internet, aqui mesmo no site da FCC, no link Downloads. Quem quiser ser assinante e receber seu exemplar em casa, sem custos, precisa apenas encaminhar uma solicitação com o endereço de correspondência completo para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Abaixo, o editorial do O Catarina Especial Franklin Cascaes:

"Andarilho, escritor, viajante, prosador, folclorista, observador, escultor, desenhista, Franklin Cascaes foi vários, e todos ao mesmo tempo. Autor de trajetória sincrética, com atuação em múltiplas fronteiras da cultura catarinense, abraçando cada desdobramento com convicção, construiu-se como sujeito com o mesmo ímpeto com que revelou e consolidou a identidade do Estado, enfatizando os pormenores da cultura açoriana. Sua colaboração, valiosa, precisa, firme, permitiu o desvelamento e o resgate de causos, gentes e lendas engolidos pelo asfalto selvagem da modernidade.

Abastecido do bloquinho de folhas gastas, e com o ouvido sempre atento aos contos alheios, Francolino, apelido nas vilas onde costumava se perder entre dados já quase gastos pelo tempo, deixou à Ilha de Santa Catarina um legado da importância do seu amor e respeito: sua literatura, faminta em denunciar a forma da fala local, em todas as escolhas e modulações; suas pesquisas exaustivas, coletadas em diálogos de frente para o mar ou em noites de lua cheia; suas esculturas minuciosas, recriando formas e encantos típicos da cultura açoriana, já quase perdidos na névoa do contemporâneo. Mais do que relatar, recriar, repassar, Franklin Cascaes ajudou a nos construir.

é com muita felicidade que apresentamos a primeira edição especial do jornal O Catarina, a estréia de uma série que pretendemos lançar ao longo do próximo ano. O suplemento homenageia o centenário de nascimento do nosso plural e rico homem, nascido em Itaguaçu, logo após o bairro de Coqueiros, quando a região ainda pertencia ao município de São José, e não a Florianópolis. Para homenagear a pluralidade da personagem com a consistência merecida, convidamos um grupo de especialistas para discorrer sobre algumas das mais ousadas facetas do pesquisador. A separação por atuação, então, objetivou justamente acentuar tal diversidade: demarcar o posicionamento oceânico de Franklin Cascaes para a solidificação da nossa identidade cultural. O objetivo aqui é revelar os arredores das andanças do catarinense, expandindo

seus limites, geográficos e temáticos, assinalando suas escolhas, difíceis e corajosas.

Na primeira matéria, de Emerson Gasperin, um perfil com a trajetória biográfica e as curiosidades da vida do escritor, que morreu lutando pela preservação da nossa cultura. O texto seguinte, da historiadora Aline Carmes Krüger, narra o detalhista ofício de pesquisador, envolvido com a coleta e narrativa das lendas e tradições que ajudaram a nos transformar naquilo que somos hoje. Na seqüência, a professora Kellyn Batistela discorre sobre Franklin Cascaes - o escritor, aquele que, sentado à frente de uma resma de papel, debatia-se para conseguir transformar em literatura os causos ouvidos em andanças sem fim pelas comunidades. Para finalizar a primeira metade da edição, O Catarina apresenta uma entrevista com o antropólogo Eugênio Lacerda, vislumbrada a partir de uma dúvida que explica nosso empenho na elaboração deste especial: o mundo contemporâneo ainda consegue abarcar a multiplicidade do folclore e da tradição?

Dando continuidade à priorização do caráter plural da trajetória do folclorista, o texto de Péricles Prade, presidente do Conselho Estadual de Cultura, discorre sobre os contornos exclusivos das gravuras de Franklin Cascaes. Em seguida, a conservadora-restauradora Vanilde Rohling Ghizoni comenta sua produção artística, agora nas artes plásticas. O Catarina Especial Franklin Cascaes ainda traz à tona uma resenha literária elaborada pela professora Tânia Regina de Oliveira Ramos, doutora em Teoria Literária, sobre o livro 13 Cascaes, compilação de contos com base na obra do autor, organizada pelos escritores Salim Miguel e Flávio José Cardozo, além de um texto do próprio Franklin Cascaes, pequena amostra do talento multifacetado do catarinense.

Esperamos agradá-los comeste primeiro especial: relembrar o centenário de Franklin Cascaes é apenas o nosso primeiro passo no resgate de personagens e cenas que marcaram e continuam marcando a história de Santa Catarina. Boa leitura!"

