O valor de captação de recursos por meio da Lei Rouanet nos três primeiros meses de 2009 indica forte retração do mecanismo, muito possivelmente em decorrência da crise econômica. Segundo planilha do Ministério da Cultura, foram captados até março R$ 83 milhões, o equivalente à média de apenas um mês do ano anterior.
Começa no próximo dia 22 de janeiro edição 2009 do Festival de Música de Santa Catarina (Femusc). O evento será realizado em Jaraguá do Sul e outras dez cidades do estado. Em sua quarta edição, o Festival pretende reunir estudantes de música e professores do Brasil e do exterior em audições, cursos e apresentações. Este ano o evento traz novidades dentro de sua programação. Uma delas é o Encontro Catarinense de Bandas
Entre os dias 22 e 25 de janeiro, o Femusc será anfitrião do Encontro Catarinense de Bandas. Na ocasião, diversas bandas sinfônicas se apresentarão em concertos no Grande Auditório da Sociedade de Cultura Artística - SCAR, em Jaraguá do Sul. Durante o evento, os participantes do encontro poderão aproveitar as classes instrumentais oferecidas pelos professores do festival.
A participação no encontro é aberta a todas as bandas sinfônicas de Santa Catarina, mas o número total de participantes será limitado a 300.
Programação do Encontro Catarinense de Bandas:
Dia 22 de janeiro
20h - Abertura do Encontro na SCAR
Dias 23, 24 e 25 de janeiro:
10h às 12h - Classes de instrumento
14h às 17h - Ensaio da Mega-Banda (juntando todos os participantes)
19h - Concerto de participantes
21h - Concertos de bandas participantes
Dia 25
Abertura oficial do Femusc 2009 - Apresentação da Mega-Banda
"Dinheiro eu não tenho, mas estou aqui com uma caixa cheia de livros. Quer um?" Repeti essa oferta a pedintes, artistas circenses e vendedores ambulantes, pessoas de todas as idades que fazem dos congestionamentos da cidade de São Paulo o cenário de seu ganha-pão. A ideia surgiu de uma combinação com os colegas de NOVA ESCOLA: em vez de dinheiro, eu ofereceria um livro a quem me abordasse - e conferiria as reações.
Para começar, acomodei 45 obras variadas - do clássico Auto da Barca do Inferno, escrito por Gil Vicente, ao infantil divertidíssimo Divina Albertina, da contemporânea Christine Davenier - em uma caixa de papelão no banco do carona de meu Palio preto. Tudo pronto, hora de rodar. Em 13 oferecimentos, nenhuma recusa. E houve gente que pediu mais.
Nas ruas, tem de tudo. Diferentemente do que se pode pensar, a maioria dessas pessoas tem, sim, alguma formação escolar. Uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, realizada só com moradores de rua e divulgada em 2008, revelou que apenas 15% nunca estudaram. Como 74% afirmam ter sido alfabetizados, não é exagero dizer que as vias públicas são um terreno fértil para a leitura. Notei até certa familiaridade com o tema. No primeiro dia, num cruzamento do Itaim, um bairro nobre, encontrei Vitor*, 20 anos, vendedor de balas. Assim que comecei a falar, ele projetou a cabeça para dentro do veículo e examinou o acervo:
- Tem aí algum do Sidney Sheldon? Era o que eu mais curtia quando estava na cadeia. Foi lá que aprendi a ler.
Na ausência do célebre novelista americano, o critério de seleção se tornou mais simples. Vitor pegou o exemplar mais grosso da caixa e aproveitou para escolher outro - "Esse do castelo, que deve ser de mistério" - para presentear a mulher que o esperava na calçada.
Aos poucos, fui percebendo que o público mais crítico era formado por jovens, como Micaela*, 15 anos. Ela é parte do contingente de 2 mil ambulantes que batem ponto nos semáforos da cidade, de acordo com números da prefeitura de São Paulo. Num domingo, enfrentava com paçocas a 1 real uma concorrência que apinhava todos os cruzamentos da avenida Tiradentes, no centro. Fiz a pergunta de sempre. E ela respondeu:
- Hum, depende do livro. Tem algum de literatura?, provocou, antes de se decidir por Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
As crianças faziam festa (um dado vergonhoso: segundo a Prefeitura, ainda existem 1,8 mil delas nas ruas de São Paulo). Por estarem sempre acompanhadas, minha coleção diminuía a cada um desses encontros do acaso. érico*, 9 anos, chegou com ar desconfiado pelo lado do passageiro:
- Sabe ler?, perguntei.
- Não..., disse ele, enquanto olhava a caixa. Mas, já prevendo o que poderia ganhar, reformulou a resposta:
- Sim. Sei, sim.
- Em que ano você está?
- Na 4ª B. Tio, você pode dar um para mim e outros para meus amigos?, indagou, apontando para um menino e uma menina, que já se aproximavam.