Termina em 31 de março o prazo de inscrições para o Edital dos Pontos de Cultura, fruto de parceria entre o Governo Federal e o Governo do Estado de Santa Catarina. A seleção, aberta desde 3 de novembro, é destinada às instituições da sociedade civil responsáveis por ações de caráter cultural, sem fins lucrativos.

O edital vai selecionar 60 projetos para conceder apoio financeiro, que será de até R$ 180 mil por projeto, distribuídos em um período de três anos. Ao todo serão investidos R$ 10,8 milhões, recursos oriundos do Programa Mais Cultura - Pontos de Cultura e do Governo do Estado. Todos os projetos deverão ser provenientes de entidades de caráter cultural, que explorem diferentes meios e linguagens artísticas, empenhadas na inclusão social e na construção da cidadania, seja com geração de emprego e renda, seja por meio de ações de fortalecimento das identidades culturais.

O ponto de cultura deverá funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de projetos já existentes nas comunidades de Santa Catarina, desenvolvendo ações continuadas em pelo menos uma das seguintes áreas: culturas populares, grupos étnico-culturais, patrimônio material, audiovisual e radiodifusão, pensamento e memória, culturas digitais, gestão e formação cultural, expressões artísticas e/ou ações transversais. O prazo de validade das propostas habilitadas será de dois anos, a partir da publicação do resultado.

A seleção é voltada para pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, legalmente constituídas, de natureza cultural: associações, sindicatos, cooperativas, fundações privadas, escolas comunitárias e suas associações de pais e mestres, ou entidades tituladas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e Organizações Sociais (OS). A entidade candidata deve ter atuação comprovada na área cultural há pelo menos dois anos no Estado de Santa Catarina.

A avaliação técnica do projeto será realizada por comissões compostas por representantes do Governo do Estado e especialistas da sociedade civil, indicados pelo Conselho Estadual de Cultura, com reconhecida competência nas áreas. Todos os critérios para a seleção estão disponíveis no Edital.

Informações detalhadas sobre o Edital estão no link "Downloads" do site da Fundação Catarinense de Cultura (www.fcc.sc.gov.br), ou no site www.sol.sc.gov.br.

Mais informações: (48) 3212-1900 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) prorrogou de 8 de março para 23 de março o encerramento de cinco mostras: "Vanitas", de Albertina Prates, "Quiasma", de Betânia Silveira (foto ao lado), "Grande Hotel", de Fabiana Wielewicki, "Mater´s", de Sela, e "Um Espelho no Acervo", com curadoria de Fernando Lindote. Com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), mantenedora do espaço, elas podem ser vistas gratuitamente desde 5 de fevereiro.

"Essas exposições são revestidas de criatividade individual e coletiva, e encontram espaço para sua convivência no Masc, que é um lugar de ensino, debate, diálogo, laboratório, preservação e descoberta", diz a administradora do Masc, Lygia Helena Roussenq Neves. "Além de abrir espaço para mostrar as novas produções de artistas de nosso Estado, também estamos exibindo parte do rico acervo do nosso museu", afirma a presidente da FCC, Anita Pires, lembrando que dentro de algumas semanas, em 18 de março, o Masc completará 60 anos de existência.

Formada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com pós-graduação em gerontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Artes Visuais Contemporânea pela Udesc, Albertina Prates levou 39 telas ao Masc. "O tema que proponho é o da vaidade, qualidade do que é instável, transitório, fugaz. Nada é eterno, tudo flui, tudo rápido passa", afirma. As pinturas se apresentam em cinco partes distintas, mas complementares. Em "Beemot" está o animalesco, o irracional, a força bruta. Em "O Espelho" está simbolizada a sucessão de formas, a duração limitada e sempre mutável dos seres. Em "O Jogo I" e "O Jogo II" está o universo no qual, através de oportunidades e riscos, cada qual precisa achar o seu lugar. E em "O Fio de Ariadne", o simbolismo do fio é essencialmente o do agente que liga todos os estados da existência entre si, e ao seu princípio. "Falo das vaidades necessárias para que o ser humano possa evoluir", explica Albertina.

Professora das Oficinas de Arte da FCC, Betânia Silveira tem mestrado em Artes, na área de Poéticas Visuais, pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-graduação em Cerâmica pela Universidade de Passo Fundo. O trabalho que expõe no Masc resulta de uma pesquisa plástica e poética, fruto do quiasma entre arte e vida. A exposição realiza-se como um percurso traçado entre objetos produzidos a partir de materiais diversos, como imagens fotográficas, cerâmicas, vidro, espelho e plantas. Conceitos como rede, rizoma, conexões e rupturas dão suporte e fundamento ao trabalho. "Entrecruzamentos formais e de sentidos, matérias e mídias, formam corpos onde se pode detectar a presença do entrelaçamento entre vida, morte, fragilidade e resistência", analisa Betânia.

Fabiana Wielewicki é mestre em Artes Visuais, com ênfase em Poéticas Visuais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e tem bacharelado em Artes Plásticas pela Udesc. Ela conta que o projeto "Grande Hotel" foi iniciado em 2006, com uma pequena coleção de fotografias de hotéis realizadas antes de cada check-out. "Após ter realizado uma temporada de trabalho em cidades diferentes, muitos hotéis foram integrando minha coleção. A paisagem da janela, o filme da TV e o quadro do quarto eram sempre registrados. A coleção foi ganhando enfoques diferentes: certos elementos e iluminação sugerem ambientes de suspense, romance, solidão, tédio", conta. Segundo Fabiana, "a soma dos registros dos hotéis por onde estive constituem o Grande Hotel. Um lugar (ou não-lugar, se consideramos que é sempre passagem) que é o rastro ou fantasma de muitos outros. è um outro lugar ou lugar nenhum. As imagens são fragmentos de um único filme sem personagem. O cenário parece monótono sem ser o mesmo", avalia.

Bacharel em Artes Plásticas pela Udesc, Sela, nome artístico de Maria Selenir Nunes dos Santos, trouxe ao Masc pinturas que têm ao mesmo tempo registro abstrato e figurativo e se aproximam do pensamento de que "o paraíso é terreno". Para a artista, ali estão "mãe e matéria, a terra como origem do humano. A exaltação e o caráter sagrado da terra. Essa série de pinturas não procura representar o meio natural, o mundo primitivo e selvagem, mas sim apresentar a paisagem natural através da materialidade e da gestualidade, que sugere a entrega do humano ao meio. Os Mater´s sustentam que a possibilidade de transcendência se dá através da natureza, que o vínculo entre ela e o homem é indissolúvel", explica.

Sob curadoria de Fernando Lindote, a mostra "Um Espelho no Acervo" reuniu obras de artistas do acervo do Masc (Daniel Acosta, Doraci Girrulat, Fúlvio Pennacchi, Jandira Lorenz, Jenny Mackness, Michael Chapmann, Paulo Whitaker, Rochele Costi, Gaudêncio Fidelis) e de artistas catarinenses convidados (Camila Barbosa, David Denardi, Diego Raick, Flávia Duzzo, Juliano Zanotelli, Karina Zen, Neide Campos, Osmary Gonnzatti, Rudinei Dazzi, Sonia Beltrame). Segundo Lindote, "um dos procedimentos possíveis de curadoria de acervo de museu, bastante recorrente na atualidade, parte da escolha de algumas obras desse acervo para estabelecer relações com obras em desenvolvimento no espaço de atuação da instituição, procurando assim permitir aproximações entre essas produções". Para o curador, a mostra em exibição no Masc foi pensada a partir desse modelo, porém em sentido invertido. "Pensei primeiro no repertório externo, nas obras e nos artistas que conheci pelas viagens que faço pelo Estado. Desse grande repertório, escolhi alguns artistas que por diferentes razões, atravessadas com certeza por uma noção de excelência, acreditei formar um conjunto interessante a ser apresentado ao público do Museu. Somente depois da escolha de artista e obra realizada, fui confrontar essas escolhas com o acervo e desenvolver possíveis reflexões entre uma produção e outra. E, colocado esse espelho às obras do acervo do Masc, podemos, a partir deste pequeno recorte , começar a pensar novas possibilidades para o que entendemos por artes visuais neste momento no Estado de Santa Catarina".

SERVIçO:

O QUê: Exposições "Vanitas", de Albertina Prates, "Quiasma", de Betânia Silveira, "Grande Hotel", de Fabiana Wielewicki, "Mater´s", de Sela, e "Um Espelho no Acervo", com curadoria de Fernando Lindote.

QUANDO: abertura 05 de fevereiro, quinta-feira, às 19h30. Visitação até 08 de março de 2009, de terça a domingo, das 13 às 21 horas.

ONDE: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), Centro Integrado de Cultura, Av. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica, Florianópolis, fone: (48) 3953-2323.

QUANTO: gratuito.

"Vanitas", de Albertina Prates

"Grande Hotel", de Fabiana Wielewicki

"Mater´s", de Sela