Mas o problema, como canta Paulinho da Viola, é que o sinal ia abrir. O motorista do carro da frente, indiferente à corrida desenfreada do trio, arrancou pela avenida Brasil, levando embora a mercadoria pendurada no retrovisor.
Se no momento das entregas que eu realizava se misturavam humor, drama, aventura e certo suspense, observar a reação das pessoas depois de presenteadas era como reler um livro que fica mais saboroso a cada leitura. Esquina após esquina, o enredo se repetia: enquanto eu esperava o sinal abrir, adultos e crianças, sentados no meio-fio, folheavam páginas. Pareciam se esquecer dos produtos, dos malabares, do dinheiro...
- Ganhar um livro é sempre bem-vindo. A literatura é maravilhosa, explicou, com sensibilidade, um vendedor de raquetes que dão choques em insetos.
Quase chegando ao fim da jornada literária, conheci Maria*. Carregava a pequena Vitória*, 1 ano recém-completado, e cobiçava alguns trocados num canteiro da Zona Norte da cidade. Ganhou um livro infantil e agradeceu. Avancei dois quarteirões e fiz o retorno. Então, a vi novamente. Ela lia para a menininha no colo. Espremi os olhos para tentar ver seu semblante pelo retrovisor. Acho que sorria.
* os nomes foram trocados para preservar os personagens.
Foto: Rogério Albuquerque
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promove no dia 16 de abril, quinta-feira, mais dois eventos em comemoração aos 60 anos do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). Primeiro, às 16 horas, João Otávio Neves Filho, o Janga, falará sobre crítica e curadoria. Mais tarde, às 19h30, o museu abre as portas para um sarau literomusical. Haverá leitura de poemas, feita pessoalmente pelos poetas Alcides Buss, Dennis Radünz, Luiza Lorenz, Péricles Prade, Rodrigo de Haro, Ryana Gabech e Silvana Leal. O público poderá usufruir ainda de uma novidade: uma espécie de árvore dos desejos será instalada nos jardins do museu, com dezenas de poemas colocados em seus galhos, em pequenos papéis, que poderão ser "colhidos" pelos visitantes. Para completar, chorinho e poesia com o Grupo Ginga do Mané e César Félix, e violão com Jason de Lima e Silva. Considerado o primeiro museu de arte moderna brasileiro criado com patrocínio do Estado, o Masc está instalado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, e hoje reúne mais de 1.700 obras modernas e contemporâneas. Nos primeiros anos de existência, privilegiavam-se modernistas como Iberê Camargo, Djanira e Alfredo Volpi. Aos poucos, artistas regionais e produções mais recentes foram se destacando. A criação do Salão Victor Meirelles, em 1993, teve papel fundamental na formação da coleção contemporânea que o Masc possui atualmente, já que através de prêmios de aquisição, o acervo ganhou mais obras catarinenses e nacionais. Boa parte desse acervo pode ser conhecida na exposição "MASC 60 Anos", que fica aberta no museu até 30 de abril. Com pinturas e gravuras do acervo do Masc e trabalhos de artistas premiados nos salões Victor Meirelles realizados entre 1993 e 2008, a exposição tem curadoria de João Otávio Neves Filho, e integra as comemorações de aniversário do Masc e da FCC. "Nosso museu tem um acervo maravilhoso, e queremos que o público prestigie essa riqueza. Por isso estamos buscando realizar exposições itinerantes pelas diferentes regiões catarinenses. Também planejamos criar, com a reforma da estrutura física do Masc, que deverá começar dentro de algumas semanas, um espaço para exposição permanente desse acervo", afirma a presidente da FCC, Anita Pires. A administradora do Masc, Lygia Helena Roussenq Neves, tem buscado parcerias. "Queremos dar maior visibilidade à atuação do museu, não só nas diversas regiões do Estado como também em outros espaços culturais brasileiros", afirma.
Estão abertas até 26 de setembro as inscrições para a exposição organizada pela Associação Fotográfica da Região de Canoinhas - Afoca. O concurso tem como tema solidariedade e é aberto a fotógrafos amadores e profissionais. Para participar, o interessado deve enviar até cinco fotografias, em um tamanho mínimo de 20 x 30 cm para a sede da Afoca, via correio ou pessoalmente.
Serão selecionadas 40 obras. As fotos escolhidas ficarão expostas no salão da Igreja Matriz Cristo Rei, no município de Canoinhas - SC, durante a realização do 4º Café Solidário de Canoinhas - SC, no dia 03 de outubro de 2009.
Como premiação, serão concedidas cinco Menções Honrosas para os trabalhos vencedores e certificados a todos que participarem da exposição fotográfica.
Edital e Ficha de inscrição:
A) Cronograma:
Inscrições e envio das fotos: 16 de julho 2009 a 26 de setembro de 2009
Divulgação das fotos selecionadas: 01 de outubro de 2009
Exposição: 03 de outubro de 2009.
Local da exposição: Salão da Igreja Matriz Cristo Rei, no município de Canoinhas - SC, durante a realização do 4º Café Solidário de Canoinhas - SC
OBS: A exposição poderá percorrer outros locais conforme aviso prévio aos expositores.
B) Regulamento:
1. Finalidade:
O presente edital tem por finalidade regular a seleção de 40 (quarenta) fotografias para serem expostas durante o 4º Café Solidário no município de Canoinhas - Santa Catarina, que irá acontecer no dia 03 de outubro de 2009. Sob o tema Solidariedade.
2. Organização:
A exposição será organizada pela Associação Fotográfica da Região de Canoinhas - SC (Afoca-SC).
3. Tematização:
As fotografias deverão ser relacionadas ao tema "Solidariedade", podendo, ou não, aparecer pessoas nas fotos.
Nas fotografias, não poderão aparecer publicidades que tomem grande espaço na imagem.
4. Participação:
O presente concurso destina-se a fotógrafos em geral (amadores e profissionais).
5. Inscrições:
As inscrições serão realizadas no período de 16 de julho 2009 a 26 de setembro de 2009, na sede da Afoca, rua Marechal Floriano, 1363, centro, Canoinhas - SC, ou encaminhadas via correio, no endereço: rua Marechal Floriano, 1363, centro, Canoinhas - SC, CEP 89460-000, até a data limite da inscrição 26 de setembro. Não serão aceitas inscrições com data posterior, confirmação pelo carimbo dos correios.
Não nos responsabilizamos por possíveis atrasos do Correio.
5.1 Os candidatos deverão apresentar, no momento da inscrição ou no envio via correio:
a) Ficha de inscrição preenchida, contendo: nome completo, endereço completo (Rua, Bairro, Cidade, Estado e CEP), telefone, e-mail, RG, CPF, quantidade de obras entregues/enviadas, títulos das fotografias e assinatura. (em anexo modelo de ficha de inscrição).
b) Poderá ser enviada no máximo 5 (cinco) fotografias por ficha de inscrição, em um tamanho de no mínimo, 20 x 30 cm. Cada fotografia deverá conter uma etiqueta no verso com nome do autor, título da fotografia.
6. Local e data:
As obras deverão ficar expostas no salão da Igreja Matriz Cristo Rei, no município de Canoinhas - SC, durante a realização do 4º Café Solidário de Canoinhas - SC, no dia 03 de outubro de 2009, podendo serem expostas em outros locais, conforme aviso prévio aos expositores.
7. Seleção das Fotografias:
7.1. Será designada uma Comissão de Seleção, formada por profissionais vinculados ao meio fotográfico, que ficará responsável pela escolha das 40 (quarentas) fotografias que ficarão em exposição durante a realização do 4º Café Solidário no município de Canoinhas - Santa Catarina. A Comissão de Seleção é soberana no que se refere à seleção, e obedecerão a critérios como qualidade estética e adequação entre conceito e linguagem, não cabendo recursos por parte dos concorrentes ou terceiros.
7.2. Da Comissão de Seleção:
A Comissão de Seleção será formada por membros, não remunerados, sendo representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Fundação Cultural, Associação Fotográfica da Região de Canoinhas (Afoca) e convidados.
7.2.1 Cabe à Comissão de Seleção:
a) Selecionar as imagens fotográficas que ficaram em exposição;
b) Recusar as inscrições que não preencham os requisitos apresentados;
c) Divulgar o resultado do presente edital, em veículos de comunicação e no site da Afoca (www.afoca.wordpress.com).
7.2.2 Os integrantes da Comissão de Seleção, os organizadores do evento, bem como da exposição e seus parentescos até terceiro grau não poderão participar do presente edital de seleção.
8. Devolução dos Trabalhos:
As fotografias poderão ser retiradas na sede da Afoca, pelo próprio autor da imagem, a partir do mês de dezembro de 2009.
Após este período a Afoca colocará as imagens como sendo de seu arquivo, porem a utilização da mesma pela associação, será mediante apresentação de seu autor.
9. Premiação:
Serão concedidas cinco Menções Honrosas para as fotografias que ficarem em exposição durante a realização do 4º Café Solidário.
Serão distribuídos certificados a todos que participarem da exposição fotográfica.
10. Esclarecimentos:
Quaisquer esclarecimentos sobre o presente edital de seleção poderão ser obtidos junto à Associação Fotográfica da Região de Canoinhas (Afoca), sita à Rua Marechal Floriano, 1363, Centro, Canoinhas - SC. Fone (47) 3622 3206 ou (47) 9917-9959, e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou no site http://www.afoca.wordpress.com.
Exposição Fotográfica Solidariedade/2009
Associação Fotográfica da Região de Canoinhas - Afoca
FICHA DE INSCRIçãO
Nome do Fotógrafo:
Telefone: __
E-mail:_
Endereço:
Cidade: UF: CEP: _______
Quantidade de Fotografias:
_______________, ____de de 2009.
________________________
Assinatura do Fotógrafo